terça-feira, 2 de agosto de 2016

Alemanha presencia conversão em massa de muçulmanos

Refugiados veem no cristianismo chance de romper com passado e se integrar à vida alemã
Alemanha presencia conversão em massa de muçulmanosAlemanha presencia conversão em massa de muçulmanos




Os relatos de milhares de refugiados muçulmanos convertidos ao cristianismo continuam aumentando. Em países como a Alemanha, cerca de 80% dos fiéis das igrejas são ex-muçulmanos. É o caso da Igreja da Trindade, na capital Berlim.
O pastor Gottfried Martens conta que já batizou 1.200 novos convertidos que eram refugiados de países onde existe perseguição aos cristãos.  Daniel Ottenberg, da Missão Portas Abertas explica que o terrorismo islâmico é o principal fator no afastamento dessas pessoas da antiga crença.
“Eles cresceram na crença de pertencer à melhor religião do mundo, mas começaram a questionar isso depois que, em nome da religião, foram cometidos tantos atos de violência”, assegura Ottenberg.
O declínio do cristianismo na Europa pode ser visto tanto nas igrejas católicas quanto nas protestantes, de modo especial nos últimos dez anos. Agora, a tendência de crescimento é vista em meio ao cenário de crise humanitária que se alastra pelo continente.
Como para toda ação ocorre uma reação, radicais islâmicos vêm ameaçando e perseguindo os novos cristãos, considerados traidores e apóstatas. A Portas Abertas revelou em estudo recente que muitos convertidos acabam desistindo do batismo na última hora temendo pôr em risco a vida dos parentes que ficaram em seus países.
Como o abandono do Islamismo é vista como um delito grave segundo a lei islâmica sharia, os parentes dos convertidos podem sofrer represálias.
“Para os refugiados, o problema não é apenas os conflitos naturais que podem surgir entre os vindos das regiões de crise, traumatizados pela guerra e pela fuga, que vivem com frequência em abrigos lotados. O mais alarmante é o fato de que os fugitivos cristãos e de outras minorias religiosas cada vez mais são alvo da mesma perseguição e discriminação das quais eram vítimas nos seus países de origem”, sublinha Daniel Ottenberg.
Mesmo assim, algumas igrejas alemãs já estão ficando pequenas para o grande número de novos convertidos e visitantes. Ali Mirzace, que veio do Afeganistão, explica que o fundamentalismo, as guerras religiosas e a violência de grupos como o Estado Islâmico ou o Talibã mudaram a percepção dos jovens muçulmanos.
Parte deles abraça a doutrina do islã político, mas uma parcela significativa desenvolve aversão contra sua tradição, pois acabaram se tornando igualmente vítimas.
“Tudo continua difícil, mas acreditar em Jesus nos ajuda a enfrentar as adversidades”, assevera.
O curdo sírio Sava Soheili, 27 anos, vive em Berlim desde o ano passado. Há seis meses tornou-se luterano e gosta de mostrar a cruz que traz no peito, pendurada em um cordão de ouro.
“Nós somos considerados kuffars, palavra que para os muçulmanos fundamentalistas significa um descrente que cometeu um grave crime religioso. Os kuffars são vistos como criminosos religiosos que merecem a pena de morte”, lamenta.
Mostafa, um jovem de 23 anos nascido no Irã, explica que a opção pelo cristianismo é um exercício de liberdade individual, impossível em seu país natal. “Há também casos de cristãos que se convertem ao Islã, mas não há com certeza nenhum que por isso tenha sido perseguido”, desabafa.
Já o iraniano Ali, 29 anos, explica o que mudou após sua chegada à Europa: “Em muitos países muçulmanos, há um processo de lavagem cerebral. E o pior é que acreditamos mesmo em tudo o que dizem. Só quando chegamos a um país livre temos a chance de abrir os olhos e ver que os muçulmanos não são melhores do que pessoas de outras religiões”.

Perseguição nos abrigos

Como o batismo marca o abandono definitivo do passado, para eles é uma questão bastante delicada. Apesar das críticas, eles abraçam com entusiasmo a nova fé. Na Igreja da Trindade de Steglitz os cantos em alemão são acompanhados de tradução para farsi e árabe. E todos cantam juntos.
Após o final do culto de quase duas horas, ocorre a festa da eucaristia no salão paroquial, onde são divididos os alimentos trazidos pelos visitantes e preparados pela igreja.
Esses momentos de comunhão são comemorados, pois a volta para os abrigos com uma cruz ou uma Bíblia os torna alvo da hostilidade. O pastor Gottfried Martens está ciente do problema e defende que o Estado proteja os refugiados cristãos
“Uma possível solução seria criar abrigos para refugiados cristãos, mas a separação dos convertidos ofereceria um outro risco”, opina.
A prefeitura de Berlim recusou a criação de abrigos para convertidos, alegando que esses refugiados poderiam tornar-se um alvo fácil de terroristas. Com informações de O Globo

