segunda-feira, 30 de maio de 2016

Pentecostes 2016: 2,8 bilhões não conhecem a Jesus

Estudioso diz que no Brasil “falta compromisso com missões”

International Day for the Unreached [Dia Internacional dos não-alcançados] é um movimento que reúne ministérios de várias partes do mundo. A data é sempre o dia de Pentecostes, este ano comemorado no domingo, 15 de maio.  O evento visa inspirar e mobilizar cristãos para não se esqueceram da “Grande Comissão”.
Após dois mil anos da ordem dada por Jesus, ainda existem cerca de 2,8 bilhões de pessoas ao redor do mundo que não o conhecem como Salvador. A maioria destes nunca ouviram o Evangelho. Criado pela organização Aliança Pelos Não-alcançados, reúne   ministérios de evangelização como Missio Nexus, Bíblias para o mundo, Operação Mobilização e Companhia da Semente. Ainda não existe uma mobilização nesse sentido no Brasil.
“Com mais de 2 bilhões e meio de pessoas que não tiveram a oportunidade de conhecer Jesus, é hora de o Corpo de Cristo tomar uma posição radical e dizer: ‘Isso tem que acabar em nossa geração”, afirmou o pastor Rick Warren, da Igreja Saddleback. Ele fez um apelo par que as igrejas de todo o mundo comprometam-se em orar, contribuir e enviar pessoas para aqueles grupos étnicos que não possuem o testemunho de Cristo nem as Escrituras em sua própria língua.
A aliança de ministérios acredita que é preciso trazer de novo o foco da Igreja para a seu chamado de levar a mensagem da cruz até aos confins da terra.  “Se cada seguidor de Jesus pudesse entender realmente o que Deus os criou para ser, e ir aos lugares onde Ele não é adorado, isso iria mudar a história de missões e também do mundo não alcançado”, apela Andrew Scott, presidente da Operação Mobilização, uma das maiores agencias missionárias do mundo.
A escolha do dia Internacional ser justamente o Pentecostes é para ressaltar que nesse dia em que o Espírito Santo veio sobre os primeiros seguidores de Jesus, trouxe junto a capacitação e a responsabilização de que eles compartilhassem o Evangelho com todos.
John L Pudaite, presidente do Bíblias Para o Mundo, ressalta: “Não vamos esquecer que o retorno de Cristo está ligado ao fato de todos os povos ouvirem a boa nova. Não estamos marcando uma data para Segunda Vinda, mas podemos ser parte do último grande mover de Deus, algo predito nas Escrituras. Este é um privilégio e uma responsabilidade profunda”.
Teologia de prosperidade atrapalha
Com a experiência que acumulou ao longo de décadas divulgando o trabalho missionário transcultural no Brasil e no mundo, o missiólogo e estudioso de missões, David Botelho faz um apelo à igreja brasileira.
“Nos últimos 20 anos a igreja quase quadruplicou em tamanho, prosperou em finanças… Estima-se que 1/4 da população brasileira é evangélica, mas é superficial na vida cristã, a igreja se tornou rica e abastada, mas sem visão”, lamenta.
Para ele, “A mídia evangélica tem influenciado com a teologia da prosperidade, formando uma mentalidade materialista e mundanista, aumentando a estrutura de poder das denominações. O discipulado é fraco e não atende a todas as necessidades da igreja, que tornou-se intelectualizada voltada para os seus próprios interesses”.
O estudioso não está otimista: “A falta de espiritualidade resultou no desinteresse e falta compromisso com missões. Os missionários têm sido negligenciados em todas as áreas de apoio”. 

Caio Fabio chama Agenor Duque de “macumbeiro pentecostal”

O pastor Caio Fábio, que durante muitos anos foi um conhecido líder presbiteriano, nos últimos tempos tem usado seus programas na internet para fazer denúncias contra vários pastores.
Em seu programa “Papo de graça”, transmitido pelo canal virtual Vem&Vê TV, desta segunda, Caio Fábio exibiu um vídeo que ficou bastante popular na internet nas últimas semanas. Nele, o apóstolo Agenor Duque, da Igreja Plenitude do Trono de Deus, amaldiçoa uma pessoa que estava no culto.
Um homem não identificado parece ter questionado algum ensino ou prática do apóstolo. Ele se irrita e, gritando ao microfone, diz: “Nunca mais vai andar. Até você voltar aqui e respeitar profeta. Se eu sou homem de Deus você está amaldiçoado! Desafio”. Em seguida, afirma que aquela pessoa foi colocada ali “pelo diabo” e acaba mandando o homem sair do templo.
Para Caio Fábio, esse tipo de atitude não é característica dos evangélicos, mas sim dos pagãos.
“Bruxos, praticantes de magia negra pentecostal, em nome de Jesus”, afirma. Disparou ainda: “Filhos do diabo, pois quem odeia é do diabo. Esse espírito de violência não procede de Deus”.
Embora o tópico da conversa seja o vídeo de Agenor Duque, o ex-reverendo presbiteriano o coloca junto a todos os outros líderes neopentecostais.
Entre os adjetivos usando para classificar quem tem esse tipo de ensino estão “macumbeiro”, “bruxo” e “feiticeiro pós-moderno”. Ao mesmo tempo, critica as pessoas que frequentam essas igrejas e dizem “amém” para seus ensinos. “Não dá pra dizer que isso tem a ver com Deus, tem a ver com o diabo”, afirma.
Os atritos públicos de Caio Fábio são conhecidos. Já teve embates com Silas Malafaia, Edir Macedo e Marco Feliciano. Recentemente, seu alvo foi o apóstolo Valdomiro Santiago, da Igreja Mundial.
Apesar de ainda ser pastor da igreja Caminho da Graça, Caio não aceita ser chamado de evangélico, pois para ele, “os evangélicos pioram o mundo para os outros”.
Assista:

