quarta-feira, 9 de novembro de 2011

BENÇAO DA HUMILDADE

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Quem se considera muito importante como candidato a obreiro no Reino de Deus, facilmente pode ser degradado ao patamar de um jumento

A revista alemã "Focus" publicou uma reportagem sobre o tema "Eu, eu, eu". Ela tratava do culto ao eu – que aumenta cada vez mais em meio à nossa população – no qual cada um se considera cada vez mais importante. Cresce a sociedade que quer levar vantagem em tudo, que não recua diante de nenhum meio para alcançar seus objetivos. É indiferente se outros têm de sofrer com isso – o que importa é que se consiga o primeiro lugar. Um dos lemas em curso entre a juventude é: "Eu sou mais eu".
Também esta é mais uma prova de que a Palavra de Deus é confiável, pois ela diz o seguinte acerca dos "últimos dias": "E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos" (Mt 24.12). Quem não cuida e não vigia, torna-se cada vez mais egoísta e nem o nota, mesmo sendo cristão. O egocentrismo, o culto ao eu se infiltra onde a Palavra de Deus é deixada de lado – e com isso é deixado de lado o relacionamento íntimo com Jesus Cristo. David H. Stern traduz essa passagem muito acertadamente da seguinte maneira: "O amor de muitas pessoas esfriará porque a Torá se afasta cada vez mais delas" (Novo Testamento judaico). Não se convive mais com a Sagrada Escritura. Mas é só através do contato com a Palavra de Deus, através do amor do Espírito Santo e da comunhão com Jesus Cristo que adquirimos a capacidade de sermos humildes.
Satanás abandonou a Palavra de Deus por seu orgulho sem limites – e caiu. Igualmente cristãos que não mais são dirigidos pela Palavra de Deus e pelo Seu Espírito Santo se tornam vítimas do orgulho. Tornam-se ambiciosos e se acham cada vez mais importantes – e a causa de Jesus é empurrada para segundo plano.

No Evangelho de Lucas um acontecimento nos mostra como o orgulho se manifesta e quais as suas conseqüências: "Reparando como os convidados escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhe uma parábola: Quando por alguém fores convidado para um casamento, não procures o primeiro lugar; para não suceder que, havendo um convidado mais digno do que tu, vindo aquele que te convidou e também a ele, e te diga: Dá o lugar a este. Então irás, envergonhado, ocupar o último lugar. Pelo contrário, quando fores convidado, vai tomar o último lugar; para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, senta-te mais para cima. Ser-te-á isto uma honra diante de todos os mais convivas. Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado" (Lc 14.7-11).
O Senhor nota quando somos orgulhosos
"Reparando como os convidados escolhiam os primeiros lugares..." O orgulho é uma coisa que nós, como filhos de Deus, não gostamos de expor publicamente, pois sabemos que é constrangedor quando é notado.

