segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Senador boliviano em asilo no Brasil é pastor batista




Roger Pinto é acusado de corrupção pelo governo da Bolívia
por Leiliane Roberta Lopes

Senador boliviano em asilo no Brasil é pastor batistaSenador boliviano em asilo no Brasil é pastor batista
A demissão do ministro Antonio Patriota, da Relações Exteriores, foi motivada pela vinda do senador boliviano Roger Pinto ao Brasil. Um esquema montado pelo governo brasileiro trouxe o político acusado de corrupção em seu país em veículos da Polícia Federal, o que não é permitido.
A ação da vinda do senador foi autorizada pelo diplomata brasileiro Eduardo Saboia que revelou ao Fantástico que o asilado corria riscos se permanecesse na Bolívia.
Poucos sabem, mas Roger Pinto é pastor da igreja batista, advogado por formação, governou o departamento (Estado) de Pando, onde nasceu, e também foi deputado federal e senador em oposição ao governo de Evo Morales.
Em seu país ele foi condenado a um ano de prisão por “abandono do dever” e por “dano econômico ao Estado” por conta de uma denúncia onde é apontado como o responsável pelo prejuízo de mais de 1,6 milhão de dólares aos cofres públicos em 2000.
Em sua defesa Roger Pinto diz que é vítima de perseguição política, pois ele havia denunciado casos de corrupção dentro do governo do atual presidente, chegando a entregar a Evo Morales documentos com supostas ligações entre autoridades bolivianas e o narcotráfico.
Desde de maio de 2012 o senador estava asilado na embaixada brasileira em La Paz, capital boliviana, por mais de um ano ele morou dentro do edifício da embaixada brasileira vivendo em um espaço de 20m².
Roger Pinto chegou em Brasília no último domingo (25), depois de 22h de viagem entre La Paz e Corumbá (MS) período feito dentro de um carro da embaixada com apoio de fuzileiros navais. Na cidade sul-mato-grossense, o senador boliviano foi recebido por agentes da Polícia Federal e embarcou em um avião particular até a Brasília, tendo apoio do senador brasileiro Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Com informações G1.

domingo, 1 de setembro de 2013

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Myer Pearlman



Uma pequena Biografia, escrita por um amigo.

Os dois já estão na Glória. 

Myer Pearlman
 
Myer Pearlman - adquiria seus abençoados livros 

Nills Lawrence Olson

"O saudoso irmão Myer Pearlman foi um judeu que se converteu a Cristo. A história de sua breve vida de apenas 44 anos é um verdadeiro romance. Myer Pearlman, pela sua extrema simplicidade cristã e dedicado amor a Jesus, de quem foi um dos mais ardorosos discípulos, ainda vive no coração de milhares de seus admiradores.

Nascido a 19 de dezembro de 1898, em Edinburgo, na Escócia, de pais israelitas, o jovem primogênito, Myer, tal qual um Saulo de Tarso, passou os primeiros anos de sua educação na Escola Hebraica, aos pés de rabinos que lhe inculcaram os ensinos férreos do Judaísmo tradicional, das Escrituras do Antigo Testamento, e da língua hebraica. Ele recorda que nesses dias os alunos compravam a Bíblia, como nós a temos, e arrancavam o Novo Testamento do livro, pois não lhes era permitido lê-lo, por ser considerado espúrio. O estudante Myer distinguiu-se pelas qualidades excepcionais de rara inteligência e perspicácia. Aos 14 anos, sozinho, aprendeu a língua francesa, a poder de freqüentes consultas à Biblioteca Pública, conhecimento que muito lhe valeu nos dias da Primeira Guerra Mundial, ocasião em que serviu como intérprete no exército norte-americano, na França.

