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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Pra você quem tem ou cuida de plantas olerícolas - CONTROLE ALTERNATIVOS DE PRAGAS


Ivanildo, estudante

Engº agronomica

1.ALHO

A.Indicação

O extrato do alho pode ser utilizado na agricultura como defensivo agrícola, tendo ampla ação contra pragas e moléstias. Segundo vários pesquisadores, quando adequadamente preparado tem ação fungicida, combatendo doenças como míldio e ferrugens; tem ação bactericida e controla insetos nocivos como a lagarta da maçã, pulgão, etc. Sua principal ação é de repelência sobre as pragas, sendo inclusive recomendado para plantio intercalar de certas fruteiras como a macieira, para repelir pragas.  

B.Características e preparo  

No Brasil o uso do alho está restrito ainda á pequenas áreas, como na agricultura orgânica, enquanto que em outros países como nos Estados Unidos, pela possibilidade de empregar o óleo de alho, obtido através de extração industrial, já é possivel empregá-lo em larga escala em cultivos comerciais.  Uma formula para o preparo de um defensivo com alho compreende a mistura de 1,0 kg de alho + 5,0 litros de água + 100 gramas de sabão + 20 colheres (de café) de óleo mineral. Os dentes de alho devem ser finamente moídos e deixados repousar por 24 horas, em 20 colheres de óleo mineral. Em outro vasilhame, dissolve-se 100 gramas de sabão (picado) em 5 litros de água, de preferência quente. Após a dissolução do sabão, mistura-se a solução de alho. Antes de usar filtra-se e diluí-se a mistura com 20 partes de água. As concentrações são variáveis de acordo com o tipo de pragas que se quer combater.(Stoll, 1989) Quando pulverizado sobre as plantas depois de 36 horas não deixa cheiro, nem odor nos produtos agricolas  

 

2. CAVALINHA, CHÁ DE (Uquisetum arvense ou E. giganteum) 

A .Indicação  

É muito indicada e empregada na horticultura orgânica para aumentar a resistencia das plantas contra insetos nocivos em geral

B. Preparo e aplicação

Ingredientes: 100 gramas de cavalinha seca ou 300 gramas de planta verde; 10 litros de água para maceração e 90 litros de água para diluição. Preparo: Ferver as folhas de cavalinha em 10 litros de água por 20 minutos. Diluir a calda resultante em 90 litros de água Aplicação: Regar ou pulverizar as plantas, alternando com a urtiga. Fonte: Geraldo Deffune,1992

3. CONFREI

A . Indicação

Combate a pulgões em hortaliças e frutíferas e adubo foliar.

B. Preparo e aplicação

Ingredientes: 1,0 kg de confrei e água para diluição. Preparo: Utilizar o liqüidificador para triturar 1 quilo de folhas de confrei com água ou então deixar em infusão por 10 dias. Acrescentar 10 litros de água. Aplicação: Pulverizar periodicamente as plantas

4. CRAVO DE DEFUNTO

A. Indicação Combate a pulgões, ácaros e algumas lagartas

B. Preparo e aplicação

Ingredientes: 1 kg de folhas de talo de cravo-de-defunto e 10 litros de água. Preparo: Misturar 1quilo de folhas de talos de cravo-de-defuntos em 10 litros de água. levar ao fogo e deixar ferver durante meia hora ou então deixar de molho (picado) por dois dias. Aplicação: Coar o caldo obtido e pulverizar as plantas atacadas.

5. FUMO (NICOTINA)

A. Indicação A nicotina contida no fumo é um excelente inseticida, tendo ação de contato contra pulgões, tripes e outras pragas.

Quando aplicada como cobertura do solo, pode prevenir o ataque de lesmas, caracóis e lagartas cortadeiras, porém pode prejudicar insetos benéficos do solo como as minhocas. 0 fumo em pó sobre os vegetais é um defensivo contra pragas de corpo mole, como lesmas e outras, sendo menos tóxico empregado nesta forma. Na agricultura orgânica seu emprego deve ser precedido de autorização do orgão certificador. B. Características A calda pronta pode ser acrescida de sabão e cal hidratada, melhorando a sua atividade e persistência na folha. Quando a nicotina é exposta ao sol, diminui sua ação em poucos dias. A adição de algumas gotas de fenol, é recomendada para manter suas características iniciais.
A colheita do vegetal tratado deve ser feita, somente 3 dias após a aplicação do fumo. Não deve ser empregado o fumo em plantas da família da batata ou tomate. 0 tratamento com concentrações acima do recomendado, pode causar danos para muitas plantas.
A nicotina bem diluida apresenta baixo risco para o homem e animais de sangue quente e 24 horas depois de pulverizada, toma-se inativa. No entanto, em elevada concentração é tóxica para o ser humano e pode afetar os inimigos naturais. 0 seu preparo e aplicação requerem cuidados. No caso de hortaliças e medicinais, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 3 dias antes do consumo.
Devido ao seu alto poder inseticida, o seu emprego na agricultura orgânica é bastante restrito.

