domingo, 10 de maio de 2015

Sudário de Turim

Sudário de Turim

Sudário de Turim, ou o Santo Sudário é uma peça de linho que mostra a imagem de um homem que aparentemente sofreu traumatismos físicos de maneira consistente com a crucificação.1 O Sudário está guardado naCatedral de Turim, na Itália, desde o século XIV.2 Pertenceu desde 1357 à casa de Saboia que em 1983 o doou ao.Vaticano.3 A peça é raramente exibida em público,4 a última exposição foi no ano 2010 quando atraiu mais de 50 mil fiéis.5
O Sudário é um dos acheiropoieta (grego bizantino: "não feito pelas mãos")6 e vários cristãos acreditam que seja o tecido que cobriu o corpo de Jesus Cristo após sua morte.7 A imagem no manto é em realidade muito mais nítida na impressão branca e negra do negativo fotográfico que em sua coloração natural.8 A imagem do negativo fotográfico do manto foi vista pela primeira vez na noite de 28 de maio de 1898 através da chapa inversa feita pelo fotógrafo amador Secondo Pia que recebeu a permissão para fotografá-lo durante a sua exibição na Catedral de Turim. 9
A origem da peça conhecida como Santo Sudário tem sido objeto de grande polémica. Para descrever seu estudo geral, os pesquisadores cunharam o termo "sindonologia", do grego σινδών—sindon, a palavra usada no evangelho de Marcos para descrever o tipo de tecido comprado por José de Arimateia para usar como mortalha de Jesus10 .
O sudário é uma peça rectangular de linho com cerca de 4,5 metros de comprimento e 1,1 de largura.11 12 O tecido apresenta a imagem de um homem de 1,83m de altura10 que parece ter sido crucificado, com feridas consistentes com as que Jesus sofreu antes de sua crucificação no relato bíblico.1
28 de maio de 1898, o fotógrafo italiano Secondo Pia tirou a primeira fotografia ao sudário e constatou que o negativo da fotografia assemelhava-se a uma imagem positiva do homem, o que significava que a imagem do sudário era, em si, um negativo.8

Até o século XIII

Uma das primeiras representações do sudário de Edessa, do século IX
As primeiras referências a um possível sudário surgem na própria Bíblia. O Evangelho de Mateus (Mateus 27:59) relata que José de Arimateia envolveu o corpo de Jesus Cristo com "um pano de linho limpo"João (João 19:38-40) também descreve o evento, e relata que os apóstolos Pedro e João, ao visitar o túmulo de Jesus após a ressurreição, encontraram os lençóis dobrados (João 20:6-7). Embora depois desta descrição evangélica o sudário só tenha feito sua aparição definitiva no século XIV, para não mais ser perdido de vista, existem alguns relatos anteriores que contêm indicações consistentes sobre a existência de um tal tecido em tempos mais antigos.13 14 15
A primeira menção não-evangélica a ele data de 544, quando um pedaço de tecido mostrando uma face que se acreditou ser a de Jesus foi encontrado escondido sob uma ponte em Edessa. Suas primeiras descrições mencionam um pedaço de pano quadrado, mostrando apenas a face, mas João Damasceno, em sua obra anti-iconoclasta "Sobre as Imagens Sagradas", falando sobre a mesmarelíquia, a descreve como uma faixa comprida de tecido, embora afirmasse que se tratava de uma imagem transferida para o pano quando Jesus ainda estava vivo, isto é, não seria uma mortalha, mas sim um tecido que esteve em contato com Cristo ainda vivo (vejaImagem de Edessa).16
Em 944, quando esta peça foi transferida para ConstantinoplaGregorius Referendarius, arquidiácono da Basílica de Santa Sofiapregou um sermão sobre o artefato, que foi dado como perdido até ser redescoberto em 1004 num manuscrito dos arquivos doVaticano.13 14 .Neste sermão é feita uma descrição do sudário de Edessa como contendo não só a face, mas uma imagem de corpo inteiro, e cita a presença de manchas de sangue. Outra fonte é o Codex Vossianus Latinus, também no Vaticano, que se refere ao sudário de Edessa como sendo uma impressão de corpo inteiro 15
Outra evidência é uma gravura incluída no chamado Manuscrito Húngaro de Preces,17 datado de 1192, onde a figura mostra o corpo de Jesus sendo preparado para o sepultamento, numa posição consistente com a imagem impressa no sudário de Turim.

