sexta-feira, 24 de maio de 2013

Convenções do sul divulgam manifesto pela unidade das ADs no Brasil



Convenções do sul divulgam manifesto pela unidade das ADs no Brasil

O texto pede para que os pastorem intercedam para que a igreja permaneça unida
por Leiliane Roberta Lopes

Convenções do sul divulgam manifesto pela unidade das ADs no BrasilConvenções do sul divulgam manifesto pela unidade das ADs no Brasil
As Convenções regionais das Assembleias de Deus do Sul do Brasil se uniram para criar uma manifesto em favor da unidade da igreja Assembleia de Deus que diante da expulsão do pastor Samuel Câmara pode ser dividida.
No texto os pastores dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul pedem para que os pastores permaneçam unidos como uma só família e alertam para as circunstâncias políticas e sociais que vão exigir uma postura mais firme da igreja.
“A unidade da Igreja deve ser defendida pelo fato de que ela é uma arma espiritual em favor do Reino de Deus, principalmente, no momento histórico que vive nossa nação de laciamento dos valores morais e de ataque sistemático à família e comprometimento da liberdade de expressão da igreja contra o pecado”, diz trecho do manifesto.
O texto pede para que os pastores de todas as ADs que fazem parte da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) entrem em oração para que a Mesa Diretora não venha a convocar uma Assembleia Geral Ordinária para oficializar o desligamento de membros da comissão.
A manifestação das Convenções do Sul está ligada ao julgamento que aconteceu nesta quarta-feira (22) onde quatro pastores seriam julgados por quebra de decoro durante a AGE de Maceió. A Mesa Diretora se reuniu e definiu apenas a expulsão do pastor Samuel Câmara.  Os pastores Sóstenes Apolos, Jônatas Câmara não foram julgados por motivos de saúde que os impediram de comparecer. Já o pastor Ivan Bastos, que hoje ocupa o cargo de 1º Tesoureiro, só poderá ser julgado em uma AGO.


Leia o manifesto:

Manifesto pela unidade da mesa diretora da CGADB

1) Desejamos que a CGADB continue se mantendo no espírito com o qual os pioneiros da Assembleia de Deus no Brasil fundaram-na. Todavia, há o perigo eminente de não sabermos conviver com as diferentes formas de pensar a obra do Senhor, dadas pela liberdade do Espírito Santo e mantidas pela multiforme graça do Senhor, elementos que marcam o movimento pentecostal no Brasil.

2) Conclamamos que os membros da CGADB em todo o território nacional e no exterior para orarem em favor da Mesa Diretora para que os membros da mesma não se precipitem em tomar medida disciplinar ou propor à AGO da CGADB o desligamento de membros seus, principalmente, no período pós-eleição para os cargos de composição da Mesa e do Conselho Fiscal.

Há o perigo iminente de que sejam desligados compulsória e injustamente membros da CGADB, que são pastores com uma história relevante de trabalho na obra do Senhor, somente pelo fato de os mesmos terem interpretado a vontade de Deus com um pensamento diferente daqueles esposados pela Mesa Diretora.

Lembramos-vos que isto configuraria retaliação, que é uma atitude anti-cristã e extremamente prejudicial à unidade da Assembleia de Deus no Brasil.

3) Anelamos que cada membro da CGADB respeite a doutrina apostólica acerca da unidade da Igreja do Senhor Jesus e neste sentido, trabalhe, promova e cultive-a, “assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros” (Rm 12.5), pois “assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito” (1Co 12.12-13).

4) Alertamos a todos os membros da CGADB e colegiadamente a todos as Convenções Estaduais e/ou Regionais que a unidade da Igreja deve ser defendida pelo fato de que ela é uma arma espiritual em favor do Reino de Deus, principalmente, no momento histórico que vive nossa nação de laciamento dos valores morais e de ataque sistemático à família e comprometimento da liberdade de expressão da igreja contra o pecado.

Nesse sentido, a unidade é um elemento de proclamação tácita do Evangelho, visto que o nosso Senhor orou pela nossa unidade: “para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um, eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste”.

5) Rogamos, respeitosamente, a Mesa Diretora e o próprio presidente da CGADB, sua reverendíssima, pastor José Wellington Bezerra da Costa, como líder maior de nossa Assembleia de Deus no Brasil, que não se permita ser considerado incoerente com suas próprias palavras, pois o mesmo pediu a unidade de nossa denominação no país. Como a uma só família rogou aos ministros da Assembleia de Deus no Brasil, poucas horas depois de divulgados os números finais da votação que o reconduziu a Presidente da CGADB para o período de 2013/2017, quando questionado pelo site CPADNEWS: “Que mensagem o senhor deixa para os assembleianos de todo o país?” Respondeu enfaticamente: “Em primeiro lugar, dirijo-me aos obreiros da Assembleia de Deus: somos uma só família e recebemos uma só doutrina, um só Espírito Santo e cremos em um mesmo Deus, por isso mesmo devemos manter esta bênção que Deus tem derramado sobre o coração de todos os assembleianos…” (conforme acesso ao site cpadnews.com.br em 15 de maio de 2013, às 10h30min).

Assinam adiante os líderes da União dos Ministros das Assembleias de Deus da Região Sul (Umadersul) e os demais convencionais, membros da CGADB signatários deste manifesto, que participaram do 17º Encontro dos Lideres das Assembleias de Deus dos Estados do Sul (Elads), também o firmam em folhas apensas ao mesmo.