A.Receita 1
Para controle de pulgões, cochonilhas, grilos, vagalumes.
Ingredientes: 15 a 20 cm de fumo de corda e água. Preparo: Coloque o fumo de corda deixando de molho durante 24 horas, com água suficiente para cobrir o recipiente. Aplicação: Para cada litro de água, use 5 colheres (de sopa) dessa mistura, usando no mesmo dia.  B. Receita 2 Controle de lagartas e pulgões em plantas frutíferas e hortaliças. Ingredientes: 100 g de fumo em corda, 1 litros de álcool e 100 g de sabão. Preparo: Misture 100 g de fumo em corda cortado em pedacinhos com 1 litro de álcool. Junte 100 g de sabão e deixe curtir por 2 dias. Aplicação: Para pulverizar plantas utilize 1 copo do produto em 15 litros de água. C. Receita 3 Controle de vaquinhas, pulgões, cochonilhas, lagartas Ingredientes: 1 pedaço de fumo de corda (10 - 15 cm), 0,5 litros de álcool, 0,5 litros de água e 100 g de sabão em barra. Preparo: Corte o fumo em pequenos pedaços e junte a água e o álcool.
Misture em um recipiente deixando curtir durante 15 dias. Decorrido esse tempo, dissolva o sabão em 10 litros de água e junte com a mistura já curtida de fumo e álcool. Aplicação: Pode ser aplicado com pulverizador ou regador.. No caso de hortaliças, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 3 dias antes da colheita. (*) D. Receita 4 Controle de pulgões, vaquinhas, cochonilhas.
Ingredientes: 20 colheres ( sobremesa) de querosene, 3 colheres (sopa) de sabão em pó, 1 litro de calda de fumo e 10 litros de água.
Preparo e Aplicação: Para o preparo da água de fumo coloque 20 gramas de fumo de rolo bem forte e picado em 1 litro de água, fervendo essa mistura durante 30 minutos. Após, coá-la em pano fino, adicione 3-4 litros de água limpa e utilize o produto obtido no mesmo dia..
Em seguida, aqueça 10 litros de água e junte 20 colheres (de sobremesa) de querosene e 3 colheres (de sopa) de sabão em pó. Deixe esfriar em temperatura ambiente e adicione então 1 litro de calda de fumo.

E. Receita 5
Controle de pulgões, lagartas e tripes.
Ingredientes: 1,0 kg de folhas trituradas de fumo em 15 litros de água por 24 horas.
Preparo: A solução é coada e adicionado um pouco de sabão. Aplicação: Pulverizada conforme a receita acima ou no solo na forma de pó feito com folhas secas ou pedaços de folhas colocadas no chão em cobertura.



6. NEEM (Nim) (Azadirachta indica)

A. Indicação
Indicações: pragas de hortaliças, traças, lagartas, pulgões, gafanhotos, etc. Recomendada como inseticida e repelente de pragas em geral. É uma das plantas de maior potencial no controle de pragas, atuando sobre 95% dos insetos nocivos. Já é utilizada comercialmente em vários países do mundo.
Tem como princípio ativo.Azadiractina, podendo ser aproveitado as suas folhas e frutos para extrair esse ingrediente ativo de largo emprego inseticida. Nas doses recomendadas é um produto sem efeitos de toxicidade ao homem e aos animais.


B. Receitas
Óleo de Neem é empregado na dosagem de 0,5% (0,5 litro em 100 litros de água) pulverizado sobre as folhagens e frutos.

No caso do emprego de sementes, o procedimento é o seguinte: - 25-50 g de sementes moídas (amarradas em um pano) - 1 litro de água. Deixar repousar por 1 dia.. *
Indicação: lagarta do cartucho, lagartas das hortaliças, gafanhoto. - 5 Kg de sementes secas e moídas, - 5 litros de água e - 10 g de sabão.
Colocar os 5 quilos de sementes de Neem moídas em um saco de pano, amarrar e colocar em 5 litros de água. Depois de 12 horas, espremer e dissolver 10 gramas de sabão neste extrato. Misture bem e acrescente água para obter 100 litros de preparado. Aplique sobre as plantas infestadas, imediatamente após preparado.
O prensado de Neem pode ser utilizado misturando-se com o solo na base de 1a 2 t/ha. Esta medida protege as beringelas contra minadoras e tomates contra nematóides e septorioses. Fonte: Stoll, (1989)



7. PIMENTA MALAGUETA

A. Indicação
A pimenta (vermelha ou malagueta) pode ser empregada como um defensivo natural em pequenas hortas e pomares. Tem boa eficiência quando concentrada e misturada com outros defensivos naturais, no combate a a pulgões, vaquinhas, grilos e lagartas
Obedecer um período de carência mínima de 12 dias da colheita, para evitar obter frutos com forte odores.

