segunda-feira, 5 de setembro de 2011

SUBSIDIO DA LIÇÃO 11 PARA PROFESSORES DA EBD - INFLUÊNCIA CULTURAL DA IGREJA.


Lição 11 – A Influencia Cultural da Igreja

11 de setembro de 2011


Texto Áureo
E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” (Gn 1.28). Ao criar o ser humano, Deus elege delegar ao ser humano domínio sobre a terra. O poder e autoridade do ser humano para o exercício deste governo têm a sua origem no desejo de Deus de fazer o ser humano à sua própria imagem e semelhança. A habilidade do ser humano para manter o seu papel como governador delegado da terra repousará na sua obediência contínua ao governo de Deus como o Rei de tudo. O seu poder para reinar na vida apenas irá até onde vai a sua fidelidade em obedecer à lei de Deus[1].

Verdade Prática
Deus nos criou como seres sociais e instrui-nos a produzir uma cultura que reflita os princípios espirituais e morais de sua Palavra.

Leitura Bíblica em Classe
Gn 1.26-30


Objetivos
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Diferençar a cultura antes e depois da queda;
- Conhecer os exemplos bíblicos de relacionamento cultural, e
- Compreender que Igreja deve influenciar culturalmente a sociedade.

Palavra-chave
CULTURA
Produções sociais e costumes das sociedades humanas.