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Livros para baixar


10 sermões (Robert Murray M’Cheyne)56 livros infantis do Projeto Mig&MegA epístola de Tiago (William Carey Taylor)
A história de Mary Jones (SBB)
Antologia de poesia cristã em língua portuguesa (organizado por Sammis Reachers)
Aos pregadores da prosperidade (John Piper)
A paixão de Cristo (Thomas Adams)
As bem-aventuranças (Charles H. Spurgeon)
Bíblia Sagrada: primeira edição da Bíblia de Almeida
Bíblia Sagrada: Illuminated Bible
Bíblia Sagrada: The Holy Bible Authorized Version 1611 
Breve antologia da poesia cristã universal (organizado por Sammis Reachers)
Coleção de escritos dos pais da igreja (em inglês)
Coleção História Geral da África NOVO
Coleção O que respondi (Mario Persona)
Coletânea da teologia de João Wesley
Confissões do pastor (Caio Fábio)
El Tesoro de David (Charles H. Spurgeon)
Estudo no livro de Daniel (Antônio Neves de Mesquita)
Estudo no livro de Eclesiastes (Antônio Neves de Mesquita)
Estudo no livro de Gênesis (Antônio Neves de Mesquita)
Estudo no livro de Jeremias (Antônio Neves de Mesquita)
Estudo no livro de Josué (Antônio Neves de Mesquita)
Estudo no livro de Jó (Antônio Neves de Mesquita)
Estudo no livro de Provérbios (Antônio Neves de Mesquita)
Guia da reforma ortográfica (FMU)
História dos batistas no Brasil até 1906 (A. R. Crabtree)
História dos batistas no Brasil de 1907 até 1935 (Antônio Neves de Mesquita)
Homens sábios (John Crotts)
Imitação de Cristo (Thomas de Kempis)
Notas e comentários à harmonia dos evangelhos (Egidio Gioia)
O Apóstolo da Amazônia (José dos Reis Pereira)
O cajado do pastor (diversos autores)
O evangelho em 3 minutos (João) (Mario Persona)
O evangelho em 3 minutos (Mateus) (Mario Persona)
O movimento homossexual (Julio Severo)
O preparo e entrega de sermões (John A. Broadus)
O que é fé? (R. C. Sproul)
O que é uma igreja saudável? (Mark Dever)
O verdadeiro evangelho (Paul Washer)
Pacote da LIBRAS
Para celebrar a Páscoa (Ricardo Barbosa de Souza)
Para sua alegria (John Piper)
Pregação pura e simples (Stuart Olyott)
Protestantismo pentecostal (Gutierres Siqueira)
Quando desceu o Espírito (James Alexander Stewart)
Redescobrindo o tesouro perdido do culto familiar (Jerry Marcellino)
Sabedoria: breve manual do usuário (Sammis Reachers)
Sal fora do saleiro (Caio Fábio)
Seleção de provérbios (Jangada Brasil)
Síndrome de Lúcifer (Caio Fábio)
Torturado por sua fé (Haralan Popov)
Um tratado sobre oração (John Bunyan)
Créditos : https://judsoncanto.wordpress.com/

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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Cientistas e o livro de orações do Hospital Johns Hopkins


Foram analisados cerca de 40 livros de oração, cada um com 130 páginas em média, preenchidas com orações no Hospital Johns Hopkins desde o final dos anos 1990.
por Moisés C. Oliveira

