“Se o que o profeta
proclamar em nome do Senhor não acontecer nem se cumprir, essa mensagem não vem
do Senhor. Aquele profeta falou com presunção. Não tenham medo dele”
(Deuteronômio 18:22 - NVI)
Já sabíamos! Vários filmes, como: O Planeta dos Macacos (1968), O Dia
depois de Amanhã(2004), Eu Sou a Lenda (2007), 10.000 a.C. (2008), Presságio (2009), 2012: Fim dos Dias(2008), 2012 (2009), entre
outros, trataram desse tema: uma raça superior sobreviverá a uma grande
catástrofe.
Com a famosa “profecia maia” às portas, alguns
profetas esotéricos estão insistindo nessa mesma tecla. Deixe-me explicar
melhor.
Da Atlântida
passando pelos egípcios e maias
A lendária ilha de Atlântida, primeiramente
descrita pelo filósofo Platão, nunca existiu. No entanto, foi na modernidade
que alguns começaram a levar a sério a falácia de Atlântida. Na Antiguidade
ninguém considerava tal possibilidade. Para os historiadores renomados,
Atlântida continua sendo uma ilusão e anedota.
Porém, de acordo com o esotérico Patrick Geryl, em
21 de fevereiro de 21312 a.C, Atlântida foi destruída parcialmente, e
totalmente destruída em 27 de julho de 9792 a.C., quando desapareceu sob as
águas.(1)
Ainda segundo Geryl, milhares de pessoas
sobreviveram ao cataclismo de Atlântida e estas deram origem à civilização
egípcia e, provavelmente, também aos maias. Concluindo, para Geryl os egípcios
seriam, com certeza, descendentes da Atlântida e os maias teriam forte
possibilidades de sê-lo (2)
Mais: baseados em suas escrituras e códigos
secretos, tanto para os maias, quanto para os egípcios, a data do fim desta
era, como a conhecemos hoje, será em 21-22 de dezembro de 2012.
O que estaria previsto para acontecer em dezembro
de 2012 seria algo semelhante ao que ocorreu com Atlântida. Permita-me
continuar citando Patrick Geryl, no seu livro O Código
de Órion:
“Segundo os maias,
haverá uma mudança nos pólos magnéticos no Sol no ano 2012. Então, do interior
do Sol, serão liberadas enormes forças eletromagnéticas com poder desconhecido.
Labaredas gigantes enviarão uma descomunal onda de partículas à Terra. [...]
As partículas
eletromagnéticas do Sol penetrarão em todos os pontos da Terra, gerando uma
intensa radiação, tanto em luminosidade quanto em radioatividade. [...]
Segundo Geryl, milhares de pessoas sobreviveram ao cataclismo de
Atlântida e estas deram origem à civilização egípcia e, provavelmente, também
aos maias. Foto: ruínas maias em Chichén Itzá, México.
O núcleo de ferro
da Terra é magnético e, devido ao deslocamento desse núcleo, a Terra começará a
se mover para o outro lado.”(3) [...]
“A Terra começará a
girar em sentido contrário e os pólos se inverterão!”(4) [...]
“Em conseqüência, a
crosta terrestre exterior se soltará, ou seja, ficará ‘flutuando’, sem estar
mais presa a seu ‘padrão’. O planeta se inclinará milhares de quilômetros em
poucas horas. [...]
Em resumo, o mais
horrível dos pesadelos não se igualará a essa destruição.”(5) [...]
“Quando, depois de
horas e horas, a onda carregada de partículas declina, o magnetismo do interior
da Terra pode se restabelecer. Contudo, os pólos se moverão também porque o que
se encontra mais perto do Sol terá sofrido todo o impacto. A crosta terrestre
deixará de flutuar, acompanhada novamente de terremotos apocalípticos, com
porções de terra desmoronando, uma atividade tectônica desconhecida e vulcões
em erupção. Mas então, como se isso não bastasse, virá uma catástrofe ainda
maior: com a inércia, o movimento dos oceanos não se deterá e uma onda
gigantesca cobrirá a terra. Segundo a antiga tradição, essa onda chegará a ter
um quilômetro e meio de altura”.(6)
Claro, como ocorreu com a suposta Atlântida, uma
raça de terráqueos sobreviverá e re-inventará uma nova civilização.