A gravura no "Manuscrito Húngaro de Preces"
Em 1203, o cruzado Roberto de Clari afirmou ter visto o sudário em Constantinopla nos seguintes termos: "Lá estava o sudário em que nosso Senhor foi envolto, e que a cada quinta-feira é exposto de modo que todos possam ver a imagem de nosso Senhor nele".18 Seguindo-se ao saque de Constantinopla, em 1204, Teodoro Ângelo, sobrinho de um dos três imperadores bizantinos, escreveu uma carta de protesto ao papa Inocêncio III, onde menciona o roubo de riquezas erelíquias sagradas da capital pelos cruzados, e dizendo que as jóias ficaram com os venezianos e relíquias haviam sido divididas entre os "francos", citando explicitamente o sudário, que segundo ele havia sido levado para Atenas nesta época.19 20
Dali, a partir de testemunhos de época de Godofredo de Villehardouin e do mesmo Roberto de Clari, o sudário teria sido tomado por Otão de la Roche, que se tornou Duque de Atenas. Segundo a pesquisadora italiana Barbara Frale, ostemplários teriam mantido o sudário por um século em sua posse e o levado à França.21 Ainda há controvérsia se o sudário de Edessa (chamado Mandylion) seria o mesmo de Turim, em vista de referências que indicariam sua presença em Constantinopla até 1362, cinco anos após sua aparição no Ocidente.22

Século XIV[editar | editar código-fonte]

O Sudário reapareceu na França por volta de 1349 em poder de Godofredo de Charney, senhor de Lirey, próximo deTroyes23 .
Henrique de Poitiers, arcebispo de Troyes, apoiado mais tarde pelo rei Carlos VI de França, declarou o sudário como uma impostura e proibiu a sua veneração. A peça conseguiu, no entanto, recolher um número considerável de admiradores que lutaram para a manter em exibição nas igrejas.
Em 1389, o bispo Pierre d’Arcis (sucessor de Henrique) denunciou a suposta relíquia como uma fraude fabricada por um pintor talentoso, numa carta a Clemente VII (antipapa em Avinhão). D’Arcis menciona que até então tem sido bem sucedido em esconder o pano e revela que a verdade lhe fora confessada pelo próprio artista, que não é identificado. A carta descreve ainda o sudário com grande precisão.
Aparentemente, os conselhos do bispo de Troyes não foram ouvidos visto que Clemente VII declarou a relíquia sagrada e ofereceu indulgências a quem peregrinasse para ver o sudário.2

Século XV

Em 1415, devido às pilhagens da Guerra dos Cem Anos, Margarita de Charny, neta de Godofredo e casada com Humberto de Villersexel, conde de La Roche, retirou o sudário da Colegiata de Lirey e o colocou no castelo de seu marido, no povoado de Saint Hippolyte-sur-le Doubs23 .
Pintura de Giulio Clovio mostrando o sudário e a forma como Jesus foi envolvido
Quando Margarita enviuvou de Humberto, passou a expor o sudário no castelo, em troca de donativos, devido à sua precária situação financeira23 . Possivelmente devido a esta situação, em 22 de março de 1453 o sudário foi transferido aLuísduque de Saboia, mediante contrato assinado em Genebra23 . Pelo mesmo contrato, o duque de Saboia cede a Margarita o castelo de Varambon e as rendas do senhorio de Mirabel, próximo a Lyon23 . O contrato declara que a cessão do castelo é "pelos numerosos e importantes serviços que a condessa de la Roche prestou ao duque de Saboia" 23 . Assim o sudário passou a ser propriedade da Casa de Saboia, sob queixas dos cônegos de Lirey que se consideram donos do lençol23 .
Em 1502, o sudário foi depositado na Capela Santa do castelo dos duques em Chambéry23 .