B. Receita 1
Ingredientes: 50 g de fumo de rolo, picado +1 punhado de pimenta vermelha+1 litro de álcool + 250 g de sabão em pó.
Preparo: Dentro de 1 litro de álcool, coloque o fumo e a pimenta, deixando essa mistura curtir durante 7 dias.
Para usar essa solução, dilua o conteúdo em 10 litros de água contendo 250 gramas de sabão em pó dissolvido ou então, detergente, de modo que o inseto grude nas folhas e nos frutos.
No caso de hortaliças e medicinais, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 12 dias antes da colheita.

C. Receita 2
Ingredientes: 500 g de pimenta vermelha (malagueta) + 4 litros de água + 5 colheres (de sopa) de sabão de coco em pó.
Preparo: Bater as pimentas em um liqüidificador com 2,0 litros de água até a maceração total. Coar o preparado e misturar com 5 colheres (de sopa) de sabão de coco em pó, acrescentando então os 2,0 litros de água restantes. Aplicação: Pulverizar sobre as plantas atacadas.



8. PRIMAVERA/MARAVILHA (Bougainvillea spectabilis / Mirabilis jalapa)

A. Indicação
Método eficiente para imunizar mudas de tomate contra o virus do vira cabeça do tomateiro.

B. Preparo de aplicação
Utilizar a quantidade de 1 litro de folhas maduras e lavadas de primavera ou maravilha (rosa ou roxa) e 1 litro de água.
Juntar estes ingredientes e bater no liqüidificador. Coe com pano fino de gaze e dilua em 20 litros de água. Pulverize imediatamente ( em horas frescas). Não pode ser armazenado.
Aplicar em mudas de tomateiros 10 após a germinação ( 2 pares de folhas) e repetir a cada 2 a 3 dias até a idade de 45 dias.


9. URTIGA

A . Indicação
Planta empregada na agricultura orgânica, prinicipalmente na horticultura para aumentar a resistência e no combate a pulgões.

B. Preparo e aplicação
2 Ingredientes: 500 g de urtiga fresca ou 100g de urtiga seca e 10 litros de água.
Preparo: Colocar 500 gramas de urtiga fresca ou 100 gramas de urtiga seca em 10 litros de água por dois dias ou então deixar curtir por quinze dias.
Aplicação: A primeira forma de preparo para aplicação imediata sobre as plantas atacadas. A segunda, deve ser diluída, sendo uma parte da solução concentrada para 10 partes de água.

10. PLANTAS BENÉFICAS
Há na vegetação natural plantas que servem de abrigo e reprodução dos insetos que se alimentam das pragas. O manejo correto destas ervas e da adubação verde permitirá o incremento da fauna benéfica e o controle biológico natural.
Dentre as plantas que servem para o manejo ecológico, estão a Ageratum conyzoides (mentrasto), Raphanus raphanistrum (nabo forrageiro), Euphorbia brasilensis (erva de santa luzia), Sorghum bibolor (sorgo granífero) e em segundo lugar: Portulaca oleracea (beldoega), Amaranthus deflexus (caruru rasteiro, caruru).
No caso do sorgo, suas panículas em flor favorecem o abrigo e a reprodução de insetos e ácaros benéficos, como o percevejo Orius insidiosus, predador de lagartas, ácaros e tripes da cebola. Outras plantas fornecem o polén como alimento para os ácaros predadores e néctar para as vespinhas parasitas de pragas.
Para vários pesquisadores, pode ser constituido na propriedade um programa de manejo ecológico com mentrasto e outras plantas que vegetam bem verão e início do outono, complementadas com o plantio no inverno de nabo forrageiro ou o sorgo.
Há no entanto, plantas que são desfavoráveis à preservação e aumento de inimigos naturais das pragas, como: mamona, capim fino, grama seda, capim amargoso, guanxuma, tiririca, brachiária, picão branco, carrapicho carneiro, etc.