Presidente: Pr. Ival Teodoro da Silva (PR)

1º Vice-presidente: Pr. João Ceno Ohlweiler (SC)

2º Vice-presidente: Pr. Ubiratan Batista Job (RS)

Mesa Diretora desliga Samuel Câmara da CGADB





Mesa Diretora desliga Samuel Câmara da CGADB

Os outros três pastores acusados de quebra de decoro não foram julgados nesta sessão da Mesa Diretora
por Leiliane Roberta Lopes

Mesa Diretora desliga Samuel Câmara da CGADBMesa Diretora desliga pastor Samuel Câmara da CGADB
A reunião da Mesa Diretora da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) decidiu nesta quarta-feira (22), com sete votos a três, desligar o pastor Samuel Câmara de seu quadro de associados.
O Conselho de Ética e Disciplina da convenção havia solicitado o desligamento sob a acusação de quebra de decoro, alegando que o pastor teria tumultuado a reunião da AGE que aconteceu em 2012 no estado de Alagoas.
Além de Samuel Câmara, os pastores Sóstenes Apolos, Jônatas Câmara e Ivan Bastos também estavam para ser julgados, porém os dois primeiros não compareceram na reunião por motivos médicos e Bastos, que agora é o 1º Tesoureiro da Mesa, só poderá ser julgado em uma Assembleia Geral Ordinária.
Ao comentar a decisão em sua página no Facebook, o pastor Samuel Câmara afirmou que se trata de uma perseguição política e que irá recorrer.
O julgamento dos pastores estava marcado para o mês de janeiro, mas uma liminar da Justiça impediu que ele acontecesse antes das eleições da CGADB, que aconteceu em 11 de abril durante a AGO de Brasília.
Leia o comentário de Samuel Câmara sobre seu desligamento
Ao arrepio do Estatuto e do Regimento Interno, que não prevê esse tipo de sanção para a acusação de quebra de decoro alegada contra mim e os demais pastores já mencionados, a Mesa Diretora acaba de deliberar pelo meu desligamento da CGADB por sete votos a três. Votaram contra a decisão os pastores Antonio Dionísio, Jonas Francisco de Paula e Ivan Bastos.
Os processos contra  o pastor Sóstenes Apolos e Jônatas Câmara foram temporariamente suspensos porque ambos justificaram a sua ausência por razões de ordem médica. Já o pastor Ivan Bastos só pode ser julgado, neste caso, pela AGO por pertencer à Mesa Diretora da CGADB. 
Infelizmente optaram, mais uma vez, por cometer uma arbitrariedade. Rito sumário como nas piores ditaduras. Fica caracterizada a perseguição política e a determinação de tirar do caminho e atropelar qualquer um que levante a sua voz contra os desmandos da administração que há 25 anos comanda a CGADB.
Diante desta atitude arbitrária, repito o nosso lema: “Porque Deus não nos deu um espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor e de moderação”, 1 Timóteo 1.7. 
Vamos recorrer da decisão, com tranquilidade. Eles buscam promover mais uma cisão. Nós buscamos a unidade assembleiana. Insistimos que nos cubram com as suas orações

terça-feira, 21 de maio de 2013

AQUELE QUE LUTA E VENCE.


Deus de Abraão, Isaac, e Jacó! Por que tantas vezes o próprio Eterno e seus profetas continuavam chamando Yaakov de Yaakov e não de Israel? Porque Yaakov é um nome tão honrado. E como apesar disto, quem inventou que o nome Jacó quer dizer mentiroso e trapaceiro. "Deus de Abraão, Isaque e de um mentiroso e trapaceiro?" Deus é Deus de mentirosos e trapaceiros? O meu não é. 

Não existe o som de JOTA no hebraico. O nome real de Jacó é Yaakov, que em hebraico significa suplantador. 

Calcar, pisar: Suplantar a grama, as folhas.  Prostrar aos pés o vencido; derrubar: Suplantar o adversário. Levar vantagem a, ser superior a; exceder, sobrelevar, vencer: 

Jacó suplantou Esaú e o anjo.

O Nome Yaakov, deriva, em hebraico da palavra “calcanhar”.
Ao contrário de seus pais, Yaakov antes de nascer, já lutava com seu irmão, que representava uma nação que não serviria ao Eterno. E lutava para conquistar uma posição que só seria consumada com luta, esforço e fé. O plano de Deus para ele envolvia um nascimento assim, para que seu caráter refletisse o Eterno, e para que seu povo refletisse o Seu caráter.

Os profetas revelam o Eterno como o Senhor dos Exércitos. Aquele que vence, derruba e destrói seus inimigos. O ETERNO SUPLANTA SEUS INIMIGOS.

Podemos entender que o nome  Jacó significa: AQUELE QUE LUTA E VENCE.

Que coisa heim? Jacó não significa mentiroso, enganador, trapaceiro... Não! Significa, AQUELE QUE LUTA E VENCE!

A transmissão da bênção para Jacó




A transmissão da bênção para Jacó

A pessoa, mesmo sendo justa, somente terá vida abençoada através da fé nas promessas de Deus



