terça-feira, 21 de maio de 2013

A transmissão da bênção para Jacó




A transmissão da bênção para Jacó

A pessoa, mesmo sendo justa, somente terá vida abençoada através da fé nas promessas de Deus



Numa família polígama, primogênito pode significar tanto o primogênito do pai quanto o primogênito de qualquer esposa em particular. A posição privilegiada do primogênito do pai era garantida pela lei de Moisés, que proibia o pai de preferir o primogênito de sua esposa favorita.
O primogênito sucedia ao pai como chefe da família e tinha autoridade patriarcal sobre seus irmãos. A ele era atribuída uma bênção especial do pai, tal qual fez Isaque com Jacó. O direito da primogenitura era mais importante que toda a herança do pai, porque significava assumir a própria autoridade deste.
Jacó tinha conhecimento do valor da primogenitura e, por isso, perseguiu-a até alcançá-la; já Esaú, seu irmão, não deu tanto valor a essa benção, desprezou-a por confiar mais na força do seu braço, pois como um perito caçador achava que poderia se dar ao luxo de viver muito bem sem que dela necessitasse.
A Bíblia nos descreve o acordo feito entre Esaú e Jacó:
"Tinha Jacó feito um cozinhado, quando, esmorecido, veio do campo Esaú e lhe disse: Peço-te que me deixes comer um pouco desse cozinhado vermelho, pois estou esmorecido. Daí chamar-se Edom.
Disse Jacó: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura. Ele respondeu: Estou a ponto de morrer; de que me aproveitará o direito de primogenitura?
Então, disse Jacó: Jura-me primeiro. Ele jurou e vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó. Deu, pois, Jacó a Esaú pão e o cozinhado de lentilhas; ele comeu e bebeu, levantou-se e saiu. Assim, desprezou Esaú o seu direito de primogenitura." Gênesis 25.29-34
A benção da primogenitura pode também ser interpretada como uma aliança que Deus se dispõe a fazer com todos os homens através do sacrifício do Senhor Jesus. E como Esaú, também os homens têm menosprezado essa oferta gratuita porque confiam mais no seu braço forte, na sua sabedoria e inteligência que na fé nas promessas de Deus.
Muitos têm feito alianças até com o diabo no afã de conquistar sucesso financeiro e trocado a fé no Deus Vivo pela fé nos ídolos que têm boca, mas não falam; têm ouvidos, mas não ouvem; têm olhos, mas não veem; têm pernas, mas não andam.
O povo de Israel também é um símbolo de Esaú, porque renegou o direito da primogenitura quando rejeitou o Filho de Deus, e esse direito passou àqueles que aceitam Jesus como Senhor.
Um outro fato muitíssimo importante concernente à bênção da primogenitura era o valor dado à palavra do pai para o filho primogênito. O momento em que o pai chamava o filho para lhe passar o direito da primogenitura era como se fosse o ato em que o pai assinaria o testamento em favor do filho. Esse momento era o mais esperado pelo filho, e acontecia quando o pai já estava com muita idade e prestes a morrer.
Foi o que aconteceu com Isaque que, chamando Esaú, disse-lhe:
"Estou velho e não sei o dia da minha morte. Agora, pois, toma as tuas armas, a tua aljava e o teu arco, sai ao campo, e apanha para mim alguma caça, e faze-me uma comida saborosa, como eu aprecio, e traze-ma, para que eu coma e te abençoe antes que eu morra." Gênesis 27.2-4
Tendo ouvido essas palavras, Rebeca, mulher de Isaque, que amava mais a Jacó, chamou-lhe e deu ordens que tomasse dois bons cabritos do rebanho, vestisse as roupas de seu irmão Esaú e cobrisse as mãos e o pescoço com a pele dos cabritos como se fosse o próprio Esaú, porque Isaque, por ser muito velho, não podia enxergar. Obedecendo à sua mãe, Jacó apresentou-se diante do pai, dizendo ser Esaú. Então Isaque lhe disse:
"És meu filho Esaú mesmo? Ele respondeu: Eu sou. Então, disse: Chega isso para perto de mim, para que eu coma da caça de meu filho; para que eu te abençoe. Chegou-lho, e ele comeu; trouxe-lhe também vinho, e ele bebeu.
Então, lhe disse Isaque, seu pai: Chega-te e dá-me um beijo, meu filho. Ele se chegou e o beijou. Então, o pai aspirou o cheiro da roupa dele, e o abençoou, e disse: Eis que o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que o Senhor abençoou; Deus te dê do orvalho do céu, e da exuberância da terra, e fartura de trigo e de mosto.
Sirvam-te povos, e nações te reverenciem; sê senhor de teus irmãos, e os filhos de tua mãe se encurvem a ti; maldito seja o que te amaldiçoar, e abençoado o que te abençoar." Gênesis 27.24-29
A bênção da primogenitura já tinha sido comprada de Esaú, todavia, era necessário agora que seu pai tornasse válida a transferência, o que veio acontecer através do engano.
Na avaliação da qualidade moral do ato de Jacó, há que se considerar alguns fatos de fundamental importância para depois concluir se sua atitude foi ou não leviana:
1) Jacó foi obrigado pela mãe a adotar aquela atitude, arriscando tomar sobre si até a maldição que porventura Isaque viesse lançar sobre ele. Quer dizer: Jacó foi obediente à sua mãe.
2) Jacó desejou ardentemente o direito da primogenitura, isto é, valorizou justamente aquilo que seu irmão desprezou. Portanto, fez por merecer esse direito.
3) Não havia outra forma de conseguir o seu intento se não usasse da astúcia e coragem.
4) Deus já havia prometido e determinado a Rebeca que o mais velho serviria ao mais moço quando eles lutavam no ventre dela.
5) Finalmente, o que mais justifica essa atitude de Jacó, a meu ver, foi a sua fé na palavra de seu pai Isaque. A crença nas bênçãos proféticas de seu pai para ele é o símbolo da convicção que devemos ter nas promessas de Deus hoje! E essa é a crença que nos justifica diante de Deus, a nossa fé. Portanto, a fé de Jacó o absolve de toda e qualquer atitude, mesmo que esta tenha sido tomada de forma irregular.
A pessoa, mesmo sendo justa, somente terá vida abençoada através da fé nas promessas de Deus. E Jacó sabia disso. Sabia que o seu futuro estava na boca de seu pai, e o perseguiu até conquistá-lo.
Esaú, que tinha tudo nas mãos, perdeu, por desprezar o seu direito da primogenitura, e, mais tarde,"...querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado." (Hebreus 12.17).
O que aconteceu com Esaú tem acontecido com milhões de seres humanos, infelizmente. Muitos somente se dão conta do desprezo que têm pelo amor a Deus quando não há mais tempo de salvação.
"Então, respondeu Isaque a Esaú: Eis que o constituí em teu senhor, e todos os seus irmãos lhe dei por servos; de trigo e de mosto o apercebi; que me será dado fazer-te agora, meu filho?
Disse Esaú a seu pai: Acaso, tens uma única bênção, meu pai? Abençoa-me, também a mim, meu pai. E, levantando Esaú a voz, chorou.
Então, lhe respondeu Isaque, seu pai: Longe dos lugares férteis da terra será a tua habitação, e sem orvalho que cai do alto. Viverás da tua espada e servirás a teu irmão; quando, porém, te libertares, sacudirás o seu jugo da tua cerviz." Gênesis 27.37-40
Os descendentes de Jacó realmente alcançaram posição avantajada entre as nações; e, no tempo próprio, veio a nascer o Salvador e Senhor Jesus Cristo. Enquanto isso, os descendentes de Esaú, os edomitas, estiveram submetidos a Israel durante um tempo e em seguida se libertaram; porém, desapareceram da História.