Comentário
(I. Introdução)
O crente, cidadão permanente do Reino dos Céus, vivendo como peregrino nesta terra, não deve viver incólume à vida social, cultural, profissional, política e econômica da sociedade, muito embora esta última esteja alijada da Glória de Deus e em conseqüência, sua produção cultural esteja contaminada, nem tudo o que é produzido por ela é de todo ruim. Uma música, um livro, costumes, a lei... são todos eles intrinsecamente maus? Pela Graça Comum Deus distribui medidas significativas de capacidade em áreas artísticas e musicais, assim como em outras esferas nas quais a criatividade e a habilidade podem expressar-se. Nessa área, como também nas esferas física e intelectual, as bênçãos da graça comum são derramadas sobre o homem não regenerado e até mais abundantemente que sobre os crentes. (Graça comum é a graça de Deus pela qual Ele dá às pessoas bênçãos inumeráveis que não são parte da salvação. A palavra comum aqui significa algo que é dado a todos os homens e não é restrito aos crentes ou aos eleitos somente - Mt 5.44,45; At 14.16,17). Como escreve Charles Colson em sua obra “E Agora Como Viveremos?” publicado pela CPAD: “Evangelismo e renovação cultural são, ambas, tarefas divinamente ordenadas. Deus exercita a sua soberania de duas maneiras: através da graça salvadora e da graça comum. Estamos bem familiarizados com a graça salvadora; é o meio através do qual o poder de Deus chama pessoas que estão mortas em suas transgressões e pecados para uma nova vida em Cristo. Como servos de Deus, devemos ser agentes de sua graça salvadora, evangelizando e trazendo pessoas a Cristo. Mas poucos de nós realmente entendem a graça comum, que é o meio através do qual o poder de Deus sustenta a criação, retendo o pecado e o mal que resulta da Queda e que, de outra forma, dominaria sua criação como uma grande enchente. Como agentes da graça comum de Deus, somos chamados a ajudar a manter e renovar sua criação, a sustentar as instituições formadas da família e da sociedade, a buscar a ciência e a sabedoria, a criar obras de arte e beleza e a curar e ajudar aqueles que sofrem com os resultados da Queda.” (pp. 13). Boa Aula!
(II. Desenvolvimento)
I. A CULTURA ANTES E APÓS A QUEDA
1. A natureza da cultura humana. A cultura é uma das principais características humanas, pois somente o homem tem a capacidade de desenvolver culturas, o que o distingue dos outros seres criados. A cultura pode ser considerada como tudo que o homem através da sua racionalidade, mais precisamente a inteligência, consegue executar, dessa forma todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras. Cultura (do latim colere, que significa cultivar) é um conceito de várias acepções, sendo a mais corrente a definição genérica formulada por Edward B. Tylor[2], segundo a qual cultura é aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade. A queda do homem gerou um resultado imediato: a depravação total da natureza humana. O contágio do seu pecado espalhou-se rapidamente pelo homem todo, não ficando sem ser tocada nenhuma parte da sua natureza, mas contaminando todos os poderes e faculdades do corpo e da alma. Esta completa corrupção do homem é ensinada claramente na Bíblia: Gn 6.5; Sl 14.3; Rm 7.18. O crente, independentemente da denominação a qual pertença, querendo ou não, é um ser deste mundo, inserido no contexto social herdeiro da imperfeição resultante do primeiro pecado. O Reino de Deus não é deste mundo, mas foi inaugurado neste mundo, sem excluir-nos da responsabilidade com este mundo, tanto é que Jesus disse: "... é chegado a vós o reino de Deus" (Mt 12.28). Cristo falou de um reino de justiça, e de tantos outros sinais visíveis desse reino. Torna-se impraticável fechar-se dentro de uma redoma e excluir-se deste mundo, achando que temos de pensar só no Reino enquanto nosso futuro escatológico. Ser luz do mundo e sal da terra só é possível se o crente contribuir para que a luz brilhe e o sal tenha sabor, tais procedimentos se materializam em contato com a sociedade, a fim de transformá-la numa sociedade mais justa.
2. A cultura como beleza da criação. O homem é um ser espiritual que não é apenas corpo, mas também alma e espírito; é um ser moral cuja inteligência, percepção, e autodeterminação excedem em muito os de qualquer outro ser criado. Estas propriedades implicam no valor que cada ser humano possui para Deus. Através da graça comum, o homem mesmo após a Queda, pode produzir uma cultura que reflita a ordem original da criação em todos os aspectos da vida humana. Deus criou o homem para ser seu agente em seu reino, para governar e dominar o resto da criação. O poder e autoridade do ser humano para o exercício desse governo tem a sua origem no desejo de Deus de fazer o ser humano à sua própria imagem e semelhança. A graça comum é a fonte de toda a ordem, o refinamento, a cultura, a virtude comum, etc., que encontramos no mundo, e através dela é que o poder moral da verdade no coração e na consciência é aumentado, e as paixões maléficas dos homens são restringidas.
3. A Queda manchou a cultura humana. Embora a Queda tenha introduzido o pecado na história humana, a Comissão Cultural não foi anulada. Continuamos responsáveis pela administração da terra que nos destinou o Senhor (Gn 3.23). Isso nos leva a seguinte pergunta: quando o homem caiu, ele perdeu a imagem de Deus? Do ponto de vista ontológico (aquilo que o homem é), não foi eliminado com a queda, ele continua sendo homem, mas o aspecto funcional (aquilo que o homem faz) da imagem de Deus, seus dons, talentos e habilidades passaram a ser usados para afrontar a Deus. Contudo, não devemos entender que a cultura humana seja de todo ruim ou proceda totalmente do maligno.
Sinopse do Tópico (1)
A capacidade de criar e desenvolver cultura é um dom divino.