Numa família polígama, primogênito pode significar tanto o primogênito do pai quanto o primogênito de qualquer esposa em particular. A posição privilegiada do primogênito do pai era garantida pela lei de Moisés, que proibia o pai de preferir o primogênito de sua esposa favorita.
O primogênito sucedia ao pai como chefe da família e tinha autoridade patriarcal sobre seus irmãos. A ele era atribuída uma bênção especial do pai, tal qual fez Isaque com Jacó. O direito da primogenitura era mais importante que toda a herança do pai, porque significava assumir a própria autoridade deste.
Jacó tinha conhecimento do valor da primogenitura e, por isso, perseguiu-a até alcançá-la; já Esaú, seu irmão, não deu tanto valor a essa benção, desprezou-a por confiar mais na força do seu braço, pois como um perito caçador achava que poderia se dar ao luxo de viver muito bem sem que dela necessitasse.
A Bíblia nos descreve o acordo feito entre Esaú e Jacó:
"Tinha Jacó feito um cozinhado, quando, esmorecido, veio do campo Esaú e lhe disse: Peço-te que me deixes comer um pouco desse cozinhado vermelho, pois estou esmorecido. Daí chamar-se Edom.
Disse Jacó: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura. Ele respondeu: Estou a ponto de morrer; de que me aproveitará o direito de primogenitura?
Então, disse Jacó: Jura-me primeiro. Ele jurou e vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó. Deu, pois, Jacó a Esaú pão e o cozinhado de lentilhas; ele comeu e bebeu, levantou-se e saiu. Assim, desprezou Esaú o seu direito de primogenitura." Gênesis 25.29-34
A benção da primogenitura pode também ser interpretada como uma aliança que Deus se dispõe a fazer com todos os homens através do sacrifício do Senhor Jesus. E como Esaú, também os homens têm menosprezado essa oferta gratuita porque confiam mais no seu braço forte, na sua sabedoria e inteligência que na fé nas promessas de Deus.
Muitos têm feito alianças até com o diabo no afã de conquistar sucesso financeiro e trocado a fé no Deus Vivo pela fé nos ídolos que têm boca, mas não falam; têm ouvidos, mas não ouvem; têm olhos, mas não veem; têm pernas, mas não andam.
O povo de Israel também é um símbolo de Esaú, porque renegou o direito da primogenitura quando rejeitou o Filho de Deus, e esse direito passou àqueles que aceitam Jesus como Senhor.
Um outro fato muitíssimo importante concernente à bênção da primogenitura era o valor dado à palavra do pai para o filho primogênito. O momento em que o pai chamava o filho para lhe passar o direito da primogenitura era como se fosse o ato em que o pai assinaria o testamento em favor do filho. Esse momento era o mais esperado pelo filho, e acontecia quando o pai já estava com muita idade e prestes a morrer.
Foi o que aconteceu com Isaque que, chamando Esaú, disse-lhe:
"Estou velho e não sei o dia da minha morte. Agora, pois, toma as tuas armas, a tua aljava e o teu arco, sai ao campo, e apanha para mim alguma caça, e faze-me uma comida saborosa, como eu aprecio, e traze-ma, para que eu coma e te abençoe antes que eu morra." Gênesis 27.2-4
Tendo ouvido essas palavras, Rebeca, mulher de Isaque, que amava mais a Jacó, chamou-lhe e deu ordens que tomasse dois bons cabritos do rebanho, vestisse as roupas de seu irmão Esaú e cobrisse as mãos e o pescoço com a pele dos cabritos como se fosse o próprio Esaú, porque Isaque, por ser muito velho, não podia enxergar. Obedecendo à sua mãe, Jacó apresentou-se diante do pai, dizendo ser Esaú. Então Isaque lhe disse:
"És meu filho Esaú mesmo? Ele respondeu: Eu sou. Então, disse: Chega isso para perto de mim, para que eu coma da caça de meu filho; para que eu te abençoe. Chegou-lho, e ele comeu; trouxe-lhe também vinho, e ele bebeu.
Então, lhe disse Isaque, seu pai: Chega-te e dá-me um beijo, meu filho. Ele se chegou e o beijou. Então, o pai aspirou o cheiro da roupa dele, e o abençoou, e disse: Eis que o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que o Senhor abençoou; Deus te dê do orvalho do céu, e da exuberância da terra, e fartura de trigo e de mosto.
Sirvam-te povos, e nações te reverenciem; sê senhor de teus irmãos, e os filhos de tua mãe se encurvem a ti; maldito seja o que te amaldiçoar, e abençoado o que te abençoar." Gênesis 27.24-29
A bênção da primogenitura já tinha sido comprada de Esaú, todavia, era necessário agora que seu pai tornasse válida a transferência, o que veio acontecer através do engano.
Na avaliação da qualidade moral do ato de Jacó, há que se considerar alguns fatos de fundamental importância para depois concluir se sua atitude foi ou não leviana:
1) Jacó foi obrigado pela mãe a adotar aquela atitude, arriscando tomar sobre si até a maldição que porventura Isaque viesse lançar sobre ele. Quer dizer: Jacó foi obediente à sua mãe.
2) Jacó desejou ardentemente o direito da primogenitura, isto é, valorizou justamente aquilo que seu irmão desprezou. Portanto, fez por merecer esse direito.
3) Não havia outra forma de conseguir o seu intento se não usasse da astúcia e coragem.
4) Deus já havia prometido e determinado a Rebeca que o mais velho serviria ao mais moço quando eles lutavam no ventre dela.
5) Finalmente, o que mais justifica essa atitude de Jacó, a meu ver, foi a sua fé na palavra de seu pai Isaque. A crença nas bênçãos proféticas de seu pai para ele é o símbolo da convicção que devemos ter nas promessas de Deus hoje! E essa é a crença que nos justifica diante de Deus, a nossa fé. Portanto, a fé de Jacó o absolve de toda e qualquer atitude, mesmo que esta tenha sido tomada de forma irregular.
A pessoa, mesmo sendo justa, somente terá vida abençoada através da fé nas promessas de Deus. E Jacó sabia disso. Sabia que o seu futuro estava na boca de seu pai, e o perseguiu até conquistá-lo.
Esaú, que tinha tudo nas mãos, perdeu, por desprezar o seu direito da primogenitura, e, mais tarde,"...querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado." (Hebreus 12.17).
O que aconteceu com Esaú tem acontecido com milhões de seres humanos, infelizmente. Muitos somente se dão conta do desprezo que têm pelo amor a Deus quando não há mais tempo de salvação.
"Então, respondeu Isaque a Esaú: Eis que o constituí em teu senhor, e todos os seus irmãos lhe dei por servos; de trigo e de mosto o apercebi; que me será dado fazer-te agora, meu filho?
Disse Esaú a seu pai: Acaso, tens uma única bênção, meu pai? Abençoa-me, também a mim, meu pai. E, levantando Esaú a voz, chorou.
Então, lhe respondeu Isaque, seu pai: Longe dos lugares férteis da terra será a tua habitação, e sem orvalho que cai do alto. Viverás da tua espada e servirás a teu irmão; quando, porém, te libertares, sacudirás o seu jugo da tua cerviz." Gênesis 27.37-40
Os descendentes de Jacó realmente alcançaram posição avantajada entre as nações; e, no tempo próprio, veio a nascer o Salvador e Senhor Jesus Cristo. Enquanto isso, os descendentes de Esaú, os edomitas, estiveram submetidos a Israel durante um tempo e em seguida se libertaram; porém, desapareceram da História.