Deus muda o nome de Jacó



Deus muda o nome de Jacó

A mudança do nome significava também uma mudança de vida





Depois desses acontecimentos, Jacó chegou a Harã, terra onde habitava Labão, irmão de sua mãe Rebeca, e começou o seu sofrimento. Durante os vinte anos em que esteve lá, trabalhando para seu tio-sogro, foi-lhe imposta, por meio de logro, uma esposa que ele não desejava, assim como também conseguira a bênção de seu pai, Isaque, por meio do logro. Colheu exatamente o que havia semeado.
Ainda assim, o Senhor o abençoou, de forma que se tornou mais rico que o seu próprio patrão. Ele havia deixado Canaã vinte anos antes, sozinho e de mãos vazias. Agora, volta como príncipe tribal, rico em rebanhos, manadas e servos. Aquilo que o Senhor lhe prometera estava se cumprindo; e aquilo que era desejo do seu coração e pelo qual havia feito um voto ao Senhor também estava se realizando, pois em paz estava voltando a Canaã, depois de ter feito um trato com Labão, seu ex-patrão e sogro.
Resolvido esse problema, Jacó enviou mensageiros a Esaú, seu irmão, com a finalidade de reatar as relações de paz. Os mensageiros voltaram e o informaram que Esaú vinha ao seu encontro juntamente com quatrocentos homens. Jacó teve medo e orou ao Senhor, dizendo:
"...Deus de meu pai Abraão e Deus de meu pai Isaque, ó Senhor, que me disseste: Torna à tua terra e à tua parentela, e te farei bem; sou indigno de todas as misericórdias e de toda a fidelidade que tens usado para com teu servo; pois com apenas o meu cajado atravessei este Jordão; já agora sou dois bandos.
Livra-me das mãos de meu irmão Esaú, porque eu o temo, para que não venha ele matar-me e as mães com os filhos. E disseste: Certamente eu te farei bem e dar-te-ei a descendência como a areia do mar, que, pela multidão, não se pode contar." Gênesis 32.9-12
Na oração acima, podemos sentir o desespero e angústia de Jacó, que reclamou de Deus o cumprimento da Sua aliança. Nem sempre, em nossas orações, apenas devemos exprimir os nossos queixumes e tormentos, mas, sobretudo, devemos reclamar os direitos e privilégios que temos com Deus por causa de uma aliança maior feita através do Senhor Jesus Cristo. Se Jacó obteve a vitória com Deus, porque reivindicou as promessas feitas numa aliança, muito mais os verdadeiros cristãos têm o direito de receber todas as bênçãos prometidas, desde Abraão até o Senhor Jesus Cristo, pela fé!
Em seguida, tomando as suas duas mulheres, as duas servas e os onze filhos, fê-los atravessar o vau do Jaboque (vau é um determinado lugar do rio onde se pode atravessar a pé. O rio Jaboque nasce na atual Amã, percorre cerca de duzentos e cinquenta quilômetros e desemboca no rio Jordão):
"ficando ele só; e lutava com ele um homem, até ao romper do dia. Vendo este que não podia com ele, tocou-lhe na articulação da coxa; deslocou-se a junta da coxa de Jacó, na luta com o homem.
Disse este: Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó: Não te deixarei ir se me não abençoares. Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó.
Então, disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste. Tornou Jacó: Dize, rogo-te, como te chamas? Respondeu ele: Por que perguntas pelo meu nome? E o abençoou ali." Gênesis 32.24-29
Há muitas conjecturas a respeito deste episódio entre Deus e Jacó, e não temos ainda uma definição clara a respeito. O que se pode constatar, evidentemente, é que de fato houve uma manifestação profunda de coragem e fé por parte de Jacó em relação a Deus através de uma luta, não corporal, é claro, mas de oração perseverante e de insistência, capaz de mover a mão de Deus na sua direção, e fazê-lo vitorioso.
Isso não ocorreu apenas no seu reencontro com Esaú, pois que este aceitou a paz com Jacó a ponto de confessar ter visto o rosto dele como se tivesse contemplado o semblante de Deus, mas, além disso, a mudança do seu próprio nome, uma vez que Jacó significa "usurpador", em virtude de ter usado a astúcia e o logro para ficar com o direito de primogenitura de seu irmão. Já Israel significa "aquele que luta com Deus", portanto, um grande nome.
A mudança do nome de Jacó significava a mudança de toda a sua vida em relação ao futuro dos seus descendentes, porque todos eles iriam conquistar as bênçãos de Deus, ou seja, tudo aquilo que lhes fora prometido em função de Israel, assim como ele, Israel recebeu as bênçãos em função de Abraaão e Isaque.
Essa é a ideia principal com relação às bênçãos de Deus para os cristãos que tomaram o nome do Senhor Jesus como a chave da Porta do Trono do Altíssimo. Significa dizer que, através desse Nome, tornamo-nos filhos e herdeiros de Deus da mesma forma dos israelitas, que se acharam com o direito de possuir Canaã pela promessa feita aos patriarcas Abraão, Isaque e Israel.

O plano de Deus com Israel






"Não temas, ó vermezinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu Redentor é o Santo de Israel" (Is 41.14).

