sexta-feira, 21 de junho de 2013

Protestos por R$0,20???





Protestos por R$0,20???



Quem não tem assistido aos protestos no Rio, São Paulo e Porto Alegre? Nos últimos dias grandes coisas temos visto na TV. Mas o que mais me impressiona são as mentiras de um governo de uma bagunça chamada Brasil! É o Datena no dia 14/06/2013 mostrando as imagens falando de revoltas por meros R$0,20 e gastando seu tempo (meia hora) conversando com o excelentíssimo governados Geraldinho Alkmin (sou eleitor e posso chama-lo assim) enquanto que ninguém conversou com os militantes e quando mostravam os cartazes "macroblocos" se amontoavam na imagem justo onde estavam os dizeres. Jornais do mundo, especialmente o Le Monde da Espanha passou a falar de brasileiros que lutam por centavos e não contra a corrupção.

Vergonha! Um país que tem uma democracia conseguida a ferros em menos de 30 anos e que não a valoriza. Jornalistas, guerreiros insistentes, agora abafam a verdade se tornando "algo para descarte". Chega ser doído de se ver. Não é de hoje que tenho dito que no Brasil nos dias atuais só se muda com violência ou com catástrofes que, se atingirem os de "fora e ricos", fará com que a ONU tome o poder brasileiro e, quem sabe, sejamos assim suscetíveis a mudanças.

Após o empréstimo com bancos ingleses por Dom Pedro I, a escravização, o Tratado de Tordesilhas, o Collor, os desvios do INSS, TRT de São Paulo e de governos pelo Brasil afora, as CPI's dos bingos, sanguessugas, Correios e mensalão, os absurdos gastos com a bola de futebol e não com a saúde, educação e segurança, os R$0,20 parecem ter sido a "GOTA D'ÁGUA" a entornar a piscina, porque no Brasil, copo d'água é pouco.

Atualmente nas redes sociais tem rolado muitos protestos também, e eu gostaria de publicar aqui um deles. Concordo com tudo que está escrito abaixo e, se possível, assino embaixo, porque ser cristão hoje nada mais é que lutar pela justiça, paz, amor e pela verdade.

Prezado Jabor,

Posso te chamar de Arnaldo? Ou melhor, Naldo! Ah, Naldo é bacana, vai! Tá na moda, dá um ar descolado. Apesar de o papo aqui entre nós ser bem sério hoje.

Sabe, o problema não são os "vinte centavos a mais" que você falou outro dia. É a relação inversamente proporcional entre o custo da passagem que sobe, e a qualidade do transporte público que desce.

Se pagar 3,15 no Rio me garantisse um ônibus de qualidade, em intervalos regulares e guiado por um motorista bem preparado (e educado), eu estaria feliz da vida, cara! Te juro! Deixaria até gorjeta pro "piloto". Mas você REALMENTE acha que é isso que acontece?

Ah, você nem sabe, né? Porque dentro do seu carrão super confortável deve ser mesmo muito difícil imaginar alguém andando por aí como uma sardinha em lata e se sentindo humilhado pelas condições degradantes que lhe impuseram. É quase um universo paralelo.

Confesso que fiquei bastante '#chatiado' com você, pra usar uma expressão bem comum hoje em dia entre os jovens. Jovens como eu, de classe média, com algum grau de esclarecimento e que utilizam constantemente a internet.

Uma turminha que, segundo você, não tinha nada que estar ali protestando, já que não depende de metrô, ônibus, trem. Essa foi uma das afirmações mais tolas que já ouvi em toda a minha vida, e pior ainda é que boa parte da Imprensa embarcou na mesma onda!

Diversos jornalistas - pra minha tristeza e repúdio - classificaram como mero vandalismo a ação dos manifestantes, e estão até agora tentando me convencer de que há toda uma TEORIA DA CONSPIRAÇÃO por trás, gente oportunista que estaria se aproveitando da proximidade das eleições pra manipular os demais e assim conseguir que... ok, já chega, podem parar por aí antes que o meu estômago revire de vez.

O que eu queria entender, caro Jabor, é por que não apareceu a cara de pelo menos UM empresário dono de ônibus na minha TV. Ou ao menos UMA linha sequer falando sobre eles em um jornal. Uma mísera declaração no rádio. Num site, que seja. Quem são eles? Aonde vivem? Do que se alimentam? Ninguém sabe, ninguém viu. Tal qual criaturas das trevas, eles se escondem nas sombras e são sempre poupados, preservados. Por quê???

Enquanto isso, policiais tomam pedrada, estudantes levam gás de pimenta, rodoviários são escravizados, trabalhadores são prejudicados. Aí você veste o seu terninho elegante, vai pra frente da câmera e tem a PACHORRA (só pra usar um termo que gente velha adora) de me falar que isso tudo foi "por causa de vinte centavinhos a mais"?