Jesus, a Luz do mundo, guiava os passos do jovem Myer em direção ao "Santuário", como ele, posteriormente, costumava dizer. A família mudou-se para os Estados Unidos da América, onde esperava encontrar melhores condições de vida. Certa ocasião, na cidade de Cincinnati, passeando em determinada rua, foi fortemente impressionado por um letreiro na fachada de uma igreja evangélica, que dizia: Igreja Aberta. . . Entre. . . Descanse e Ore." Por um instante quis entrar, mas logo abafou o impulso que, certamente, era inspirado pelo Espírito Santo. Anos depois, quando já convertido, ele teve oportunidade de entrar nessa mesma igreja e agradecer a Deus o tê-lo dirigido no caminho da luz e da vida.

Quando servia no exército, ganhou um Novo Testamento, que leu com muito interesse, estando a sua alma em procura ardente de certa satisfação, por ora desconhecida. Após a Segunda Guerra Mundial, ele foi residir em São Francisco, na Califórnia. Certa noite, ao passear, foi sua atenção despertada por um grupo de cristãos da fé pentecostal, que dirigia um culto em praça pública defronte de um salão.

Em outra noite novamente chegou perto para ouvi-los e teve a coragem de entrar nesse salão de cultos. Ficou grandemente impressionado pelos hinos alegres cantados em louvor a Deus, hinos que muito contrastavam com os cânticos tristonhos da sinagoga. Um desses hinos era de autoria do saudoso irmão F. A. Graves, grande pioneiro do movimento pentecostal. Myer não podia ter imaginado que mais tarde ele se casaria com a filha desse irmão, Irene Graves! Como são maravilhosos os caminhos do nosso Deus! Assim começou o jovem Myer a freqüentar, todas as noites, durante semanas, os cultos nesse humilde salão. Certa noite ele pensou em ir ao cinema, mas acabou assistindo ao culto, tanto foi a estranha atração da presença de Deus.

O povo, sabendo de sua origem judaica, tratava-o com todo o carinho e orava ao Senhor pela sua conversão. Certa noite, deitado na sua cama, foi completamente vencido por uma sensação de remorso, sentindo fortemente a sua culpa perante Deus. Logo depois, em um culto, ao sair da igreja, ficou parado perto da porta, ouvindo o último hino. De repente, sentiu descer sobre si uma influência indescritível e maravilhosa. Foi esse o momento decisivo de sua vida quando Myer abriu o coração a Jesus, a Luz do mundo. Essa Luz resplandeceu nas trevas dessa alma. Havia ele chegado ao seu "Santuário", que tanto almejara! Seu coração havia experimentado a realidade da Pessoa de Cristo, o seu Messias! Tal qual Saulo de Tarso, Myer Pearlman encontrara-se com Jesus, o Nazareno!

Não demorou muito, e certo dia, quando em oração a seu Messias, Myer Pearlman começou a falar em língua por ele desconhecida. Mesmo para ele, lingüista, foi uma gloriosa surpresa receber, como os discípulos no dia de Pentecoste, o maravilhoso dom do Espírito Santo, o Consolador, de que tanto ele viria a precisar em dias posteriores.

Sentindo o chamado do Senhor para dedicar a vida ao trabalho do Evangelho, Myer matriculou-se no Instituto Bíblico Central, que, havia pouco, fora fundado em Springfield, no Estado de Missouri. Fez o curso de três anos, ao término do qual foi convidado a ser professor nesse mesmo educandário. Durante quatorze anos Myer Pearlman distinguiu-se como instrutor dotado de rara capacidade ministerial, possuído como era de inteligência sempre consagrada ao seu Mestre e Senhor. Graças à sua formação baseada no Antigo Testamento, pôde torná-lo um Livro extremamente interessante para os seus alunos.

E, além desses trabalhos, como professor do Instituto, o irmão Pearlman aceitava convites para dirigir estudos bíblicos em diversas partes do país. Também se tornou autor de diversos livros de grande utilidade e que grande influência têm exercido, não somente na língua inglesa, mas também em diversos idiomas para os quais foram traduzidos.

Durante anos, foi autor da Revista para Adultos e da Revista para Professores de Adultos das Escolas Dominicais, trabalho ao qual se dedicou prazerosamente, com todas as energias, até ao tempo de sua morte. Durante a Segunda Guerra Mundial lançou, ainda, um jornal em estilo próprio para a evangelização das Forças Armadas, denominado "Reveille", o qual foi um grande sucesso e certamente muito contribuiu para a salvação de milhares de homens e mulheres a serviço da pátria.