Parada Gay chama Bíblia e Bancada Evangélica de retrocesso



Lema dos 20 anos do evento assume tom político

Em 1987, cristãos começaram a reunir-se em Londres para andar pela cidade, intercedendo e cantando louvores. A iniciativa de missionários evangélicos ganharia o nome de “Marcha para Jesus” e se espalharia pelo mundo todo nos anos seguintes.
No Brasil, teve início em 1993 e agregou elementos típicos do país como trios elétricos e apresentações musicais. Hoje se configura no maior evento do tipo no planeta, chegando a reunir mais de dois milhões de pessoas.
Nas ruas de Nova York ocorreu em 1969 a primeira “Pride Parade”, reunindo algumas dezenas de homossexuais que tinham uma agenda política de luta pelos que consideravam seus direitos. Esse tipo de manifestação também assumiu proporções mundiais e no Brasil desde 1996 é realizada anualmente com o nome de “Parada do Orgulho LGBT”. Assim como foi com a Marcha para Jesus, a versão brasileira ganhou trios elétricos e um inegável tom político.
Na sua 20ª edição, a Parada do Orgulho LGBT ocorre apenas 3 dias depois da Marcha para Jesus. Ambas na mesma cidade, com aproximadamente o mesmo número de participantes e num clima que reflete o que ocorre no Brasil nesse momento.
Oficialmente, o tema da Parada é “Lei de Identidade de Gênero, já! Todas as pessoas juntas contra a Transfobia!” Todos os 17 trios elétricos levam uma bandeira com a letra T, em referência às mulheres transexuais, homens trans e travestis. A organização do evento afirma que o objetivo é fazer uma grande mobilização para que seja aprovada no Congresso a “Lei de Identidade de Gênero”, de autoriade Jean Wyllys (PSOL/RJ).
Um dos destaques na avenida paulista este ano é Viviany Beleboni, a transexual que desfilou crucificada em 2015.
Após as diversas polêmicas no ano passado, incluindo protestos dos deputados, sua fantasia este ano é uma provocação aos evangélicos. “O meu protesto este ano é contra os fundamentalistas que barram as nossas leis. Vou falar de religião quantas vezes forem necessárias”, afirmou.
Com uma mordaça na boca e uma balança sobre os ombros, ela colocou uma Bíblia com os dizeres “retrocesso” e “bancada evangélica”. Desse modo, faz uma provocação a todos os cristãos, que certamente não acreditam que o conteúdo das Escrituras representa um retrocesso para a sociedade.
Apesar as críticas que a bancada evangélica seguidamente recebe, o foco da Parada esse ano mostra que os movimentos liberais, em especial os de cunho marxista, escolheram os que lutam pelas bandeiras cristãs na política como seus principais inimigos.
Uma constante no governo Dilma, essa associação fica clara com as dezenas de faixas e cartazes empunhados na Paulista. Muitas eram palavras contra o presidente da República em exercício, Michel Temer, pedindo a saída dele do cargo.

Resposta da Bancada

Procurado pelo Portal Gospel Prime, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM/RJ), falou em nome da Frente Parlamentar Evangélica (FPE). Lembrou que a Bíblia é um símbolo de fé para todos os cristãos do país, portanto atinge também os católicos.
“Não existe um embate contra a população LGBT, nós defendemos o que cremos. Contudo, acreditamos que esse tipo de provocação é apenas um reconhecimento de que a bancada tem feito seu trabalho de lutar pela família e os valores cristãos”. Para Cavalcante, que também é pastor, nas próximas eleições a bancada evangélica irá aumentar pois a população está mais consciente do que acontece no país.
Ezequiel Teixeira, apóstolo do Projeto Vida Nova e deputado federal (PTN/RJ), foi categórico: “Trata-se de um contrassenso. Os LGBT pedem respeito, mas a recíproca não é verdadeira. Seus atos de intolerância relevam a verdadeira natureza desse grupo. Acredito que isso é intolerância religiosa!”.
“Eu estranharia se eles tivessem outro posicionamento sobre a Bíblia, os cristãos e a bancada evangélica que não esse”, asseverou o deputado Roberto de Lucena (PV/SP). Ele afirma que “A máxima do movimento é procurar desqualificar os argumentos contrários e quem os defenda por falta de substância na sustentação de suas convicções.”
Para ele, “essas declarações sinalizam apenas que estamos no caminho certo e nossa agenda em defesa da vida e da família tradicional deve continuar! ”
O deputado Victório Galli (PSC/MT), também membro da FPE, foi categórico: “Jamais se viu na Marcha para Jesus um ataque contra os homossexuais. Porém, a recíproca não é verdadeira”.
Finalizou dizendo que os LGBT é quem estão atacando os cristãos. “Graças a Deus a sociedade elegeu deputados católicos e evangélicos para fazer frente ao relativismo moral e a tentativa de destruição de valores cristãos. Esses militantes sonham com uma ditadura da opinião, mas isso não irá ocorrer”.