Uma promessa maravilhosa! Mas onde, como e quando esta ajuda para Israel pode ser encontrada hoje? Talvez, com os EUA? Não! Ou talvez com Deus, que permitiu o Holocausto e deixou ocorrer a "intifada" (rebelião dos palestinos)? Os inimigos, cegos de ódio, não poupam nenhum sacrifício, nem a própria vida para espezinhar o "vermezinho de Jacó" e provocar uma "solução final" para poder estabelecer o chamado Estado Palestino. E isso em Eretz Israel (a terra de Israel)! O mundo sem Deus prefere crer numa mentira histórica, ao invés de crer na Palavra de Deus eternamente válida.
Lembremo-nos mais uma vez do que Deus diz do "vermezinho de Jacó""Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o Senhor vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito" (Dt 7.6-8).
Do "vermezinho de Jacó" brotou Davi, o "Meleque (= rei) de Israel", que escolheu ser pequeno e humilde diante de Deus. Pela graça de Deus ele pôde subir ao "trono de Davi" como rei terreno e precursor do eterno Rei da Paz, Jesus Cristo.
Deus não escolhe quem busca poder, status e fama. Pelo contrário: "Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes" (1 Co 1.27). Esse é um princípio divino, que se estende por todo o Plano de Salvação.
"Palestina", como Israel é chamado por muitos hoje, é uma designação falsa, pois essa palavra é uma derivação de "pelishtim" ou "Filístia". Na verdade Israel foi oprimido temporariamente pelo "povo do mar", os filisteus, mas os conhecedores da Bíblia sabem que Davi acertou as contas com Golias e os filisteus foram vencidos. Em tempo algum a terra de Israel pertenceu aos filisteus ou aos palestinos. Os moradores da terra, antes que Israel a ocupasse, foram as gerações dos cananeus:"Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete, e aos jebuseus, aos amorreus, aos girgaseus, aos heveus, aos arqueus, aos sineus, aos arvadeus, aos zemareus e aos hamateus; e depois se espalharam as famílias dos cananeus. E o limite dos cananeus foi desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza, indo para Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa" (Gn 10.15-19), e a terra se chamava Canaã"Habitou Abrão na terra de Canaã; e Ló, nas cidades da campina e ia armando as suas tendas até Sodoma" (Gn 13.12). Depois que Ló havia se separado de Abraão, este recebeu novamente uma confirmação da parte de Deus: "Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra (Canaã) que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre" (Gn 13.14-15).
Quando Israel entrou em Canaã, Josué recebeu a ordem divina: "Moisés, meu servo, é morto; dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés" (Js 1.2-3). Depois de quarenta anos de peregrinação pelo deserto, a terra de Canaã foi a pátria de Israel durante 1.500 anos até a destruição do templo no ano 70 d.C. Então Israel foi espalhado entre os povos – até que no ano de 1948, foi-lhe novamente concedida uma pátria por decisão da ONU, mas com a imposição (infeliz) de dividi-la com os árabes.
Mas de onde vem, então, o nome Palestina? O imperador romano Adriano, que odiava os judeus e os cristãos, deu esse nome à terra no ano de 135 d.C., com a intenção de que não se fizesse mais referência "ao nome Judéia de Israel". Assim foi cunhado o falso nome "Palestina" e ele ficou sendo usado desde então. Infelizmente, até as sociedades bíblicas aceitaram essa falsa denominação e a usaram nos mapas em diversas Bíblias: Palestina, ao invés de Canaã.
Aqueles que atualmente se chamam de palestinos são árabes, sejam eles muçulmanos ou cristãos. No fundo a polêmica atual entre árabes e judeus (Israel) não é um problema étnico nem político, mas um problema religioso. E por isso, na verdade, somente a Bíblia pode mostrar o caminho certo para a solução do conflito.
Israel (= Jacó) é uma designação que se refere tanto ao povo como também à terra. Povo e terra formam uma unidade inseparável. Desta forma, a terra deve pertencer aos palestinos, ou seja, aos árabes? Jamais, pois o próprio Deus garante que ela pertence a Israel. As nações deveriam prestar atenção àquilo que Deus diz do Seu "vermezinho Israel" e como Ele o protege: "Porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho" (Zc 2.8b).
A história trágica de Israel mostra que desde o início da sua existência foi oprimido continuamente por poderes inimigos e até ameaçado pelo holocausto. Holocausto significa extermínio em massa, extinção, solução final do problema judeu. Isso já começou antigamente no Egito com Faraó, que tentou dizimar os hebreus. Mas tão certo como Faraó e seus exércitos se afogaram no Mar Vermelho, também Deus acertará as contas com os atuais inimigos de Israel. Naquele tempo ainda era um único inimigo que ameaçava a Israel, hoje são as nações. Desde 1948 Israel foi envolvido em cinco guerras, às quais sobreviveu vitoriosamente. Hoje um dos seus principais inimigos, que usa pedras, punhais e bombas, está bem no meio do seu território. Contra isso é difícil usar tanques, ou aviões. Por meio de guerras e atos terroristas morreram milhares de israelenses desde a fundação do Estado, e a desejada paz desvanece cada vez mais para o "vermezinho de Jacó". Altos dignitários da política vêm a Israel e se atrevem a dar "bons" conselhos e exortações, dizendo que os judeus deveriam ceder territórios. Mas nada nem ninguém anula as promessas que Deus deu a Jacó: "Disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó. Já não te chamarás Jacó, porém Israel será o teu nome. E lhe chamou Israel. Disse-lhe mais: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; sê fecundo e multiplica-te; uma nação e multidão de nações sairão de ti, e reis procederão de ti. A terra que dei a Abraão e a Isaque dar-te-ei a ti e, depois de ti, à tua descendência" (Gn 35.10-12). Mas nem o povo como um todo nem o governo se firma nessa promessa, e infelizmente segue o caminho da "angústia de Jacó", conforme Jeremias 30.7-10: "Ah! Que grande é aquele dia, e não há outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será livre dela. Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, eu quebrarei o seu jugo de sobre o teu pescoço e quebrarei os teus canzis; e nunca mais estrangeiros farão escravo este povo, que servirá ao Senhor, seu Deus, como também a Davi, seu rei, que lhe levantarei. Não temas, pois, meu servo, Jacó, diz o Senhor, nem te espantes, ó Israel; pois eis que te livrarei das terras de longe e à tua descendência, da terra do exílio; Jacó voltará e ficará tranqüilo e em sossego; e não haverá quem o atemorize".
Nosso coração anseia por isso! A nossa oração sempre deve ser que, sem demora, Israel seja conduzido ao encontro do destino que Deus planejou para ele! Para isso é preciso ter fé baseada nas Escrituras e perseverança, não se deixando determinar pelo mal e pelo que é atualmente visível, mas sim, firmando-se nas imutáveis promessas de Deus!
Deus o chama de "vermezinho de Jacó". O Israel moderno – e "vermezinho de Jacó", será que isso combina? Ou Deus deveria fazer uma correção e mudar-lhe o nome? Com essa humilde terminologia divina ofenderíamos Israel diretamente. No máximo, esta expressão talvez possa ser engolida nas piadas judaicas ou no humor do escritor satírico israelense Ephraim Kishon. Israel se orgulha dos seus progressos tecnológicos. E não só por isso, pois em todas as áreas os judeus realizam coisas inovadoras. Por exemplo, em tempo recorde eles criaram um jardim florido e belas cidades nas areias do deserto. Não se consegue enumerar tudo o que eles estão conseguindo e realizando. E nós nos admiramos e nos alegramos com o seu sucesso, e naturalmente também porque foram vitoriosos nas cinco guerras, das quais se viram obrigados a participar. E se houver guerra novamente, Israel está preparado – e como!
Contudo, falta o essencial ao povo de Deus hoje: a confiança no Deus de seus pais Abraão, Isaque e Jacó. Israel quer ser como todos os outros povos e esquece o seu Deus. Por isso, hoje em dia, há medo e perplexidade por toda parte. Alastram-se a anarquia e a imoralidade em Israel como acontece nas outras nações. No Knesset (Parlamento) ninguém se levanta e chama ao retorno para o Deus dos pais. Para onde isso vai levar? Para a "angústia de Jacó", a Grande Tribulação. Só se pode implorar: "Senhor, tenha misericórdia deles e abrevie esse tempo!" O próprio Deus é fiador da salvação e do renascimento de Israel, que o Messias, Yeshua, Jesus Cristo, trará. Então se cumprirá o que está escrito: "Eu, o Senhor, te chamei em justiça; tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios" (Is 42.6). Por isso: nós, que amamos o judeu Jesus, formemos uma muralha de orações ao redor do "vermezinho de Jacó"! Assim o problema com os vizinhos de Israel, hoje ainda inimigos, estará resolvido: "Bendito seja o Egito, meu povo, e a Assíria, obra das minhas mãos, e Israel, minha herança" (Is 19.25b).