Olha, eu condeno atos de violência e acho lamentável depredar lojas, saquear, fazer balbúrdia. Mas desviar a atenção toda pra essa questão, como se fosse este o foco do problema, e querer refletir sobre a força maligna que estaria por trás, é de uma covardia que eu não sei nem dimensionar. Mais do que isso, é querer me chamar de abestado!

Ainda mais com essa total PARCIALIDADE que os meios de comunicação estão demonstrando, querendo desqualificar os protestos legítimos e praticamente dizer que eles são um exagero, coisa de um bando de gente reprimida que não tinha videogame pra extravasar sua raiva e decidiu protestar contra a primeira bobeirinha que apareceu.

Sou capaz de aceitar que esse discurso de lavagem cerebral venha de um político idiota, pois assim são os políticos. Pega o Paes no Rio e o Haddad em Sâo Paulo, que você vai ver. Ou o Cabral e o Alckim. O discurso é o mesmo, são tudo farinha do mesmo saco. Só muda o sotaque.

Agora, vir de jornalistas como você, Naldo, aí não dá pra engolir. Esse posicionamento antagônico com a população mostra apenas a falta de identidade e o descompasso que a profissão vive atualmente, mas aí é outra história, deixa quieto.

Coincidentemente, olha só, precisou que uma repórter da Folha fosse atingida no olho por balas de borracha pra começarem a rever os conceitos e partirem pro ataque. Mas atacar quem, cara-pálida? Eu? Você? Ei, espera aí galera, que eu saiba devíamos estar lutando juntos, do mesmo lado! Só que não.

Realmente, deve ser muito mais legal pros nossos prefeitos e governantes que o mundo ache que isso aqui é uma festa incessante, uma farra do bundalelê! Onde todo mundo vai trabalhar de biquíni e sunga, sambando no pé e com um sorriso de orelha a orelha, batendo uma bolinha na hora do almoço e voltando pra floresta em um carro alegórico, tudo regado a bastante caipirinha e cerveja gelada. No dia seguinte, tudo de novo, claro!

Afinal, estamos no Brasil, o malandrão, a potência, a terra do jeitinho. Aqui é tudo tão bom, tão perfeito, que a gente só de sacanagem resolve dar uma aprontada de vez em quando, só pra ver qual é.

Sim, há muito jovem alienado de classe média (e alta) nas redes sociais. Mas eu prefiro falar dos que têm algo a dizer, e não só os que dizem, mas principalmente fazem. Há militantes em potencial por aí, e não rebeldes sem causa. Até porque o que não faltam são causas pra lutar.

Também tem os aproveitadores, e a galera do oba-oba, mas eles são que nem barata, estão em toda a parte. A garotada de hoje em dia pode não ter lutado na Ditadura, nem nas Diretas ou no Impeachment do Collor. Mas tem voz e ferramentas pra reclamar de muita coisa, nessa bagunça em forma de país.

Que não subestimem os jovens por gostarem de um Facebook aqui, um Instagram ali, um vídeo engraçado do Youtube acolá. Gostar de alguma futilidade não é ser alienado e
nem indiferente. E é por isso mesmo que eu te digo, Naldo Jabor: Você errou. Errou feio. Errou rude. E se existe um Deus (polinésio ou não) ele tá de olho em você.

Um abraço, do amigo Sandro

#FicaDica

O que são R$0,20???



O que são R$0,20???


Gostaria de transcrever aqui um áudio que eu escutei e achei por demais interessante:


20 centavos é o preço da desonestidade, é o preço da roubalheira, da corrupção. É o que vale cada político safado nesse país. 20 centavos é o valor de uma pessoa que recebe o bolsa família sem precisar. 20 centavos é o que governo federal gasta com a educação nesse país. 20 centavos é o preço de um ministro da saúde que pra ganhar voz do partido dele quer trazer médicos despreparados pra matar gente pobre ao invés de investir na qualidade e na estrutura da saúde do próprio país. 20 centavos é o preço do neocomunismo que o PT tá tentando implantar no Brasil e ninguém tá vendo. 20 centavos é o que vale toda nossa infraestrutura. 20 centavos é o preço dos impostos pagos em 50 centavos de compra. 20 centavos. E o circo tá aberto meu irmão. Porque o povo é o palhaço, porque por 20 centavos da pra comprar o secretário de segurança pública do estado de SP. Por 20 centavos a polícia dará uma "coça" em cada pessoa que tentar lutar a favor da nação. 20 centavos é o que vale os marqueteiros da Rede Globo e cada jornalista comprado por esta porca emissora de TV. Por 20 centavos você vai ser torturado, mal tratado, preso, assim como era na época da ditadura. 20 centavos é o que vale da atenção pra cada brasileiro alienado que tá cego com a copa e não está nem aí com o próprio país. 20 centavos vale muitos votos, e é possível que por 20 centavos muitos ladrões se reelejam. 20 centavos pra tentar fazer a gente esquecer a corrupção, o mensalão. Com investimento de 20 centavos na política do conhecia, nós ganhamos a copa, olimpíadas, bolsa família, mas perdemos nossa saúde, educação e a nossa dignidade. Com 20 centavos dá pra se impor muita coisa meu irmão e ao mesmo tempo achar que somos as pessoas mais livres dessa terra. 20 centavos não dá pra comprar vinagre se é que me entendem, mas por causa dos 20 centavos eu estou louco pra fazer uma salada, se é que me entendem. Sim é por 20 centavos, sempre foi por 20 centavos e sempre será por 20 centavos, os meus e os seus 20 centavos. Não tema jovem, essa é hora de mudar o teu país. Não tema a prisão, não tema a policia, não tema a ignorância dos políticos que querem te calar. Já passou da hora de o governo temer o seu povo, e não o seu povo temer o governo.