A violenta
espiritualidade maia
Bem, os maias, apesar de registrarem no seu
calendário de “Conta Longa” o dia 22 de dezembro de 2012 como sua última data,
nunca falaram em fim do mundo. Entretanto, podemos inferir que este dia, para
eles, poderia ser o final de uma era e o início de outra. O fato é que em
matéria de espiritualidade os maias não são exemplos para nós.
a) O panteão dos
maias:
Nicholas Saunders é pesquisador sobre as
civilizações pré-colombianas e escreveu no seu livro Américas Antigas,:
“O mais importante
deus masculino era Itzamná (Casa do Lagarto), representado na arte como um
homem velho e descrito como a divindade da escrita e do aprendizado.”(7) [...]
Era um deus de
múltiplas formas. “Em seu papel de criador do mundo, Itzamná era chamado de
Hunab Ku. [...] Itzamná parece ter sido o deus da realeza maia, especialmente
em outra de suas formas, o Kinich Ahau, ou Deus Sol.”(8) [...]
“O consorte de
Itzamná era Ix Chel (‘Senhor do Arco-Íris’). Durante o período maia clássico,
ela estava associada com a Lua. [...] Nessa época, era representada como uma
mulher velha tendo cobras no lugar de cabelos e adepta da feitiçaria.(9) [...]
Desenho de um Jaguar pronto para saborear um coração que acabou de ser
arrancado de um tórax humano — em Chichén Itzá, México.
Kinich Ahau, o deus
Sol, era ou uma divindade própria ou uma das formas de Itzamná. [...] A paixão
maia (e ameríndia) pela transformação é revelada pela mudança de forma de
Kinich Ahau em Deus Jaguar.(10) [...]
O importante deus
da chuva era conhecido como Chac, e também deve ter sido uma divindade singular
ou talvez uma manifestação de Itzamná.”(11) No famoso Cenote Sagrado, um poço
natural localizado em Chichen-Itzá, México, foram encontrados inúmeros
esqueletos de homens, mulheres e crianças vítimas de sacrifício ao deus da
chuva.
Muitas outras
divindades fazem parte deste panteão.
b) Inimigos eram
sacrificados e o sangue entregue aos deuses:
Até a primeira metade do século XX, acreditava-se
que os maias fossem um povo pacífico e não violento com os seus conquistados.
Porém, com a revelação de um conjunto de murais coloridos nas ruínas da cidade
de Bonampak, no México, este conceito mudou totalmente. Hoje, sabemos que a
civilização maia tinha como sua forte identidade e legitimidade o derramamento
de sangue, a fúria, a selvageria e um implacável requinte de torturas.
Ainda segundo Saunders:
“Para os maias
clássicos, nada era tão poderoso como o sangue humano para unir os humanos ao
reino sobrenatural.”(12)
As milícias maias foram ensinadas a capturar
guerreiros inimigos da linhagem real. Elas tentavam não matar os capturados
para que fossem trazidos presos e sacrificados aos deuses.(13)
“Uma interpretação
desse tipo de milícia é que, para os maias, o sangue era a liga que unia o
Universo, evitando que suas inúmeras partes caíssem em um caos cósmico político
e social. Os deuses desejavam sangue e era dever das dinastias maias fornecê-lo
em um grande número de rituais. Mais do que tudo, talvez o poder simbólico do
sangue santificasse e legitimasse as complexidades do poder político da
civilização maia clássica. Como um líquido sagrado, o sangue de indivíduos de
alta classe era derramado em ocasiões especiais – para dedicar um novo templo
piramidal, para designar um novo herdeiro e para coroar um novo rei. A
imaginação dos maias não conhecia limites quando se tratava de inventar
maneiras de humilhar, torturar e finalmente sacrificar as suas vítimas.”(14)
c) Os reis eram
sumos sacerdotes e divinos:
O historiador e geógrafo americano, Jared Diamond,
relatou no seu livro Colapso:
“Na sociedade maia,
o rei também funcionava como sumo sacerdote, com a responsabilidade de
ministrar rituais astronômicos e de calendário, e assim trazer chuva e
prosperidade. O rei alegava ter o poder sobrenatural de trazer chuva e
prosperidade por causa de sua confirmada relação familiar com os deuses. Ou
seja, havia um acordo tácito quid
pro quo: os camponeses sustentavam o estilo
de vida luxuoso do rei e de sua corte, alimentavam-nos com milho e carne de
veado e construíam os seus palácios porque o rei lhes havia feito grandes
promessas. [...] os reis sempre entravam em conflito com seus camponeses no
caso de seca, porque isso era equivalente à quebra de uma promessa real.”(15)
Uma boa justificativa
para os que não forem arrebatados
Em que a
civilização maia, aterrorizada por demônios, era mais espiritualmente evoluída
do que a nossa?