11. PLANTAS COMPANHEIRAS
A instalação de linhas de plantas companheiras pode ser benéfico em pequenas áreas para a repelência de pragas nocivas.
Entre outras, são conhecidos os efeitos repelentes das seguintes plantas, basstante comuns: Alecrim repele borboleta da couve e moscas da cenoura. Hortelã repele formigas, ratos e borboleta da couve. Mastruço repele afídeos e outros insetos. Tomilho repele borboleta da couve. Sálvia repele mariposa do repolho Urtiga repele percevejo do tomate.

O plantio da Trefósia candida, por conter o princípio ativo da rotenona, vem sendo recomendado para a formação de barreira vegetal contra pragas, senvindo também como quebra-ventos. Outras plantas como a erva cidreira e o girassol são também indicadas para repelir pragas dos cultivos. O gergelim é outra planta útil, que é cortado e levado pelas saúvas, intoxicando o fungo que elas se alimentam.

10. PRODUTOS ORGÂNICOS

10.1. CINZAS

A cinza de madeira é um material rico em potássio, muito recomendado na literatura mundial para controle de pragas e até algumas doenças. Pode ser aplicado na mistura com outros produtos naturais,

A. Receita 1
Para o combate a lagartas e vaquinhas dos melões.

Preparo e aplicação: Testar nas condições locais a seguinte formula: 0,5 copo de cinza de madeira, 0,5 copo de cal virgem e quatro litros de água. A cinza deve ser colocada antes em água, deixando repousar pelo menos 24 horas, coada, misturada com a cal virgem hidratada e pulverizada.
Para o preparo de maiores quantidades de calda, pode ser preparado: 1,0 kg. de cinza de madeira + 1,0 kg de cal e 100 litros de água.
A adição de soro de leite (1 a 2%) na mistura de cinza com água pode favorecer o seu efeito no combate contra pragas e moléstias.


B. Receita 2
Para combater insetos sugadores e larva minadora.

B. Preparo e aplicação
Testar nas condições locais a receita: 0,5 kg de cinzas de madeira, deixando descansar 24 horas em quatro litros de água. Coar e acrescentar seis colherinhas (café) de querosene. Misturar e aplicar preventivamente.



10.2. FARINHA DE TRIGO

A. Indicação
A farinha de trigo de uso doméstico pode ser efetiva no controle de ácaros, pulgões e lagartas em horta domésticas e comunitárias.

B. Preparo e Aplicação
0 seu emprego é favorável em dias quentes e secos, com sol. Aplicar de manhã em cobertura total nas folhas. Mais tarde, as folhas secando com o sol, forma uma película que envolve as pragas e caem com o vento. Ela pode ser pulverizada em vegetais sujeitos ao ataque de lagartas.
Preparo: Diluir 1 colher de sopa (20 g) em 1,0 litro de água e pulverize nas folhas atacadas. Repetir depois de 2 semanas




10.3. LEITE A. Indicação  0 leite na sua forma natural ou como soro de leite é indicado para controle de ácaros e ovos de diversas lagartas, atrativo para lesmas e no combate de várias doenças fúngicas e viróticas. O seu emprego é recomendado para hortas domésticas e comunitárias. B. Preparo e recomendações Um dos métodos recomendados, é diluir 1 litro de leite em 3 a 10 litros de água e pulverizar as plantas. Repetir depois de 10 dias para doenças e 3 semanas quando aplicado contra insetos. A mistura de leite azedo com água e cinza de madeira, é citado como efetivo no controle de míldio. Há Indicações do uso do leite como atrativo para lesmas. Distribuir no chão, ao redor das plantas, estopa ou saco de amiagem molhado com água e um pouco de leite. De manhã, virar a estopa ou o saco utilizado e mate as lesmas que se reuniram embaixo. (EMATER - RO (Sd) Pode ser utilizado como fungicida no pimentão, pepino, tomate, batata. Sem contra indicação para hortaliças. Preparar mistura com: 2,5 litros de leite, 1,5 kg de cinza de madeira, 1,5 kg de esterco fresco de bovino e 1,5 kg de açúcar. Aplicar no tomate a cada 10 dias, aplicar no café a cada 15 a 30 dias.

11. SABÃO E SUAS MISTURAS

A. Indicação 0 sabão (não detergente) tem efeito inseticida e quando acrescentado em outros defensivos naturais pode aumentar a sua efetividade. 0 sabão sozinho tem bom efeito sobre muitos insetos de corpo mole como: pulgão, lagartas e mosca branca.
A emulsão de sabão e querosene é um inseticida de contato, que foi muito empregado no passado, contra insetos sugadores, sendo indicada para combate aos pulgões, ácaros e cochonilhas.