Em 1942 os excessivos trabalhos literários e didáticos cansaram o organismo do nosso estimado irmão Pearlman, resultando em uma crise aguda do sistema nervoso. Com as complicações de pneumonia, que advieram, foi rapidamente encurtada a carreira brilhante desse humilde servo de Cristo de Nazaré, servo que não buscava a glória terrestre, e, sim, a celeste. Apesar de ter recebido a melhor assistência hospitalar, veio a falecer aos 44 anos de idade. Um dos enfermeiros testificou que havia orado a noite toda. Deixou esposa e três filhos, e inúmeros amigos em toda parte do mundo que o têm em admiração e que aguardam o dia quando novamente possam abraçar esse saudoso judeu, que, apesar da pequena estatura física, era, em verdade, grande de espírito.

Para o autor destas linhas póstumas, tem sido um prazer e raro privilégio traduzir a presente obra de pena do irmão Pearlman, Através da Bíblia livro por livro*, na esperança de que ela proporcione aos leitores de língua portuguesa, obreiros em particular, um mui profundo conhecimento bíblico e pentecostal das grandes verdades da nossa fé. Creio que muitos, ao manusearem estas páginas, experimentarão algo da sensação que nós, que tivemos o privilégio de ser seus alunos, experimentamos nos estudos dirigidos pelo saudoso irmão Pearlman, que tão ardentemente amava ao seu Senhor, o Messias, o Cristo de Deus, e a quem tudo entregou - até a própria vida."


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sábado, 31 de agosto de 2013

Na Moral fala sobre o aborto e a influência da religião sobre o tema




Na Moral fala sobre o aborto e a influência da religião sobre o tema

Um dos pontos mais polêmicos foi a discussão de quando se pode afirmar que há vida humana.
por Leiliane Roberta Lopes

Na Moral fala sobre o aborto e a influência da religião sobre o temaNa Moral fala sobre o aborto e a influência da religião sobre o tema
O programa Na Moral desta quinta-feira (29) reuniu convidados para falar sobre o aborto, casos de gravidezes indesejadas e da falta de planejamento familiar.
Pedro Bial convidou o bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Antonio Augusto, e médico Dráuzio Varella que participou de todo o programa, a coordenadora da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, Regina Soares, e a atriz Cláudia Abreu para debaterem sobre o aborto e influência da religião sobre este tema.
O apresentador questionou o líder católico sobre os motivos da Igreja em impedir que a mulher estuprada faça o aborto, já que para este caso o procedimento é garantido por lei. O religioso, que também é médico pediatra, afirmou que aprendeu na faculdade que a vida começa na concepção.
“A vida humana, independentemente de como ela foi concebida e as suas circunstâncias, tem um valor inestimável e é o fundamento de todos os direitos”, disse.
Não satisfeito com a resposta, Pedro Bial tenta dizer que o estuprador não respeitou a vida da vítima e questiona ao bispo qual das duas vidas deve ser protegida. “As duas. Nenhuma vida é mais valiosa que a outra”.
O doutor Dráuzio Varella é contra a visão de Dom Antonio e diz que ao obrigar uma mulher estuprada a continuar com a gravidez é dar direito ao estuprador de escolher a mulher que ele quiser para ter um filho. “Isso para mim é absolutamente chocante”.
Ao ter espaço no debate, Regina Soares diz que mesmo com a recomendação da Igreja Católica contra o aborto e contra métodos contraceptivos, 82% da população jovem de católicos no Brasil é a favor do uso da pílula do dia seguinte. “Há uma dissonância muito grande entre o discurso oficial da igreja, que o bispo nos traz, e a prática dos fiéis católicos”, disse.
Assista:

