sábado, 25 de fevereiro de 2012

ORIGEM DOS SETE PECADO CAPITAIS

Sete Pecados Capitais
Origem dos 7 pecados capitais
Pecado do latim: peccátu
1. erro. engano, falsidade, aparente.
2. transgreção à lei de Deus;
3. transgreção de preceito religioso;
4. maldade;
5. injustiça
6. Saber a diferença entre o bem e o mal e escolher fazer o mal.
7. Algo que tem como salário a morte.
8. Obras da carne.
9. Estado da alma que não se encontrou com Jesus Cristo.
10. Qualquer ato que separa o ser humano de Deus; passível de ser perdoado quando o pecador se arrepende e invoca o nome de Jesus Cristo.
A palavra pecado é usada para caracterizar desobediência a lei de Deus, que pode ser perdoável, não necessitando ser confessado, caso a pessoa se arrependa; ou também um pecado capital, que é aquele que precisa ser confessado, a pessoa se arrepender de ter cometido e, na maioria das vezes de penitência para que a alma possa ser purificada no mármore do inferno.
Pecado é transgredir a lei de Deus. A Bíblia diz em 1 João 3:4 “Todo aquele que vive habitualmente no pecado também vive na rebeldia, pois o pecado é rebeldia.”
Apesar do conceito de pecado significar uma transgressão contra a vontade de Deus e se relacionar às descrições das falhas de caráter e do comportamento humano mais graves, fazendo parte da tradição judaico-cristã, eles não aparecem explicitamente na Bíblia. Alguns historiadores acreditam na relação dos 7 pecados capitais com os 10 mandamentos . Ou seja, os 7 pecados capitais são uma continuidade da mentira da igreja católica romana para inventar o fictício purgatório, que, segundo a igreja , é necessário para purificar a alma dos pecados que não foram suficientemente lavados pelo sangue de Cristo. Já os Dez Mandamentos foram dados por Deus como Lei moral para a sociedade, não obedecê-los origina o pecado.
O Cristianismo nos afirma que papai do céu, que vive lá em cima e vigia tudo o que fazemos, o tempo todo, em todo canto. Este papai tem uma lista de 10 coisas que ele não quer que a gente faça.
Se fizermos alguma dessas coisas, papai do céu tem um lugar especial, cheio de fogo,fumaça, sofrimento, tortura e angústia onde ele vai lhe mandar viver, queimando, sofrendo, sufocando, com a cara virada no pó, gritando e chorando para todo o sempre. Mas não se preocupe, isso é só um castigo, ele ainda ama você! Historicamente, os sete pecados capitais só foram enumerados e agrupados no século VI, pelo papa São Gregório Magno (540-604), tomando como referência as cartas do apótolo São Paulo. Esse pecados também são chamados de mortais, porque significariam a morte da alma em contraste com os pecados veniais, considerados menos ofensivos. Capital vem do latim caput (cabeça), significando que esses sete são como mães de todos os outros pecados.
Os pecados capitais são caracterizados como vícios de conduta praticados pelos homens. O termo pecado foi originado de uma classificação das condições humanas da antiguidade que precede ao surgimento do cristianismo, conhecidas atualmente como vícios, uma nomenclatura que foi usada, posteriormente, pelo catolicismo com o intuito de controlar, educar, e proteger os seguidores, de forma a compreender e controlar os instintos básicos do ser humano. O que antes era visto como problema de saúde pelos antigos gregos (por exemplo, a depressão) foi transformado em pecado (preguiça) pelos grandes pensadores do Cristianismo.
O pecado da preguiça é simplesmente o da indolência. Cientistas modernos sugerem que vítimas de depressão clínica podem ter sido julgados erroneamente como “preguiçosos” durante a Idade Média. Quem será que tem razão, a igreja ou a ciência? Oh, dúvida cruel! Mas, enfim, os pecados capitais mais praticados foram divididos e enumerados pelo Papa Gregório Magno, no século VI e definitivamente firmados no século XIII pelo teólogo São Tomás de Aquino.