Século XVI aos nossos dias

Na noite de 3 para 4 de dezembro de 1532, o sudário foi danificado por um incêndio que afectou a sua capela e pela água das tentativas de o controlar23 . O sudário estava guardado numa urna de prata — presenteada por Margarida da Áustria em 1509 — e o fogo provocou o derretimento parcial da prata23 . Os pingos de prata derretida deixaram perfurações simétricas no sudário, uma vez que o lençol estava dobrado quarenta e oito vezes23 . Também as bordas dessas dobras, em contato com o metal incandescente, ficaram chamuscadas23 . A água impregnou o sudário, produzindo manchas em forma de losangos devido às dobraduras, as quais aparecem simetricamente em toda a peça quando é estendida23 .
Em 1562, a capital do Ducado de Saboia foi transferida de Chambéry para Turim e, em 1578 a peça foi levada para a catedral de Turim, onde está até hoje na Cappella della Sacra Sindone do Palazzo Reale di Torino.25
casa de Saboia foi a proprietária do sudário até 18 de março de 1983, quando o ex-rei da Itália, Humberto II, ao morrer o legou à Santa Sé23 . Em 2002, o sudário foi submetido a obras de restauro.

O restauro de 2002

No inverno de 2002, o sudário foi submetido a uma grande restauração que chocou a comunidade de pesquisadores e foi condenada por muitos.26 Autorizada pelo arcebispo de Turim como uma medida benéfica de conservação, a operação foi baseada na reclamação que o material em torno dos furos de queimadura (dos incêndios pelo qual o sudário passou em pelo menos duas ocasiões) estavam causando contínua oxidação que iriam com o tempo ameaçar a imagem. A operação foi rotulada como cirurgia desnecessária que destruiu dados científicos, removeu os reparos de 1534 que eram parte da herança do sudário, e destruiu oportunidades de pesquisa sofisticada.26
Em 2003, a principal restauradora, Mechthild Flury-Lemberg, especialista suíça em tecidos, descreveu a operação e as razões pelas quais ela a considerou necessária.27
Em 2005, William Meacham, arqueólogo que estuda o sudário desde 1981, criticou ferozmente a restauração, rejeitou as razões apresentadas por Flury-Lemberg e classificou a operação como "um desastre para o estudo científico da relíquia".28

Análise científica

As primeiras análises de laboratório ao sudário foram realizadas em 1973 por uma equipe internacional de cientistas.29 Os resultados demonstraram, segundo Walter McCrone, que a imagem do sudário é composta por inúmeras gotículas de tinta fabricada a partir de ocre.29
Em 1978, a equipe americana do STURP (Shroud of Turin Research Project) teve acesso ao sudário durante 120 horas.30 A equipe era composta por 40 cientistas, dos quais apenas um não era religioso, Walter C. McCrone, que retirou-se logo no início das investigações.31 Foram realizados muitos experimentos que envolveram diversas áreas da ciência, como fotografias com diferentes tipos de filme, radiografia de raios X, raio X com fluorescência, espectroscopia,infravermelho e retirada de amostras com fita, mas não foi autorizado a fazer o teste por datação carbono-14.[carece de fontes]

Datação por radiocarbono[editar | editar código-fonte]

