segunda-feira, 16 de junho de 2014

“O Estado passou a se servir da população”, diz Pastor Everaldo

Ele comentou suas propostas para governar o Brasil, dando prioridade para a renegociação da dívida interna
“O Estado passou a se servir da população”, diz Pastor Everaldo"O Estado passou a se servir da população"
O pastor Everaldo, candidato à presidência do Brasil pelo PSC, concedeu uma entrevista à revista Época falando sobre assuntos políticos diversos, como o rompimento com o Partido dos Trabalhadores (PT), a quem seu partido apoiou em 2010.
Uma das principais razões foi a decepção com o governo Dilma. “Desde 2002, acreditamos que as propostas colocadas em prática eram boas para a população brasileira. Após a eleição da atual presidente, o partido viu se deteriorar todas aquelas coisas boas feitas pelo Brasil e entendeu que teria candidatura própria”, disse Everaldo.
A pior crítica do candidato é a mudança do sistema, pois o Estado passou a ser servido pela população, no lugar de servi-la. “O Estado, que deveria servir à população, passou a se servir da população. O Estado ficou aparelhado para atender a uma agremiação partidária. Houve uma concentração da renda com o governo federal. Os municípios ficam com quase 13% da receita; os Estados, com 22%; e o governo federal, com 65%”, disse.
O vice-presidente do PSC também criticou a distribuição dos valores arrecadados pelos impostos no Brasil: ” Você pega o orçamento da União, R$ 2,488 trilhões, tem 4% para educação, 4% para saúde e 44% para pagamento de serviços da dívida e juros”, afirma lembrando que o atual governo tem 30 mil cargos em 39 ou 40 ministérios.
“A família brasileira hoje trabalha mais de 150 dias por ano para pagar impostos. O governo não presta serviço nem de Terceiro Mundo. É de submundo. A inflação que há hoje no país é provocada pelo governo.”
Para resolver essa situação, o Pastor Everaldo, que tem – segundo pesquisas – 4% das intenções de voto, afirma que irá diminuir o número de ministérios. “Defendemos um Estado efetivamente mínimo. Cortando na carne e fazendo uma renegociação da dívida interna”, disse.
“Veja bem: 44% do orçamento para pagamento da dívida. É como se uma pessoa que ganha R$ 1.000 pegasse R$ 440 e pagasse juros e dívida. Como consegue sobreviver?”, questiona ao complementar sua ideia.
Durante a entrevista Everaldo falou sobre o desejo de privatizar algumas estatais, incluindo os presídios brasileiros imitando casos de sucesso de outros países. Ele também comentou que é contra o casamento gay e contra a legalização do aborto

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