II. EXEMPLOS BÍBLICOS DE RELACIONAMENTO CULTURAL
1. Daniel discerne a cultura babilônica. Babilônia se refere à capital da antiga Suméria e Acádia, na Mesopotâmia. No moderno Iraque, localiza-se a aproximadamente 80 km ao sul de Bagdá. O nome Babil (ou Babilu em babilônico) significa "Porta de Deus", mas os judeus afirmam que vem do hebraico antigo - Babel, - que significa "confusão". Essa palavra semítica é uma tradução do sumério Kadmirra. A Babilônia foi provavelmente fundada por volta de 3800 a.C. Teve um papel significativo na história da Mesopotâmia. O povo babilônico foi muito avançado para a sua época, demonstrando grandes conhecimentos de arquitetura, agricultura, astronomia e direito. Iniciou sua era de império sob o amorita Hamurabi, por volta de 1730 a.C., e manteve-se assim por pouco mais de mil anos. Hamurabi foi o primeiro rei conhecido a codificar leis, tarefas nas quais utilizou a escrita cuneiforme. Descobriu-se assim que a cultura babilônica influenciou em muitos aspectos a cultura moderna, como a divisão do dia em 24 horas, da hora em 60 minutos e daí por diante. De entre os seus soberanos, o mais famoso foi Hamurabi (1792 a 1750 a.C.). O mais antigo e completo código de leis que a história registra foi de realização sua. Hamurabi também nomeou governadores, unificou a língua, a religião e fundiu todos os mitos populares em um único livro: a Epopéia de Marduk - que era lido em todas as festas de seu reino. Também cercou sua capital, fortificando-a. Ele criou o Código de Hamurabi, cujas leis, em resumo, seguem um mesmo princípio: Olho por Olho, Dente por Dente. [Veja algumas leis:] [3]. Os Babilônios eram politeístas e a cultura da nação possuía elementos de magia, feitiçaria e astrologia. Todo o conhecimento babilônico era repleto de mitos quanto a interpretação. Problemas como: a origem do homem, a prostituição cultual como meio de adoração e divinização do rei estavam presentes. Daniel (Deus é meu Juiz) conseguiu aprender a cultura babilônica sem fazer a mínima concessão doutrinária ou moral. Daniel não discutiu com os babilônios, apenas adotou um principio essencial: “se esforçaria para servir ao SENHOR num ambiente hostil e perverso ou indiferente, sem fazer concessões que prejudicassem a Palavra de Deus”. Ele possuía liberdade no meio dos babilônios e assim serviria ao Deus único e verdadeiro. Recebeu nome pagão (Beltessazar = que Bel proteja a sua vida; Bel era o principal deus da Babilônia), mas não foram supersticiosos. Existia uma realidade espiritual pela qual rejeitou a mesa do rei: O Crente vivendo numa sociedade não regenerada não deve fazer concessões aos ritos sociais, é preciso coragem e muita fé. Daniel e seus amigos não se levantaram contra o rei e sua cultura. Não profetizaram contrario – houve respeito e cortesia todo o tempo. (Dn 1.8; Rm 13.1-7). Daniel sempre agiu com cortesia e humildade perante os babilônios (v. 1.12 – “teus servos...”). Existem duas alternativas erradas quanto a cultura deste mundo: A primeira: O isolamento – fechar dentro de um gueto religioso. A segunda: A assimilação – fazer o que todo mundo faz. A solução é agir como Daniel, agir por princípios.
2. Paulo, Barnabé e a transformação cultural em Listra. Atos 14 registra que após ter escapado da perseguição em Icônio, Paulo e Barnabé entraram em Listra para evangelizar e onde aconteceu por meio deles a cura de um paralítico de nascença. Por causa disso, os habitantes de Listra pensaram que os dois missionários fossem a encarnação dos deuses pagãos Júpiter e Mercúrio. A adoração a Júpiter e Mercúrio (pai e mensageiro dos deuses, conhecidos pelos gregos como Zeus e Hermes) na antiga Listra foi verificada através da pesquisa arqueológica. Como Paulo era quem pregava e mais falava, foi fácil concluir que ele seria Hermes, e Barnabé seria Zeus. Parece que Paulo e Barnabé não se aperceberam disto, até que o sacerdote de Júpiter, que tinha um templo defronte à cidade, trouxe touros e grinaldas para a porta da cidade para lhes oferecer sacrifícios. Quando entenderam o que se passava, Barnabé e Paulo rasgaram as suas vestes – indicando que era um ato de sacrilégio o que o sacerdote fazia (Mt 26.65) – e correram para o meio do povo, gritando que eram homens como eles, e que estavam ali para lhes contar as boas notícias sobre o verdadeiro Deus, o Deus vivo, para que deixassem sua idolatria inútil e se convertessem a Ele. É de se notar que os apóstolos não se apoiaram no Velho Testamento e nas suas profecias, como faziam nas sinagogas: afinal este povo nada conhecia sobre isto, mas falaram sobre a criação, um assunto que muito interessava os gentios por toda a parte, e através dos tempos até hoje. Tiveram dificuldade em persuadir o povo, mas afinal conseguiram.