Para São Tomás de Aquino, para cada pecado há uma virtude no outro lado da balança, funcionando como antídotos a esses vícios principais, sendo essas virtudes classificadas como: disciplina (para combater a preguiça), generosidade (avareza), castidade (luxúria), paciência (ira), temperança (gula), caridade (inveja) e humildade (soberba).
Assim, a Igreja Católica classificou e selecionou os pecados em dois tipos: os pecados que são perdoáveis sem a necessidade do sacramento da confissão, e os pecados capitais, merecedores de condenação.
Já o segmento evangélico, não crê em purgatório, nem classifica os pecados como “passíveis de análise”. Segundo seus preceitos, não existe pecado pequeno ou grande, pois “todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”. Ou seja, o pastor bota é quente no seu terreiro, ou peca de jeito ou não peca.
Se quiseres ser perdoado, a única diferença vai ser no tamanho do perdão, traduzindo para o “avarêz”: o que importa é a sua condição financeira, pois só ela comprará a sua salvação.
O que os religiosos diziam ser pecado, os gregos e romanos celebravam. A história dos 7 pecados capitais é cheia de reviravoltas surpreendentes, incluindo contradições Cristãs e comportamentais que evoluíram ao longo dos séculos, de acordo com a necessidade individual ou social da humanidade. Um cristão religioso dirá que os seres humanos já nascem culpados, por causa do pecado original de Adão e Eva, uma falta que é contudo redimida pelo batismo. Psicólogos, sociólogos e afins, dirão que o sentimento de pecado é algo adquirido, em geral na infância, e decorrente da educação e relação com os pais. Um biólogo evolucionista argumentará que a concepção de pecado ou culpa está relacionada ao gene, como necessidade de sobrevivência, por exemplo.
Os 7 pecados capitais foram tema de um documentário desenvolvido pelo History Channel, onde são apresentados, individualmente, a evolução e origem de cada pecado.
Abaixo, mostramos alguns trechos do documentário, seguidos das definições e algumas observações acerca da história dos 7 pecados capitais:
Inveja
Segundo Tomás de Aquino, Inveja é o desgosto ou pesar pelos bens do outro, a dificuldade de admirar o outro, o sentimento de injustiça .
O slogan que define a inveja é: Ele é mais do que eu, também quero” a inveja nos faz perder o contato com nossas reais possibilidades.
“Pela inveja do diabo”, costuma dizer-se, entraram no mundo o pecado e a morte, pois o diabo, ao ser condenado a sua condição de anjo maligno, por ser demasiadamente soberbo, tenta fazer com que o ser humano caia no mesmo pecado, e deixe de gozar de um bem que lhe foi arrebatado.
A tradição cristã classificou a inveja como um dos pecados capitais, o vício oposto à virtude da caridade. Tomás de Aquino, no entanto, pergunta por que o sentimento de tristeza tem que ser mau e pecaminoso. Acontece que a maldade não radica no sentir, ou na paixão, mas no que dela pode advir. Não é mau se entristecer, diz São Tomás de Aquino, porque os outros têm aquilo que me falta. A inveja é vício, em todo o caso, na medida em que compele o homem a agir – a agir mal – para remediar essa tristeza. O reprovável não é se sentir aflito pelo bem do outro. O sentimento é incontrolável; o pecado, ao contrário, está na ação que induz essa aflição, a qual é consentida, livre, e pode ser má.
Gula
A Gula é absorver o que não se necessita, ou o que é excedente. Pode se manifestar em todos os quatro planos (espiritual, emocional, racional e material). Claro que a igreja distorceu o sentido original. Segundo São Tomás de Aquino, das forças autodestrutivas existentes, uma das que homem pode se submeter é a gula.
Esse pecado capital poderia se entender como o mais primitivo de todos, uma vez que a oralidade, a primeira fase do desenvolvimento humano, na qual a boca é a fonte de prazer caminha com o homem durante toda sua vida.
Ira
Segundo o dicionário: substantivo feminino, do latim Ira. cólera; zanga; indignação; raiva; desejo de vingança.
Para a Igreja Católica: a ira não atenta apenas contra os outros, mas pode voltar-se contra aquele que deixa o ódio plantar sementes em seu coração, e neste caso normalmente é levado ao suicídio.
Preguiça
Isto provavelmente quase ninguém deve saber, mas o nome original da Preguiça é Acídia.