Deus muda o nome de Jacó



Deus muda o nome de Jacó

A mudança do nome significava também uma mudança de vida





Depois desses acontecimentos, Jacó chegou a Harã, terra onde habitava Labão, irmão de sua mãe Rebeca, e começou o seu sofrimento. Durante os vinte anos em que esteve lá, trabalhando para seu tio-sogro, foi-lhe imposta, por meio de logro, uma esposa que ele não desejava, assim como também conseguira a bênção de seu pai, Isaque, por meio do logro. Colheu exatamente o que havia semeado.
Ainda assim, o Senhor o abençoou, de forma que se tornou mais rico que o seu próprio patrão. Ele havia deixado Canaã vinte anos antes, sozinho e de mãos vazias. Agora, volta como príncipe tribal, rico em rebanhos, manadas e servos. Aquilo que o Senhor lhe prometera estava se cumprindo; e aquilo que era desejo do seu coração e pelo qual havia feito um voto ao Senhor também estava se realizando, pois em paz estava voltando a Canaã, depois de ter feito um trato com Labão, seu ex-patrão e sogro.
Resolvido esse problema, Jacó enviou mensageiros a Esaú, seu irmão, com a finalidade de reatar as relações de paz. Os mensageiros voltaram e o informaram que Esaú vinha ao seu encontro juntamente com quatrocentos homens. Jacó teve medo e orou ao Senhor, dizendo:
"...Deus de meu pai Abraão e Deus de meu pai Isaque, ó Senhor, que me disseste: Torna à tua terra e à tua parentela, e te farei bem; sou indigno de todas as misericórdias e de toda a fidelidade que tens usado para com teu servo; pois com apenas o meu cajado atravessei este Jordão; já agora sou dois bandos.
Livra-me das mãos de meu irmão Esaú, porque eu o temo, para que não venha ele matar-me e as mães com os filhos. E disseste: Certamente eu te farei bem e dar-te-ei a descendência como a areia do mar, que, pela multidão, não se pode contar." Gênesis 32.9-12
Na oração acima, podemos sentir o desespero e angústia de Jacó, que reclamou de Deus o cumprimento da Sua aliança. Nem sempre, em nossas orações, apenas devemos exprimir os nossos queixumes e tormentos, mas, sobretudo, devemos reclamar os direitos e privilégios que temos com Deus por causa de uma aliança maior feita através do Senhor Jesus Cristo. Se Jacó obteve a vitória com Deus, porque reivindicou as promessas feitas numa aliança, muito mais os verdadeiros cristãos têm o direito de receber todas as bênçãos prometidas, desde Abraão até o Senhor Jesus Cristo, pela fé!
Em seguida, tomando as suas duas mulheres, as duas servas e os onze filhos, fê-los atravessar o vau do Jaboque (vau é um determinado lugar do rio onde se pode atravessar a pé. O rio Jaboque nasce na atual Amã, percorre cerca de duzentos e cinquenta quilômetros e desemboca no rio Jordão):
"ficando ele só; e lutava com ele um homem, até ao romper do dia. Vendo este que não podia com ele, tocou-lhe na articulação da coxa; deslocou-se a junta da coxa de Jacó, na luta com o homem.
Disse este: Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó: Não te deixarei ir se me não abençoares. Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó.
Então, disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste. Tornou Jacó: Dize, rogo-te, como te chamas? Respondeu ele: Por que perguntas pelo meu nome? E o abençoou ali." Gênesis 32.24-29
Há muitas conjecturas a respeito deste episódio entre Deus e Jacó, e não temos ainda uma definição clara a respeito. O que se pode constatar, evidentemente, é que de fato houve uma manifestação profunda de coragem e fé por parte de Jacó em relação a Deus através de uma luta, não corporal, é claro, mas de oração perseverante e de insistência, capaz de mover a mão de Deus na sua direção, e fazê-lo vitorioso.
Isso não ocorreu apenas no seu reencontro com Esaú, pois que este aceitou a paz com Jacó a ponto de confessar ter visto o rosto dele como se tivesse contemplado o semblante de Deus, mas, além disso, a mudança do seu próprio nome, uma vez que Jacó significa "usurpador", em virtude de ter usado a astúcia e o logro para ficar com o direito de primogenitura de seu irmão. Já Israel significa "aquele que luta com Deus", portanto, um grande nome.
A mudança do nome de Jacó significava a mudança de toda a sua vida em relação ao futuro dos seus descendentes, porque todos eles iriam conquistar as bênçãos de Deus, ou seja, tudo aquilo que lhes fora prometido em função de Israel, assim como ele, Israel recebeu as bênçãos em função de Abraaão e Isaque.
Essa é a ideia principal com relação às bênçãos de Deus para os cristãos que tomaram o nome do Senhor Jesus como a chave da Porta do Trono do Altíssimo. Significa dizer que, através desse Nome, tornamo-nos filhos e herdeiros de Deus da mesma forma dos israelitas, que se acharam com o direito de possuir Canaã pela promessa feita aos patriarcas Abraão, Isaque e Israel.

O plano de Deus com Israel






"Não temas, ó vermezinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu Redentor é o Santo de Israel" (Is 41.14).