Arqueólogos fazem descoberta que pode mudar como vemos a Bíblia




Arqueólogos fazem descoberta que pode mudar como vemos a Bíblia

Fragmento “comprova” que a Bíblia é verdadeira
por Jarbas Aragão

Um pequeno fragmento de argila descoberto em Jerusalém pode mudar a maneira como vemos a Bíblia. Não por desacreditá-la, mas justamente por comprovar uma importante parte dela.
Há séculos que se debate como os registros bíblicos podem ser verdadeiros se não há comprovação arqueológica nem provas que eles realmente aconteceram. De tempos em tempos surgem peças que trazem detalhes sobre algumas passagens.
Mas os reinados de Davi e Salomão, que são de grande importância para o Antigo Testamento, não tem comprovação arqueológica que realmente existiram. O motivo seria a inexistência de monumentos que detalhem as realizações do rei, como era costume na época. Tudo que se sabe deles vem da Bíblia. Pelo menos até agora.
Trabalhando perto do Monte do Templo em Jerusalém, a arqueóloga Dra. Eilat Mazar, da Universidade Hebraica de Jerusalém, descobriu um fragmento de um jarro de cerâmica. Algo normal em Israel, mas o diferencial que este tem a inscrição em hebraico antiga já descoberta na cidade.
  
Essa pode ser a prova definitiva que os relatos sobre Davi e Salomão são um fato histórico. Em pouco mais de um mês já são duas descobertas muito importantes. Primeiro foram as ruínas do que seria do primeiro palácio do rei Davi.
Mazar afirma que a inscrição deste fragmento de cerâmica achado na semana passada está escrito em uma forma “proto-cananeia”, e seria obra de alguém que não era judeu mas vivia em Jerusalém. Possivelmente um jebuseu, povo que era parte da população de Israel no tempo dos reis Davi e Salomão. Essa seria a primeira “prova” que havia um reconhecimento do reinado de Davi fora da tradição dos israelitas.
“Eu trabalho com a Bíblia em uma mão e as ferramentas de escavação na outra”, disse Mazar. ”A Bíblia é a fonte histórica mais importante”, comemora.
Douglas Petrovitch, da Universidade de Toronto, é um especialista bíblico. Ele afirma que a inscrição de fato, está em hebraico.
“As letras da inscrição coincidem com os de inscrições contemporâneas, muitas das quais formam palavras que são claramente parte da língua hebraica. O hebraico era predominante em Jerusalém, no século 10 a.C. o que coincide com a cronologia bíblica do tempo de reinado de Davi e Salomão”, explica.
O fator definitivo aqui é a comprovação de que Davi e Salomão existiram mesmo e não são uma “coleção de narrativas sobre reis israelitas cujas vidas foram amalgamadas posteriormente pela tradição”. Esse é o argumento mais usado pelos estudiosos céticos.
fonte : gospelprime

Nova descoberta arqueológica confirma profecia de Isaías




Nova descoberta arqueológica confirma profecia de Isaías

Inscrição relata ataque assírio contra Israel.
por Jarbas Aragão

Arqueólogos da Universidade de Tel Aviv afirmam ter descoberto as ruinas de fortificações construídas cerca de 2.700 anos atrás, em torno de um antigo porto da Assíria, numa região que hoje pertence a Israel. O achado confirma o relato bíblico sobre o assunto presente no capítulo 20 do Livro de Isaías.
“As fortificações parecem proteger um porto artificial”, explica Alexander Fantalkin, líder das escavações no Ashdod-Yam, em um comunicado oficial. “Ao ser confirmado, será uma descoberta de importância internacional, o primeiro porto conhecido deste tipo no nosso canto do Levante”.
A descoberta foi feita em um sitio arqueológico na cidade costeira de Asdode, ao sul da capital Tel Aviv. No centro das fortificações há uma parede de tijolos de barro medindo mais de 3 metros e meio de largura, chegando a 4,5 metros de altura em alguns pontos. A parede está coberta por camadas de lama e areia.
Quando foram construídas no século 8 a. C, as fortificações em forma de meia-lua defendiam uma área interior com cerca de sete hectares.
  