Em 1988 o sudário foi datado por radiocarbono por três diferentes laboratórios em ZuriqueOxford e na Universidade do Arizona.32 Os resultados estavam em concordância de que o tecido é da época entre 1260 e 1390.32
A datação radiométrica por carbono-14 é efetiva até datas de 30 mil a 40 mil anos BP (Before Present = Antes do Presente). Após esse período, a radiação emitida pelo carbono-14 terá sido reduzida a praticamente zero. Por outro lado, em um objeto com muito recente, por exemplo, com cem anos de idade, a quantidade de radiação emitida não terá diminuído o suficiente para que seja detectada alguma diferença.33 Existem, no entanto, várias fontes de erro que podem induzir resultados duvidosos.34 Muito da polémica sobre a autenticidade do sudário foca as possíveis fontes de erros da datação.34
O ensaio do carbono reativo feito em 1988 por três equipes de cientistas independentes indicou como resultados que o manto foi feito entre 1260 e 1390, portanto durante a Idade Média, aproximadamente treze séculos posterior a Cristo.32 Alegações de incertezas e erros nos exames surgiram imediatamente após a publicação dos resultados e foram em grande parte respondidas por Harry E. Gove.35 36
A controvérsia continuou, porque o microbiólogo Dr. Garza Valdez descobriu bactérias no Sudário que deturpa a datação pelo carbono. Posteriormente, em documentário do Discovery Channel o Dr. Harry Gove que foi o descobridor da tecnologia de datação de carbono - 14 reconheceu que o trabalho no Sudário foi feito sem conhecimento das descobertas de Valdez. Ainda afirmou que mesmo tentando limpar as bactérias, com a tecnologia atual, não é possível separar as bactérias do tecido e, portanto, por enquanto a datação por carbono no Sudário não é válida. Harry Gove afirmou que quando houver essa tecnologia fará a petição à Santa Sé para tentar datar o Sudário novamente37 .
A afirmação de que a amostra analisada pelas equipes de cientistas teria sido retirada de uma zona do manto que não fazia parte do tecido original, foi desmentida por Joe Nickell38 . O Sudário foi também danificado devido a um incêndio no final da Idade Média, o que poderia ter acrescentado carbono reativo à composição do tecido invalidando a aplicação da análise por carbono reativo.38 . Este laudo por sua vez foi questionado por céticos como Joe Nickell, que acredita que as conclusões do seu autor, Raymond Rogers,39 resultam de uma "busca de evidências que possam garantir uma conclusão previamente desejada". Philip Ball, editor da revista "Nature", contestou esta afirmação dizendo que a idéia de que os estudos de Rogers tenham sido direcionados para a obtenção de uma conclusão pré-estabelecida é injusta e Rogers "apresenta uma história de trabalho respeitável".40 Todavia, a pesquisa de 2008 na unidade de aceleração de carbono reativo daUniversidade de Oxford propõe uma revisão da data a que se atribui à criação do manto de 1390 para 1260,41 o que levou seu diretor Gordan Ramsey a convocar a comunidade científica a novas comprovações sobre autenticidade do Sudário. "Com as medidas do ensaio de carbono reativo e com todas as outras evidências que se possui a respeito do Sudário, ainda existem conflitos de interpretação de diferentes fontes" disse Gordan ao noticiário da BBC em 2008, após a publicação dos novos resultados.[carece de fontes] Apesar de manter uma mente aberta quanto ao tema, Ramsey enfatizou que ficaria surpreso se sobre os ensaios de 1988fosse comprovado um erro de dez séculos.[carece de fontes]
A datação do sudário foi contestada pelo argumento de contaminação bacteriana38 . Em resposta, os cientistas que realizaram as análises de carbono-14 afirmam que o tecido foi limpo antes do teste Cabon o 14, o que exclui a possibilidade dessa contaminação38 . O intervalo de resultados (1290-1390) é explicado pela influência do incêndio de Chambéry de 1532 e subsequentes tentativas (desastradas) de restauro. Sendo assim, e devido aos acidentes, a datação com carbono-14 não seria exata. 42 Porém segundo o Dr. Walter McCrone, um peso de carbono do século XX igual a duas vezes o peso total do sudário seria necessário para fazer um objeto do século I ser datado como do século XIV, e portanto haveria suficiente certeza que o sudário seria uma criação medieval.43
No entanto, Joseph G. Marino e M. Sue Benford propuseram que a área de tecido usada como amostra pode não pertencer ao tecido original (nenhuma das amostras continha uma área "manchada"), uma vez que quase 60% do tecido do Sudário é resultado de progressivas reparações feitas ao longo dos séculos.44 O académico Raymond Rogers argumentou, num artigo publicado em 2005,45 que a análise química por ele realizada confirmava esta hipótese, uma vez que as amostras usadas na datação-por-carbono mostram traços evidentes de corantes, provavelmente usados pelos tecelões medievais para conseguir a cor do tecido original ao realizarem reparações e reforçarem o sudário para maior protecção. outros autores apresentaram ainda evidências adicionais neste sentido.44 46 47 48
Em dezembro de 2011 a agência italiana para as novas tecnologias e desenvolvimento sustentável (ENEA) executou estudos sobre o manto. Por cinco anos essa agência de pesquisa centralizou seus esforços sobre a formação da imagem que se vê no sudário, tentando a sua reprodução. A conclusão foi que: “A imagem dupla (frente e verso) de um homem flagelado e crucificado, pouco visível no tecido de linho do Sudário de Turim, tem muitas características físicas e químicas e é impossível de ser reproduzida em laboratório”.49 Os cientistas tiveram extrema cautela ao publicar suas conclusões, limitando-se a “propor considerações que não extravasam o campo científico”.50
A datação correta do sudário ainda gera discussões no mundo científico, uma pesquisa publicada na revista especializada "Termochimica Acta", sugere que o manto possa ter entre 1300 e 3000 anos o que torna possível ele ter sido usado por Cristo. A pesquisa afirma que a datação anterior feita em 1988 utilizou uma parte do manto que havia sido restaurada por freiras, durante a idade média, para recompor partes danificadas do manto durante um incêndio. Segundo a pesquisa, na amostra utilizada em 1988 foi encontrada vanilina, composto produzido pela decomposição da lignina. Este composto desaparece com o tempo não podendo ser encontrado em pedaços de linho muito antigos. Como este composto não foi encontrado no restante do sudário a pesquisa concluiu que o sudário é muito mais antigo do que foi deduzido anteriormente. 51