O orgulho começa no coração. O orgulho é algo sorrateiro, que entra devagarinho em nosso coração, mudando nossa motivação e mudando a base de nosso querer e de nosso agir. Em geral não usamos de violência para chegar mais à frente. Tudo começa muito sutilmente, nos insinuamos com cuidado. Fazemos um jogo duplo com outros, colocando o olho nos melhores lugares.
O Senhor olha diretamente para dentro do coração e fala: "A soberba do teu coração te enganou..." (Ob 1.3).
Não creio que as pessoas da nossa história foram derrubando cadeiras e mesas para chegarem à frente e alcançarem os melhores lugares. Provavelmente eles foram cuidadosos e educados, mas agiram com um alvo em vista, que era o de ocupar o lugar de honra. Mas o Senhor o notou! Pensemos nisso: o primeiro que descobre orgulho em nossa vida é o Senhor – e Sua reação não se fará esperar. Ele olha diretamente para dentro do coração e fala: "A soberba do teu coração te enganou..." (Ob 1.3).
Orgulho não é coisa pequena
Poderia-se dizer que o que aconteceu aqui é uma bagatela da qual nem vale a pena falar. Tentar conseguir o melhor lugar em uma mesa não é muito bonito, mas também não é tão trágico assim; certamente existe orgulho pior. Mas o fato de Jesus ter notado o acontecido e de ter comentado a respeito mostra claramente como o orgulho é terrível aos olhos de Deus. Por quê?
1- Porque o orgulho procede de um cristianismo sem cruz
Em Filipenses 2.5-8 encontramos um padrão para nossa mentalidade e para nossas intenções: "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz." Sua humilhação consistiu em não exigir o que era direito Seu. Ao invés de insistir em Sua semelhança com Deus, Ele humilhou-se a Si mesmo. Ele, diante de cuja palavra o Universo se abala; Ele, que é adorado e exaltado por todos os anjos criados; Ele, que não é criatura mas o próprio Criador – Ele se humilhou, sim, "tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz." Essa mentalidade que Jesus Cristo possuía é esperada de nós também. E quem não tem essa mentalidade não vive com a cruz e com o Crucificado, mas é contrário à cruz de Cristo. Uma pessoa assim, no fundo, é inimiga da cruz de Cristo por continuar sendo orgulhosa.
2- Porque o orgulho tem sua origem nas mais terríveis profundezas, ou seja, no próprio diabo
Satanás queria ser como Deus: "...subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo".
Nele nasceu o orgulho: "Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades no Norte" (Is 14.13). Satanás queria ser como Deus: "...subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo" (v. 14). Por isso o orgulho é tão terrível diante dos olhos de Deus e é condenado por Deus desde sua menor raiz.
3- Porque o orgulho provém da falta de temor de Deus
Em Provérbios 8.13 está escrito: "O temor do Senhor consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho, e a boca perversa, eu os aborreço." O resultado da falta de temor de Deus sempre é o desprezo do nosso próximo, com uma valorização acentuada de si mesmo. Assim, os fariseus e escribas daquela época escolheram para si os melhores lugares à mesa. Onde os outros iriam sentar era indiferente para eles.
Hoje igualmente a falta de temor de Deus cresce ao ponto de chegar a um ódio pelos outros. Pessoas orgulhosas têm dificuldades em se relacionar com os outros e estão sempre prontas para brigar. Pois o orgulhoso tenta alcançar seus próprios alvos mesmo às custas da união. Por isso somos exortados tão seriamente: "Nada façais por partidarismo, ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo" (Fp 2.3).
4- Porque o orgulho sempre traz consigo a queda
Provérbios 16.18 diz: "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda." A Bíblia Viva diz: "A desgraça está um passo depois do orgulho; logo depois da vaidade vem a queda." Isso combina exatamente com o que o Senhor Jesus diz em Lucas 14.8-9: "Quando por alguém fores convidado para um casamento, não procures o primeiro lugar; para não suceder que, havendo um convidado mais digno do que tu, vindo aquele que te convidou e também a ele, te diga: Dá o lugar a este. Então irás, envergonhado, ocupar o último lugar." Na prática, o orgulho não nos leva a sermos mais reconhecidos e importantes no Reino de Deus, mas acontece exatamente o contrário: quando somos orgulhosos, somos cada vez menos importantes para o Reino de Deus, até ao ponto de sermos totalmente desqualificados.
Quem se considera muito importante como candidato a obreiro no Reino de Deus, facilmente pode ser degradado ao patamar de um jumento, o que pode ser ilustrado com muito acerto com o seguinte episódio: certa vez um seminarista, muito convencido e cheio de si, falou a um servo de Deus: "Deus precisa de mim. Quero servi-lO." O servo de Deus respondeu: "Jesus só falou uma vez que precisava de alguém – e esse alguém era um jumento" (comp. Mc 11.3).
Quem se considera muito importante como candidato a obreiro no Reino de Deus, facilmente pode ser degradado ao patamar de um jumento.
Muitas vezes o orgulho não produz uma ampliação nos horizontes, uma expansão no ministério para o Senhor, como os orgulhosos muitas vezes pensam e querem, mas exatamente o contrário: eles se tornam imprestáveis para o serviço cristão e se tornam pequenos no Reino de Deus. A Bíblia diz em 2 Coríntios 10.18: "Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, e, sim, aquele a quem o Senhor louva."
Por Jesus ter se humilhado tanto na cruz, "...Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome" (Fp 2.9). E exatamente este mesmo princípio Jesus reafirmou em Lucas 14.11: "Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado."
5- Porque a humilhação vem, muitas vezes, por meio de outras pessoas
É disso que o Senhor fala em Lucas 14.8b-9: "...para não suceder que, havendo um convidado mais digno do que tu, vindo aquele que te convidou e também a ele, te diga: Dá o lugar a este. Então irás, envergonhado, ocupar o último lugar." Mesmo que o orgulho esteja relativamente escondido e se manifeste em segredo, um dia ele aparece e a humilhação se torna do conhecimento de todos. Meio que sorrateiramente, sem chamar muita atenção, alguns convidados se assentaram nos melhores lugares. Mas quando o anfitrião mandou que eles tomassem os lugares inferiores, todos ficaram sabendo.