Sinopse do Tópico (2)
Aprendemos com Daniel, Paulo e Barnabé que devemos levar a sério a transformação cultural da sociedade.


III. EVANGELHO, IGREJA E CULTURA
1. Evangelho e cultura. Uma grande dificuldade que o crente tem é se relacionar com a cultura que o cerca de forma pacífica. O medo de perder a fé e ser atacado pelo inimigo que sorrateiramente nos espreita atrás de cada manifestação cultural é latente em nossa cultura cristã. Percebe-se que essa questão era corrente também nos tempos da igreja primitiva. Cultura e religiosidade eram e são coisas indivisíveis. E, a julgar pelas cartas de Paulo, a comunidade cristã em algumas cidades também sofria desse medo cultural. Sem querer desmistificar esse perigo de contaminação, precisamos usar a cultura em favor da expansão do evangelho construindo pontes culturais para pregar o evangelho em um ambiente cultural diversificado. Tomemos como exemplo a pregação de Jesus à mulher samaritana, onde o mestre pregou a mensagem de salvação a partir do contexto cultural daquela mulher; Paulo no areópago de Atenas, ao citar os filósofos pagãos em sua mensagem, criando uma ponte cultural através da qual introduziu o evangelho. No entanto, esse contato não ocorreu sem ignorar o fato de que estas culturas estão manchadas pelo pecado e que nem tudo que é tido pelo homem como valor cultural é aceitável diante de Deus.
2. Igreja e cultura. As mudanças culturais enfrentadas pela sociedade, a globalização e o consumismo são desafios cada vez mais presentes na vida cristã. A adesão a métodos, o consumo de experiências religiosas e a ausência de uma ética bíblica fazem parte do dia-a-dia de grande parte das comunidades evangélicas Brasil a fora. É raro perceber alguma articulação com bases bíblicas que contraponha a tendência cultural dominante. Não há uma mentalidade evangélica. Assim, muitos cristãos assumem formas de pensamento que revelam uma visão limitada do senhorio de Cristo e do alcance do reino de Deus. No entanto, a Igreja é depositária de um instrumento que serve como fonte e ferramenta de transformação da sociedade e que, ao mesmo tempo, aponta as possibilidades da prática cristã integral em áreas como ação social, arte, psicologia e economia. A Igreja pode e deve atuar nos diferentes campos da cultura. Como asseverou Abraham Kuyper: “Não há um único centímetro quadrado em todos os domínios da existência humana sobre o qual Cristo, que é soberano sobre tudo, não clame: é meu!”.
3. O despertamento cultural na Igreja. Na bíblia vemos diversos exemplos que nos possibilitam vislumbrar os limites entre cultura e pecado. Talvez o primeiro deles seja a recomendação do Senhor ao seu povo, quando eles entram na Terra Prometida, de que eles não deviam seguir os caminhos das nações. Obviamente, muitas daquelas noções religiosas cananéias eram parte de uma cultura, mas elas não deviam ser absorvidas pelos hebreus. Embora usado pelos missiólogos como paradigma de missionário transcultural, o estadista Daniel, juntamente com seus amigos, se recusou a comer dos manjares do Rei, e também não tomou do seu vinho, que era consagrado a ídolos. Eles estavam submersos na cultura babilônica, mas sabiam separar pressupostos culturais, conceitos morais e crenças religiosas. Jesus em sua encarnação foi judeu em todo aspecto da existência. No entanto, o fato dele mesmo ser judeu e de estar contextualizando com os judeus não o impediu de denunciar a hipocrisia dos fariseus que lavavam as mãos cerimonialmente antes de comer, quando seus corações continuavam impuros. Ele também se levantou contra o costume de consagrar seus bens ao Senhor quando parentes próximos passavam necessidade. Jesus foi missionário transcultural, mas não se submeteu incondicionalmente a cultura hebréia. Ele a redimiu. Tudo isso nos revela que o evangelho não é apenas um agente passivo e submisso à cultura, mas um agente transformador. No que diz respeito à cultura que nos cerca, deixemos de nos preocupar com os demônios que habitam escondidos pelos cantos. Porque toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto. Toda forma de cultura possui boas dádivas, desfrutemos dessas boas dádivas com nossas consciências tranqüilas, porque o poder de atuação do mal sobre nós reside em nossas dúvidas, temores e medos (Rm 14; 1Co 8; 10.23). O crente deve usar a cultura a seu favor, rejeitando aqueles valores que, embora tidos por tendências culturais e modernas, se opõem ao evangelho [4].
Sinopse do Tópico (3)
Assim como Daniel, Paulo e Jesus de Nazaré, a Igreja deve propor uma contracultura para esta sociedade.

