quinta-feira, 12 de maio de 2016

Ação evangelística #eupironobusão é acusada de ser “mentira e manipulação”

Em 1995, surgiram graves acusações sobre a maneira como Edir Macedo ganhava dinheiro e usava isso na IURD. Carlos Magno de Miranda, um ex-pastor da igreja, afirmou à imprensa que não havia ética e que, ao confrontar o bispo, ouvia a resposta “para Jesus até gol de mão vale”.
Mais de 20 anos depois, o pastor Lucinho, da Igreja Lagoinha, está sendo criticado por ensinar as pessoas a mentir e ainda dizer que assim se faz a obra de Deus. Guardadas as proporções (e as gerações), os fatos mostram que muitas vezes existe uma linha muito tênue entre o que é “aceitável” e “inaceitável” na igreja evangélica brasileira.
No início deste mês, Lucinho, que já é conhecido por suas polêmicas, lançou um vídeo onde desafiava as pessoas a fazer uma “loucura”. Após combinar com um outro membro da mesma igreja, a pessoa deveria entrar em um ônibus ou metrô e fingir que não se conheciam.
Começaria então a evangelizar com folhetos e, quando encontrasse com esse amigo (ou amiga), eles entrariam em um debate teológico pré-combinado. No final, o amigo que fingia não ser cristão, decidiria aceitar a Jesus e isso seria um chamariz para que as outras pessoas no local pudessem ser alcançadas também.
O vídeo de divulgação propõe ainda que as pessoas usem a hashtag #eupironobusão para contar como fizeram e que resultados a ação deu. Ele inclusive mudou a imagem na sua página no Facebook para um ônibus e a hashtag para dar mais visibilidade à proposta. Ao longo do mês, vem falando do assunto nas redes sociais e reforçando com um #motivodeoração.
Com quase um milhão e meio de seguidores na página, a campanha teve repercussão na web. Muitos afirmaram que aceitariam o desafio. Mas, obviamente, nem todos receberam bem a proposta do pastor da Lagoinha. Muitos comentários diziam que Lucinho estava ensinando as pessoas a mentirem e que Deus não precisaria disso para alcançar pessoas.
O pastor Yago Martins, que também possui um trabalho com o público mais jovem, decidiu dar uma “resposta”. Ele gravou um vídeo fazendo severas críticas a Lucinho. “Deus usa a técnica da mentira? Deus precisa que os manipulemos para que eles creiam no evangelho?”, dispara. Usando diferentes textos bíblicos, sentenciou: “Você está esvaziando a cruz de Cristo!”.
Para ele, o que Lucinho está ensinando é que ‘a cruz é fraca’ e condenou o que chama de manipulação da fé. Fazendo um paralelo histórico com outros ensinamentos que são considerados heréticos, Yago responsabilizou os ‘fãs’ de Lucinho pelo sucesso que ele faz.
Em tom de desabafo, não negou que “Deus pode usar qualquer um”, como muitos defendem. Insistiu ainda para que as pessoas que desejam evangelizar o façam sem usar de artifícios como os que foram propostos pelo pastor da Lagoinha. “Não siga o caminho do pastor Lucinho, siga o caminho da cruz”, finalizou.

“Peço a Deus que sejamos justos e não justiceiros”, afirma senador Crivella

Ao contrário dos indícios que deu no ano passado, o senador Marcelo Crivella (PRB/RJ), afirmou em seu discurso hoje na sessão que analisa o prosseguimento do processo, que é favorável ao impeachment.
Ele foi ministro da Pesca no primeiro mandato de Dilma Rousseff, de quem permanece amigo. Crivella disse acreditar que a presidente é honesta, mas admite que há indícios que ela cometeu crime de responsabilidade.
Disse que não desejava votar, mas que lhe cabia cumprir um “duro dever diante dos fatos que me impõe o povo brasileiro”.
Curiosamente, o bispo licenciado da Igreja Universal citou o padre Antônio Vieira, famoso pelos seus sermões. O recurso foi utilizado para estabelecer a diferença entre o justo e o justiceiro. “O justo castiga por imposição da justiça. O justiceiro por imposição do sadismo”, sublinhou.
Terminou dizendo que “a justiça fica entre a piedade e a crueldade. O justo se inclina à piedade e o justiceiro, à crueldade. Se esse processo deve buscar a justiça, peço a Deus que sejamos justos e não justiceiros”.
Não houve nenhuma menção ao fato de que seu partido, o PRB, tenha votado unanimemente a favor do impeachment na Câmara dos Deputados, nem que Marcos Pereira, presidente da legenda deve ser anunciado como ministro do governo de Michel Temer. Ele é cotado para assumir a pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Assista ao discurso na íntegra:

SBT é acusado de “intolerância e desrespeito” por Jarbas Aragão  FACEBOOK

A ATEA (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos) está preparando um processo judicial e fará uma denúncia contra o SBT no Ministério Público. O argumento da organização é pedir reparação por acreditar que houve demonstração de intolerância e de desrespeito aos ateus no “Programa Silvio Santos”.
No último domingo (8), durante o quadro “Jogo dos Pontinhos”, todos os seis participantes afirmaram ser contra o ateísmo. Mesmo assim, o destaque acabou sendo dado para Patrícia Abravanel, filha de Silvio, que afirmou: “a gente fica muito miserável quando não acredita em Deus”.
Acrescentou que essas pessoas só ficam “pensando em dinheiro, nas coisas mais materiais”. Evangélica, ela explicou que “acreditar em Deus eleva a gente espiritualmente, deixa a gente mais alegre com as coisas que a gente tem, mais contente”.
Ao mesmo tempo em que afirma ser vítima de intolerância, a página da ATEA no Facebook já divulgouuma campanha de “boicote” à Jequiti e ao SBT, empresas do grupo Sílvio Santos. Também “incentiva” os seus simpatizantes a deixarem mensagens de repúdio na fanpage de Patrícia.
A propósito, o fato de defender o que crê na televisão está sendo desgastante para Patrícia. Mais cedo no mesmo programa, a apresentadora deu sua opinião sobre a relação entre pessoas do mesmo sexo. “Não sou contra o homossexualismo, só não sou a favor de falar que é normal. A criança tem que ser criada como homem e mulher”, sublinhou.
Sugeriu ainda que as emissoras de TV fazem “propaganda indireta” ao assunto e cutucou: “Sou contra ficar propagando em rede nacional que isso é uma coisa normal”. Como tem se tornado prática no país, logo surgiu uma hashtag como forma de protesto na internet: #AnormalÉTeuPreconceito. Ou seja, ela acusada de ser intolerante e preconceituosa por homossexuais e ateus agora enfrenta “perseguição virtual” dos dois grupos. Com informações de IG

Jair Bolsonaro é batizado por pastor no rio Jordão

Pré-candidato a presidente confessou Jesus publicamente

Jair Messias Bolsonaro encontrou com o Messias Jesus Cristo. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o deputado federal pelo Partido Social Cristão (PSC) e pré-candidato à presidência da República surpreendeu ao ser batizado por um pastor no rio Jordão, em Israel.
Ao lado de outros membros do seu partido, ele está fazendo uma “visita técnica” à Terra Santa, para conhecer tecnologias e estreitar a relação entre os países. Participaram como convidados especiais da cerimônia de celebração dos 68 anos de Independência de Israel.
Liderados pelo pastor Everaldo, presidente da legenda, além de Jair, compõem a equipe o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP), os deputados estaduais Flávio Bolsonaro, Felipe Soares, do Rio de Janeiro e Noraldino Júnior, de Minas Gerais, o vereador Carlos Bolsonaro (RJ) e a secretária de desenvolvimento do Ceará, Nicolle Barbosa.
Após visitas ao Knesset [Parlamento Israelense] e alguns ministérios, eles também visitaram lugares turísticos, como o “Jardim do Túmulo”, local onde o corpo de Jesus foi colocado depois da crucificação.
No vídeo que circula nas redes, o pastor Everaldo conduz uma cerimônia de batismo por imersão, seguindo a tradição da maioria das igrejas evangélicas. Bolsonaro está entre as pessoas que decidiram confessar publicamente sua fé em Jesus Cristo como Filho de Deus e salvador, sendo batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme a instrução bíblica.
Bolsonaro até o momento não se identificava publicamente como evangélico. Ele é amigo de vários pastores, como Marco Feliciano, e Silas Malafaia. Sabe-se ainda que sua esposa é membro da Assembleia de Deus Vitória em Cristo no Rio de Janeiro.
O filho Flávio, pré-candidato à prefeitura do Rio é membro de uma igreja batista, enquanto Eduardo defendendo os valores cristãos na Câmara. O portal Gospel Prime tentou contatar a assessoria do deputado, mas não obteve retorno.
Assista:

segunda-feira, 9 de maio de 2016

domingo, 8 de maio de 2016

ONU ignora 400.000 pedidos em favor de cristãos

Mais de quatrocentos mil assinaturas foram entregues para as Nações Unidas, pedindo que a Organização declare que existe um genocídio em andamentos contra os cristãos e outras minorias religiosas.
Ignacio Arsuaga, presidente do grupo de defesa CitizenGO, deu uma entrevista em frente à sede das Nações Unidas, em Nova York. “Estamos aqui para entregar mais de 400.000 assinaturas de cidadãos de todo o mundo, pedindo ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que declare como genocídio as ações promovidas pelo Estado Islâmico na Síria e no Iraque”.
Para ele, a movimentação é importante por que “esta é uma forma muito eficaz de proteger cristãos e outras minorias religiosas, que estão sendo discriminadas, massacradas e sofrendo perseguição naquela parte do mundo”.
Toda a documentação foi protocolada no escritório do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon no início do mês. Conjuntamente com um pedido ao presidente do conselho de segurança, Le Jieyi, e a todos os estados membro da ONU.
Estavam presentes, líderes cristãos, como o arcebispo Jean-Clément Jeanbart de Aleppo, Síria. A CitizenGO trabalha com a mobilização de petições on-line.
A entrega das assinaturas fez parte da conferência sobre liberdade religiosa internacional, que tinha como título “Somos todos Nazarenos”. Na internet, foi usada a hasgtag #WeAreN2016, a versão atual de uma campanha on-line que existe desse 2014.
A petição, que não teve uma resposta oficial do escritório de Ban Ki-moon, pede que a ONU crie “mecanismos” para proteger as vítimas de genocídio e julgue os responsáveis. Além disso, clama pelo fim da guerra na Síria e que seja posto em prática um plano de ação para que seja assegurado o retorno para casa dos refugiados que assim desejarem.
Estima-se que nos últimos anos, cerca de 80% dos cristãos saíram da região. Além disso, mulheres e crianças foram escravizadas, centenas de mulheres foram estupradas e traficadas, crianças “recrutadas à força”, além de igrejas que foram destruídas e incendiadas.
No Brasil existem iniciativas semelhantes. Pedro Saldanha, Chefe da Divisão de Direitos Humanos do Ministério das Relações Exteriores, se comprometeu a enviar o pedido para o Itamaraty, mas a diplomacia brasileira não demonstra interesse de incluir a  perseguição religiosa nos assuntos encaminhados à Comissão de Direitos Humanos da ONU. Com informações de ACI Digital