Com absoluta certeza o "vermezinho de Jacó" pode contar com a ajuda do Senhor, pois seu Redentor, o próprio Santo de Israel, comprometeu-se com Sua promessa: "Desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias; desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao Senhor" (Os 2.19-20).
Naquele tempo, segundo o direito judaico, o noivado era bem mais significativo do que nos costumes do Ocidente. Um casal de noivos ficava comprometido um com o outro, pois o noivo pagava um dote por ocasião do noivado. Com isso o acordo estava selado. Em que consiste o dote em relação a Israel? "Em justiça, em juízo, e em benignidade e em misericórdias... e em fidelidade!" Qual é o fundamento de um noivado? Evidentemente é o amor! Além disso, o Senhor ainda lhes deu Seu Filho unigênito. Portanto, o que mais Israel pode esperar de Deus? Encontramos a resposta em Romanos 11.29: "Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis" e: "se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo" (2 Tm 2.13).
Deus cumpriu Seu juramento e continua cumprindo-o. – E Israel? "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (Jo 1.11). E: "Não queremos que este reine sobre nós" (Lc 19.14b). Que tragédia para a própria desgraça! Que grande ofensa a Deus e a Seu Filho! Como deve ter sido dolorosa para Eles a recusa desse amor! Ouvimos como um lamento: "Estendi as mãos todo dia a um povo rebelde, que anda por caminho que não é bom, seguindo os seus próprios pensamentos" (Is 65.2).Por isso Israel ainda tem de passar pelo juízo redentor, pois Deus diz por meio de Samuel: "Se, porém, não derdes ouvidos à voz do Senhor, mas, antes, fordes rebeldes ao seu mandado, a mão do Senhor será contra vós outros, com foi contra vossos pais" (1 Sm 12.15). – "Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça" (Is 59.1-2).
Poderíamos continuar jogando sobre Israel muitas outras passagens bíblicas que falam de condenação. Esta é a nossa tarefa? De maneira nenhuma! Isso não compete a nós! Nesse sentido nos chama a atenção a insistente exortação do apóstolo Paulo: "Não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, também não te poupará" (Rm 11.20b-21). Por acaso será que nós temos sido continuamente fiéis ao Senhor? Infelizmente, não! Somos nós melhores do que o "vermezinho de Jacó?" De modo algum! É vergonhoso constatar que o anti-semitismo não se alastra apenas nos círculos políticos, mas até em igrejas isso tem acontecido – e contagiado membros de grupos cristãos.
Desde a escolha de Israel, como povo de propriedade de Deus, o inimigo tem sempre procurado destruí-lo. Ele costuma usar dirigentes políticos como Hitler, Nasser, Kaddafi, Yasser Arafat, mas também a imprensa de esquerda. O Holocausto começou com Faraó. Na peregrinação pelo deserto foi o rei Balaque que usou os serviços do renomado adivinho e "vidente" Balaão. Este era uma sumidade no terreno do ocultismo. Balaão deveria amaldiçoar Israel por meio de suas temidas maldições mágicas, o que falhou apesar de diversas tentativas. Contra a vontade de Balaque e Balaão, ao invés de maldição, esse falso profeta teve de pronunciar as mais gloriosas palavras de bênção: "Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem... uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro" (Nm 24.9b e 17a).
A história de Israel, em muitos trechos, é uma história de sofrimentos trágicos. Finalmente houve na Suíça e em alguns outros países uma disposição para rever a História e ressarcir danos materiais às vítimas do Holocausto e seus descendentes, e se fala de revisar o passado. Mas além disso também seria importante revisar a História de Israel, sua origem e suas promessas como são ensinadas em escolas e universidades. Para isso, porém, seria necessário estudar a Bíblia! Como, entretanto, as nações e seus dirigentes estão cegos e não têm mais compromisso com a Bíblia, continuam presos à velha e antiga culpa, que é impossível de ser reparada com quaisquer bens materiais. Ninguém pode resgatar sua culpa por meio de ouro ou dinheiro! Deus não aceita nenhuma negociação de indulgências. A Palavra de Deus diz que as nações se tornaram cegas: "obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração" (Ef 4.18).
Alguém que odiava os judeus perguntou a um velho judeu:
"O que você pensa que acontecerá com o seu povo se nós continuarmos perseguindo vocês"? O judeu respondeu: "Haverá um novo feriado para nós!" "O que você quer dizer com isso?", perguntou o outro, "como vocês podem ter um novo feriado se continuarmos perseguindo vocês?" O velho judeu disse: "Veja bem, Faraó quis nos exterminar – e nós recebemos um feriado: a Páscoa! Hamã quis enforcar Mordecai e exterminar todos os judeus – e nós recebemos um novo feriado: Purim! Antiôco, o rei da Síria, quis exterminar os judeus. Ele ofereceu um porco ao deus Júpiter no templo – e Israel recebeu outro feriado: Hanucah! Hitler quis nos exterminar – e nós recebemos mais um feriado: Yom Ha’atzmaut, o Dia da Independência! Os jordanianos ocuparam Jerusalém Oriental durante 19 anos, impedindo-nos de orar no Muro das Lamentações, até que, no ano de 1967, nossos soldados libertaram Jerusalém Oriental. Desde então festejamos anualmente o Yom Yerushalaym, o Dia de Jerusalém! E caso continuarem nos perseguindo, receberemos mais feriados da parte de Deus!" E o velho judeu tem razão!
Esta história continua sendo escrita: Israel receberá outro feriado. O monumento já foi levantado. No mundo inteiro só existe um único monumento a uma guerra que ainda não aconteceu. Qualquer um tem a oportunidade de vê-lo em Megido, e a placa indicativa diz que, de acordo com Apocalipse 16.16, Deus reunirá as nações para a guerra em Armagedom. Mas não somente isso. Também se cumprirá Zacarias 14.12 assim que os inimigos de Israel atacarem Jerusalém, e a sentença está lavrada: "Esta será a praga com que o Senhor ferirá a todos os povos que guerrearem contra Jerusalém: a sua carne se apodrecerá, estando eles de pé, apodrecer-se-lhes-ão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na boca." Por causa das armas químicas, esse cenário apocalíptico se torna compreensível. Mas nós cremos na promessa divina: "Porque eu sou contigo, diz o Senhor, para salvar-te; por isso, darei cabo de todas as nações entre as quais te espalhei; de ti, porém, não darei cabo, mas castigar-te-ei em justa medida e de todo não te inocentarei" (Jr 30.11).
Da mesma maneira Deus procedeu com os israelitas na Pérsia. O livro de Ester relata uma história estranha, que soa como um conto de fadas das mil e uma noites. A vida majestosa e cheia de pompa do Oriente e as intrigas que faziam parte da corte real da Pérsia são descritas de maneira muito realista: uma grande parte de Israel não conseguia se decidir a obedecer aos profetas, Isaías e Jeremias, para deixar a Babilônia e voltar para a sua terra, embora a ordem do Senhor fosse clara:"Saí da Babilônia, fugi de entre os caldeus" (Is 48.20a), e "Saí do meio dela, ó povo meu, e salve cada um a sua vida do brasume da ira do Senhor" (Jr 51.45). O período de 70 anos de cativeiro no exílio, conforme os profetas haviam anunciado, estava no fim. O templo deveria ser novamente edificado em Jerusalém e os sacrifícios reinstituídos. Mas os judeus que haviam ficado não mostraram nenhuma vontade nesse sentido. Obviamente eles preferiram se assimilar e se acomodar na terra próspera onde se encontravam. Aí se manifestou novamente a desobediência obstinada:"Mas o meu povo não me quis escutar a voz, e Israel não me atendeu. Assim, deixei-o andar na teimosia do seu coração; siga os seus próprios conselhos" (Sl 81.11-12). Isso teve por conseqüência inevitável: "Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse; antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão, também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei" (Pv 1.24-26).
Esta não é uma séria advertência para nós? Quem pensa que sabe tudo melhor e persiste na teimosia, traz sobre si infortúnio e infelicidade. Foi a grande misericórdia de Deus que fez com que Ele, assim mesmo, aceitasse Seu povo desesperado e o salvasse para a Sua honra. A Sua misericordiosa providencial protegeu o resto do povo do aniquilamento total, e Ele também o fará no futuro! A decisão de Hamã de exterminar os judeus e enforcar Mordecai foi frustrada pelo corajoso ato da Hadassa (= Ester). "Se morrer, morrerei"! Com essa decisão corajosa ela não apenas frustrou o plano de Hamã, mas também do rei, agindo em favor do seu povo. E Hamã experimentou o dito: aquele que prepara uma forca para Israel será pendurado nela!
Mas hoje, quem tem coragem de falar a favor de Israel? Aquele que abençoa Israel será abençoado! Em memória do maravilhoso livramento da mão de Hamã, Israel festeja a cada ano, no dia 14 de adar, a Festa de Purim. Todavia, o dia de grande alegria ainda está por vir, pois Isaías anuncia ao"vermezinho de Jacó": "Em lugar da vossa vergonha, tereis dupla honra; em lugar da afronta, exultareis na vossa herança; por isso, na vossa terra possuireis o dobro e tereis perpétua alegria" (Is 61.7). (Burkhard Vetsch - http://www.chamada.com.br)

