quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Governo de Israel investe na busca por manuscritos bíblicos

Israel está dando início a uma expedição de três anos para procurar mais Rolos do Mar Morto e outras antiguidades no deserto da Judeia. Liderada por uma equipe de pesquisa do governo, será o primeiro levantamento arqueológico em larga escala da área desde 1993. A busca se inicia em dezembro.
Os arqueólogos planejam examinar centenas de cavernas no deserto perto do Mar Morto, onde os manuscritos bíblicos mais antigos do mundo foram descobertos. Os custos da iniciativa será cobertos por orçamento do gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que sempre defendeu a ligação das Escrituras com o destino do povo judeu.
A motivação para o esforço do governo é dupla. Primeiramente, contrabandistas de antiguidades encontraram manuscritos na área nos últimos anos. Além disso, a Autoridade Palestina pediu à UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) que negue a propriedade israelense dos Pergaminhos do Mar Morto, afirmando que as cavernas onde foram encontradas estão em território palestino.
Amir Ganor, da Autoridade das Antiguidades de Israel (AAI) lembrou que os manuscritos bíblicos mais antigos do mundo foram descobertos em 1947 nas cavernas de Qumran. Chamados de Pergaminhos ou Manuscritos, eles foram preservados durante milhares de anos devido as condições climáticas únicas do Mar Morto.
qumran
Cavernas de Qumran
Eles são considerados a “joia da coroa” das antiguidades israelitas, mas o governo não sabe ainda se terão problemas por investigar na área da Cisjordânia. Ganor explicou também que durante a expedição os arqueólogos vão tentar encontrar outras antiguidades. “Sabemos que existem mais”, insiste.

Textos Bíblicos mais antigos conhecidos

Guardados pelo essênios, grupo judaico que despreza os valores da vida mundana e se dedica à caridade, os pergaminhos registram amplos trechos do Antigo Testamento, bem como textos apócrifos e registros de suas práticas, crenças e hábitos.
Esse grupo de judeus, cuja origem data de dois séculos antes de Cristo, desapareceu no ano 70 d.C., quando o general romano Tito liderou o massacre de Jerusalém.
Antes de serem aniquilados, os essênios teriam dado um passo importante para a preservação da história ao esconderem em potes espalhados por 11 cavernas na região de Qumran, junto ao Mar Morto, no deserto da Judeia.
Encontrados entre os anos de 1947 e 1956, os 972 pergaminhos conhecidos como Manuscritos do Mar Morto já estão, em grande parte disponíveis na internet.

Com informações de Daily Mail e CBN

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