sexta-feira, 29 de abril de 2016

Documento raro: a sentença de excomunhão e a defesa de José Manoel da Conceição, o primeiro pastor brasileiro, de 1867.



O primeiro pastor brasileiro foi um padre, que converteu-se ao protestantismo tornando-se pastor da igreja presbiteriana, o primeiro nacional ordenado para tal serviço, o que resultou sua excomunhão pela igreja católica, sentença publicada em um jornal paulista, acompanhada depois da defesa do já então, pastor Manoel da Conceição. Os dois documentos foram depois publicados juntos em uma brochura, no ano de 1867. É este opúsculo que está disponível para download no link abaixo.

 o livrinho, original de 1867 e adquirido em um sebo, exemplar perfeito.  Muito obrigado ao pastor Helce e segue abaixo o documento em PDF, para uso de quem quiser.

DOWNLOAD DA "SENTENÇA DE EXCOMUNHÃO E SUA RESPOSTA", DE JOSÉ MANOEL DA CONCEIÇÃO, EDIÇÃO 1867, TYPOGRAFIA PERSEVERANÇA, RIO DE JANEIRO.

Documentos raros: "O cristianismo e a escravidão", do rev. James T. Houston, publicado em 1884



Em tempos de eleições gerais no Brasil, as discussões em torno dos problemas nacionais tornam-se comuns e mais intensas. Descobri um texto excelente de uma outra época, 1884, quando o debate sobre a abolição e o futuro do país tomava todas as ruas e também as salas das casas e... os púlpitos das igrejas. 

No dia 10 de agosto de 1884 o reverendo James T. Houston, missionário da Junta de Missões de Nova York no Brasil, pregou um sermão contra a escravidão na igreja presbiteriana do Rio de Janeiro, fazendo uma análise que impressiona pela lucidez e o conhecimento dos costumes nacionais. Faz uma denúncia contundente contra os males da escravidão, sua incompatibilidade com o cristianismo, a necessidade de modernização da cultura e da sociedade brasileiras. 

Você pode fazer BAIXAR O LIVRO clicando com o botão direito do mouse sobre o link e indicando o local para salvar o arquivo.

Documentos raros: "Sermão sobre a escravidão", do cônego Siqueira Canabarro, 1887



Outro importante documento, um sermão às vésperas da proibição do trabalho escravo no Brasil e a decretação da abolição sem indenização aos proprietários, pronunciado pelo cônego Siqueira Canabarro, na igreja matriz da cidade de Pelotas, RS, em 13 de novembro de 1887.

Para BAIXAR O LIVRO COMPLETO, clique com o botão direito do mouse no link e escolha o local para o salvamento. Tanto esta quanto a pregação do reverendo Houston, que postei abaixo, são reveladoras da mudança de comportamento que esteve em curso na segunda metade do século XIX e que tornou a escravidão moralmente inaceitável. O que era comum em 1780, 1820, tornou-se ao longo do oitocentos, algo abjeto. Mudanças assim não são passíveis de quantificação, de mensuração, por isso passaram ao largo das análises sobre o fim da escravidão. É muito mais fácil [e de uma comodidade intelectual extrema] explicar o processo de transição da escravidão para o trabalho livre exclusivamente como fruto de uma conspiração internacional dos "interesses ingleses"

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Os cristãos mais influentes do mundo, segundo a revista Time