Propriedades químicas

Foram também efectuados testes químicos ao sudário por especialistas das Universidades de Milão e da Califórnia. Os métodos utilizados foram a análise espectral e fotografia ultravioleta. Os resultados mostram que a porção amostrada para datação radiométrica é distinta do resto do tecido, nomeadamente pela presença de pigmentos e fixantes. Este resultado sugere que esta porção do tecido seja na realidade um remendo posterior. Outra diferença consiste na presença de vanilina, um produto da decomposição térmica da linhina (um composto das fibras naturais). A vanilina é um composto habitual na análise a tecidos da Idade Média, mas que se encontra ausente em amostras mais antigas, uma vez que sofre decaimento. Segundo Raymond Rogers: "O fato de que a vanilina não pode ser detectada na lignina das fibras do manto, pergaminhos do mar Morto e outros pedaços de linho muito antigos indica que o manto é muito velho".52

Possíveis meios de formação da imagem

A imagem no tecido tem muitas características peculiares e profundamente estudadas.53 Por exemplo, ela é inteiramente superficial, não penetrando nas fibras do tecido sob a superfície, de forma que as fibras do algodão não estão coloridas; a imagem é composta de fibras descoloridas dispostas lado a lado com fibras não descoloridas de forma que estrias aparecem. Segundo Walter McCrone, toda a imagem é composta de pigmentos (óxido de ferro e sulfeto de mercúrio).54 Porém investigação química relatada no Canadian Society of Forensi Jornal afirma que pequenas quantidades de óxido de ferro estão igualmente distribuídas na área da imagem e na área sem imagem e que as manchas de sangue são realmente de sangue.55