B. Características de emprego
0 preparo mais comum consiste em dissolver, mexendo bem, 50 gramas de sabão (picado) para 2 até 5 litros de água quente. A solução feita com sabão tem boa adesividade na planta e no inseto praga. Pulverizar sobre as folhagens e pragas.
Nas plantas delicadas e arvores novas, no verão ou períodos quentes, utiliza-se a solução de sabão e querosene bem diluída, ou seja uma parte para 50 a 60 partes de água. Depois de preparada a emulsão deve ser aplicada dentro de um ou dois dias, para evitar a separação do querosene, o que acarretaria queimaduras nas folhagens.
No inverno, em plantas caducas, utiliza-se dosagens mais concentradas, assim como a pincelagem do tronco contra cochonilhas.

C. Receita 1
Para o controle de cochonilhas e lagartas .
Ingredientes: 50 g de sabão de coco em pó + 5 litros de água. Preparo: Coloque 50 g de sabão de coco em pó em 5 1 de água fervente. Aplicação: Essa solução deve ser pulverizada freqüentemente no verão e na primavera. ANDRADE (1992).

D. Receita 2
Para o combate de pulgões, cochonilhas e lagartas
Ingredientes: 1 colher (de sopa) de sabão caseiro + 5 litros de água. Preparo: Utilize uma colher (de sopa) de sabão caseiro raspado e misture em 5 litros de água agitando bem até dissolver o mesmo. Aplicação: Essa calda deve ser aplicada sobre as plantas com o auxílio de pulverizador ou regador.(EMATER - RO S.d.)

E. Receita 3
Para o combate a pulgões, ácaros, brocas, moscas da fruta e formigas.
Ingredientes: 1 kg de sabão picado + 3 litros de querosene + 3 litros de água. Preparo : Derreta o sabão picado numa panela com água. Quando estiver completamente derretido, desligue o fogo e acrescente o querosene mexendo bem a mistura. Aplicação: Em seguida, para a sua utilização, dissolva 1 litro dessa emulsão em 15 litros de água, repetindo a aplicação com intervalos de 7 dias.
No caso de hortaliças e medicinais, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 12 dias antes da colheita. PAIVA ( 1995).

F. Receita 4
Como inseticida de contato para sugadores: ácaros, pulgões e cochonilhas.
Ingredientes : 500 g de sabão + 8 litros de querosene + 4 litros de água. Preparo a quente: ferver e dissolver o sabão picado em 4 litros de água. Retirar do fogo e dissolver vigorosamente 8 litros de querosene, com a mistura ainda quente. Mexer vigorosamente a mistura quente, até formar uma emulsão perfeita. Aplicação: Diluir para cada parte do produto 10 a 60 partes de água.

CALDA BORDALESA

A. Indicação:
Tem ação fungicida e bacteriostática quando aplicada preventivamente e também pode atuar como repelente de muitos insetos.

B. Concentração e recomendação
A calda bordalesa é um defensivo alternativo preparado com a mistura de sulfato de cobre + cal virgem (hidratada)
A concentração do sulfato de cobre a a cal, são distintas, de acordo com o objetivo do seu emprego. Geralmente difere de acordo com o tipo de planta ou espécie vegetal, as condições climáticas, o grau de infestação da doença e da fase de crescimento da planta.
Recomenda-se utilizar dosagens menores nas fases iniciais e em plantas mais sensíveis. Testar em poucas plantas e depois fazer o tratamento ideal para o local.
Para as fruteiras como abacate, citros, manga, macadâmia, uva, etc a concentração é 0,6 a 1,0% (600 a 1.000 gramas de sulfato de cobre + 600 a 1.000 gramas de cal virgem em 100 litros de água).
As fruteiras temperadas como caqui, figo, maçã, pera, etc, pelo risco da fitotoxidade do cobre, devem ter maiores teores de cal virgem, sendo indicadas 300 a 800 gramas de sulfato de cobre + 600 a 1.600 gramas de cal virgem. Não aplicar em frutas de caroço como pessegueiro e ameixeira.
As hortaliças como batata, tomate, etc aceitam bem a concentração de 0,8 a 1,0%.No morango, olerículas como cenoura, beterraba,brocoli, etc, flores e plantas ornamentais 0,5%, Nas cucurbitáceas deve-se empregar dosagens de 0,25 a 0,3%. As hortaliças folhosas 0,1 a 0,15%,
Observação: A concentração depende das condições locais porém com dosagens menores(em torno de 50% da dosagem de campo) na fase inicial e em estufas.