A verdade dói.


http://www.youtube.com/watch?v=lpH0-Nik8N8

Vídeo que fala de certas verdades que nos são ocultadas pelo Governo



Vídeo que fala de certas verdades que nos são ocultadas pelo Governo

Por Carlos Chagas

Achei legal o vídeo e, como tratamos da verdade, acho interessante assisti-lo:



http://www.youtube.com/watch?v=B7t60-ro_5U

Saúde vs Futebol



Saúde vs Futebol

Por Carlos Chagas

O Brasil está vivendo um momento histórico. Depois do Impeachment de Fernando Collor de Melo o povo novamente pinta "as caras" e sai para as ruas em protesto contra a corrupção. E como era de se esperar, não só a mídia (especialmente a Rede Globo), como também grandes nomes brasileiros estão por aí falando asneiras no que tange aos direitos do povo brasileiro. Vejamos dois deles:

Ronaldo "Fenômeno":



http://www.youtube.com/watch?v=KBEB6tDd0D8

"Rei" Pelé:



http://www.youtube.com/watch?v=XNsRzcppX_I


É de estarrecer qualquer um. Ao que parece são dois idiotas não-brasileiros que vêm ao Brasil, ao estilo Silvester Stallone em 2010, zombar de um povo que é vítima e que não tem o direito de se manifestar. Não dá para engolir estes dois ricos corrompidos desta nação. Ambos falam o que falam porque têm dinheiro para investirem em si mesmos quando e se ficarem doentes e, por isso, acham que tudo já está perfeito, esquecendo-se dos demais.Além disso, não têm a coragem que o povo tem para falarem o que deveria ser dito e, por causa disso, preferem ir contra a verdade. 

Ambos palhaços: O Ronaldo "Fenômeno", que com uma frase apenas, consegue ir da Copa ao SUS, ou seja, do céu ao inferno, de forma fenomenal e o "Rei" Pelé, que no prazo de segundos, de forma jamais presenciada no mundo, conseguiu se rebaixar de "rei" a "bobo da corte".

Que Deus olhe para o Brasil e conceda Graça e Poder para a transformação tão necessária aos seus pequenos

terça-feira, 18 de junho de 2013

Exegese






Exegese 
é a interpretação profunda de um texto bíblicojurídico ou literário. A exegese como todo saber, tem práticas implícitas e intuitivas. A tarefa da exegese dos textos sagrados da Bíblia tem uma prioridade e anterioridade em relação a outros textos. Isto é, os textos sagrados são os primeiros dos quais se ocuparam os exegetas na tarefa de interpretar e dar seu significado. A palavra exegese é oriunda do grego exegeomaiexegesisex tem o sentido de retirar, derivar, ex-trair, ex-ternar, ex-teriorizar, ex-por e "hegeisthai" o de conduzir, guiar.
Por isso, o termo exegese significa, como interpretação, revelar o sentido de algo ligado ao mundo do humano, mas a prática se orientou no sentido de reservar a palavra para a interpretação dos textos bíblicos. Exegese, portanto, é a denominação que se confere à interpretação das Sagradas Escrituras desde o século II da Era Cristã. Orígenescristão egípcio que escreveu nada menos que 600 obras, defendia a interpretação alegórica dos textos sagrados, afirmando que estes traziam, nas entrelinhas de uma clareza aparente, um sentido mais profundo. O termo exegese ficou ligado à interpretação alegórica, ensejando abusos de interpretação, a ponto de alguns autores afirmarem, ironicamente, que a Bíblia seria um livro onde cada qual procura o que deseja e sempre encontra o que procura.
Ser exegeta é contextualizar o que foi escrito com a cultura da época e extrair os princípios morais para o tempo presente.

Sempre lembre as 10 regras básicas abaixo:

Algumas profecias foram condicionais (eg: Jonas, para Nínive);

Profetas falam do futuro como se fosse presente ou passado;
Lei dos Picos”: um trecho pode dar a visão de 2 picos e esconder 1 vale entre eles (eg: Is 61:1-2; Jl 2:28-32);
  O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;    A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;

  E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.    E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.    E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça.    O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR.    E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o SENHOR, e entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar.