Segundo os relatos históricos, rei assírio Sargom II governou toda a parte sudeste da bacia do Mediterrâneo, incluindo o Egito e o Oriente Médio. Inscrições falam sobre um rei filisteu em Asdode, chamado Yamani, que tentou organizar uma revolta contra o Império Assírio. Os assírios responderam com força, assumiram o controle de Asdode, no ano 711 a. C e destruiu a cidade. Depois disso, o centro de poder foi estabelecido na área vizinha de Asdode-Yam, o local que está sendo escavado atualmente.
Baseado em escavações anteriores, o finado arqueólogo israelense Jacob Kaplan concluiu que os rebeldes construíram as fortificações em preparação ao ataque. Contudo, Fantalkin disse que a construção é grande demais para ter sido feito sob tais circunstâncias.
O ataque de Sargom II contra Asdode é mencionado em Isaías 20, como um aviso para aqueles que apoiaram a rebelião. “Naquele dia o povo que vive deste lado do mar dirá: ‘Vejam o que aconteceu com aqueles em quem confiávamos, a quem recorremos para nos ajudar e livrar do rei da Assíria!”
Ezequias, rei de Judá, ficou fora da luta, provavelmente a pedido do profeta Isaías, que nessa época andava nu e sem sandálias como uma forma de chamar atenção do povo para suas profecias.
Fantalkin e sua equipe dizem que os edifícios e paredes encontrados aparentemente são a reconstrução das fortificações anteriores, que provavelmente foram destruídas por um terremoto na segunda metade do século 2 a.C. Moedas antigas, vasos e outros artefatos dessa época foram encontrados entre as ruínas.
Durante a época bizantina, o local era conhecido como Azoto Paralus. Uma cidadela chamada Kal’at Al Mina foi construída no local durante o período de dominação islâmica, em algum período entre os séculos 8 e 11. Em 1033, essa fortaleza foi seriamente danificada por um terremoto. É surpreendente que a parede com as inscrições achada agora tenha permanecido de pé depois de tanto tempo, tendo “sobrevivido” a tantos acontecimentos.
A última descoberta do tipo ocorreu em 1843, quando Paul Emile Botta escavou as ruinas do Palácio de Sargom II, o mesmo que é mencionado na parede encontrada agora. Durante muitos séculos grande parte dos relatos do Livro de Isaias foram considerados “não-históricos” por causa da falta de comprovações arqueológicas. Com informações NBC News



Comprovada a autenticidade das maiores descobertas arqueológicas bíblicas

Após 10 anos, Autoridade de Antiguidades mudou de ideia e exige posse das peças.
por Jarbas Aragão