Fico a pensar, em que a civilização maia,
aterrorizada por demônios, era mais espiritualmente evoluída do que a nossa?
Povo pagão, ensopado no caldeirão das trevas, sem qualquer chance de ser
liberto pelo sangue redentor de Jesus Cristo.
Segundo alguns filmes, geralmente após grandes
cataclismos, uma nobre geração de pessoas espiritualmente mais evoluídas consegue
escapar da hecatombe e reiniciar uma nova civilização. Seria supostamente o
surgimento de uma raça elitizada e mais desenvolvida.
Por que esta idéia é tão explorada nos filmes?
Pasmem! Os ufólogos da Nova Era pregam que após uma
grande catástrofe que sobrevirá à Terra, um povo menos evoluído será abduzido
por discos voadores para ser reciclado em outro planeta (provavelmente estão se
referindo ao Arrebatamento da Igreja de Cristo), enquanto os que ficarem na
terrinha gozarão de uma nova ordem mundial. Sensacional justificativa satânica
para o Arrebatamento da Igreja e a Tribulação que se seguirá. Sobre este
assunto, confira nosso livro A Agenda Secreta .
Quanto a essa história do calendário maia prever o
fim do mundo para dezembro de 2012, não se desesperem, pois vem aí o calendário
asteca. De acordo com os cálculos astecas (civilização mesoamericana que surgiu
mais de um século após os maias), o mundo terminará em 2027. Acredito que antes
de chegarmos nesta última data, assistiremos a mais um filme hollywoodiano,
desta vez intitulado “2027” com uma iluminada
raça ressurgindo dos escombros.
Estamos de fato nos acostumando com essa idéia de
falsas datas para “fins do mundo”. No entanto, não devemos perder de vista
aquele momento grandioso do único final (e recomeço) do mundo: “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até
no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem” (Mateus 24:27). Maranata! (Dr.
Samuel Fernandes Magalhães Costa - http://www.chamada.com.br)
Bibliografia
1. Geryl, Patrick, O Código de Órion: O fim do mundo será mesmo em 2012? Editora
Pensamento-Cutrix Ltda, São Paulo, SP, 2006, páginas 37-38.
2. Id, páginas
146-147.
3. Ibid, página 29.
4. Ibid, página 33.
5. Ibid, páginas
33-34.
6. Ibid, página 31.
7. Saunders, Nicholas
J., Américas Antigas: As Grandes Civilizações. Madras Editora
Ltda. São Paulo, SP, 2005, páginas 75-76.
8. Id, páginas 76-77.
9. Ibid, página 77.
10. Ibid, página 77.
11. Ibid, página 77.
12. Ibid, página 75.
13. Ibid, página 81.
14. Ibid, página 81.
15. Diamond, Jared, Colapso: Como as sociedades escolhem o fracasso ou
o sucesso. Editora Record, Rio de Janeiro, RJ, 2009, sexta edição, página 207
Análise
O que mais vejo é pessoas fustradas e e desiludidas por falsos profetas e vigaristas que se apoiando num calendário onde um suposto fim do mundo iria acontecer em 21 -12 -2012 desprezam as verdadeiras profecias que é a palavra de Deus . taí esta´chegando meia noite e o mundo não acabou .As pessoas erram por não conhecer a Escrituras e o Poder de Deus.