Lei do Duplo Cumprimento”: profecias podem ser cumpridas duplamente, a 1a. vez num sentido “menor” e incompleto (eg: a destruição de Jerusalém no ano 70) e a 2a. vez num sentido “maior” e completo (eg: a Grande Tribulação);

- “Lei da 1a. Referência”:  o sentido símbolo, na Bíblia, é constantemente o da sua 1a. ocorrência (eg: fermento é sempre mal,  pecado, hipocrisia, e isto explica a parábola do fermento, em Mt 13);

- “Lei da Recapitulação”: passagens sucessivas podem ser recapitulações, repetições de um mesmo fato sob diferentes ênfases e pontos de vista (eg: os 4 evangelhos; os sonhos de faraó; Gn 1:1 e os outros relatos da criação Gn 1:2-31 e 2:4-25; os 7 selos + 7 trombetas + 7 taças de Apocalipse., etc.);

- Nunca alicerce uma doutrina apenas sobre símbolos, tipos, parábolas, etc. E não procure explicar todos os seus detalhes, mas só os principais. E use-os não para inventar, mas sim parailustrar doutrinas, já bem estabelecidas em trechos claros, literais, explícitos

- Sempre use os textos explícitos-claros-ordem para explicar os implícitos-escuros-exemplo. Não use estes para torcer e anular aqueles;



1. 
Sempre Tenha as Perguntas Chave em Sua Mente


Eis algumas perguntas que se deve ter em mente ao ler cada parágrafo da Bíblia:

A. Quem está falando estas palavras neste verso? É Deus Pai/Filho/Espírito Santo? É um profeta de Deus profetizando em nome de Deus? É um anjo de Deus? É um crente, sincero mas não inspirado? É um descrente? É um demônio?

B. Para quem as palavras deste parágrafo foram ditas? Para judeus na Dispensação da Lei? Para crentes da dispensação da Igreja? Para a Tribulação? Para o Milênio?

C. No capítulo de hoje, qual versículo mais tocou meu coração, minha vida? Sublinhe-o.

D. Qual é a idéia principal do capítulo?

E. O que o capítulo ensina a respeito de CRISTO? (Ele sempre será o centro de tudo).

F. Há um exemplo que devo seguir?

G. Há um erro que devo evitar?

H. Há alguma tarefa que devo realizar?

I. Há alguma promessa da qual me devo apropriar (isto é, crer)?

J. Há algum pecado que devo confessar?




Livros





Livros

sexta-feira, 14 de junho de 2013

ORIENTAÇÃO TEOLÓGICA GERAL




ORIENTAÇÃO TEOLÓGICA GERAL

 
O presente documento visa melhor descrever o bom caminho teológico para quem estuda. É importante a leitura e releitura deste documento, pois há no mesmo, regras para o desenvolvimento de um pensamento teológico conciso e coerente. Sem as bases da Teologia Bíblica e Sistemática torna-se quase impossível o raciocínio teológico. E, para que haja o conhecimento das referidas Teologias, é importante saber quais são as correntes de pensamento mais comum, no que se refere aos assuntos da Teologia Sistemática.

DEFINIÇÃO DO TERMO
 

THEO (Deus) + LOGOS (Estudo, conhecimento)
 
LOGOS, é o substantivo de onde se origina a palavra “lógica”. O estudo teológico, é, portanto, um estudo lógico de Deus. Quando se estuda Teologia, deve-se procurar saber, p. ex.:.:: Quem Deus é, 
.:: Como Ele se revelou, 
.:: O que Ele quis na sua revelação,
.:: Como posso organizar o “pensamento”de Deus na sua revelação?
 
Por que estudo lógico? Porque na Teologia deve haver coerência. Aquilo que na lógica não tem coerência é denominado absurdo. Um estudo prévio de lógica é fundamental para se fazer Teologia, o que poucos se atinam. É no estudo da lógica que ficamos conhecendo os princípios fundamentais do pensamento, tais como as leis básicas da lógica. Exemplo:

1 – Lei da Não Contradição. Esta é a lei fundamental do pensamento, presente em todas as esferas do pensamento. Quando chamamos alguém de intolerante, por exemplo, estamos nos colocando na posição de tolerantes. Isto é, a posição OPOSTA. Ora, toda afirmação deve ter uma posição oposta, que não se anule. Somente definimos o bem, porque conhecemos o mal. Somente definiremos o certo, se pensarmos no errado, no seu oposto. Deus é infinito (definição diferente de “imenso”), e infinitos são seus atributos, portanto Deus é infinitamente bom. Ora, se Deus é infinitamente bom, e criou o homem, que pecou, Deus pode ser visto como o autor do mal, uma vez que o pecado é algo maligno? Não, pois algo que é absoluto, infinito REALMENTE, não pode, por definição, ser limitado por um contrasenso. Seria absurdo pensar o contrário, pois violaríamos a LNC, o absoluto teria relativos.
Não é necessário ficarmos reproduzindo textos bíblicos para corroborar a idéia de inspiração. Nos deteremos à construção do pensamento teológico, e a lista de livros que podem auxiliar no processo.