A partícula de Deus




A partícula de Deus


Quem disse que o espaço era a fronteira final não conhecia a capacidade do ser humano de ir mais além, que o homem tenta entender e explicar tudo, e que por isso não podemos especificar nossos limites.

Cientistas podem ter descoberto a “partícula de Deus”
A notícia recebeu grande destaque no Times de Londres do último dia 2, foi publicada com grandes títulos na imprensa norte-americana, inclusive noNew York Times, e mereceu a primeira página no Los Angeles Times. Não é para menos: se os fatos forem confirmados oficialmente, estará sendo aberto um mundo totalmente novo para a física, abrindo horizontes jamais imaginados, nem mesmo depois da Teoria da Relatividade.
A notícia foi dada inicialmente pelo Times londrino, que a publicou na quinta-feira, 2, com o título: “A Semana Passada Mudou Tudo”. Durante mais de 20 anos, os cientistas de todo o mundo estiveram procurando por uma partícula invisível que determina as propriedades básicas da matéria.
Conhecida como bóson de Higgs, acredita-se que ela seja uma parte vibratória do vácuo invisível que permeia todo o Universo.
Físicos do famoso Centro de Estudos e Pesquisas Nucleares (Cern) de Genebra, Suíça, anunciaram há poucos dias terem localizado os primeiros sinais de existência do bóson de Higgs. As evidências, segundo eles, ainda não são conclusivas, entretanto, a descoberta é considerada crítica para a física – não só por encerrar um capítulo da ciência, mas também por abrir uma porta para uma realidade completamente desconhecida pela Humanidade.