Acídia é a preguiça de busca espiritual.
Quando a pessoa fica acomodada e passa a deixar que os outros tomem todas as decisões morais e espirituais por elas.
É muito fácil de entender porque a Igreja Católica substituiu a Acídia pela Preguiça dentro dos sete pecados: Trabalhar pode, pensar não! Continuem ganhando dinheiro pra nós, e deixe que eu converso com Deus para que ele resolva tudo.
Luxúria
É definida como uma impulsividade desenfreada, um prazer pelo excesso, tendo também conotações sexuais. “deixar-se dominar pelas paixões”. Em português, luxúria foi completamente deturpado e levado apenas para o sentido físico e sexual da palavra, mas seu equivalente em inglês (Lust) ainda mantém o sentido original (pode-se usar expressões como “lust for money”, “lust for blood”, “lust for power”).
A melhor tradução para isso seria “obsessão”. A luxúria tem efeito na esfera espiritual quando a pessoa passa a ser guiada pelas suas paixões ao invés de sua racionalidade.
Eu morro no inferno, mas num deixo esse pecado de lado.
Orgulho
É o brio, a altivez, a soberba. A sensação de que “Eu sou melhor que os outros” por algum motivo. Isto leva a ter uma imagem de si inflada, aumentada, não correspondendo a realidade.
Em sua síntese, orgulho é um sentimento de satisfação pessoal pela capacidade ou realização de uma tarefa. Sua origem remonta do latim “superbia”, que também significa supérfluo. Algumas pessoas consideram que o orgulho para com os próprios feitos é um ato de justiça para consigo mesmo.
São Thomas de Aquino determinou sete características como inerentes ao orgulho:
Jactância – Ostentação, vanglória, elevar-se acima do que se realmente é.
Pertinácia – Uma palavra bonita para “cabeça-dura” e “teimosia”. É o defeito de achar que se está sempre certo.
Hipocrisia – o ato de pregar alguma coisa para “ficar bem entre os semelhantes” e, secretamente, fazer o oposto do que prega. Muito comum nas Igrejas.
Desobediência – por orgulho, a pessoa se recusa a trabalhar em equipe quando não tem suas vontades reafirmadas. Tem relação com a Preguiça.
Presunção – achar que sabe tudo. É um dos maiores defeitos encontrados nos céticos e adeptos do mundo materialista. A máxima “tudo sei que nada sei” é muito sábia neste sentido. Tem relação com a Gula.
Discórdia – criar a desunião, a briga. Ao impor nossa vontade sobre os outros, podemos criar a discórdia entre dois ou mais amigos. Tem relação com a Ira.
Contenda – é uma disputa mais exacerbada e mais profunda, uma evolução da discórdia onde dois lados passam não apenas a discordar, mas a brigar entre si. Tem relação com a Inveja.
Avareza
Caracteriza-se pelo excesso de apegos pelo que se possui. Normalmente se associa avareza apenas ao significado materialista, de juntar dinheiro, mas sua manifestação nos outros elementos (espiritual, emocional e mental) é mais sutil e perniciosa. A avareza é considerada a origem de todas as falsidades e enganações.
E é nela que todo caráter moral desses pecados cai em contradição, quando nós observamos que é nas próprias igrejas onde a avareza predomina.
“Todo pecado se fundamenta em algum desejo natural e o homem, ao seguir qualquer desejo natural, tende à semelhança divina, pois todo bem naturalmente desejado é uma certa semelhança com a bondade divina” -, e que o pecado é desviar-se da reta apropriação de um bem, Tomás lembra que, se a busca da própria excelência é um bem, a desordem, a distorção dessa busca é a soberba que, assim, se encontra em qualquer outro pecado: seja por recusar a superioridade de Deus que dá uma norma, norma esta recusada pelo pecado, seja pela projeção da soberba que se dá em qualquer outro pecado. Ao acumular indevidamente riquezas, por exemplo, é a afirmação da excelência do eu – pela posse – o que se busca. Assim, a soberba, mais do que um pecado capital, é rainha e raiz de todos os pecados. “A soberba geralmente é considerada como mãe de todos os vícios e, em dependência dela, se situam os sete vícios capitais, dentre os quais a vaidade é o que lhe é mais próximo: pois esta visa manifestar a excelência pretendida pela soberba e, portanto, todas as filhas da vaidade têm afinidade com a soberba”
Poderíamos dedicar uma postagem exclusiva para este pecado capital, visto a evolução histórica da sua concepção, nenhum pecado mudou tanto ao longo dos anos quanto o pecado da ganância.