C. PREPARO DA CALDA BORDALESA
Para preparar a calda bordalesa deve ser empregado sempre tanque ou vasilhame de plástico, cimento, cimento amianto ou madeira. Não utilizar tambores de ferro, latão ou alumínio, pois reagem com o sulfato de cobre.
O primeiro passo é dissolver o sulfato de cobre. Quando está na forma de pedra, deve ser bem triturado e colocado dentro de um pano de algodão e mantido imerso, em suspensão na parte superior de um balde, com bastante água (20 a 50 ou mais litros). O cobre na forma de sais micronizado dissolve rapidamente.
Colocar a solução cúprica pronta, na caixa ou tanque de pulverização, que já deve conter a água necessária para a pulverização, agitando a mistura
Em outro vasilhame, que pode ser de plástico, misture a cal já hidratada com 20 a 50 litros de água, mexendo bem para formar um leite de cal.
Uma vez dissolvida a cal , colocar esta solução (leite de cal) no tanque de pulverização, onde já foi misturada a solução cúprica. Derramar o leite de cal, lentamente, mexendo bem. Pode ser feita a mistura ao inverso, isto é, derramar primeiro a solução de cal e por último a cúprica, desde que de maneira bem lenta e com forte agitação.
Depois de misturadas ambas soluções, deve-se medir o pH da calda. Para medir o pH, usa-se um peagâmetro, fita de tornassol (adquirida em farmácia).
Estando ácida (pH abaixo de 7,0) deve-se acrescentar mais cal ou seja o leite de cal até que esteja neutralizado o cobre (pH acima de 7,0).
Fazer a aplicação da calda bordalesa imediatamente após o seu preparo.



CALDA VIÇOSA

A.Indicação
Tratamento preventivo contra doenças fúngicas e nutriente foliar.

B.Características
A Calda Viçosa é uma variação da Calda Bordalesa, sendo na verdade uma mistura da Calda Bordalesa com micronutrientes
As suas principais características são: mistura de pós solúveis, compreendendo a calda bordalesa (sulfato de cobre e cal hidratada), acrescentada de micronutrientes (sulfato de zinco, sulfato de magnésio e boro), uréia (nitrogênio) e Cloreto de Potássio.
Uma formula básica de composição da calda viçosa é: para cada 100 litros de água, acrescentar: 500 g de sulfato de cobre + 300 g de sulfato de zinco+ 400 g de sulfato de magnésio + 100 g de ácido bórico+- 500 g de cal hidratada.
O produtor deve acrescentar os micronutrientes de acordo com a exigência da sua cultura, nas distintas fases de desenvolvimento, de acordo com a análise foliar e as recomendações oficiais.

1. ADUBO FOLIAR= Biofertilizante A. Indicação Como adubo foliar e para aumentar a resistência contra pragas e moléstias. A calda biofertilizante vem sendo muito empregada ultimamente na agricultura ecológica. A razão é que tem demonstrado efeito no aumento da resistência ás pragas e moléstias e como adubo foliar orgânico benéfico para inúmeras plantas.
0 processo de produção é bastante simples, sendo viável sua produção na propriedade, desde que tenha esterco de gado disponível. Não há contra-indicação ao seu uso. Segundo o pesquisador Bettiol(1979), os biofertilizantes possuem complexa e elevada comunidade microbiana, com presença de bactérias, fungos leveduriformes e filamentosos e actonomicetos.
Estudos feitos com o biofertilizante líquido de bovino, observou-se a presença de inúmeros microorganismos como bactérias leveduras e bacilos, principalmente do Bacillus subtilis. Estes microorganismos sintetizam substâncias antibióticas, as quais demonstram ter grande ação e eficiência como substâncias fungistáticas e bacteriostáticas de fitopatógenos causadores de danos em lavouras comerciais.  ADUBO FOLIAR SIMPLES E RÁPIDO: Numa lata de 20 litros, colocar meia lata (10 litros) de esterco de curral curtido, esterco de galinha em torno de 250 gramas e 250 gramas de açucar (cristalizado ou refinado). Completar com água, deixando um espaço de 8 a 10 centímetros antes da borda acima, para evitar transbordar. Fechar muito bem a boca da lata, vedando com um saco plástico bem amarrado. Deixar 5 dias bem fechado. (fermentação anaeróbica). A calda pronta deve ser diluída, misturando 1,0 litro da calda obtida para cada 10 litros de água.