É curioso observar que as pessoas orgulhosas são, muitas vezes, humilhadas exatamente por aquelas pessoas que elas queriam adular e agradar. No reino de Assuero, por exemplo, um certo Hamã gozava de todos os privilégios possíveis concedidos pelo rei (Et 3.1). Mas tão logo, através de Ester, sua esposa judia, Assuero ficou sabendo dos planos e das intenções orgulhosas de Hamã (ele queria enforcar o judeu Mardoqueu, por não o bajular, e queria mandar matar todos os judeus em um dia pré-determinado), iniciou-se a queda de Hamã de uma maneira que ninguém conseguiria deter: Hamã acabou enforcado juntamente com seus filhos (Et 7.10; 9.25).

6- Porque o orgulho produz insegurança

Muitas vezes as pessoas que têm uma tendência ao orgulho se mostram muito seguras de si, mas, na verdade, elas são movidas por uma estranha insegurança. Elas não estão firmes, não sabem qual o melhor caminho para si e não são confiáveis nas coisas espirituais. E isso acontece porque elas estão em um falso caminho, e porque no fundo de seu coração sabem que podem cair de onde se encontram: "Pois todo o que se exalta será humilhado..."
7- Porque só as pessoas humildes são íntimas do Senhor

Lucas 14.10 diz: "Pelo contrário, quando fores convidado, vai tomar o último lugar; para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, senta-te mais para cima. Ser-te-á isto uma honra diante de todos os mais convivas." No início dizíamos que os orgulhosos levam uma vida que passa longe da cruz de Cristo, até contrária ao Senhor, e que os humildes, ao contrário, têm uma vida com Cristo em seu centro; essas pessoas vivem da Sua Palavra e têm a mentalidade do Senhor. Por isso, na parábola que estamos tratando, só o convidado humilde é chamado de "amigo": "Amigo, senta-te mais para cima." O Senhor não disse: "Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando"(Jo 15.14)?!

Só os humildes têm suas fronteiras ampliadas, só os humildes são exaltados. Por quê? Porque eles têm a mesma mentalidade que o seu Mestre. Ele disse: "Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado" (Lc 14.11).

O caminho para a verdadeira humildade

Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei.
Só através de muita oração, e não através do simples pedido: "Senhor, humilha-me!" é que chegamos à humildade; somente através de uma decisão consciente de nossa vontade, que se transforma em ação, é que chegamos à humildade verdadeira. Jesus Cristo humilhou-se a si mesmo, pois a Bíblia diz: "...a si mesmo se humilhou" (Fl 2.8). Ele disse: "...agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei" (Sl 40.8).

Na nossa parábola, o Senhor mostra como se pratica a humildade:

– "...não procures o primeiro lugar..." (Lc 14.8);

– "...vai tomar o último lugar..." (v. 10);

– "... o que se humilha..." (v. 11).

É imprescindível assumir uma atitude como João Batista teve, quando disse, olhando para Jesus: "Convém que ele cresça e que eu diminua" (Jo 3.30). É por isso que João Batista era tão grande aos olhos de Deus. O Senhor testemunhou acerca dele: "Entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João" (Lc 7.28). Por isso é tão necessário eleger diariamente o caminho da humildade e ficar nele: "Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte" (1 Pe 5.6). Amém. (Norbert Lieth

terça-feira, 11 de outubro de 2011

FILOSOFIA DE HEGEL e a realidade nas igrejas é similar


    Hegel é sem dúvida um dos maiores filósofos do século XIX. Dessa forma, parece-me relevante estudar sobre sua vida e obra. É legítimo dizer que, em alguns momentos pode-se pensar na relevância de tal estudo, visto que, num ambiente acadêmico teológico temos certa resistência, e diria até de preconceito quanto ao estudo de filósofos que marcaram a história com seus pensamentos.
O conceito de irrelevância acerca deste estudo começa a mudar quando entendemos sua linha de pensamento, e vemos que muitos cristãos, ou até igrejas têm assumido esta filosofia, mesmo que inconscientemente ou por ignorância. Sendo assim, creio que cada cristão é uma cabeça pensante que pode se informar daquilo que está acontecendo em sua realidade eclesiástica, podendo fazer uma crítica embasada no conhecimento histórico de tendências filosóficas.
Nossa responsabilidade como cristãos é de, a partir do momento que somos resgatados pelo nosso único e suficiente Salvador Jesus Cristo, devemos ser bons críticos e pensadores da sociedade, pois como diz o título de  uma obra literária: “Crer é também pensar”.