Uma promessa maravilhosa! Mas onde, como e quando esta ajuda para Israel pode ser encontrada hoje? Talvez, com os EUA? Não! Ou talvez com Deus, que permitiu o Holocausto e deixou ocorrer a "intifada" (rebelião dos palestinos)? Os inimigos, cegos de ódio, não poupam nenhum sacrifício, nem a própria vida para espezinhar o "vermezinho de Jacó" e provocar uma "solução final" para poder estabelecer o chamado Estado Palestino. E isso em Eretz Israel (a terra de Israel)! O mundo sem Deus prefere crer numa mentira histórica, ao invés de crer na Palavra de Deus eternamente válida.
Lembremo-nos mais uma vez do que Deus diz do "vermezinho de Jacó""Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o Senhor vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito" (Dt 7.6-8).
Do "vermezinho de Jacó" brotou Davi, o "Meleque (= rei) de Israel", que escolheu ser pequeno e humilde diante de Deus. Pela graça de Deus ele pôde subir ao "trono de Davi" como rei terreno e precursor do eterno Rei da Paz, Jesus Cristo.
Deus não escolhe quem busca poder, status e fama. Pelo contrário: "Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes" (1 Co 1.27). Esse é um princípio divino, que se estende por todo o Plano de Salvação.
"Palestina", como Israel é chamado por muitos hoje, é uma designação falsa, pois essa palavra é uma derivação de "pelishtim" ou "Filístia". Na verdade Israel foi oprimido temporariamente pelo "povo do mar", os filisteus, mas os conhecedores da Bíblia sabem que Davi acertou as contas com Golias e os filisteus foram vencidos. Em tempo algum a terra de Israel pertenceu aos filisteus ou aos palestinos. Os moradores da terra, antes que Israel a ocupasse, foram as gerações dos cananeus:"Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete, e aos jebuseus, aos amorreus, aos girgaseus, aos heveus, aos arqueus, aos sineus, aos arvadeus, aos zemareus e aos hamateus; e depois se espalharam as famílias dos cananeus. E o limite dos cananeus foi desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza, indo para Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa" (Gn 10.15-19), e a terra se chamava Canaã"Habitou Abrão na terra de Canaã; e Ló, nas cidades da campina e ia armando as suas tendas até Sodoma" (Gn 13.12). Depois que Ló havia se separado de Abraão, este recebeu novamente uma confirmação da parte de Deus: "Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra (Canaã) que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre" (Gn 13.14-15).
Quando Israel entrou em Canaã, Josué recebeu a ordem divina: "Moisés, meu servo, é morto; dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés" (Js 1.2-3). Depois de quarenta anos de peregrinação pelo deserto, a terra de Canaã foi a pátria de Israel durante 1.500 anos até a destruição do templo no ano 70 d.C. Então Israel foi espalhado entre os povos – até que no ano de 1948, foi-lhe novamente concedida uma pátria por decisão da ONU, mas com a imposição (infeliz) de dividi-la com os árabes.
Mas de onde vem, então, o nome Palestina? O imperador romano Adriano, que odiava os judeus e os cristãos, deu esse nome à terra no ano de 135 d.C., com a intenção de que não se fizesse mais referência "ao nome Judéia de Israel". Assim foi cunhado o falso nome "Palestina" e ele ficou sendo usado desde então. Infelizmente, até as sociedades bíblicas aceitaram essa falsa denominação e a usaram nos mapas em diversas Bíblias: Palestina, ao invés de Canaã.
Aqueles que atualmente se chamam de palestinos são árabes, sejam eles muçulmanos ou cristãos. No fundo a polêmica atual entre árabes e judeus (Israel) não é um problema étnico nem político, mas um problema religioso. E por isso, na verdade, somente a Bíblia pode mostrar o caminho certo para a solução do conflito.
Israel (= Jacó) é uma designação que se refere tanto ao povo como também à terra. Povo e terra formam uma unidade inseparável. Desta forma, a terra deve pertencer aos palestinos, ou seja, aos árabes? Jamais, pois o próprio Deus garante que ela pertence a Israel. As nações deveriam prestar atenção àquilo que Deus diz do Seu "vermezinho Israel" e como Ele o protege: "Porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho" (Zc 2.8b).
A história trágica de Israel mostra que desde o início da sua existência foi oprimido continuamente por poderes inimigos e até ameaçado pelo holocausto. Holocausto significa extermínio em massa, extinção, solução final do problema judeu. Isso já começou antigamente no Egito com Faraó, que tentou dizimar os hebreus. Mas tão certo como Faraó e seus exércitos se afogaram no Mar Vermelho, também Deus acertará as contas com os atuais inimigos de Israel. Naquele tempo ainda era um único inimigo que ameaçava a Israel, hoje são as nações. Desde 1948 Israel foi envolvido em cinco guerras, às quais sobreviveu vitoriosamente. Hoje um dos seus principais inimigos, que usa pedras, punhais e bombas, está bem no meio do seu território. Contra isso é difícil usar tanques, ou aviões. Por meio de guerras e atos terroristas morreram milhares de israelenses desde a fundação do Estado, e a desejada paz desvanece cada vez mais para o "vermezinho de Jacó". Altos dignitários da política vêm a Israel e se atrevem a dar "bons" conselhos e exortações, dizendo que os judeus deveriam ceder territórios. Mas nada nem ninguém anula as promessas que Deus deu a Jacó: "Disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó. Já não te chamarás Jacó, porém Israel será o teu nome. E lhe chamou Israel. Disse-lhe mais: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; sê fecundo e multiplica-te; uma nação e multidão de nações sairão de ti, e reis procederão de ti. A terra que dei a Abraão e a Isaque dar-te-ei a ti e, depois de ti, à tua descendência" (Gn 35.10-12). Mas nem o povo como um todo nem o governo se firma nessa promessa, e infelizmente segue o caminho da "angústia de Jacó", conforme Jeremias 30.7-10: "Ah! Que grande é aquele dia, e não há outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será livre dela. Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, eu quebrarei o seu jugo de sobre o teu pescoço e quebrarei os teus canzis; e nunca mais estrangeiros farão escravo este povo, que servirá ao Senhor, seu Deus, como também a Davi, seu rei, que lhe levantarei. Não temas, pois, meu servo, Jacó, diz o Senhor, nem te espantes, ó Israel; pois eis que te livrarei das terras de longe e à tua descendência, da terra do exílio; Jacó voltará e ficará tranqüilo e em sossego; e não haverá quem o atemorize".