Há um mundo totalmente novo lá fora

“O bóson de Higgs não é apenas uma partícula”, disse o físico John March-Russell, do Cern. “Sua descoberta indica que existe um mundo totalmente novo lá fora”. Assim que os físicos conseguirem entender como ele atua no universo, eles serão capazes de responder a uma pergunta fundamental para a qual os antigos pensadores jamais ousaram tentar encontrar uma resposta: por que a matéria tem massa?
A descoberta de Genebra deve ser confirmada como uma das maiores conquistas da ciência em todos os tempos. O vácuo estrutura tudo o que existe no Cosmos e mantém a matéria sob sua influência. E o bóson Higgs -visto hoje mais como um campo que como uma partícula – é parte fundamental desse imenso “nada”.
Ele é como a água para os peixes, um ingrediente fundamental para o Universo. Tão fundamental que alguns físicos o chamam de “Partícula de Deus”.
Indícios desse bóson foram detectados, segundo a equipe de cientistas do Cern, no interior do acelerador de partículas de 30 quilômetros conhecido por LEP, durante um processo de colisão de partículas a altas velocidades. No começo de outubro, algumas trilhas, sugerindo a possível presença do bóson, deixaram excitados os físicos do Cern. Mas elas apareciam e desapareciam. No início do mês, entretanto, as evidências acumuladas foram suficientes para convencer os físicos.
Ainda há muitos céticos na comunidade científica, em relação à anunciada descoberta. Entretanto, se realmente o bóson de Higgs tiver sido descoberto, seu estudo poderá mostrar que o Universo é um lugar totalmente diferente do que se pensava até agora.


Blocos do universo

Bósons são apenas um tipo entre as quase inimagináveis pequenas partículas atômicas que, de acordo com a Física Teórica, são os blocos primordiais do Universo. Geralmente descritos como uma espécie de substância gelatinosa, os bósons de Higgs alteram as propriedades da matéria que viaja através deles. O que implica na existência da massa. Até pouco tempo atrás, a massa era considerada uma propriedade tão básica da matéria que os cientistas sequer ousavam perguntar de onde ela vinha – existia, e pronto.
A influência invisível dos bósons afetam o modo como as coisas se movem. Na verdade, dizem os físicos, a própria observação de que as coisas têm massa confirma que os bósons de Higgs existem. O problema, existente pelo menos até agora, era detectar sua presença em aceleradores de partículas e estudar suas propriedades. Para esse estudo, será necessário esperar a construção do acelerador maior e mais aprimorado, o LHD (Large Hadron Collider). Só com ele será possível observar melhor as “partículas de Deus” e vislumbrar, como dizem os físicos, “coisas incríveis num universo jamais imaginado”. Para quem já esperou tantos séculos, não custa esperar mais uns poucos anos.


Finalmente, a Partícula de Deus Foi Descoberta?

O bóson de Higgs ganhou este pomposo nome, “partícula de Deus”, no início dos anos 1990, após um físico, Leon Lederman (Nobel de 1988) lançar seu livro intitulado The God Particle (a partícula de Deus, em inglês), com a finalidade de explicar a teoria sobre o bóson Higgs para o público não especializado em ciência.
A nova partícula tem características “consistentes” com o bóson de Higgs, mas os físicos ainda não afirmam com certeza absoluta de que se trata realmente da “partícula de Deus”. Portanto, haverá mais pesquisas de coleta para novas evidências de que a partícula se comporta com as características esperadas.
As conclusões foram baseadas em dados obtidos no Grande Colisor de Hádrons (LHC, em inglês), acelerador de partículas construído pelo Cern ao longo de 27 quilômetros debaixo da terra, na fronteira entre a França e a Suíça.
Considerada a mais poderosa do mundo, foi construída especificamente para estudos de física de partículas, e a descoberta desta quarta é a mais importante que já foi feita lá até o momento.


     
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Bóson de Higgs



Bóson de Higgs
CMS Higgs-event.jpg
Modelo esperado da produção de bósons de Higgs na colisão de dois protons.
Composição:Partícula elementar
Família:Bóson
Estado:Parcialmente descoberto: descoberta no CERN uma nova partícula com propriedades compatíveis 1
Símbolo(s):H0
Teorizada:R. BroutF. EnglertP. Higgs,G. S. GuralnikC. R. Hagen eTom Kibble (1964)
Descoberta:Uma partícula compatível foi encontrada pelo ATLAS e peloCMS1
Massa:125.3 ± 0.6 Gev/c2, ∼126 Gev/c2 1
Carga elétrica:0
Carga de cor:Não
Spin:

Teórico que previu 'partícula de Deus' diz que 'é muito agradável ter razão'




Teórico que previu 'partícula de Deus' diz que 'é muito agradável ter razão'


Peter Higgs concedeu coletiva de imprensa na Escócia nesta sexta (6).
Na quarta, cientistas nucleares anunciaram descoberta de partícula inédita.

Do G1, com agências internacionais*

Infográfico Bóson de Higgs (Foto: Arte/G1)
Depois de quase 50 anos defendendo a existência de uma nova partícula subatômica, apelidada de "a partícula de Deus" -- já que teria dado origem à massa de todas as outras partículas --, o cientista britânico Peter Higgs, pai desta teoria, disse nesta sexta-feira (6) que "é bom ter razão de vez em quando".
Na última quarta-feira (4), cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês) anunciaram a observação de uma partícula subatômica inédita até então. Eles veem fortes indícios de que se trate do “bóson de Higgs”, única partícula prevista pela teoria vigente da física que ainda não tinha sido detectada em laboratórios, e que vinha sendo perseguida ao longo das últimas décadas.

Pela teoria, o bóson de Higgs teria dado origem à massa de todas as outras partículas. Se sua existência for confirmada, portanto, é um passo importante da ciência na compreensão da origem do Universo. Se ele não existisse, a teoria vigente deixaria de fazer sentido, e seria preciso elaborar novos modelos para substituí-la.
"É muito agradável ter razão de vez em quando (...) foi uma longa espera", admitiu o físico durante a coletiva.
E o Nobel vai para...?
Higgs concedeu uma coletiva de imprensa na Universidade de Edimburgo, na Escócia. Conhecido por sua modéstia, o professor aposentado de 83 anos deu pouca importância aos comentários de cientistas famosos de que seria o favorito para vencer o Prêmio Nobel. "Não sei, não tenho amigos no Comitê Nobel", comentou.
Indagado sobre o que vai fazer no futuro, Higgs disse que quer simplesmente continuar com sua vida de aposentado. "O único problema, creio, é que terei de escapar da imprensa", brincou.
Em 1964, Peter Higgs postulou a existência de uma partícula subatômica, que os físicos do Cern afirmam ter, talvez, encontrado depois de uma longa busca.
Quando teve a intuição de um "campo" que se assemelha a uma espécie de cola, onde as partículas ficariam mais ou menos presas, Higgs disse ao antigo colega Alan Walker: "Ah, que m...., eu sei como fazer!"
O físico publicou um artigo sobre sua teoria, que acabou se tornando o carro-chefe de uma escola científica para a qual vários físicos têm contribuído ao longo dos anos. Tímido e sossegado, Higgs leva uma vida pacata em Edimburgo, onde deu aulas por muitos anos.
'Partícula de Deus'
O “bóson de Higgs” ganhou o apelido de “partícula de Deus” em 1993, depois que o físico Leon Lederman, ganhador do Nobel de 1988, publicou o livro “The God Particle” (literalmente “a partícula de Deus”, em inglês), voltado a explicar toda a teoria em volta do bóson de Higgs para o público leigo. Ainda não há edição desse livro em português.