Georg Wilhelm Hegel (1770-1831), nasceu em Stuttgart. Estudou teologia e filosofia. Em 1793 conseguiu a laurea acadêmica em teologia. Em 1801 foi nomeado professor da Universidade de Iena, onde primeiramente foi amigo e mais tarde adversário de Schelling.  Lecionou também nas Universidades de Heidelberg e Berlim, nesta última ficou até falecer. Na Universidade de Berlim adquiriu grande renome e exerceu grande influência.
As principais obras de Hegel são: a Fenomenologia do Espírito; a Lógica; a Enciclopédia das Ciências Filosóficas; a Filosofia do Direito. Hegel é definido por alguns escritores como “...um gênio poderoso; sua cultura foi vastíssima, bem como sua capacidade sistemática, tanto assim que se pode considerar o Aristóteles e o Tomás de Aquino do pensamento contemporâneo.[1]
Assim como vêm os elogios, as críticas vêm com igual naturalidade. Diz-se que Hegel “... frequentemente deforma os fatos para enquadrá-los no seu esquema lógico do seu sistema racionalista-dialético, bem como altera este por interêsses práticos e políticos.[2]
Sua obra pode ser considerada fortemente sistemática, procurando dar conta dos múltiplos aspectos do saber humano em busca da verdade e em direção ao absoluto, o que constitui em última análise sua finalidade. Hegel morreu em 14 de novembro de 1831 de cólera. Pode ser considerado o filósofo alemão de maior influência no século XIX.
Hegel já de início coloca-se contra a tradição racionalista, principalmente Kant, pois considera a filosofia deste muito formalista e tinha uma ênfase muito grande no ideal científico de desenvolvimento. MARCONDES comenta que Hegel “Ao mesmo tempo rejeita a alternativa dos românticos, que considera irracionalista devido à sua inspiração na intuição e nos sentimentos[3]”.
Como já falamos no início, Hegel procura formular um sistema rigorosamente científico que aproveite todos os dados inegavelmente adquiridos pelas ciências, organizando-os de modo a tirar deles a história universal do Espirito Absoluto. Em sua obra “Fenomenologia do Espírito”, Hegel se propõe a examinar  as várias manifestações do espírito e como elas vieram se realizando no curso da história da humanidade.
O princípio de identidade do ideal e do real afirma que tudo o que é racional é real e tudo o que é real é racional. Pode-se incluir as leis da mente e da lógica como leis da realidade, pois lógica e metafísica são a mesma coisa.
O princípio da contradição diz que na realidade não existe nada que seja idêntico a si mesmo, mas que tudo está sujeito à dialética da afirmação e da negação.
O princípio ontológico, que é o princípio absoluto. Nele se realiza perfeitamente o princípio ideal e o princípio da contradição. O absoluto é a “universalidade concreta, a qual compreende todos os modos e aspectos nos quais ele é e se torna objeto de si; em virtude do princípio de contradição, a realidade do absoluto consiste em um contínuo devir. O seu ser é o seu devir.”[4]
O princípio da mediação é aquele que afirma que o absoluto não se manifesta imediatamente, mas mediatamente. Conforme Hegel afirma, ele não se apresenta imediatamente, completamente, mas só através de realizações parciais ou progressivas.
O princípio da relação afirma que, se uma coisa não pode ser idêntica a si mesma mas é simultaneamente o seu oposto, existe uma relação entre os dois momentos, positivo e negativo.
O princípio do historicismo afirma que toda realidade se resolve na história, dessa forma, não existe realidade fora ou acima da história. Sendo assim, a história e o absoluto são a mesma coisa. A história é do absoluto que se manifesta a si mesmo.
O único método adequado para o estudo de uma realidade em perpétuo devir é o método da lógica especulativa ou dialética. Os diálogos de Platão constituem o exemplo e a prova da validade desse método: um personagem afirma uma teoria, o outro nega e assim se desenvolve a doutrina a respeito da qual os interlocutores terminam concordando. Em outras palavras, existe uma tese, uma antítese das quais se chega a uma síntese.
O absoluto se desenvolve antes de tudo numa tríade dialética fundamental: a idéia em si, a idéia fora de si e a idéia em si e para si. No interior de cada momento dessa tríade, se desenvolve uma nova tríade (tese, antítese e síntese) e em cada elemento dessa segunda tríade surge uma nova tríade e assim sucessivamente até o infinito, pois a realidade está sujeita ao princípio de contradição.
O pensamento de Hegel enfatiza o conhecimento da ciência e o espírito absoluto. Seu sistema pareceu ser bem montado, entretanto, com algumas contradições. Torna-se inviável entender o método, pois ele mesmo afirma que para casa tese, surge uma antítese, chegando a uma síntese depois de alguma discussão, e isso acontecendo infinitamente. Dentro desse método vemos se o método hegeliano passa por este processo, logo ele já se tornou ultrapassado.
Creio que estamos vivendo numa sociedade que tem muito do método hegeliano, já que este sempre está chegando a uma síntese distinta, é possível dizer que não há absolutos. Este tipo de atitude podemos notar na sociedade brasileira, onde o mais importante é  que o indivíduo seja feliz, e que como as pessoas dizem: “É importante chegarmos, a um equilíbrio, onde a situação seja favorável para ambas as partes”.
Infelizmente, a realidade nas igrejas é similar. Estamos ainda alguns degraus acima dos padrões mundanos, mas ao que parece, estamos seguindo a passos largos para sermos “conformados” com o mundo. E isso vem acontecendo com o argumento de que devemos aceitar alguma situação pecaminosa por amor, deixar de pregar alguns temas para não confrontar irmãos, etc. Assim, a Palavra é pregada, mas não toda ela. Dessa forma, chegamos a uma síntese que agrada o líder e os membros do corpo. Visivelmente somos a tese, o mundo a antítese, só que por muitas vezes o povo de Deus quer uma síntese. Não nos conformemos com isso (Rm 12.2; 2Co 6.14-18).
MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein, 2ª ed. Riode Janeiro: JZE Editora, 2000.
MONDIN, Batista. Curso de Filosofia: os filósofos do Ocidente. São Paulo: Paulus, 1983.
PADOVANI, Umberto; CASTAGNOLA, Luis. História da Filosofia. São Paulo: Melhoramentos, 1994.