A revista Time publicou esta semana uma lista das 100 pessoas mais influentes do mundo em 2016. O site CBN destacou quem são os cristãos com destaque neste relatório.
Como é frequente, a revista reconheceu o papa Francisco, mas esse ano incluiu Mussie Zerai, o sacerdote eritreu que salvou a vida de milhares de imigrantes no contexto da crise migratória, trabalhando com os africanos que tentaram cruzam o mar para a Europa.
Na arena política, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que já disse em entrevistas: “Eu acredito em Deus, ele é meu companheiro constante, e tem sido tudo na minha vida”.
Paul Ryan, o presidente do Congresso dos Estados Unidos, tem sido discreto ao vocalizar sua fé, embora tenha pedidos que os deputados orassem ‘uns pelos outros’. Católico praticante, ele afirma: “A fé de uma pessoa é fundamental para determinar como ela se comporta em público e em privado. Então, para a minha fé, o que nós chamamos de magistério social determina como aplicar a doutrina em sua vida cotidiana”.
A revista também incluiu John Kerry, secretário de Estado dos Estados Unidos, que uma vez declarou: “As Escrituras dizem: ‘meu irmão, se alguém disser que tem fé, mas não tem obras, para que serve? Quando nós olhamos para o que está acontecendo na América hoje, onde estão as obras de compaixão?”
Por fim, o pré-candidato a presidente Ted Cruz, que sempre fala em público sobre sua fé evangélica. Filho de pastor, durante sua campanha repetidas vezes afirmou que sua fé em Jesus é determinante para sua conduta e propostas.
Na área dos esportes, a Times incluiu o jogador de basquete Stephen Curry, do Warriors. Evangélico, ele posta seguidamente versículos em suas contas nas redes sociais. Questionado por seu costume de comemorar os pontos que faz com o dedo para cima, disse: “Toda vez que faço uma cesta, bato no peito e apontou para o céu. Com isso simbolizo que tenho Deus no coração”.
Além disso, destaque para o piloto de Fórmula 1 Lewis Hamilton. O britânico declarou: “Minha fé é importante para mim. Eu realmente acredito que o meu talento é um dom de Deus. Sei que sou verdadeiramente abençoado”.
Já o corredor jamaicano Usain Bolt, considerado o homem mais rápido do mundo, disse em entrevista: “Agradeço a Deus por tudo que ele fez por mim, porque sem ele nada disto seria possível”.
O único brasileiro na lista da Time é o juiz Sergio Moro, que conduz as operações da “Lava Jato”. Embora haja um boato na internet de que ele seja membro de uma igreja batista, sua mãe afirma que é um católico praticante. Na página de Facebook criada pela esposa, foi revelado que ele precisou esconder seu perfil na rede social por causa da fama.
Chama atenção o fato que ele usa como imagem não uma foto sua, mas a do juiz britânico William Erle, que viveu século XVIII. Protestante, Erle ficou famoso por sua postura conservadora e, devido ao momento vivido pela Inglaterra, defendia a ruptura definitiva do país com a Igreja Católica.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

“Sangue” dos cristãos perseguidos tinge fonte de Roma

A conhecida Fontana di Trevi, localizada no centro de Roma e perto do Vaticano, ficará coberta de “sangue” no dia 29 de abril. A cor vermelha de luzes especiais para dar esse efeito é parte de uma campanha de conscientização promovida pela organização “Ajuda à Igreja que Sofre” (AIS).
Trata-se de uma forma de lembrar o sangue verdadeiro, derramado por que esses cristãos perseguidos foram mortos por causa de sua fé. Programada para acontecer às 20 horas (horário local) da próxima sexta, a manifestação pretende “dar voz” aos homens, mulheres e crianças que grande parte do mundo sequer sabe que foram mártires.
De acordo com a World Religion News, confirmaram presença o presidente internacional da AIS, o cardeal Mauro Piacenza, e o bispo de Aleppo (Síria), Antonie Audo. Também devem participar representantes das organizações Christian Workers Movement, Caritas Italiana, Communion and Liberation e Focolare Movement.
Independentemente de sua denominação (evangélica, católica ou ortodoxa), os milhares de cristãos que são perseguidos, sobretudo em países muçulmanos, continuam sendo ignorados por organizações como a ONU.
A AIS emitiu nota apelando para que “A sistemática violação do direito à liberdade religiosa, sobretudo em prejuízo dos cristãos, deve se transformar em um tema central do debate público”.