ABORDAGENS TEOLÓGICA
Canônica – Visa a Bíblia como um todo, e busca saber o que a Bíblia diz sobre determinado assunto. Assim, os fatos históricos corroborados pela Arqueologia , Paleontologia e Antropologia serão importantes, mas não relevantes ao ponto de o pensamento teológico ser influenciado pelo mesmo. Por exemplo: Se a Bíblia afirma que primeiro foi a terra feita, depois o sol, a Bíblia tem razão, independentemente do que afirmam as demais ciências.
Histórico-Crítica – Observa o que dizem as Escrituras juntamente com o que foi corroborado pela história, e pode ser observado pela crítica dos textos sagrados. O texto não vai ter tanta relevância, e vai estar sujeito aos ciclos de descobertas da ciência.
Temática – Busca temas no Novo ou no Antigo Testamento. Há temas pré estabelecidos, célebres, que são trabalhados especificamente no Novo ou no Antigo. Por exemplo: Os evangelhos falam sobre o Reino de Deus. Para uma abordagem mais ampla sobre o Reino, há material no Evangelho de Mateus em abundância. Contudo, o se o tema estiver sendo abordado sob a perspectiva temática, todo o Novo Testamento deve ser consultado, para se saber o que o mesmo diz complementarmente. A abordagem temática não despreza as evidências externas, isto é, da Literatura, Arqueologia, História e Antropologia.
Elementos de crítica bíblica são importantes, pois demonstram a superioridade e inerrância das Sagradas Escrituras. Para a formulação de quaisquer assuntos teológicos, é importante basear o mesmo na forma canônica, pois o texto sagrado deve ser a autoridade final, e somos tentados a nos desvirtuarmos dele.

HISTÓRIA DA TEOLOGIA CRISTÃ

Uma deficiência grande em muitos estudantes é a sua teimosia em não se aplicar a aprender a história da Filosofia e Teologia. É lógico que o pensamento filosófico, e principalmente o teológico, é de suma importância para que saibamos o que já foi desenvolvido ao longo dos séculos. Os grandes períodos teológicos se dividem em:

Dos Polemistas e Apologistas  Este é o perído de homens como Irineu, Tertuliano, Clemente de Roma, Clemente de Alexandria, Policarpo, Eusébio de Cesaréia, Orígenes, etc. Dura os quatro primeiros séculos da era Cristã, e, infelizmente é pouco, ou totalmente conhecido da maioria da cristandade hoje. O material teológico é primitivo, porém é importante que se conheça ao menos como foi este período da História

Dos Patrísticos – Como os anteriores, este período é conhecido por produzir o que muitos autores chamam de pais da cristandade. Neste período a igreja em Roma ganha a proeminência ao ponto de todo o vaticínio (revelação de dogma) ser entendido como algo que vem da parte de Deus. Embora os concílios já existissem desde os primeiros séculos, a Igreja em Roma tem proeminência nas decisões divergentes da Igreja. Tornou-se (a Igreja) em o “Vaticano”. “Pais” como Gregório, Ambrósio , Jerônimo (que traduz a Bíblia do grego para o latim, a Vulgata) são deste período. Vai do quarto século até proximamente o oitavo, quando efetivamente começa a Idade Média.

Idade Média (Escolástica) – Há quem aponte o começo da Idade Média com a queda do Império Romano, no século V depois de Cristo. Porém, no que se refere à Teologia, a “Idade Média” começa com o período escolástico, tipo de Teologia de mosteiro, cujo principal expoente é Tomaz de Aquino. A escolástica é a base do ensino acadêmico das universidades de que surgiriam na Europa. Era portanto, a forma padrão de ensino.

Reforma Protestante – No período escolástico, a razão humana fora valorizada, no que se refere à forma de percepção da existência de Deus. Tomaz de Aquino fora um admirador de Aristóteles e de sua Metafísica. A Reforma rompe com esse conceito, no que se refere à razão humana. O homem está “morto”espiritualmente, e sua razão, está irremediavelmente degenarada (pensamento calvinista). Assim, o homem carece da ação do Espírito Santo. Por esse conceito, a Reforma é execrada pelos filósofos de orientação católica, quando afirmam que, era proibida a Filosofia na Reforma. Os pontos altos da Reforma são a) A justificação pela fé; b) A autoridade final das Escrituras, portanto são a única forma de Revelação que pode conduzir o homem à salvação(Revelação essa chamada de “Especial”, enquanto que o restante da Revelação é chamado de “Geral”); c) Somente através da Graça de Deus o homem pode ser salva (em nada participando da sua salvação). Este conceito, ao contrário do que muitos pensam, não exclui o arbítrio do homem. Apenas se crê, como Calvino expôs, que a vontade do homem está tão degenerada e corrompida que torna-se impossível ao homem, por si só, chegar-se a Deus, após a deformidade da Queda. Cabe, portanto, ao próprio Deus salvar o homem caído, e isto acontece através da sua Graça. e) Só glória a Deus. Nada e ninguém é digno de glória e louvor. Isto serviria para romper com a sacralização do corpo e de objetos, o que era prática comum no catolicismo romano. A reforma protestante acontece no século XVI.