[1] PADOVANI, Umberto; CASTAGNOLA, Luis. História da Filosofia. São Paulo: Melhoramentos, 1994. p. 387.
[2] Ibid.  p. 387.
[3] MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein, 2ª ed. Rio de Janeiro: JZE Editora, 2000, p. 123.
[4] MONDIN, Batista. Curso de Filosofia: os filósofos do Ocidente. São Paulo: Paulus, 1983, p 38.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

IGREJA BOLA DE NEVE : NOVO POINT DAS CELEBRIDADES







Por Wallace Carvalho

RIO DE JANEIRO - O que Monique Evans, Guilherme Berenguer, Danielle Winits e Fernanda Vasconcellos têm em comum? Eles frequentam a Bola de Neve. O novo point das celebridades não é um restaurante no Leblon, nem uma praia carioca, nem uma boate badalada de São Paulo. Famosos dos mais variados escalões frequentam, na verdade, os cultos de uma igreja, chamada Bola de Neve.

Foi em um desses encontros que os boatos do namoro entre Dani Winits e Jonatas Faro ganharam força. Os atores foram vistos saindo juntos de um dos cultos, quando ela ainda estava casado com Cássio Reis. Porém, muito antes de a atriz global conhecer mais a fundo o bonitão de "Hairspray", a igreja já apresentava nomes famosos, como Monique Evans.

Convertida há quase 10 anos, Monique foi parar na igreja por acaso. "Eu já era convertida. Frequentava outra igreja no Rio de Janeiro, mas passava a semana em São Paulo gravando programa. Com o tempo, passei a sentir a necessidade de ir à Igreja durante a semana também", contou ao Famosidades.