Nosso coração anseia por isso! A nossa oração sempre deve ser que, sem demora, Israel seja conduzido ao encontro do destino que Deus planejou para ele! Para isso é preciso ter fé baseada nas Escrituras e perseverança, não se deixando determinar pelo mal e pelo que é atualmente visível, mas sim, firmando-se nas imutáveis promessas de Deus!
Deus o chama de "vermezinho de Jacó". O Israel moderno – e "vermezinho de Jacó", será que isso combina? Ou Deus deveria fazer uma correção e mudar-lhe o nome? Com essa humilde terminologia divina ofenderíamos Israel diretamente. No máximo, esta expressão talvez possa ser engolida nas piadas judaicas ou no humor do escritor satírico israelense Ephraim Kishon. Israel se orgulha dos seus progressos tecnológicos. E não só por isso, pois em todas as áreas os judeus realizam coisas inovadoras. Por exemplo, em tempo recorde eles criaram um jardim florido e belas cidades nas areias do deserto. Não se consegue enumerar tudo o que eles estão conseguindo e realizando. E nós nos admiramos e nos alegramos com o seu sucesso, e naturalmente também porque foram vitoriosos nas cinco guerras, das quais se viram obrigados a participar. E se houver guerra novamente, Israel está preparado – e como!
Contudo, falta o essencial ao povo de Deus hoje: a confiança no Deus de seus pais Abraão, Isaque e Jacó. Israel quer ser como todos os outros povos e esquece o seu Deus. Por isso, hoje em dia, há medo e perplexidade por toda parte. Alastram-se a anarquia e a imoralidade em Israel como acontece nas outras nações. No Knesset (Parlamento) ninguém se levanta e chama ao retorno para o Deus dos pais. Para onde isso vai levar? Para a "angústia de Jacó", a Grande Tribulação. Só se pode implorar: "Senhor, tenha misericórdia deles e abrevie esse tempo!" O próprio Deus é fiador da salvação e do renascimento de Israel, que o Messias, Yeshua, Jesus Cristo, trará. Então se cumprirá o que está escrito: "Eu, o Senhor, te chamei em justiça; tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios" (Is 42.6). Por isso: nós, que amamos o judeu Jesus, formemos uma muralha de orações ao redor do "vermezinho de Jacó"! Assim o problema com os vizinhos de Israel, hoje ainda inimigos, estará resolvido: "Bendito seja o Egito, meu povo, e a Assíria, obra das minhas mãos, e Israel, minha herança" (Is 19.25b).
Com absoluta certeza o "vermezinho de Jacó" pode contar com a ajuda do Senhor, pois seu Redentor, o próprio Santo de Israel, comprometeu-se com Sua promessa: "Desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias; desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao Senhor" (Os 2.19-20).
Naquele tempo, segundo o direito judaico, o noivado era bem mais significativo do que nos costumes do Ocidente. Um casal de noivos ficava comprometido um com o outro, pois o noivo pagava um dote por ocasião do noivado. Com isso o acordo estava selado. Em que consiste o dote em relação a Israel? "Em justiça, em juízo, e em benignidade e em misericórdias... e em fidelidade!" Qual é o fundamento de um noivado? Evidentemente é o amor! Além disso, o Senhor ainda lhes deu Seu Filho unigênito. Portanto, o que mais Israel pode esperar de Deus? Encontramos a resposta em Romanos 11.29: "Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis" e: "se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo" (2 Tm 2.13).
Deus cumpriu Seu juramento e continua cumprindo-o. – E Israel? "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (Jo 1.11). E: "Não queremos que este reine sobre nós" (Lc 19.14b). Que tragédia para a própria desgraça! Que grande ofensa a Deus e a Seu Filho! Como deve ter sido dolorosa para Eles a recusa desse amor! Ouvimos como um lamento: "Estendi as mãos todo dia a um povo rebelde, que anda por caminho que não é bom, seguindo os seus próprios pensamentos" (Is 65.2).Por isso Israel ainda tem de passar pelo juízo redentor, pois Deus diz por meio de Samuel: "Se, porém, não derdes ouvidos à voz do Senhor, mas, antes, fordes rebeldes ao seu mandado, a mão do Senhor será contra vós outros, com foi contra vossos pais" (1 Sm 12.15). – "Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça" (Is 59.1-2).
Poderíamos continuar jogando sobre Israel muitas outras passagens bíblicas que falam de condenação. Esta é a nossa tarefa? De maneira nenhuma! Isso não compete a nós! Nesse sentido nos chama a atenção a insistente exortação do apóstolo Paulo: "Não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, também não te poupará" (Rm 11.20b-21). Por acaso será que nós temos sido continuamente fiéis ao Senhor? Infelizmente, não! Somos nós melhores do que o "vermezinho de Jacó?" De modo algum! É vergonhoso constatar que o anti-semitismo não se alastra apenas nos círculos políticos, mas até em igrejas isso tem acontecido – e contagiado membros de grupos cristãos.
Desde a escolha de Israel, como povo de propriedade de Deus, o inimigo tem sempre procurado destruí-lo. Ele costuma usar dirigentes políticos como Hitler, Nasser, Kaddafi, Yasser Arafat, mas também a imprensa de esquerda. O Holocausto começou com Faraó. Na peregrinação pelo deserto foi o rei Balaque que usou os serviços do renomado adivinho e "vidente" Balaão. Este era uma sumidade no terreno do ocultismo. Balaão deveria amaldiçoar Israel por meio de suas temidas maldições mágicas, o que falhou apesar de diversas tentativas. Contra a vontade de Balaque e Balaão, ao invés de maldição, esse falso profeta teve de pronunciar as mais gloriosas palavras de bênção: "Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem... uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro" (Nm 24.9b e 17a).