(III. Conclusão)
Todo conhecimento humano e todo avanço cultural da humanidade só estão completos quando partem das Sagradas Escrituras buscando a glória de Deus e o bem da sua criação. Nós insistimos em que o viver santo carece de abstermo-nos do mal e, por isso, arranjamos algumas formas de conduta que possam ser julgadas como más, para podermos nos abster delas e termos aquela bela sensação de santidade. No entanto, 'povo de Deus, santo e amado', se queremos um viver santo, 'revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito' (Cl 3).
"Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)
N’Ele, que me garante que: "... o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20.28),
Francisco A Barbosa
auxilioaomestre@bol.com.br

Questionário
1. O que é cultura?
R. Produções sociais e os costumes das sociedades.
2. Por que nenhuma cultura é perfeita?
R. porque somos imperfeitos por natureza.
3. O que podemos aprender com o fato ocorrido com Paulo e Barnabé em Listra?
R. Devemos levar a sério a transformação cultural da sociedade por meio da prática da Palavra de Deus.
4. Cite uma questão cultural que a Igreja Primitiva enfrentou.
R. O concílio de Jerusalém (At 15).
5. A exemplo de Daniel, Paulo e Jesus, o que a Igreja deve propor à sociedade?
R. A Igreja tem o dever de propor uma contracultura à sociedade.

Notas Bibliográficas
[1]. Adaptado de Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001, Dinâmica do Reino, p. 6;
[2]. (LARAIA, Roque de Barros. Cultura. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006;
[3]. Texto disponível em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Babil%C3%B4nia;
[4]. Adaptado de
http://www.pulpitocristao.com/2010/10/evangelho-e-cultura-pregando-o-evangelho-em-um-ambiente-multicultural/;


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Notícias Agrícolas

Notícias Agrícolas

IGREJA UNIVERSAL DEMONSTRA A REPLICA DO TEMPLO DE SALOMAO QUE SERÁ USADO PARA CONSTRUÇÃO DE IGREJA

 
 
 
 
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Ostentação de 350 milhões de dóllares

Réplica do Templo de Salomao em Sao Paulo custará 350 milhoes de dólares:















                                                                                                                                                                                                                                                                                        


Importações de Israel são um negócio da China, e a Igreja Universal é pioneira no ramo, à anos trazendo ao Brasil litros e mais litros da água do Rio Jordão (o qual, diga-se de passagem, se transformou em um criadouro de coliformes e já foi declarada imprópria para batismos, para tristeza do pessoal da Lagoinha). Agora trará pedras de Israel para edificar a réplica do templo de Salomão no bairro do Brás - SP, o mesmo bairro onde Valdemiro Santiago, dissidente da IURD, vem lutando para se estabelecer.


Documentário da Record sobre o novo Templo de Salomao:


Réplica por réplica, há muito que eu venho denunciando que a suposta fé dos neopentecostais nada mais é do que uma réplica fajuta e muito mal feita do evangelho de Jesus. A única diferença é que o que antes se dizia apenas como metáfora, agora é literal!


VEJA ! ANTIGAS RUÍNAS DA CASA ONDE PEDRO MOROU



 
 
 
 

 
 
 




Uma viagem pela Antiguidade: o histórico Mar da Galiléia, em Israel

                           Conheça também as ruínas de Cafarnaum e de Beit Shean.
Cafarnaum-Israel: antiga ruinas da casa onde viveu o apóstolo Pedro
 Olha o vídeo aí gente!