ADUBO FOLIAR FEITO COM CAPINS: Num tambor de 200 litros colocam-se 50 a 80 kg de esterco de gado fresco, completando o resto com água. Pode ser feito outras receitas como: 40 kg de esterco fresco + 20 a 40 kg de capins picados + água ou então: 50 kg de esterco de gado fresco + farinha de osso + cinzas + água. Adicionando açucar ou melaço favorece a fermentação.
Fecha-se hermeticamente a parte superior do tambor com a tampa ou um plástico. Entre o líquido e a tampa deve ficar um espaço, mínimo de 20 centímetros, que abrigará os gases formados pela fermentação anaeróbica.
Para evitar a expansão desses gases e o estouro do tambor, deve-se inserir uma mangueira plástica na tampa do tambor, bem vedada, que é submergida depois num balde ou garrafa com água, para que o ar possa escapar (borbulhar na água), mas não possa entrar.
A fermentação leva de 20 a 40 dias. Dilui-se a calda, sendo que para cada litro de biofertilizante pode-se misturar 1, 2 ou 3 litros de água. Quanto mais diluída menor será o efeito defensivo.




(

PROTEÇÃO DAS PLANTAS
Os organismos que podem causar os danos as culturas, convivem normalmente em equilíbrio com os organismos benéficos nos ecossistemas pouco alterados. Este é o principal motivo porque são proibidos todos os procedimentos que causem o desequilíbrio do ambiente, como o uso de agrotóxicos de síntese, e fertilizantes concentrados e que se dissolvem rapidamente no solo.
A Agricultura Orgânica preconiza que não são os insetos-pragas e patógenos as causas principais dos ataques às plantas, porém o desequilíbrio do solo e da planta, principalmente quanto à sua nutrição. Adotando os princípios da agroecologia, o produtor terá maior resistência da planta e baixa ocorrência de agentes prejudiciais.
O combate aos insetos-pragas, patógenos e ervas invasoras, que sejam potencialmente prejudiciais aos cultivos e ou atividades de produção, deve ser feito somente quando os mesmos estejam causando danos de nível econômico. O controle deve ser feito através de medidas preventivas, que fortaleçam a planta e processos mecânicos e biológicos.

O princípio de emprego dos defensivos alternativos e naturais na agricultura ecológica, é que aumentem o equilíbrio e a resistência das plantas.

MEIOS CONTRA OS INSETOS-PRAGAS
Iscas e Armadilhas:Medida auxiliar no controle de insetos nocivos ou para o monitoramento (determinação de infestação), visando o combate biológico. Emprega iscas atrativas com substâncias naturais (sucos de frutas, vinagre, etc), armadilhas mecânicas, feromônios em armadilhas, adesivos e placas atrativas, etc.
Controle biológico: Uso de microorganismos que sejam patógenos de insetos nocivos, fazendo o controle natural. Visam introduzir, aumentar e conservar a população de inimigos naturais na propriedade, como preparados prontos ou extratos de insetos , como fungos entomopatogênicos, bactérias, virus, etc.
Calda sulfocálcica: Tem ação protetora contra ácaros, insetos-pragas e moléstias de forma curativa. Os ingredientes são a mistura de enxofre ventilado (25 kg) + cal hidratada (16 kg) ou cal virgem (12,5 kg) + 60 ou 70 litros de água, em preparo a quente de 100 litros.
Plantas defensivas: As plantas fitoprotetoras como o alho, Nim, urtiga, cravo-de-defunto, arruda, cavalinha, entre outras, tem ação contra insetos-pragas, repelência ou fortificante, sendo opção na substituição a muitos defensivos agressivos.
Plantas benéficas :São plantas que servem de abrigo e reprodução dos insetos que se alimentam das pragas (inimigos naturais), como: Ageratum conyzoides (mentrasto), Raphanus raphanistrum (nabo forrageiro), entre outras.
Outras medidas: Coleta de insetos, barreiras vegetais, tratamentos com calor, solarização do solo, preparados biodinâmicos, emulsões oleosas (sem inseticidas químicos-sintéticos), produtos naturais (sabão natural, óleos vegetais e minerais, cinzas de madeira, urina animal, pó de rocha, etc).
Sul
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Livro Defensivos Alternativos e Naturais - autor Eng. Agr. Silvio Roberto Penteado
       
