sexta-feira, 5 de abril de 2013

Igreja Universal é condenada a indenizar trabalhador agredido por pastor




3/04/2013 - 23:44

Igreja Universal é condenada a indenizar trabalhador agredido por pastor

Durante culto, pastor chamou operador de áudio de “incompetente” e “demônio”
por Jarbas Aragão

  • Igreja Universal é condenada a indenizar trabalhador agredido por pastorIURD é condenada a indenizar trabalhador agredido por pastor
    Um pastor da Igreja Universal do Reino de Deus em Belo Horizonte agrediu publicamente o operador de áudio do templo e agora a IURD foi condenada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) a pagar R$ 25 mil de indenização por “danos morais”.
    Segundo o processo trabalhista, existia um tratamento acústico nas paredes do templo que absorvia o som e prejudicava a reverberação, por isso os pastores se irritavam. Passaram a humilhar o operador publicamente e um dos pastores o agrediu.
    Como não obtinha o efeito que considerava necessário para impressionar os fiéis, o pastor empurrou o microfone contra o rosto do operador. Relata ainda que, em certa ocasião, um dos pastores reclamou que microfone estava sujo e sem cromagem.
    O trabalhador justificou que realmente estava descascando por excesso de lavagem. Quando foi pedido que ele cheirasse o microfone, o pastor o empurrou com força contra o seu rosto, machucando o nariz.
    Depois desse fato, alega que todos os pastores começaram a fazer piada, chamando-o: “Cheira aqui, fulano”. Em alguns cultos que havia manifestações, um dos pastores apontou para ele e, segundo testemunhas, gritou: “Ali está o demônio, ele que estraga tudo, é aquele rapaz ali em cima. Queima este demônio aí em cima, queima, queima ele, mande ele embora, pois ele é o demônio que está estragando a nossa reunião”.
    A sentença emitida pelo tribunal ontem diz “Registro que o sofrimento do autor advindo dos fatos narrados foram comprovados, ao confirmar que o Bispo Luciano, após gesticular ‘parecendo muito nervoso e, de repente, enfiou o microfone na cara do reclamante’. Veja-se ainda, que os demais pastores zombavam do autor, pelas vezes em que ele era xingado”. A Universal recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas a condenação foi mantida. Com informações de O Dia

    FONTE : GP

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