Comprovada a autenticidade das maiores descobertas arqueológicas bíblicasComprovada a autenticidade das maiores descobertas arqueológicas bíblicas
Uma batalha legal de 10 anos está chegando ao fim na Terra Santa. Varias relíquias bíblicas surpreendentes, incluindo uma caixa de pedra calcária onde estariam os ossos do irmão de Jesus e a primeira “prova” do Templo construído pelo rei Salomão.
A Autoridade de Antiguidades de Israel não conseguiu provar em tribunal que os itens foram forjados por Oded Golan, que revelou ao mundo as antiguidades. Este mês, o governo de Israel pediu a posse dos itens que ele passou uma década chamando de “falsos”.
O jornal israelense Haaretz noticiou a declaração do representante da Autoridade de Antiguidades: “Nós entendemos a situação de forma diferente agora. Isso nos pertence… e temos o direito de fazer o que quisermos com nossa propriedade”.
O Supremo Tribunal de Israel ainda não deu o veredito final sobre quem terá a posse definitiva, se Golan ou o estado. Mas isso pode mudar muita coisa, explica Hershel Shanks, editor-chefe da revista especializada Biblical Archaeology Review.
“Eles ficaram acusando-o de falsificador por mais de dez anos, tornaram sua vida um inferno, mandaram-no para a cadeia, depois para prisão domiciliar e geraram uma enorme despesa legal… e agora eles estão reconhecendo que são autênticas? É difícil de entender”, disse ele em entrevista à FoxNews.
ossario de tiago Comprovada a autenticidade das maiores descobertas arqueológicas bíblicas
inscricao do rei joas Comprovada a autenticidade das maiores descobertas arqueológicas bíblicasPeritos negam que ossuário de irmão de Jesus e estela de Joás sejam falsos
A principal disputa é pela chamada Yoash tablete, ou “estela de Joás”, uma pedra com o tamanho de um caderno escolar. Suas quinze linhas descrevem os planos do rei Joás para a reforma do Templo de Salomão. A narrativa confirma o que está no capítulo 12 do Segundo Livro dos Reis, no Antigo Testamento.
As inscrições em fenício relatam como o rei Joás instruiu os sacerdotes a recolherem dinheiro para pagar as reformas do Primeiro Templo de Jerusalém. O pequeno artefato pode ser considerada a mais antiga prova de um relato bíblico já encontrada. “Se a inscrição passar por todos os testes de autenticidade, será o artefato mais importante da arqueologia israelense”, disse na época o arqueólogo Gabriel Barkai, da Universidade Bar-Ilan.
A disputa sobre a existência do Primeiro Templo de Salomão no monte Sião envolve um conflito secular com os muçulmanos, pois no local atualmente está o Domo da Rocha, reverenciado pelo Islã. O Muro das Lamentações, logo ao lado é tudo que restou do Segundo Templo, construído por Herodes durante a ocupação romana da região.
O outro item envolvido no processo é um ossuário, uma caixa de pedra calcária que guardaria os restos mortais de um judeu chamado Tiago. O grande diferencial é a inscrição que diz: “Tiago, filho de José, irmão de Jesus”. O uso de nomes coincide com a narrativa do Novo Testamento e seria considerado o primeiro “elo físico” da narrativa sobre Jesus fora da Bíblia.
Golan já colocou o ossuário em exposição em museus. Mas a Autoridade de Antiguidades de Israel sempre questionou sua autenticidade. São 10 anos de disputa nos tribunais, um processo que inclui 12 mil páginas de documentos e foram mais de 100 audiências. O veredito final pode causar um grande impacto na comunidade arqueológica mundial.
David Barhum, o advogado de defesa de Golan, acredita que a mudança de atitude do governo de Israel seria a confirmação definitiva que as peças apresentadas por seu cliente são verdadeiras.
Por sua parte, os representantes da Autoridade de Antiguidades de Israel não querem se manifestar antes da divulgação do veredito. Eles continuam dizendo que as peças são forjadas, mas como foram encontradas no território de Israel, pertencem ao Estado.
Especialistas em arqueologia olham para três aspectos antes de determinar a autenticidade de uma descoberta: o estilo da escrita, a linguagem da inscrição e a composição geológica do material. Até agora não existe um consenso nas análises feitas nas peças.
Se nos tribunais o processo se encerrou, na comunidade científica, a controvérsia continua longe de uma solução definitiva. Os primeiros testes mostraram que a inscrição datava do século IX a.C., o que coincidiria com o reinado de Joás. Também indicaram a presença de salpicos de ouro fundido na superfície da pedra, que poderiam ter sido causados por um incêndio, como o que destruiu o Templo de Salomão, em 586 a.C.
As provas históricas da existência de Salomão são escassas e evidências concretas do templo construído por ele nunca foram encontradas.
O principal problema na questão do ossuário, que tem 50 centímetros de comprimento por 25 centímetros de altura e pesa 25 quilos, é a implicação religiosa. Para os judeus seria embaraçoso admitir que realmente existiu o Jesus descrito na Bíblia.
As discussões sobre o reconhecimento público envolveram cerca de 200 especialistas no julgamento que se desenrola desde 2005. A participação de peritos em testes de carbono-14, arqueologia, história bíblica, paleografia (análise do estilo da escrita da época), geologia, biologia e microscopia transformou o tribunal israelense em um palco de seminário de doutorado. Com informações Isto É, Fox News e Discovery.