Movimentos Racionalistas e Pietistas – O denominacionalismo é característica dos séculos XVII e XVIII. Nestes séculos afloram vários movimentos de cunho filosóficos, como o Racionalismo e o Iluminismo francês (tipicamente ateísta), que geraria o Naturalismo. Em contrapartida, o Pietismo surge, gerando movimentos que se destacam, como o nome sugere, pela valorização de uma vida cristã pia, conforme os moldes da igreja primitiva. É também o período em que surge a Crítica Textual (a chamada Baixa Crítica),que vem levantar hipóteses que põem em dúvida a autenticidade das Sagradas Escrituras.

Pentecostalismo e Vários Movimentos Religiosos  O pentecostalismo surge, oficialmente, em 1834, em uma reunião nos Estados Unidos, aonde uma jovem, supostamente, teria falado em línguas, e tido revelações proféticas. Verdade ou não, o pentecostalismo como movimento surge no século XIX. É o século da Arqueologia Bíblica, que enveredaria pelo século XX. Já são várias as denominações cristãs no Ocidente. O Espiritismo surge na França, e, nos Estados Unidos, várias seitas surgem ao fim do período, como As Testemunhas de Jeová, Os Mórmons e Os Adventistas do Sétimo Dia. É neste período que surgem avivalistas como Finney e Moody.

Neo Ortodoxia – O movimento de “neo ortodoxia” surge como resposta ao aumento dos críticos nos círculos acadêmicos (seminários europeus, principalmente os alemães), e do ateísmo, no mundo. A primeira guerra mundial (1916-1918) deixara um sentimento de vazio, que crescera com as informações da crítica bíblica de que a Bíblia não tinha coesão, e que, pelas “descobertas”, o texto não poderia ter sido inspirado, haja visto terem sido encontrado elementos que comprovariam (de acordo com o pensamento dos críticos liberais) que a Bíblia seria uma junção de mitos (folclore) com estilos diferenciados, às vezes em um mesmo livro, que ao longo da História, foi sendo considerada sagrada, “canonizada”. A neo ortodoxia não vai lutar pela autenticidade histórica da Bíblia, mas vai como que tentar aliar o criticismo e os elementos que vieram com ele, com a ortodoxia tradicional. Então, “a Bíblia não era a palavra de Deus, mas continha a Palavra de Deus”, quando, SUBJETIVAMENTE, ela falasse às vidas que a lessem. Karl Barth, o principal expoente da neo ortodoxia, é o autor da frase em itálico.

Realidade Contemporânea – A Arqueologia Bíblica fez avanços extraordinários. Um dos mesmos foi a descoberta dos rolos do mar morto, logo após a segunda guerra (em 1948), em uma época na qual a Europa parecia não mais crer em Deus. O Liberalismo teológico era ensinado em profusão nas universidades teológicas européias, porém, o movimento pentecostal, oriundo dos EUA, ganha proeminência nas Américas. A partir da segunda metade do século XX, o movimento pentecostal, e conseqüentemente a sua Teologia que trazia consigo tornam-se, progressivamente, predominantes no mundo evangélico conhecido. As igrejas pentecostais oriundas dos EUA eram tradicionalmente arminianas, e, no começo do século XX, o movimento não declarado de anti intelectualismo, em resposta ao liberalismo crítico, ascende nas igrejas evangélicas. Isto em parte foi prejudicial, pois é daí vem o mau hábito dos cristãos contemporâneos em não se aplicar ao estudo teológico. Hoje há uma profusão enorme de movimentos evangélicos, extremamente diversificados. Até mesmo os grandes blocos de determinado pensamento específico divergem internamente, ficando muito difícil uma identidade unificadora. Aliado a isso não se tem um ensino teológico regular e formal no meio evangélico atual (que em sua grande maioria é pentecostal), o que dificulta ainda mais a classificação do grupo, como um todo. Algo de muito benéfico no movimento pentecostal é a sua valorização de uma vida de santidade não se adequando aos padrões do mundo.


BIBLIOGRAFIA EXPLICADA

Muitos são os livros de Teologia, porém, uma seleção cuidadosa por classificação de temas e assuntos, resultará em um maior aproveitamento no gasto de tempo com os mesmos.
 