Para Gregório, o homem avarento era um assassino. Se ele vivesse nos tempos atuais, será que ele consideraria a Igreja Universal como uma Casa de Detenção do Senhor? “Aquele que guarda para seu próprio uso o que iria sustentar o pobre, está matando todos aqueles que poderiam viver para a sua abundância.” (Papa Gregório).
Alguns pensadores da época, tinham seu próprio conceito acerca da Avareza. Aristóteles acreditava que para o indivíduo alcançar uma boa vida ele deveria encontrar o equilíbrio entre o excesso e a deficiência. Já Horácio, defendia que a ganância era o próprio castigo e não o pecado; o castigo era o de estar fadado eternamente pela desejo insaciável pelo poder. É dele a máxima: “Quanto mais você tem, mais você deseja”.
Mas dentre todos estas criaturas antigas, Jesus, com certeza foi o mais engraçado.
Jesus proclamou: – Afastem-se da ganância. O que ganhará o homem se ganhar o mundo e perder a alma?
Com a sua mania de consolar os pobres e oprimidos, Jesus costumava dizer à eles: – Vocês é que são os abençoados, e não os ricos.
Jesus era meio cara de pau, porque você chegar para uma pessoa que está morrendo com a fome e todas as outras pragas advindas da liseira e lhe dizer que ele era mais abençoado que aquele cidadão que estava no conforto do seu lar com o bucho cheio, é não ter noção do perigo, é ter muita coragem de não levar um “mói de peia” proveniente da Ira que devia causar nos pobres. Eu, hein! Mais tarde, esse mesmo Jesus foi vítima de sua própria falácia. no episódio em que Judas entregou Jesus em troca de 30 conto réi magro.
Depois desse fato, o apóstolo Paulo escreveu algo, que mais tarde se tornaria uma crítica secreta do Cristianismo ao Império Romano corrompido pela ganância: “A Raiz de todo o mal é a Avareza” Que foi traduzida para o latim: “Radix Omium Matorum Avarira”, sendo as inicias formadoras do nome ROMA! Existe também a história da batalha entre os Vícios x Virtudes, onde o estudioso Prudêncio, considerado gênio na época, por conseguir personificar os pecados, deu forma de mulher à Ganância. Persistindo o episódio no qual ela, que tinha uma aparência feia, se fantasiou em um corpo e rosto belos para poder ludibriar as pessoas que antes não conseguia; Dissimulada, a ganância justificou a sua avareza em nome dos filhos pobres que teria para sustentar.
Qualquer semelhança com aquela pessoa bem arrumada, simpática e falante, que fica no altar da sua igreja, não é mera coincidência.
Não podemos deixar de registar a importância, para a época, do escritor italiano Dante Alighieri, que foi quando realmente surgiu a noção de inferno, purgatório e paraíso, na obra Divina Comédia. Dante escreveu sobre os castigos criado para os pecadores, mandando-os para o inferno, que é onde ele encontra os padres pecadores vendedores de indulgências (perdão total ou parcial dos pecados terrenos, traduzindo para nossa época: dízimo).
A prática da indulgência indicava que agora a Ganância era uma prática aceitável pela igreja. No documentário aparece Dante punindo os padres, que são enterrados, no inferno, de cabeça para baixo com os pés pegando fogo, representando o inverso do ritual do batismo. Mas nem queimando esse povo teve jeito, mais tarde eles inventaram a Simonia (que é a venda de favores divinos, bençãos, cargos eclesiásticos, como por exemplo, a confissão).
Depois desses fatos, e com o advento do capitalismo, da Revolução Industrial e de tantos outros fatos mercantis, o pecado da Avareza nunca mais foi o mesmo, se é que algum dia ele, realmente, representou pecado. Hoje, a ganância é vista como um dom, nós costumamos exaltar os ricos e poderosos.