Veja como foi a participação de Marco Feliciano no Raul Gil

A participação do pastor Marco Feliciano no Programa Raul Gil foi ao ar neste sábado (7) e gerou grande polêmica. Feliciano participou do quadro “Elas querem saber” e foi questionado a respeito de pautas polêmicas, principalmente em relação ao homossexualismo.
Taxado pela imprensa de “homofóbico” por não apoiar as relações homossexuais, o parlamentar evangélico não foi poupado pelas participantes do quadro, entre elas Thammy Gretchen, homossexual assumida.
O apresentador Raul Gil tentou mudar o assunto ao ver que as entrevistadoras estavam se exaltando. Feliciano tentava explicar que tentou diversas vezes aprovar projetos que seriam interessantes para o movimento gay sem prejudicar as igrejas e essas propostas foram rejeitadas no Congresso.
Thammy se exaltou quando Feliciano comentou que sua família foi vítima de perseguições por conta de sua posição como presidente da Comissão de Direitos Humanos. A filha da cantora Gretchen disse que era “bem feito” porque o deputado faz com que as pessoas odeiem os homossexuais.
O pastor então disse que oraria por ela, para que Deus a fizesse feliz de verdade. Furiosa, ela se levantou e deixou o palco.
No Facebook, o deputado do PSC afirmou que antes das câmeras começarem a gravar, todas as mulheres do quadro o trataram com educação. “Bastou colocar o pé no palco pra sentir que as coisas ali dentro eram bem teatrais, ou seja, desaparecem as moças sorridentes do camarim e entram em cena as personagens”, escreveu.
“O momento mais ‘quente’ foi quando a Thammy teve seu microfone cortado pela produção, jogou-o no chão e saiu de cena, um showzinho pré-programado, como também programado foram os aplausos a ela. Ela disse que não iria fazer só as perguntas que eu quisesse!! Mas como assim se eram elas que faziam as perguntas e eu não me esquivei de responder nenhuma.”
No final Thammy voltou ao palco e o programa prosseguiu. A parte em que ela supostamente foi chamada de anta pelo deputado não foi exibida, mas Feliciano explicou o que de fato aconteceu: “Quanto a história da “ANTA”, se deu quando fui questionado se sofri perseguições, enquanto respondia que sim, perguntaram da família, respondi que minha esposa e minhas três filhas sofreram também. Neste momento Thammy diz em bom tom: BEM FEITO! Aqui se faz, aqui se paga. Ela disse que eu promovo ódio… Fiquei perplexo e disse: Você não está falando isso! (Que minha família merecia sofrer perseguição intolerante) emendei a esta frase: Pensei que estava lidando com pessoas inteligentes de alto nível, e ela respondeu ENTÃO SOU ANTA, DEVO SER UMA ANTA, e eu disse, é verdade… Você está dizendo.”
Quando os ânimos se acalmaram, outros temas foram abordados com o entrevistado. Entre eles direito das mulheres, aborto e outros.

Elas querem saber - Marco Feliciano - Programa Raul Gil

Feliciano pede abertura de inquérito contra queima de Bíblia

Feliciano pede abertura de inquérito contra queima de Bíblia


O deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC-SP) se comprometeu a pedir a abertura de um inquérito para apurar aqueima de um exemplar da Bíblia durante o 4º encontro de ateus da Universidade Federal do Acre (Ufac).
Segundo jornais locais, um vocalista de uma banda queimou o Livro Sagrado dos cristãos como protesto e teve autorização do organizador do evento, o militante do PT Felipe Zanon que confirmou saber e autorizar a “performance” do músico.
“Vou representar à Polícia Civil do Estado do Acre para que instaure Inquérito Policial para apurar responsabilidades e seus autores, para que fatos lamentáveis como esse não se repitam”, escreveu Feliciano em seu site e também em sua fanpage do Facebook.
O deputado lembrou que a Constituição brasileira tem leis para punir que vilipendiar um símbolo religioso. Feliciano também questiona como um ato como esse pode acontecer em um espaço cultural como é a Ufac.