“Terrorismo gospel” é tema de debates nas redes


Postagem “provocativa” pede que jovens invadam as igrejas


“Terrorismo gospel” é tema de debates nas redes"Terrorismo gospel" é tema de debates nas redes
Podia ser apenas mais uma postagem no Facebook, como outras centenas de milhares que são divulgadas na rede social todos os dias. Podia, mas não foi. Quando o evangélico Ronilson Pacheco, que afirma ser um “interlocutor social”,sugeriu que as igrejas evangélicas fossem invadidas, logo as reações refletiram o quadro político que o país atravessa.
Compartilhada e comentada durante vários dias, a ideia tomou corpo. Logo surgiram posts em blogs de evangélicos e vídeoquestionando as intenções do autor e o temor que pudesse se tornar realidade.
Estudantes em São Paulo, ligados a movimentos sociais de esquerda, invadiram escolas da rede pública em diferentes ocasiões. O objetivo era “forçar” as autoridades a debater questões relacionadas com a educação e protestar contra a “máfia da merenda”.
Contudo, logo ficou claro que é um movimento mais político que cívico. Logo, eles passaram a ocupar outros prédios públicos. Em alguns casos, o único resultado das invasões foram depredações e saques nos locais, além de furtos de equipamentos.
Ainda assim, a ideia ganhou força e logo movimentos parecidos surgiram em vários outros estados. O maior é o “Ocupa Escola”, segundo a Secretaria Estadual de Educação, entrou em 67 escolas da rede pública do Rio de Janeiro nos últimos meses.
Ronilson, que é ligado a ONG “Viva Rio”, tentou aplicar a mesma lógica, sugerindo que igrejas fossem invadidas para forçar os pastores a dialogar e assim modificar suas atitudes como pretensamente têm feito as autoridades em São Paulo e no Rio.
Parte do texto diz que a iniciativa seria justificável “porque a maioria delas trai o chamamento de Jesus, quando o que ele nos convida a viver como uma comunidade aberta, coletiva e acolhedora, cuja força está na fragilidade da sensibilidade que evoca o amor, é transformado em uma espécie de comunidade segura e exclusivista, pesadamente institucionalizada, que quer decidir quem tem acesso a Deus e quem não tem, controlando comportamentos e fomentando a superioridade dissimulada de ‘certeza da salvação’”.
Por mais falaciosa que seja, a argumentação de Ronilson parece ter ganhado respaldo daqueles que se intitulam evangélicos progressistas. Gerando reações e apoios, foi debatida e até elogiada por algumas páginas no Facebook.
A retórica é a mesma de sempre, tratam indiscriminadamente todos os pastores como “vendilhões”, os templos como “desnecessários”, além de usarem vários versículos bíblicos para dar suporte ao um discurso que claramente ecoa a retórica esquerdista de que assim se resolverão os problemas.
Rapidamente começaram a dizer que Jesus foi um “ocupador de sinagogas”, num exercício de contextualização que desafia a narrativa do Novo Testamento. Não por acaso, movimentos como MST usam argumentos similares para invadir e saquear fazendas e terras produtivas. Em alguns casos, com apoio de líderes religiosos.
Podia ser apenas mais uma ideia maluca no Facebook, como outras centenas de milhares que são divulgadas na rede social todos os dias. Podia, mas não foi.
A página da Mídia Ninja, grupo pseudojornalístico que presta serviços ao Partido dos Trabalhadores, foi uma das primeiras a lançar a campanha #ocupatudo, como forma de “resistência” e de protesto contra o “golpe” contra Dilma, alardeado dioturnamente pelos partidos de esquerda, como PT, PSOL, Rede e PCdoB.
Algumas postagens de grupos afinados ideologicamente com esse discurso, já começaram a incluir as igrejas na “lista” de locais que deveriam ser alvo desse tipo de protesto.
Assinada pelo pastor Yago Martins, no site Teologia Política, a resposta foi assertiva: “O argumento de que o que importa na fala de Ronilso é a denúncia ao abuso da dominação das igrejas por pastores que não guiam a comunidade para o serviço social também não cola… Para Ronilso, isso se dará através de invasão de prédios de culto, e ignorá-lo é fazer vista grossa a apologia de terrorismo gospel”.
Já o filósofo e teólogo Guilherme de Carvalho também não poupou críticas “o indivíduo, que gostaria de ser um radical pela justiça e pela fé mas prega, efetivamente, a baderna e, agora, a intolerância religiosa. E choca-me ainda mais a aprovação que recebe por uma penca de ovelhas desvairadas”.
Até o momento, não há notícias de que igrejas tenham sido invadidas. Entretanto, é preocupante que grupos se utilizem a mesma retórica de tons socialistas da década de 1970 para tentar “redefinir” a força quais são as funções das igrejas.
Por mais equívocos que líderes religiosos possam cometer em suas igrejas e ainda que o conteúdo das pregações não esteja em harmonia com os ensinamentos bíblicos, basta lembrar que quem vem ocupando igrejas por acreditar que elas não estão sendo um espaço útil à sociedade são os soldados do Estado Islâmico