CONTROLE NATURAL DE SAÚVAS E FORMIGAS CORTADEIRAS:
1) Adubar as plantas e árvores com Molibdênio, pois permite que a planta forme proteínas, ficando pouco atrativa para as saúvas. Poderá ser aplicado via foliar Molibdênio 0,5%  (uma vez).
2) Preparado de Agave. Uma alternativa é fazer um concentrado de folhas de agave ou piteira, tomando 5 folhas médias e 5 litros de água. Moer as folhas, tomando o suco e deixar em descanso por 2 dias. Aplicar 2 litros no olho principal e tapar os demais para que as formigas não fujam.
3) Extrato de plantas: Angico. Deixar de molho l kg de folhas de angico em 10 litros de água por 8 dias. Aplicar na proporção de 1 litros desta solução por metro quadrado de formigueiro. Outras plantas que podem ser amassadas, extraindo o suco e diluindo com água: capim fedegoso, timbó, batata-doce e pessegueiro bravo.
4) Gergelim. Plantar barreiras de gergelim em redor das plantas. Fazer pasta com sementes de gergelim e torta de mamona.
5)Pão caseiro. Colocar pedaços pequenos de pão caseiro embebido com vinagre próximos às suas tocas/ninhos/carreadores e onde estão cortando. Ele fermenta e é tóxico para as formigas.
6) Colocar cal virgem no olheiro, derramar um pouco de água e tampar, que vai formar gazes que afetarão as formigas. Pode ser feito a diluição de 2 kg de cal virgem em 10 litros de água e imediatamente aplicar nos olheiros principais. Tomar cuidado com a queima da cal virgem, pois emite gases e desprende muito calor.
7) Colocar entre as plantas, formando barreiras: cinzas de madeira ou  casca de ovo moída ou farinha de ossos ou carvão vegetal moído.
8) Plantas repelentes em baixas infestações: hortelã, batata-doce, salsa, cenoura, mamona e o gergelim.
9) Usar cones invertidos de latas, folhas metálicas ou saias plásticas nos troncos das árvores e mudas.
10) Plantas atraentes ou pasto alternativo, para funcionarem como isca: leucena, cana de açucar e o gergelim preto.
11) Há produtos que inibem o crescimento do saúveiro, como sal, cinza, vinagre, cal e calcário. Cuidado no emprego em larga escala em jardins ou hortas, pois o excesso inibirá também as plantas.
12) Colocar água quente em formigueiros pequenos funciona muito bem.
13) Colocar mangueira com água corrente no olho do formigueiro até encharcar. O formigueiro ficará afogado ou doente.
14) Fumaça de escapamento aplicado no olheiro, depois de tapado as demais saídas do formigueiro. A fumaça é tóxica ao homem e aos animais domésticos.
15) Fogo: O fogo controla bem formigueiros pequenos, porém tomar o cuidado de não causar incêndios.
16) Borax: Misturar 500 gramas de Borax a 500 gramas de açucar, e colocado nos carreadores e olheiros. Recomendado também para formigas comuns e baratas.
17) Escavar a área do formigueiro, retirando o fungo, as crias e a rainha. Pode ser feita a compactação do formigueiro, no caso de estar na fase inicial de desenvolvimento. Os restos do formigueiro, caso de fungos e crias,  poderão ser misturados a milho moído e utilizados como isca natural para outros formigueiros.
18) Formicida natural: 50 litros de água, 10 kg de esterco fresco, 1 kg de melado ou açucar mascavo. Misturar bem os produtos, deixando fermentar por uma semana. Coar com um pano e aplicar dentro do formigueiro na proporção de 1 litro para 10 litros de água, até inundar o formigueiro.
19) Plantas tóxicas: mandioca-brava, utilizando a água da mandioca e sua raspa, aplicados diretamente nos formigueiros. O gergelim preto, cuja semente é carregado pelas formigas, tendo uma ação tóxica lenta.
20) Manter no locais, aves e animais que consomem as formigas, como galinha de angola e comuns, passarinhos, e outros.
CONHEÇA A PUBLICAÇÕES SOBRE CALDAS BORDALESA- SULFOCÁLCICA E VIÇOSA:
"CONTROLE ALTERNATIVO DE PRAGAS E DOENÇAS"
MEIOS CONTRA DOENÇAS
Calda Bordalesa: Fornece proteção contra moléstias fúngicas e bacterianas. Preparo com a mistura de sulfato de cobre + cal hidratada + água, em preparo a frio. As caldas cúpricas (Bordalesa e Viçosa), devem ser utilizadas a critério da certificadora.
Calda Viçosa: Além da proteção contra moléstias, atua como nutriente foliar. Os ingredientes são a mistura de sulfato de cobre + micronutrientes (zinco, boro, magnésio,etc) + cal hidratada + água, em preparo a frio. Obs. Caso contenha como ingredientes a uréia, cloreto ou nitrato de potássio, a calda viçosa não é aceita na agricultura orgânica.
Biofertilizante: Produzido com a fermentação do esterco bovino misturado a água, num vasilhame, geralmente fechado, é utilizado como adubo e fortificante foliar Vem sendo muito empregado ultimamente na agricultura ecológica, devido resistência contra pragas e moléstias.
Outras medidas: Rotação de culturas, desinfeção de sementes com produtos naturais, extrato de plantas defensivas (alho, cavalinha, etc), cinzas de madeira, vermicomposto, enxofre simples e suas preparações (Calda Sulfocálcica), pó de pedra, iodo, cal hidratada, homeopatia, entre outros.