 1 – Livros de Teologia Sistemática: É a Teologia de acordo com a orientação denominacional do autor. É preciso que se saiba qual é a orientação denominacional para que saibamos identificar os elementos de determinada Teologia aplicada no livro. Bons escritores de TS são STRONG, GRUYDEM, BERKHOFF, ERICKSON.
2 – Dicionários Bíblicos: “O Novo Dicionário da Bíblia” é, entre os dicionários bíblicos, o que tem maior erudição. É extremamente útil. Porém, é necessário que se pesquise dicionários de Teologia. Além de serem mais concisos do que Enciclopédias, podem ser mais práticos no uso. Geralmente os dicionários teológicos vêm divididos em dois, um para o Novo e outro para o Antigo Testamento.
3 – Livros do tipo “Manual”: Os maunais bíblicos (livros que tratam livro a livro da Bíblia, com informações sobre os mesmos) estão se modernizando e perdendo a nomenclatura tradicional de “manuais”. Há muitos livros falando sobre períodos (p. ex.: período monárquico, período profético, período interbíblico, período dos juízes, período Paulino, etc.). Estes livros são extremamente úteis pois trazem informações históricas e arqueológicas atuais além de estudos sobre a teologia dos determinados períodos enfocados. São melhores do que os tradicionais manuais bíblicos, por serem mais completos.
4 – Livros de História do AT, NT e da Igreja: Encaixam-se na categoria dos livros anteriores, com a diferença de que o aspecto histórico é bem destacado. Há vários livros sobre o cristianismo, e, são tão importantes, que o estudante deve ter ao menos um. Todos trazem resumos da Teologia dos períodos divididos.
5 – Livros de Apologética, Hermenêutica e Enciclopédia: Muitos estudantes ficam “perdidos” quando pesquisam enciclopédias, por não entenderem o que as mesmas trazem. Quase todas as enciclopédias partem do pressuposto de que o leitor está familiarizado com alguma coisa de Teologia. Portanto, muitos assuntos são tratados (expostos) como se o leitor já tivesse conhecimento dos mesmos. Até mesmo a divisão das enciclopédias sugere isso, por exemplo: Muitas enciclopédias trazem, em suas divisões, o Credo Apostólico, a Kenosis, a Teologia do Reino, o Problema do Mal, expressões estas que são desconhecidas por aqueles que não estudam Teologia.
A compreensão dos artigos, portanto, também será difícil, pois as idéias dos teólogos, ao longo da História, será enfocada, bem como o próprio pensamento do organizador, que obviamente tem a sua própria orientação teológica. Os demais livros servem para auxiliar no estudo da Bíblia, nas análises de texto para sermões, nas ilustrações e aplicação pessoal que poderemos fazer ao explanar um determinado texto das Escrituras.
Esta pesquisa é FUNDAMENTAL, pois poderemos ensinar algo errado, que o autor não tinha a intenção de dizer, mas que está presente apenas em nossa concepção do texto. Com estudos suficientes, poderemos fazer Teologia Bíblica, que requer, além do que já foi falado (análise hermenêutica, escriturística, histórica, etc.) algum conhecimento do que se sabe sobre o mesmo na língua original

COMO ESTUDAR FILOSOFIA

 

À medida que se espalha a consciência da debacle total das nossas universidades públicas e privadas, cresce o número de brasileiros que, valentemente, buscam estudar em casa e adquirir por esforço próprio aquilo que já compraram de um governo ladrão – ou de ladrões empresários de ensino – e jamais receberam.

O afresco ´Escola de Atenas´, de Rafael (1483-1520), no Vaticano. Veja, mais abaixo, alguns detalhes explicativos sobre a composição desta obra que é um marco da pintura mundial.