Cientistas e o livro de orações do Hospital Johns Hopkins
Wendy Cadge, socióloga do Departamento de Sociologia da Brandeis University, desenvolveu uma pesquisa entre 1999 e 2005 no Hospital da Universidade Johns Hopkins que analisou os pedidos de orações de pacientes, visitantes e da própria equipe de funcionários escritos no livro de orações disponível na capela do hospital. O objetivo era analisar que tipo de pedidos as pessoas faziam a Deus em suas orações, que tipo de relacionamento eles desenvolviam com Deus em suas orações naquele momento, que tipo de resposta da parte de Deus eles acreditavam que era possível e como eles elaboravam essas orações.
Isso é muito revelador, pois se formos comparar com os debates que ocupam as mentes de acadêmicos no Brasil, soaria cafona, caipira, algo como teatro de bizarrice de crentes que se preocupam com temas dessa natureza, a saber, livros de oração de moribundos e doentes terminais. No entanto, na América, debates assim desenvolvem-se normalmente, inclusive a autora da pesquisa, cita que pesquisadores em sociologia, medicina e religião têm se debruçado sobre essas questões procurando entender como a oração pode influenciar na saúde do paciente, daqueles que os assistem e até mesmo da equipe que atende o doente.
A pesquisa é inovadora na medida que não foi buscar em igrejas distribuídas pelo território norte-americano, pelo contrário, coletou os dados num contexto isento, porém que revela uma crença e religiosidade vivas examinando como os indivíduos elaboravam e improvisavam suas próprias preces num momento de dificuldades e incertezas.
Se por um lado o paciente, goza de certa tranquilidade por receber um tratamento digno do melhor hospital dos EUA, nada impede que exerça sua crença em Deus, que não fica relegada como pode-se verificar nos dados coletados.
A maioria das orações revelam a crença num Deus acessível, que os ouve e atua como fonte de apoio emocional e psicológico. Embora, pesquisas revelem que mais de dois terços dos norte-americanos acreditem em milagres, a palavra milagre raramente é explicitamente mencionada nas orações dos livros do Johns Hopkins. Tais orações são elaboradas numa linguagem psicológica abrangente sem a menção ou expectativa de resultados distintos. Aqui demonstra certo choque com a realidade de pacientes ou envolvidos na situação que precisam de uma intervenção divina e não estão interessados em tecnicismos, ou idealizações, mas unicamente numa solução pragmática para seu problema.
As orações anotadas nos livros tendem a agradecer e pedir a Deus, de uma forma ampla, bênçãos, força e orientação para si mesmos e entes queridos e não por resultados específicos.
Estudiosos na América, há muito tempo estão interessados nos efeitos da oração como demonstram recentes pesquisas, principalmente por pesquisadores médicos, concentrados em saber se a oração tem qualquer influência mensurável sobre a saúde das pessoas. A maioria dos estudos recentes procura responder em que frequência as pessoas oram e se as pessoas que oram têm problemas menos graves de saúde, recuperam-se mais rapidamente de cirurgias ou são mais saudáveis em geral do que os que não oram (Levin, Jeffrey S., Taylor, Robert J., Chatters, Linda M., 1994).
Alguns pesquisadores postulam como mecanismo biológico, psicológico, cognitivo ou neurológico para explicar as relações entre oração e saúde; mas poucos perguntam o que a experiência da oração significa para os indivíduos e como explicar teologicamente ou cientificamente que a oração pode influenciar sua saúde. Se os pesquisadores que estudam religião e saúde levassem a sério até mesmo o possibilidade de que a oração pode influenciar a saúde, eles precisariam aprender mais sobre o que as pessoas oram, como eles oram e que tipo de resultado esperam de suas orações. Informações assim, serviriam como base geral e revelariam os mecanismos pelos quais a religião pode influenciar a saúde.
A pesquisa conduzida por Wendy Cadge, é a primeira análise sistemática do conteúdo da oração do Hospital Johns Hopkins. Os livros específicos estudados estão localizados no principal corredor no Hospital Universitário ao lado da estátua de mármore de Jesus Cristo, ou “Cristo, o Curador Divino” – uma réplica da obra original do escultor dinamarquês Bertel Thorvaldsen em Copenhagen.
Essa estátua foi doada por William Wallace Spence, destacado homem de negócios, que a instalou no hospital em 14 de outubro de 1896, em resposta a um pedido feito por Daniel C. Gilman, o primeiro presidente do hospital. A estátua foi um pedido de Gilman que alguém fizesse uma doação para lembrar aos médicos e enfermeiros seu “ministério de cura”.
Historiadores especulam que este pedido decorre das críticas que Gilman e outros funcionários receberam, quando um hospital não sectário fundado por quakers (grupo religioso, com origem num movimento protestante britânico do século XVII), abriu sem qualquer filiação religiosa. À parte a polêmica que houve entre presbiterianos sobre a estátua, prevaleceu a reconciliação entre as partes e a decisão de instalá-la numa área comum do hospital, donde pode-se ler em sua base: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28).

O método da pesquisa

Foram analisados cerca de 40 livros de oração, cada um com 130 páginas em média, preenchidas com orações no Hospital Johns Hopkins desde o final dos anos 1990. Os livros foram catalogados por data. Foram especificamente analisadas orações escritas num mesmo mês dos anos de 1999, 2001, 2003 e 2005. Orações individuais foram codificados como uma unidade de análise, pois a maioria das orações analisadas mencionava Deus, Jesus ou o Divino, chamado de alguma forma. Assumiram que cada registro nestes livros era uma oração e assim foi catalogado como tal. Totalizaram 683 orações escritas nestes quatro meses, (média de 6 orações por dia).
Havia orações em inglês (a maioria), espanhol, chinês, ucraniano, francês, farsi, húngaro e coreano que tiveram que ser traduzidos para o inglês. Todas as orações nesses livros foram escritas à mão e constavam  várias linhas de comprimento. Enquanto algumas das orações foram escritas por pacientes e funcionários, a maioria foram escritos por membros da família e amigos.