Em Israel, as histórias contadas pelas ruínas da cidade de Beit Shean, batizada pelos gregos de Scythopolis. A fundação da cidade consta de oito a 15 séculos antes de Cristo. Foi uma importante rota comercial e começou a ser destruída no século VIII antes de Cristo com a invasão dos assírios. O golpe final foi o terremoto de 18 de janeiro de 749. A destruição deixou marcas belíssimas.


Ainda em Israel conheça as ruínas da importante cidade bíblica de Carnafaum, onde morou Jesus Cristo depois de se rejeitado em Nazaré, e onde estão as ruínas da casa do apóstolo Pedro. São Pedro é uma cidade com construções feitas com basalto negro, material vulcânico.

O Mar da Galiléia assistiu a tudo e participou da história. Ele também era conhecido na Antiguidade como Mar de Tiberíades, Lago de Genesaré e, no Antigo Testamento, como Quinerete, que significa "harpa" em hebraico, porque, geograficamente, se parece com uma harpa. Foi o mar dos milagres de Jesus: a multiplicação dos peixes e pães, a tempestade domada e a caminhada sob a água.

 Fonte:  http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1628636-17665-316,00.html

O EVANGELHO EGOCENTRICO












Prosperar sim, egocêntrico não

Na carta aos romanos, está escrito: “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12.2).

Em outras palavras, o apóstolo Paulo estava querendo dizer: “Não sigam as regras deste mundo, não ajam de acordo com os ditames desta sociedade corrupta, sejam agentes modificadores dela. Sejam influenciadores e não influenciados!”

Há algum tempo ouvi uma história. Talvez uma daquelas histórias que nos fazem refletir sobre nossas atitudes. Vou compartilhá-la com você.

Todas as noites, uma criança orava fazendo a Deus o seguinte pedido: “Deus, desejo que você transforme o mundo”. Os olhos do pequeno menino não aguentavam mais contemplar tanta violência, miséria e medo. Seu coração clamava por mudanças.

O mesmo pedido continuou a ser feito durante muitos anos. À medida que a criança crescia, o pedido mudava. O garoto percebeu que mudar o mundo era muito complicado. Talvez Deus estivesse ocupado com coisas mais importantes, pensou ele. Então, passou a limitar seu pedido: ”Deus, desejo que você transforme meu país”.

Os anos se passaram, e o menino, agora mais velho e desiludido, pedia: “Deus, desejo que você transforme minha cidade”. O pedido foi se tornando cada vez mais específico: “...meu bairro, minha rua, minha casa”. Depois de muitos anos, o pequeno garoto tornara-se um homem velho e cansado, porém seu coração ainda estava esperançoso. Vendo, porém, que nada havia mudado, ele fez uma última oração: “Deus, desejo que você transforme primeiramente a mim!”

Essa pequena história ilustra de modo prático o que Paulo disse aos romanos. Não adianta mudar o mundo. É preciso mudar as pessoas. É preciso mudar as atitudes, e não se conformar com este mundo.
As palavras de Paulo são o carro chefe do combate ao “evangelho egocêntrico”.

O “evangelho egocêntrico”, empregado aqui, é o antônimo de “evangelho Cristocêntrico”. Quando uma pessoa se utiliza do evangelho esperando alcançar somente bênçãos para si, está caminhando na contramão das palavras de Jesus, de anunciar o evangelho a toda criatura (Marcos 16.15).

Muitos cristãos estão se conformando com o mundo. Esqueceram-se de sua missão. Estão tão à vontade com os ditames da sociedade que só pensam em si mesmos, deixando para trás a pregação da Verdade de Cristo. Estão vivendo um evangelho em causa própria, unicamente para suprir suas necessidades pessoais.

Deus não é um mero facilitador das coisas, nem tampouco está conosco para atender nossas vontades pessoais. O evangelho de Cristo não serve para nos colocar em uma situação confortável. Nosso foco deve ser anunciar a Palavra da Salvação. Uma Igreja deve ter como principal objetivo a visão missionária e não a satisfação pessoal de seus membros. Não permita que o evangelho egocêntrico tome conta da sua comunhão com o Pai.