Quase dez anos atrás a Fundação Odebrecht – no mais, uma instituição admirável – me perguntou o que eu achava de uma campanha para cobrar do governo um ensino de melhor qualidade. Respondi que era inútil. De vigaristas nada se pede nem se exige. O melhor a fazer com o sistema de ensino era ignorá-lo. Se queriam prestar ao público um bom serviço, acrescentei, que tratassem de ajudar os autodidatas, aquela parcela heróica da nossa população que, de Machado de Assis a Mário Ferreira dos Santos, criou o melhor da nossa cultura superior. O meio de ajudá-los era colocar ao seu alcance os recursos essenciais para a auto-educação, que é, no fim das contas, a única educação que existe. Cheguei a conceber, para isso, uma coleção de livros e DVDs que davam, para cada domínio especializado do conhecimento, não só os elementos introdutórios indispensáveis, mas as fontes para o prosseguimento dos estudos até um nível que superava de muito o que qualquer universidade brasileira poderia não só oferecer, mas até mesmo imaginar.
Minha sugestão foi gentilmente engavetada, e, com ou sem campanha de cobrança, o ensino nacional continuou declinando até tornar-se aquilo que é hoje: abuso intelectual de menores, exploração da boa-fé popular, crime organizado ou desorganizado. (...)
Note-se a imensa diferença que existe entre adquirir pura informação, por mais erudita que seja, sobre as idéias de um filósofo, e levá-las à prática fielmente, como se fossem nossas, no exame de problemas pelos quais sentimos um interesse genuíno e urgente. A primeira alternativa mata os filósofos e os enterra num sepulcro elegante. A segunda os revive e os incorpora à nossa consciência como se fossem papéis que representamos pessoalmente no grande teatro do conhecimento. É a diferença entre museologia e tradição. Num museu pode-se conservar muitas peças estranhas, relíquias de um passado incompreensível. Tradição vem do latim traditio, que significa “trazer”, “entregar”. Tradição significa tornar o passado presente através da revivescência das experiências interiores que lhe deram sentido. A tradição filosófica é a história das lutas pela claridade do conhecimento, mas como o conhecimento é intrinsecamente temporal e histórico, não se pode avançar nessa luta senão revivenciando as batalhas anteriores e trazendo-as para os conflitos da atualidade.
Muitas pessoas, levadas por um amor exagerado à sua independência de opiniões (como se qualquer porcaria saída das suas cabeças fosse um tesouro), têm medo de deixar-se influenciar pelos filósofos, e começam a discutir com eles desde a primeira linha, isto quando já não entram na leitura armadas de uma impenetrável carapaça de prevenções. (...)
Algumas regras práticas decorrem dessas observações:
1. Quando você se defrontar com um filósofo, em pessoa ou por escrito, verifique se ele se sente à vontade para raciocinar junto com os filósofos do passado, mesmo aqueles dos quais “discorda”. A flexibilidade para incorporar mentalmente os capítulos anteriores da evolução filosófica é a marca do filósofo genuíno, herdeiro de Sócrates, Platão e Aristóteles. Quem não tem isso, mesmo que emita aqui e ali uma opinião valiosa, não é um membro do grêmio: é um amador, na melhor das hipóteses um palpiteiro de talento. Muitos se deixam aprisionar nesse estado atrofiado da inteligência por preguiça de estudar. Outros, porque na juventude aderiram a tal ou qual corrente de pensamento e se tornaram incapazes de absorver em profundidade todas as outras, até o ponto em que já nada podem compreender nem mesmo da sua própria. Uma dessas doenças, ou ambas, eis tudo o que você pode adquirir numa universidade brasileira.
2. Não estude filosofia por autores, mas por problemas. Escolha os problemas que verdadeiramente lhe interessam, que lhe parecem vitais para a sua orientação na vida, e vasculhe os dicionários e guias bibliográficos de filosofia em busca dos textos clássicos que trataram do assunto. A formulação do problema vai mudar muitas vezes no curso da pesquisa, mas isso é bom. Quando tiver selecionado uma quantidade razoável de textos pertinentes, leia-os em ordem cronológica, buscando reconstituir mentalmente a história das discussões a respeito. Se houver lacunas, volte à pesquisa e acrescente novos títulos à sua lista, até compor um desenvolvimento histórico suficientemente contínuo. Depois classifique as várias opiniões segundo seus pontos de concordância e discordância, procurando sempre averiguar onde uma discordância aparente esconde um acordo profundo quanto às categorias essenciais em discussão. Feito isso, monte tudo de novo, já não em ordem histórica, mas lógica, como se fosse uma hipótese filosófica única, ainda que insatisfatória e repleta de contradições internas. Então você estará equipado para examinar o problema tal como ele aparece na sua experiência pessoal e, confrontando-o com o legado da tradição, dar, se possível, sua própria contribuição original ao debate.
É assim que se faz, é assim que se estuda filosofia. O mais é amadorismo, beletrismo, propaganda política, vaidade organizada, exploração do consumidor ou gasto ilícito de verbas públicas.
NOTA: O mesmo pode-se dizer da Teologia. O conhecimento teológico anda de mãos dadas com a filosofia cristã. É impossível querer assenhorar-se do conteúdo de tratados teológicos sem resvalar no pensamento de célebres filósofos cristãos, que por sinal também perfilaram na história da Filosofia. E, como o Olavo citou na questão da Filosofia, na Teologia também há célebres ´problemas´ aos quais foram dadas inúmeras respostas, algumas das quais se mostraram conflitantes do ponto de vista dogmático. É por isso que é necessária a análise e a discussão com as tradições, embora estas sejam menos mutáveis, em termos ortodoxos. O teólogo da pós-modernidade, que mantém seu posicionamento dentro dos parâmetros da ortodoxia, precisa antes de qualquer outra coisa saber lidar com os numerosos e crescentes ataques à fé cristã sob a forma de heterodoxias e heteropraxias conflitantes com os dogmas fundamentais à fé, como expostos nas Sagradas Escrituras. E, mais do que nunca, o teólogo precisa dialogar com os grande filósofos do pensamento cristão

Filosofia Cristã