Perseguição é a maior da história

Não havia estatísticas dois mil anos atrás, mas pelos números populacionais de hoje, é possível afirmar que os seguidores de Jesus nunca foram tão perseguidos. A situação é especialmente difícil no Oriente Médio, o berço das maiores religiões do mundo.
A crescente perseguição é alimentada principalmente pelo extremismo islâmico. A grande mídia muitas vezes minimiza os fatos, classificando de “limpeza étnica”, mas o fato é que a cristofobia é real.
Afinal, 80% dos atos de perseguição religiosa no mundo são contra cristãos, aponta a International Society for Human Rights, uma ONG da Alemanha. De acordo com o Center for the Study of Global Christianity, do Seminário Gordon Conwell, dos EUA, mais de 100.000 cristãos são assassinados por ano, ou seja, 11 cristãos por hora.
Os dados divulgados pela Portas Abertas no início de 2016 mostram que continuamos em uma escalada histórica de perseguição ao cristianismo. Em média, um cristão é morto a cada 5 minutos por causa da sua fé.
“Os níveis de exclusão, discriminação e violência contra os cristãos é algo sem precedentes. Está se espalhando e intensificando”, afirma David Curry, presidente da Portas Abertas nos EUA. O relatório da missão mostra que, em 2015, mais de 7.000 cristãos foram mortos por sua fé e cerca de 2.400 igrejas foram atacadas ou danificadas, índices que mostram um aumento de mais de 100% em comparação a 2014.

Dicionário altera definição de “família” para incluir gays

Houaiss quer verbete “sem preconceitos e limitações”

A próxima edição do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa virá com o significado do termo “família” alterado. A decisão de alterar a definição é servir como um contraponto ao Estatuto da Família, que define a palavra como a relação entre um pai, uma mãe e seus filhos.
Atualmente no dicionário o termo é definido como um grupo de pessoas vivendo sob o mesmo teto. Mas para André Lima, sócio da agência NBS, tal definição “é reducionista e anacrônica”.
“O mundo é diverso, abrangente e dinâmico. A atual definição de ‘família’ é reducionista e anacrônica. O que desejamos é atualizar esta definição e contribuir para a reflexão sobre quais são os verdadeiros laços que unem as pessoas em forma de família”, disse ele.
A NBS resolveu criar a campanha #todasasfamílias pedindo para que o público sugira definições para a palavra. A partir do que for sugerido, especialistas poderão criar uma definição “sem preconceitos e limitações”.
Essa campanha tem parceria com a Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio e a Associação Brasileira de Famílias Homoafetivas que estão divulgando vídeos mostrando famílias formadas por homossexuais.

50 novas traduções da Bíblia são concluídas

No ano passado, equipes de missionários ligados às Sociedades Bíblicas Unidas terminaram a tradução da Bíblia para 50 idiomas diferentes. A notícia veiculada pelo Breaking Christian News mostra que essas línguas são faladas por cerca de 160 milhões de pessoas. Ao mesmo tempo que terminaram o trabalho das novas traduções, 11 povos receberam a primeira Bíblia completa em sua língua e seis receberam o Novo Testamento.
No final de 2015, a Bíblia completa estava disponível em 563 línguas, que são faladas por um total de 5,1 bilhão de pessoas. Estima-se que existam 281 milhões de pessoas com acesso a apenas algumas partes da Bíblia e cerca de 500 milhões ainda não possuem uma tradução das Escrituras em suas línguas nativas.
Para efeitos de comparação, existem mais de 400 línguas de sinais no mundo, usados pelos surdos para se comunicar. Contudo, o Novo Testamento está disponível apenas para a língua de sinais faladas nos Estados Unidos. Existem equipes ligadas às Sociedades Bíblicas traduzindo porções da Bíblia em outras línguas de sinais, inclusive no Brasil.
Há um esforço para ampliar a disponibilidade da Bíblia em Braille. No México, o trabalho está perto da conclusão. No Sri Lanka e na Holanda foi terminado, totalizando 45 línguas disponíveis.
O relatório completo das Sociedades Bíblicas Unidas pode ser lido aqui (em inglês).