O evangelho de Cristo fala de uma mudança pessoal. Não se refere a fatores externos. Não espere que o mundo esteja em total harmonia para agir corretamente. Mesmo que os valores da sociedade estejam deturpados, em desacordo com os preceitos bíblicos, os filhos de Deus devem refletir sua divina vontade, agindo com amor e compaixão e não se rendendo ao mundo, tentando adequar-se a ele.

O grande problema de acomodar-se ao mundo é a permissividade que isso traz. Acabamos aceitando práticas e costumes dentro de nossos lares e dentro das igrejas que antes eram fortemente combatidos. Permissividade é permitir em nossas vidas algo que sabemos que está errado. É ser tolerante com algo que sabemos não agradar a Deus. O crente permissivo ou tolerante esquece o padrão do Senhor para determinadas atitudes e se acostuma com suas debilidades. Acaba por ficar cego, não percebendo o que faz, pois para ele tudo está correto.

Em Apocalipse 2.18-20, lemos: “E ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem seus olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes ao latão reluzente: eu conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua paciência, e que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras. Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria” (ênfase do autor).

Quem tolera, ainda admite o pecado. Ou pior, considera-o uma prática lícita aos olhos de Deus. Quando somos tolerantes e nos acostumamos com nossos pecados, começamos a dar mau exemplo. As más atitudes viram uma reação em cadeia, pois começamos a tolerar o pecado não só em nossas vidas, mas também na vida dos outros irmãos em Cristo, pois se você o condena, condena a si mesmo.

Já ouvi algumas pessoas adeptas a essa modalidade de evangelho falarem: “Deus não se importa com meus hábitos, ou com o modo como me visto. Ele não liga pra isso, ele só olha o coração”.

A concepção de que Deus “só olha o coração” pode ser um instrumento usado pelo inimigo para afastar muitas pessoas da presença do Pai. Em um sentido espiritual, nosso coração exerce uma função primordial. É justamente por Deus “olhar o coração” que as atitudes e os comportamentos exteriores são tão importantes.

Nosso corpo fala e se expressa de acordo com nossos sentimentos, de acordo com o estado emocional e espiritual em que estamos. Falar que Deus não liga para nosso exterior, não liga para o modo que nos apresentamos à sociedade é aceitar a teologia da permissividade, em que pequenas coisas passam a fazer parte do cotidiano do cristão. É um caminho, uma pequena brecha que o inimigo usa para roubar nossa intimidade com o Pai.

O Senhor concedeu ao homem liberdade de escolha. Infelizmente, o sentimento de liberdade exacerbada tem levado aos lares cristãos verdadeira degeneração, tendo, por conseguinte, reflexos na igreja, que é constituída de famílias, o grande núcleo celular em que Deus age.

Desse modo, os princípios bíblicos são vistos sob o prisma da relatividade, em que tudo é maleável e adaptável a novas situações, oriundas da “evolução” da sociedade (comportamento e linguagem, principalmente).

Quando tudo se torna relativo, não há princípios prontos e acabados, mas construídos diariamente a partir das experiências pessoais. E isso é preocupante e muito perigoso. O homem está tentando reescrever os preceitos divinos e adaptá-los consoante seus próprios interesses.

O Senhor é um Deus de misericórdia e amor, porém não é complacente com o pecado. Ele não aceitou o pecado antes e não o aceita agora. Sua Palavra é imutável. O grande erro do homem é pensar que Deus se adapta às necessidades humanas no decorrer da história.

Deus não muda seus preceitos de acordo com as mudanças sociais ou com a modernidade do homem. O que era pecado ontem, continua sendo pecado hoje e ainda continuará sendo até o final dos tempos.

A inobservância dos princípios divinos leva o homem ao caos moral, perceptível em nossos dias em que filhos se revoltam contra seus pais, chegando até a agressão física, estágio em que as ofensas verbais são constantes. Não há temor, somente indiferença à voz de Deus.

A salvação do homem depende somente da sua disposição em receber a graça de Deus. Entenda que Deus nos concedeu o livre arbítrio para que tenhamos responsabilidade. Somos os próprios responsáveis pelas nossas atitudes, pois a liberdade pressupõe esse encargo.

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