Resultado (parcial) da pesquisa

Tabela oração

Conclusão

Estudos dessa natureza deveriam inspirar nossos pesquisadores para as muitas facetas de uma prática de vida cristã, já que nos EUA, pesquisadores de variadas disciplinas tem dedicado atenção à relação entre recuperação do doente e os que praticam a oração. Curioso e digno de destaque na pesquisa é a menção de jovens holandeses e a forma como elaboraram suas orações.
Ao invés de pedir por uma cura imediata ou pela felicidade quando estavam doentes ou infelizes, formularam orações em termos abstratos e gerais como ajuda ou apoio, favor, confiança, benção etc; demonstrando certa resignação diante da doença e a solidão que tanto abate nesses momentos. Mais que a cura, buscavam no recurso da oração, uma saída para o momento de solidão que é estar doente, mas ao mesmo tempo suas orações refletiam a resignação diante das incertezas da vida e eficiência dos tratamentos.
Este artigo poderia despertar nos pesquisadores brasileiros o mesmo tino que instiga os estudiosos norte-americanos quando o assunto é oração, seu conteúdo, a resposta dessas orações e vida saudável. Esse assunto não se restringe a amadores, muito menos a alguém que pensa segunda cartilhas ideológicas e seu já definido e restrito pacote de assuntos, cujo viés, não raro, busca solução de temas há muito ultrapassados na América ou Europa.
Seria de grande valia para a sociedade e para a Igreja se mais estudiosos se dedicassem a enxergar a igreja e seu ambiente multi-facetado com olhos isentos de ideologia e descrença. Avançando, questionando, aprendendo e cumprindo seu papel de lançar luz sobre questões que despertam há muito tempo interesse de pesquisadores em países desenvolvidos e deixando para trás o ranço de uma ideologia e seus temas já batidos e corrompidos.
Não está em discussão a eficácia da oração, mas sim sua prática na busca por ajuda e conforto em Um que pode tornar possível o impossível, que pode trazer conforto quando faltam as palavras e que é o único que pode dar esperança ao desesperado e aflito diante de uma incerteza da vida.
Bibliografia:
Levin, Jeffrey S., Taylor, Robert J., Chatters, Linda M., 1994. Race and gender differences in religiosity among older adults: findings from four national studies. Journal of Gerontology: Social Sciences 49 (3), S137–S145.
Robert Wuthnow, Wendy Cadge, M. Daglian, Religion and Culture. Blessings, strength, and guidance: Prayer frames in a hospital prayer book, Poetics, Volume 36, Issue 5, 2008, Pages 358-373, ISSN 0304-422X.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Igrejas na Holanda viram bares, cafeterias e livrarias

Igrejas na Holanda viram bares, cafeterias e livrariasIgrejas na Holanda viram bares, cafeterias e livrarias






Com 44% de sua população formada por ateus, as igrejas na Holanda estão se transformando em museus e cafeterias.
Assim como em outros países da Europa, a secularização tem esvaziados grandes templos religiosos, muitos deles históricos, que se tornaram vazios a ponto de serem vendidos pelas igrejas.
Sem recurso para manter esses prédios, a venda ou locação se tornou um meio legal para dar novas funcionalidades para os espaços onde centenas e até milhares de pessoas adoravam a Deus.
As antigas igrejas, então, passaram a ser ocupadas por empresários de diversos seguimentos, como livrarias, restaurantes, casas de show, cafés, salão de cabeleireiros e outros.
Antes formada por religiosos fiéis, hoje a população holandesa em sua maioria é formada por ateus, seguido por 28% de católicos, 19% de protestantes, 5% de muçulmanos e 4% de fiéis de outras crenças.
Ainda assim, muitos dos que se declaram religiosos não frequentam assiduamente os locais de celebração e cultos.
Os novos estabelecimentos estão agradando a população local e também os turistas. Como aconteceu na cidade de Maastricht onde a Igreja Dominicana de Maastricht se tornou a Livraria Selexyz, considerada hoje como uma das livrarias mais bonitas do mundo.
Já em Amsterdã, capital holandesa, encontramos o Paradiso, uma balada de bandas de rock que funciona em uma igreja construída no século 19. A igreja foi usada até o ano de 1965 e em 1968 já era usada como um centro de entretenimento.
Em Utrecht encontramos o Café Olivier, localizado onde antes funcionava uma igreja. O ambiente é bastante elogiado por turistas que afirmam que além da boa comida, o local tem “uma boa atmosfera”.Com informações Terra