A nova partícula tem características “consistentes” com o bóson de Higgs, mas os físicos ainda não afirmam com certeza que se trate da “partícula de Deus”. Para isso, eles vão coletar novos dados para observar se a partícula se comporta com as características esperadas do bóson de Higgs.

As conclusões foram baseadas em dados obtidos no Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), acelerador de partículas construído pelo Cern ao longo de 27 quilômetros debaixo da terra, na fronteira entre a França e a Suíça.
Essa máquina, considerada a mais poderosa do mundo, foi construída especificamente para estudos de física de partículas, e a descoberta desta quarta é a mais importante que já foi feita lá até o momento.
Mas, e agora?
A descoberta foi confirmada por especialistas do CMS e do Atlas, dois grupos de pesquisa independentes que fazem uso do LHC. Apesar de usarem o mesmo acelerador de partículas, as duas colaborações científicas trabalham com detectores diferentes e seus resultados são paralelos. Os resultados antecipados ainda serão publicados em revistas científicas.
O físico Peter Higgs (Foto: David Moir/Reuters)O físico Peter Higgs defende há quase 50 anos a existência da 'partícula de Deus' (Foto: David Moir/Reuters)


Os cientistas medem a massa das partículas como se fosse energia. Isso porque toda massa tem uma equivalência em energia. Se você calcula uma, tem o valor das duas. A unidade de medida usada é o gigaelétron-volt, ou "GeV".
No anúncio, o CMS disse que observou um “novo bóson com a massa de 125,3 GeV” – com margem de erro de 0,6 GeV para mais ou para menos – “em 4,9 sigmas de significância”. Esses “sigmas” medem a probabilidade dos resultados obtidos. O valor de 4,9 sigmas representa uma chance menor que um em 1 milhão de que os resultados sejam mera coincidência. Por isso, os cientistas consideram esse número como uma confirmação da descoberta.

O próximo passo dos cientistas é testar os vários decaimentos decorrentes dessa partícula. Se os resultados continuarem sendo coerentes com o Modelo Padrão, será confirmado que ela é mesmo o bóson de Higgs.