Ele questionou ainda a fala de Zanon que autorizou o ato como liberdade de expressão ao cantor dizendo que “no dia em que um artista fosse censurado no palco, seu lugar de direito, seria melhor acabar com toda cultura e toda arte”.
Sobre isso o deputado rebate: “Como pode um espaço cultural que é o de uma Universidade ser entregue a um boçal que faz tal afirmação se esquecendo que vilipendiar símbolo religioso é crime, portanto se sua teoria fosse aplicada de forma analógica, um artista no palco poderia cometer qualquer tipo de crime em nome de uma absurda ilimitada liberdade artística.”

Bíblia é queimada durante encontro de ateus no AC

Militante do PT que organizou o evento diz que ato seria para repudiar “o mal causado pela igreja”
Durante o 4° Encontro Nacional de Ateus, realizado no dia 30 de abril no Coliseu da Universidade Federal do Acre (Ufac), um exemplar da Bíblia Sagrada foi queimado.
O jovem Felipe Zanon, militante do PT que organizou o encontro, explicou que o ato servia para repudiar “o mal causado pela igreja no que diz respeito aos massacres ocorridos ao longo da história do cristianismo”.
Segundo o site AC24Horas não foi Zanon que queimou o livro sagrado, mas ele confessou que autorizou o ato. Formado em História, o militante atualmente cursa o 3º período do curso de Direito na universidade.
Ainda de acordo com o site, quem queimou a Bíblia foi o estudante do curso de filosofia e vocalista da banda Violação Anal, Roberto Oliveira, que não foi encontrado para comentar o ato. Ao que parece o Livro Sagrado foi queimado durante a apresentação da banda.
Zanon sabia o que ia acontecer e confirmou que apoiou dizendo que um artista não pode ser censurado. “Quando um integrante de uma banda chegou para mim e disse: ‘Felipe, vou fazer X e Y’. Eu virei para ele com toda sinceridade e respondi que no dia em que um artista fosse censurado no palco, seu lugar de direito, era melhor acabar de vez com toda cultura e toda arte”, disse ele ao site Giro Acreano.
No mesmo depoimento o petista afirmou que recebeu apoio de integrantes do partido. “Recebemos auxílio de alguns membros do PT e por isso fiz questão de colocar o logo do governo, pois sei que este governo é um governo preocupado com minorias, como somos nós”.
Por conta dos atos de vandalismos praticados no dia do evento, a Ufac suspendeu os eventos em suas dependências e sobre o caso da Bíblia, o reitor Minoru Kimpara, lamentou o ato e disse ter ficado triste com a informação.
“É lamentável agredir a crença das pessoas, eu fiquei triste porque as pessoas têm o direito de crer ou não, de defender suas posições políticas, suas convicções, mas para tudo isso é importante o respeito. A Ufac é um espaço plural, lugar de cristãos e das pessoas de diferentes religiões, dos que creem e dos ateus também.”