A história de Israel, em muitos trechos, é uma história de sofrimentos trágicos. Finalmente houve na Suíça e em alguns outros países uma disposição para rever a História e ressarcir danos materiais às vítimas do Holocausto e seus descendentes, e se fala de revisar o passado. Mas além disso também seria importante revisar a História de Israel, sua origem e suas promessas como são ensinadas em escolas e universidades. Para isso, porém, seria necessário estudar a Bíblia! Como, entretanto, as nações e seus dirigentes estão cegos e não têm mais compromisso com a Bíblia, continuam presos à velha e antiga culpa, que é impossível de ser reparada com quaisquer bens materiais. Ninguém pode resgatar sua culpa por meio de ouro ou dinheiro! Deus não aceita nenhuma negociação de indulgências. A Palavra de Deus diz que as nações se tornaram cegas: "obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração" (Ef 4.18).
Alguém que odiava os judeus perguntou a um velho judeu:
"O que você pensa que acontecerá com o seu povo se nós continuarmos perseguindo vocês"? O judeu respondeu: "Haverá um novo feriado para nós!" "O que você quer dizer com isso?", perguntou o outro, "como vocês podem ter um novo feriado se continuarmos perseguindo vocês?" O velho judeu disse: "Veja bem, Faraó quis nos exterminar – e nós recebemos um feriado: a Páscoa! Hamã quis enforcar Mordecai e exterminar todos os judeus – e nós recebemos um novo feriado: Purim! Antiôco, o rei da Síria, quis exterminar os judeus. Ele ofereceu um porco ao deus Júpiter no templo – e Israel recebeu outro feriado: Hanucah! Hitler quis nos exterminar – e nós recebemos mais um feriado: Yom Ha’atzmaut, o Dia da Independência! Os jordanianos ocuparam Jerusalém Oriental durante 19 anos, impedindo-nos de orar no Muro das Lamentações, até que, no ano de 1967, nossos soldados libertaram Jerusalém Oriental. Desde então festejamos anualmente o Yom Yerushalaym, o Dia de Jerusalém! E caso continuarem nos perseguindo, receberemos mais feriados da parte de Deus!" E o velho judeu tem razão!
Esta história continua sendo escrita: Israel receberá outro feriado. O monumento já foi levantado. No mundo inteiro só existe um único monumento a uma guerra que ainda não aconteceu. Qualquer um tem a oportunidade de vê-lo em Megido, e a placa indicativa diz que, de acordo com Apocalipse 16.16, Deus reunirá as nações para a guerra em Armagedom. Mas não somente isso. Também se cumprirá Zacarias 14.12 assim que os inimigos de Israel atacarem Jerusalém, e a sentença está lavrada: "Esta será a praga com que o Senhor ferirá a todos os povos que guerrearem contra Jerusalém: a sua carne se apodrecerá, estando eles de pé, apodrecer-se-lhes-ão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na boca." Por causa das armas químicas, esse cenário apocalíptico se torna compreensível. Mas nós cremos na promessa divina: "Porque eu sou contigo, diz o Senhor, para salvar-te; por isso, darei cabo de todas as nações entre as quais te espalhei; de ti, porém, não darei cabo, mas castigar-te-ei em justa medida e de todo não te inocentarei" (Jr 30.11).
Da mesma maneira Deus procedeu com os israelitas na Pérsia. O livro de Ester relata uma história estranha, que soa como um conto de fadas das mil e uma noites. A vida majestosa e cheia de pompa do Oriente e as intrigas que faziam parte da corte real da Pérsia são descritas de maneira muito realista: uma grande parte de Israel não conseguia se decidir a obedecer aos profetas, Isaías e Jeremias, para deixar a Babilônia e voltar para a sua terra, embora a ordem do Senhor fosse clara:"Saí da Babilônia, fugi de entre os caldeus" (Is 48.20a), e "Saí do meio dela, ó povo meu, e salve cada um a sua vida do brasume da ira do Senhor" (Jr 51.45). O período de 70 anos de cativeiro no exílio, conforme os profetas haviam anunciado, estava no fim. O templo deveria ser novamente edificado em Jerusalém e os sacrifícios reinstituídos. Mas os judeus que haviam ficado não mostraram nenhuma vontade nesse sentido. Obviamente eles preferiram se assimilar e se acomodar na terra próspera onde se encontravam. Aí se manifestou novamente a desobediência obstinada:"Mas o meu povo não me quis escutar a voz, e Israel não me atendeu. Assim, deixei-o andar na teimosia do seu coração; siga os seus próprios conselhos" (Sl 81.11-12). Isso teve por conseqüência inevitável: "Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse; antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão, também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei" (Pv 1.24-26).
Esta não é uma séria advertência para nós? Quem pensa que sabe tudo melhor e persiste na teimosia, traz sobre si infortúnio e infelicidade. Foi a grande misericórdia de Deus que fez com que Ele, assim mesmo, aceitasse Seu povo desesperado e o salvasse para a Sua honra. A Sua misericordiosa providencial protegeu o resto do povo do aniquilamento total, e Ele também o fará no futuro! A decisão de Hamã de exterminar os judeus e enforcar Mordecai foi frustrada pelo corajoso ato da Hadassa (= Ester). "Se morrer, morrerei"! Com essa decisão corajosa ela não apenas frustrou o plano de Hamã, mas também do rei, agindo em favor do seu povo. E Hamã experimentou o dito: aquele que prepara uma forca para Israel será pendurado nela!
Mas hoje, quem tem coragem de falar a favor de Israel? Aquele que abençoa Israel será abençoado! Em memória do maravilhoso livramento da mão de Hamã, Israel festeja a cada ano, no dia 14 de adar, a Festa de Purim. Todavia, o dia de grande alegria ainda está por vir, pois Isaías anuncia ao"vermezinho de Jacó": "Em lugar da vossa vergonha, tereis dupla honra; em lugar da afronta, exultareis na vossa herança; por isso, na vossa terra possuireis o dobro e tereis perpétua alegria" (Is 61.7). (Burkhard Vetsch - http://www.chamada.com.br)