*Com informações da France Presse

Comentário sobre Cl. 2.8 relacionado a Filosofia







No meio evangélico, nem todos demonstram uma postura favorável em relação à filosofia. Exemplificando, recentemente recebemos em nosso escritório um aluno que pertence a uma denominação evangélica que desaprova, de modo geral, qualquer formação de nível superior e, em particular, a filosofia. O estudante compartilhou seu sincero desejo de alcançar seus amigos intelectuais com o evangelho. Para tal, reconheceu que precisava compreender os fundamentos filosóficos da cosmovisão dos amigos, mas sua igreja, praticamente, o tem desconsiderado por causa de suas escolhas acadêmicas. Por último, admoestaram-no citando a advertência de Paulo em Colossenses 2.8, que diz: “Cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias…”.
Enquanto eu cursava doutorado na Universidade de Oxford, mantive intenso diálogo com um pastor local que chegou à conclusão deliberada de que o castigo eterno não é ensinado nas Escrituras. Para ele, tal doutrina era resultado do fato de os primeiros cristãos terem adotado o conceito da eternidade da alma, originário da filosofia grega. “A alma humana”, argumentava o pastor, “não foi idealizada para ser eterna, mas, talvez, outorgada eterna pela bondade de Deus quando os perdidos respondem, positivamente, à oferta divina de vida eterna em Jesus Cristo”. Em sua visão, a filosofia grega tem influenciado e corrompido o pensamento cristão de tal maneira que nos deixou “o problema desnecessário do inferno”.
De maneira semelhante, os mórmons (que acreditam que Deus possui um corpo físico) rejeitam a posição ortodoxa de que Deus é um ser imaterial, sem forma física, de acordo com a antiga e desastrosa filosofia de Platão, que defende que a alma é mais “real” que o corpo. Barry Bickmore, um apologista mórmon, crê que esta idéia foi introduzida na igreja, pelos gregos convertidos ao cristianismo, como uma alternativa de tornar o cristianismo mais agradável ao mundo grego: “Sempre haverá a tentação de tornar a fé de alguém mais popular, ‘modernizando-a’, mas o apóstolo Paulo já nos advertiu exatamente contra esse tipo de pensamento: ‘Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas’” (Cl 2.8).
Os cristãos e a filosofia
Historicamente, os cristãos têm-se demonstrado duvidosos sobre a maneira como se comportarem diante da filosofia. Alguns têm seguido Tertuliano, um dos pais da Igreja, ao exigir: “O que tem Atenas a ver com Jerusalém? Que concordância há entre a academia e a Igreja?”. Muitos pensadores cristãos, entretanto, têm seguido Tomás de Aquino e encarado a filosofia como proveitosa, “servente para a teologia”. Um correto entendimento da advertência paulina aos colossenses, com respeito às “filosofias e vãs sutilezas”, é, com certeza, crucial para esta discussão e extremamente relevante para alguns de nós, que defendemos a fé diante dos céticos; estejam eles assentados nos salões acadêmicos ou nos bancos da assembléia dos santos dos últimos dias.
A fim de responder à questão se a advertência de Paulo foi contra a filosofia em si ou uma oposição a algum desvio, é preciso, sem dúvida alguma, examinar o contexto específico do versículo em referência. Mas também é preciso considerar o amplo contexto da vida e das cartas de Paulo. Entender o contexto histórico particular das epístolas paulinas no Novo Testamento freqüentemente é um aspecto-chave para se entender algumas declarações específicas de seus textos.
Paulo e a filosofia
Os familiarizados com a filosofia grega do século 1o observam, muitas vezes, que Paulo também parecia extremamente envolvido com esse assunto. Suas listas de sofrimento (2Co 4.10) e sua forma de diálogo argumentativa (especialmente em sua carta aos romanos) revelam que o apóstolo conhecia os termos dessa discussão. Seu uso de conceitos, tais como: “homem interior” (Rm 7.22; 2Co 4.16) e “auto-suficiência” (2Co 9.8; Fp 4.11), e, ainda, seu apego à utilização de figuras baseadas no corpo humano (Rm 12; 1Co 12), demonstram que ele conhecia a terminologia de argumentar bem e se sentia confortável em utilizá-la. Dirigindo-se aos intelectuais em Atenas, por exemplo, Paulo cita o filósofo estóico Aratus, o que, certamente, era de valor persuasivo para sua audiência: “Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração” (At 17.28).
A similaridade entre as cartas de Paulo e os escritos do grande filósofo estóico Sêneca convenceu a muitos, na Igreja primitiva, que Sêneca, de fato, teria se convertido ao cristianismo e se tornado discípulo de Paulo. Essa crença deu origem à simulação de uma série de cartas entre Paulo e Sêneca, e muitos dos primeiros cristãos julgavam que essas cartas eram verdadeiras. Por isso, não causa admiração as palavras de um erudito Paulino, que disse: “A prática deliberada de Paulo de usar termos estóicos, ao redefinir caminhos, representa uma tentativa cristã de comunicação transcultural”.
É importante observar que, num amplo contexto histórico das cartas e pregações de Paulo, não parece haver necessariamente contradições ou conflitos entre o evangelho e a filosofia. Pelo contrário, Paulo demonstra ter conhecimento da linguagem e dos conceitos filosóficos, e usa esse conhecimento para promover o evangelho.
A heresia colossense
“Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo [...] Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados [...] Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão [...] Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne” (Cl 2.8,16, 8, 20-23).
Observando, agora, os colossenses e o contexto específico do capítulo 2, encontramos Paulo se dirigindo a uma assembléia local que estava sendo infiltrada de falso ensino que ameaçava corromper o evangelho pregado pelo apóstolo. Mas Paulo não nos dá informações suficientes para identificarmos, precisamente, a seita ou “filosofia” descrita por ele. Há alguns indícios, porém, que sugerem que, talvez, o apóstolo estivesse se referindo a um sincretismo híbrido de práticas místicas judaicas e práticas populares pagãs. Então, menciona a observância de dias especiais, incluindo o sábado (v.16); experiências visionárias e culto aos anjos (v.18); submissão aos “espíritos elementares do mundo” (v.20); e abstinência (v. 21,23).
De fato, Paulo está claramente atacando uma forma peculiar de religião especulativa, mas é impossível identificá-la, relacionando-a com qualquer uma das grandes escolas de filosofia conhecidas por nós do mundo greco-romano. Na verdade, é importante ter em mente que a palavra grega filosofia (e seu cognato em latim) tinha uma variedade de significados nesse período e, dependendo do contexto, poderia ser traduzida para “religião”, “especulação” ou “investigação”.
Mais luz é posta sobre esse falso ensino quando consideramos a descrição de Paulo no versículo 8: “Segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo”. Provavelmente, a expressão mais importante nesta lista é a que conclui o versículo: “Não segundo Cristo”. Qualquer filosofia ou sistema religioso que não é fundamentado, governado por Cristo e dirigido a Ele, é, necessariamente, uma falsa filosofia ou religião. O alvo primário que Paulo tentava atacar era a especulação “filosófica”, cujo fundamento é meramente a sabedoria humana.
A natureza judaica dessa especulação também é enfatizada na frase “tradições humanas”, expressão que se repete somente em Marcos 7.8, onde Jesus condena os fariseus por rejeitarem “o mandamento de Deus e retêm a tradição dos homens” (Gl 1.14). Os “rudimentos do mundo”. É como Paulo, semelhantemente, descreve a aceitação da Torá pelos gálatas, de acordo com Gálatas 4.3,9. Ao se referir à sincrética especulação judaica como sendo uma “filosofia”, Paulo estava mantendo a mesma analogia que os judeus helenísticos daquela época, algumas vezes, utilizavam quando se referirem à própria fé. O historiador Flávio Josefo denomina o judaísmo e suas várias seitas (essênios, saduceus e fariseus) como “filosofia”, e o escritor judeu de 4Macabeus se refere ao judaísmo em termos semelhantes: “Nossa filosofia [...] ensina temperança, domínio próprio, coragem” (5.22,23). O filósofo judeu Fílon de Alexandria não teve dificuldades também em representar o judaísmo como uma “filosofia” e pode bem ser que em Colossenses 2.8 Paulo esteja utilizando a terminologia dos falsos mestres aos quais se opunha. Dessa forma, poderíamos parafrasear o verso exatamente como segue: “Cuide para que ninguém o torne cativo por meio desse tipo de ‘filosofia’, que é ilusão vazia, meramente fundamentada nas tradições dos homens, segundo os poderes elementares do mundo, e não em Cristo”.
Uma importante advertência
Não há como dizer que Paulo está rejeitando o estudo da filosofia em Colossenses 2.8, mas, mesmo assim, essa passagem contém uma importante advertência que os cristãos precisam observar com atenção. Muitas vezes, o que separa a verdadeira sabedoria da falsa sabedoria é uma linha tênue que pode ser facilmente obscurecida por pessoas com motivos impuros. A advertência de Paulo contra a “sabedoria deste mundo” (1Co 1.20) deveria servir para nos manter atentos aos perigos ocupacionais de rigorosas e extensivas buscas intelectuais. Definitivamente, os cristãos precisam compreender os argumentos dos seus detratores e estarem preparados para que possam se engajar no mundo das idéias (a exemplo de Paulo, em Atenas), mas também precisam ser cuidadosos, a fim de não tirarem seus olhos daquele que é o Autor e Consumador da nossa fé (Hb 12.2).
Notas:
1 BICKMORE, Barry. Does God Have a Body in Human Form? Foundation for Apologetic Information and Research, http://www.fairlds.org/pubs/ GodHaveBody.pdf.
2 Tertullian Prescription against Heretics 7.
3 Thomas Aquinas Summa Theologica 1.Q.1.
4 Aratus Phaenomena 5.
5 Terrance Page. Philosophy, The Dictionary of Paul and His Letters. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1993, p.717.
6 Tradução feita pelo autor a partir do texto grego do Novo Testamento.
7 Flavius Josephus Against Apion 2.47.
8 Flavius Josephus Antiquities 18.11.
9 Philo Judaeus Embassy 156; Dreams 2.127; Names 223; Contemplative Life 26.
Por Moyer Hubbard – Tradução Jairo de Oliveira
Extraído da Revista Defesa da Fé