A repórter da Rede TV! descobriu o endereço da Bola de Neve após ganhar um flyer na rua. "Indo para casa, uma pessoa me deu um papel falando sobre a igreja, com o endereço. Aí eu fui", lembrou. Monique diz que adorou o lugar de cara. "Me senti tão bem. Mas faz tanto tempo isso, gente. A sede da igreja ainda era em uma garagem na Lapa [São Paulo], olha quanto tempo tem?", declarou.
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Atualmente, a Bola de Neve tem sedes em 15 estados brasileiros. Seu templo no Rio de Janeiro é o mais badalado. Ele fica na praia do Pepê, na Barra da Tijuca, freqüentado por famosos como Fernanda Vasconcellos, Guilherme Berenguer, Rodolfo Abrantes - ex-Raimundos -, Roberta Foster, Gisele Policarpo, entre outros.

Mas muita gente chegou à igreja após uma vida, digamos, bem longe de preceitos religiosos como outras subcelebridades como a ex-atriz pornô Regininha Poltergaist, a ex-policial e capa da "Playboy" Mariana Costa, a ex-"Malhação" Luciana Bessa, Georgiana Guinle - filha do playboy Jorginho Guinle - e Giselle Policarpo, atriz da Record.

O Famosidades assistiu a um culto dominical, que são realizados às quartas-feiras, aos sábados e domingos. Tudo na igreja é diferente, a começar pelo nome. No altar, um púlpito em forma de prancha; a Bíblia tem uma capa como fotos de diferentes modalidades esportivas e uma pregação que ora parece um show, ora parece um debate. Na platéia, dezenas de jovens sarados, tatuados, bonitos e o mais incrível: concentrados nas palavras dos pastores.

A igreja tem planos ousados com relação a produções culturais, audiovisuais e musicais. A Bola de Neve é dona de um selo musical - o Bola Music, que tem seu casting, por exemplo, o cantor Rodolfo Abrantes, ex-Raimundos. A pastora Priscila revela que, além da peça de teatro, está entre seus projetos futuros, o lançamento de um programa esportivo e escrever uma novela. Se todos esses planos derem certo, está por vir uma verdadeira avalanche.
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Para Monique Evans, esse é o segredo do sucesso da igreja com o público jovem. "O que tem levado a galera para lá é a forma como a palavra é passada. Existe um diálogo. As músicas são alegres, o culto é uma delícia", explicou. Mas é bom ressaltar que a igreja não é tão liberal como parece. "As pessoas acham que lá nós somos liberais, mas é justamente ao contrário. Somos tão caretas", contou Monique, ressaltando que quem é da igreja segue os princípios da Bíblia, como por exemplo, sexo só depois do casamento.

O ator Guilherme Berenguer concorda. Ele afirma que foi o discurso direto que o levou a freqüentar a Bola de Neve. "Foi uma questão de identificação. Eles têm uma forma livre de passar a palavra que eu acho muito bacana.", afirmou Berenguer, evangélico desde criança.

A pastora Priscila Mastrorosa - que foi usuária de maconha na adolescência - tem uma teoria: "Aqui não discriminamos ninguém, talvez isso tenha atraído essas mulheres para a igreja Bola de Neve", contou.

Monique Evans acredita que o boca-a-boca é que tem levado as pessoas para lá. "Quando eu me converti, eu passei a trabalhar a cabeça da Nara [Marinara Costa - de quem Monique é amiga há muitos anos]. Ela andava em um período ruim, mostrei a igreja pra ela. Ela gostou e deve ter levado alguém, que levou outro alguém. O lugar é muito legal as pessoas se identificam", declarou.

A teoria da loira é confirmada pela atriz Roberta Foster. "Quem me levou para a igreja foi a minha amiga Marinara. Eu senti uma coisa tão boa que decidi me converter", disse ela, que ficou conhecida no papel de Eva, no humorístico "Zorra Total".
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Roberta é uma das integrantes do programa "Boladas" produzido pela Bola de Neve. Ao lado da Regininha Poltergaist, Mariana Costa, Luciana Bessa, Georgiana Guinle e Giselle Policarpo, elas partilham opiniões sobre temas como drogas e sexo sob uma ótica cristã. "Já gravamos três pilotos", contou Roberta. Ela foi convidada pela pastora Priscila para participar do evento. "A gente discute assuntos variados pertinentes ao meio cristão e ainda temos a possibilidade de mostrar que ser evangélico não é usar aquelas roupas enormes, coque", explicou.

Roberta, que posou nua para a "Playboy", não aceita mais fazer trabalhos que exponha seu corpo. "Recebi alguns convites, mas não aceitei. Meu foco é outro", contou. Ela decidiu deixar o "Zorra Total" no auge da personagem. "Fui muito corajosa. Eu saí do 'Zorra' sem promessa de nada na Globo. Eu estava em uma posição confortável", afirmou. Roberta voltou ao vídeo um ano depois em uma participação na novela "Cama de Gato", como uma presidiária.