quinta-feira, 7 de maio de 2015

A entrevista com o bispo Edir Macedo no programa Conexão Repórter, do SBT

Edir Macedo culpa Igreja Católica e Rede Globo por sua prisão


O programa Conexão Repórter Especial deste domingo (26) exibiu a entrevista exclusiva com o bispo Edir Macedo. O religioso recebeu o jornalista Roberto Cabrini no Templo de Salomão, em São Paulo, e respondeu perguntas sobre diversos assuntos.
O apresentador do SBT comentou a trajetória de vida do fundador da Igreja Universal, desde sua conversão na Igreja Pentecostal Nova Vida, no Rio de Janeiro, na década de 70 até a inauguração da IURD fundada em 1977.
Quando é citado como um dos maiores líderes religiosos do mundo, Macedo nega o título de religioso e diz que não fundou uma igreja, mas uma escola. “Eu não sou líder religioso. Eu não fundei igreja, eu fundei uma universidade que ensina a vida, que ensina os caminhos da vida, os caminhos da salvação”.
Mas além de citar os bons momentos da vida de Edir Macedo, Cabrini fez questão de falar de assuntos polêmicos como a prisão do religioso em 1992 quando ele foi acusado de charlatanismo, estelionato e curandeirismo.
“Eu nunca pensei que pudesse ser preso”, disse o religioso narrando a forma como foi abordado pelos policiais que fecharam o seu carro, retirara-o de dentro do veículo e o jogaram no camburão da viatura.
Foram 11 dias de prisão que segundo o próprio líder da Universal foram dias tranquilos por ter apoio e companhia de sua esposa e amigos. “Os meus algozes também foram lá”, lembra Macedo que se sentiu humilhado por estar atrás das grades.
Macedo afirmou que sua prisão foi uma obra orquestrada pela Igreja Católica e pela Rede Globo. “A minha prisão é uma composição da Igreja Católica, cabeça, e a Rede Globo é o corpo”. O motivo seria o sucesso da Igreja Universal e a forma como eles tentaram barrar o crescimento do número de fiéis foi prendê-lo para manchar a sua imagem. “Eu esperei para que a verdade viesse a tona.”

Macedo x Igreja Católica

Nascido em família católica, Edir Macedo falou o que o fez se distanciar da crença como o fato de adorar a um Deus morto. Em outro ponto da entrevista ele disse que é um dos maiores inimigos do Vaticano, pois aonde a Igreja Universal chega a fé católica é abalada.
“Eu acredito que seja o inimigo número um da Igreja Católica. Aonde a Igreja Universal do Reino de Deus vai, ali começa o trabalho do sucesso”, disse ele se referindo à evangelização de novos fiéis.
Afirmando que respeita quem segue o catolicismo, Macedo diz que não tem nenhum tipo de ligação com o Vaticano e que não senta na mesma mesa que seus líderes. “Nós não comungamos a mesma fé”, declarou ele. O bispo ainda disse que ora para que eles venham a ter um encontro com o verdadeiro Deus.
Mas apesar de não querer contato com os líderes católicos, Macedo criticou o episódio de um de seus pastores que deu um chute em uma santa causando grande polêmica no Brasil na década de 90.
“Aquele chute foi a pior coisa que aconteceu dentro do trabalho da Igreja Universal, porque não é o nosso estilo agredir religião de ninguém. Nós temos a liberdade de crer na Palavra de Deus e nós exigimos respeito para conosco. Ora, se nós exigimos respeito para nossa fé, nós temos que ter respeito pela crença alheia”.

Ou Dá ou Ou Desce

Roberto Cabrini também questionou Edir Macedo sobre o vídeo polêmico onde ele ensina seus pastores a arrecadar dinheiro dos fiéis, chegando a falar a famosa frase “ou dá ou desce”.
Macedo tentou explicar que ele fala sobre a entrega da alma, a pessoa que não aceitar entregar sua vida para Deus irá descer para o inferno. Por isso ele não se arrepende do que disse e afirma que continua pensando e falando a mesma coisa.
“Não me arrependo porque eu falei aquilo que eu pensava, penso e vou continuar pensando. Com Deus, essa é a nossa fé, ou você dá e está com Ele ou você desce para o inferno”.

Audiência

A entrevista com Edir Macedo fez o programa Conexão Repórter alcançar 9,5 pontos de Ibope. Esse número fez o SBT ficar em segundo lugar com alguns picos de liderança, passando a programa da Rede Globo.
Nas redes sociais o nome de Edir Macedo ficou entre os mais comentados no Twitter, onde os telespectadores comentavam o que achavam da entrevista. Muitos mostravam ódio ao religioso e outros elogiavam a forma como ele respondia as perguntas tão polêmicas.
O trabalho do jornalista Roberto Cabrini também foi elogiado pelos internautas, pela coragem de questionar Macedo sobre assuntos tão íntimos.

Assista e entrevista completa

Veja a entrevista do bispo Edir Macedo ao "Conexão Repórter" no SBT