A partícula de Deus




A partícula de Deus


Quem disse que o espaço era a fronteira final não conhecia a capacidade do ser humano de ir mais além, que o homem tenta entender e explicar tudo, e que por isso não podemos especificar nossos limites.

Cientistas podem ter descoberto a “partícula de Deus”
A notícia recebeu grande destaque no Times de Londres do último dia 2, foi publicada com grandes títulos na imprensa norte-americana, inclusive noNew York Times, e mereceu a primeira página no Los Angeles Times. Não é para menos: se os fatos forem confirmados oficialmente, estará sendo aberto um mundo totalmente novo para a física, abrindo horizontes jamais imaginados, nem mesmo depois da Teoria da Relatividade.
A notícia foi dada inicialmente pelo Times londrino, que a publicou na quinta-feira, 2, com o título: “A Semana Passada Mudou Tudo”. Durante mais de 20 anos, os cientistas de todo o mundo estiveram procurando por uma partícula invisível que determina as propriedades básicas da matéria.
Conhecida como bóson de Higgs, acredita-se que ela seja uma parte vibratória do vácuo invisível que permeia todo o Universo.
Físicos do famoso Centro de Estudos e Pesquisas Nucleares (Cern) de Genebra, Suíça, anunciaram há poucos dias terem localizado os primeiros sinais de existência do bóson de Higgs. As evidências, segundo eles, ainda não são conclusivas, entretanto, a descoberta é considerada crítica para a física – não só por encerrar um capítulo da ciência, mas também por abrir uma porta para uma realidade completamente desconhecida pela Humanidade.


Há um mundo totalmente novo lá fora

“O bóson de Higgs não é apenas uma partícula”, disse o físico John March-Russell, do Cern. “Sua descoberta indica que existe um mundo totalmente novo lá fora”. Assim que os físicos conseguirem entender como ele atua no universo, eles serão capazes de responder a uma pergunta fundamental para a qual os antigos pensadores jamais ousaram tentar encontrar uma resposta: por que a matéria tem massa?
A descoberta de Genebra deve ser confirmada como uma das maiores conquistas da ciência em todos os tempos. O vácuo estrutura tudo o que existe no Cosmos e mantém a matéria sob sua influência. E o bóson Higgs -visto hoje mais como um campo que como uma partícula – é parte fundamental desse imenso “nada”.
Ele é como a água para os peixes, um ingrediente fundamental para o Universo. Tão fundamental que alguns físicos o chamam de “Partícula de Deus”.
Indícios desse bóson foram detectados, segundo a equipe de cientistas do Cern, no interior do acelerador de partículas de 30 quilômetros conhecido por LEP, durante um processo de colisão de partículas a altas velocidades. No começo de outubro, algumas trilhas, sugerindo a possível presença do bóson, deixaram excitados os físicos do Cern. Mas elas apareciam e desapareciam. No início do mês, entretanto, as evidências acumuladas foram suficientes para convencer os físicos.
Ainda há muitos céticos na comunidade científica, em relação à anunciada descoberta. Entretanto, se realmente o bóson de Higgs tiver sido descoberto, seu estudo poderá mostrar que o Universo é um lugar totalmente diferente do que se pensava até agora.


Blocos do universo

Bósons são apenas um tipo entre as quase inimagináveis pequenas partículas atômicas que, de acordo com a Física Teórica, são os blocos primordiais do Universo. Geralmente descritos como uma espécie de substância gelatinosa, os bósons de Higgs alteram as propriedades da matéria que viaja através deles. O que implica na existência da massa. Até pouco tempo atrás, a massa era considerada uma propriedade tão básica da matéria que os cientistas sequer ousavam perguntar de onde ela vinha – existia, e pronto.
A influência invisível dos bósons afetam o modo como as coisas se movem. Na verdade, dizem os físicos, a própria observação de que as coisas têm massa confirma que os bósons de Higgs existem. O problema, existente pelo menos até agora, era detectar sua presença em aceleradores de partículas e estudar suas propriedades. Para esse estudo, será necessário esperar a construção do acelerador maior e mais aprimorado, o LHD (Large Hadron Collider). Só com ele será possível observar melhor as “partículas de Deus” e vislumbrar, como dizem os físicos, “coisas incríveis num universo jamais imaginado”. Para quem já esperou tantos séculos, não custa esperar mais uns poucos anos.


Finalmente, a Partícula de Deus Foi Descoberta?

O bóson de Higgs ganhou este pomposo nome, “partícula de Deus”, no início dos anos 1990, após um físico, Leon Lederman (Nobel de 1988) lançar seu livro intitulado The God Particle (a partícula de Deus, em inglês), com a finalidade de explicar a teoria sobre o bóson Higgs para o público não especializado em ciência.
A nova partícula tem características “consistentes” com o bóson de Higgs, mas os físicos ainda não afirmam com certeza absoluta de que se trata realmente da “partícula de Deus”. Portanto, haverá mais pesquisas de coleta para novas evidências de que a partícula se comporta com as características esperadas.
As conclusões foram baseadas em dados obtidos no Grande Colisor de Hádrons (LHC, em inglês), acelerador de partículas construído pelo Cern ao longo de 27 quilômetros debaixo da terra, na fronteira entre a França e a Suíça.
Considerada a mais poderosa do mundo, foi construída especificamente para estudos de física de partículas, e a descoberta desta quarta é a mais importante que já foi feita lá até o momento.


     
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