Em breve, a atriz voltará a interpretar Eva. Só que desta vez no teatro. "Existe essa possibilidade. Mas será a personagem bíblica.", revelou. O projeto, também desenvolvido pela pastora Priscila, será uma comédia. "Não posso falar mais que isso por enquanto".

Fonte: MSN Entretenimento [Famosidades, atualizado: 18/06/10, 15:23]
http://entretenimento.br.msn.com/famosos/noticias-artigo.aspx?cp-documentid=24625095&page=0

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

FRASES EDIFICANTES - VALE A PENA LER


“A mente do homem é como um depósito de idolatria e superstição; de modo que, se o homem confiar em sua própria mente, é certo que ele abandonará a Deus e inventará um ídolo, segundo sua própria razão”. João Calvino

“Prover entretenimento está em direto antagonismo ao ensino e à vida de Cristo e de seus apóstolos. Qual era a atitude da igreja em relação ao mundo? Vós sois o sal, não o docinho, algo que o mundo desprezará”. C. H. Spurgeon

“Nós que recebemos o evangelho da mão dos mártires não ousamos tratá-lo como ninharia, nem ousamos nos assentar ao lado de traidores que O negam, que pretensamente O amam, mas interiormente abominam cada palavra dEle. A fé que eu mantenho trás consigo as marcas do sangue de meus ancestrais”.  C. H. Spurgeon

“O sucesso de um falsificador de moedas depende de quão parecida a moeda falsa se torna com a genuína. A heresia não é uma negação completa da verdade, e sim uma perversão da verdade”. A. W. Pink

“A doutrina da soberania de Deus (...) é o centro da gravidade no sistema da verdade cristã; o sol ao redor do qual se agrupam os astros menores; o fio no qual as demais doutrinas são enfileiradas tal como um colar de pérolas, mantendo-as no devido lugar e dando-lhes a unidade”. A. W. Pink

“A doutrina da soberania de Deus (...) atribui a Deus – Pai, Filho e Espírito Santo – a glória que Lhe é devida, colocando a criatura no correto lugar diante dEle – no pó. A. W. Pink

“Pode ser “horrível” e “perigosa” uma doutrina que dá a Deus o seu verdadeiro lugar, que mantém os seus direitos, que exalta a sua graça, que atribui a Ele toda a glória e que remove da criatura todos os motivos de jactância?” A. W. Pink

“Aquele que comete um pecado para evitar o sofrimento, assemelha-se ao indivíduo que permite sua cabeça ser ferida, para evitar danos ao seu escudo e capacete”. Thomas Watson

“A idéia da eternidade deve ser o bastante para impedir-nos de ficar tristes em face das cruzes e sofrimentos neste mundo”. Thomas Watson

“O verdadeiro amor ferve, mas não derrama. O amor a Deus, assim como é sincero e sem hipocrisia, é constante e sem apostasia”. Thomas Watson

“O pecador convencido não “se decide” por Cristo, assim como um coitado que está se afogando não “decide” pegar a corda que lhe é atirada; ele se agarra à corda, porque ela é o seu único escape”. D. Martin Lloyd-Jones

“O conhecimento teológico — ou seja, o conhecimento intelectual acerca das coisas espirituais — é um dos menos apreciados dons de Deus. Mas ser um amigo de Deus significa ter tal conhecimento. O escárnio com que muitos crentes professos consideram os estudos doutrinários mostra que eles de fato não amam a Deus, ainda que gostem de pensar que o amam.” Vincent Cheung

“...orar não é um substituto para a obediência. É fútil dizer a uma igreja que orar é a solução  para a falta de crescimento, quando não existe qualquer interesse em ver a Palavra de Deus ser obedecida, e não há qualquer disciplina na igreja”. Iain Murray

“...a fé não pode ser reduzida ao mero assentimento de um conjunto finito de proposições (Tg 2.19) (...) “A fé em Cristo envolve o amor à sua Pessoa e a disposição de render-se à sua autoridade”. John F. MacArthur Jr.

 “O líder evangélico típico de nossos dias talvez expressará mais indignação contra alguém que exige clareza e exatidão doutrinária do que contra um falso evangélico que está atacando ativamente uma verdade bíblica vital”. John F. MacArthur Jr.