Mesmo assim, os fanáticos religiosos continuam pensando no pecado como coisa verdadeira, real. Mas, de maneira mesmo que simplória, as pessoas estão se tornando mais esclarecidas e aprendendo a separar fantasia de realidade.
Pecados são frutos de uma concepção religiosa. Não há pecados, o que existe é a indiferença em relação aos problemas dos outros, a arrogância, a incapacidade de doar-se. Atitudes que, contudo, resultam de problemas pessoais.
Fonte: reevolucao.net
Sete Pecados Capitais
QUAL A ORIGEM DOS 7 PECADOS CAPITAIS?
Embora o conceito dos pecados capitais tenha se originado ainda nos primórdios do Cristianismo, eles só foram compilados e enumerados bem mais tarde, no século 6.
Na época, tomando por base as epístolas de São Paulo, o papa Gregório Magno definiu como sendo sete os principais vícios de conduta: gula, luxúria, avareza, ira, soberba, preguiça e inveja. "Era comum fazer listas de pecados na Idade Média. Essas anotações cristãs facilitavam a memória e o ensino da catequese", afirma o padre Roberto Paz, da Arquidiocese de Porto Alegre.
O rol dos sete pecados, porém, só foi incorporado à doutrina da Igreja no século 13, com o teólogo São Tomás de Aquino, que explicou detalhadamente cada um deles, mostrando a razão de serem capitais. "O termo deriva do latim 'caput', que significa cabeça, líder ou chefe", diz o historiador Luiz Jean Lauand, tradutor no Brasil do livro sobre o ensino (de magistro) e os sete pecados capitais, do beato italiano. "Nessa acepção, seriam os comandantes dos outros vícios subordinados." Ou seja, todo e qualquer mal de conduta é derivado dos sete pecados mortais, como também são chamados, por representar a "morte" da alma. Quando uma pessoa mente, por exemplo, pode estar sendo movida pela inveja; o ato de cobiçar a mulher do próximo seria provocado pela luxúria; e assim por diante.
No entanto, entre as infrações capitais, uma delas é consideraada a raiz de todas as outras: a soberba. "No Gênesis, a serpente oferece o fruto da árvore proibida do conhecimento a Adão e Eva, e eles aceitam, querendo igualar-se a Deus.
Esse foi o pecado oriiginal: a soberba", afirma o padre Roberto Paz.
Nesse sentido, é como se, ao cometer qualquer infração, a pessoa anunciasse para si: "Deus está errado e eu estou certo".
Segundo os religiosos, ter consciência dos males da prática dos sete pecados e, claro, procura evitá-los é o caminho para garantir a "vida" da alma. "Toda pessoa que deixa de cometê-los se sente mais plena e feliz. Mesmo aqueles que não crêem em Deus evoluem. Quem acredita, por sua vez, experimenta mais de perto a misericórdia divina", diz o padre carioca José Roberto Develar, doutor em arte sacra pela Universidade Gregoriana de Roma.
Em termos psicológicos, desde sua formulação, o conceito dos pecados capitais é considerado um instrumento para o fiel conhecer a "estrutura do mal" e defender-se contra ele. "Historicamente, as religiões funcionaram como uma forma externa de controle e moderação dos apetites humanos. Com o tempo, o homem internalizou esse aspecto moderador, trocando a culpa - que era atribuída a um ente externo - pela responsabilidade individual por seus atos", afirma Marcos Fleury, membro da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica (SBPA). Isso, é claro, não exclui a proteção divina. Caso não consiga se eximir de cometer alguma das infrações, o fiel ainda pode contar com o indulto do Criador. "O perdão é alcançado por meio da confissão e do arrependimento sincero a Deus", diz o padre José Roberto.
1 - GULA
A busca incessante aos prazeres da comida e da bebida gera o embrutecimento do homem, de acordo com a teologia moral.
2 - AVAREZA
É o desejo exagerado pelos bens materiais, o que hoje se manifesta principalmente em relação ao dinheiro. Gera a injustiça e a fraude, entre outros males.
3 - INVEJA
Incorremos nesse vício quando desejamos os bens que outros possuem, o que causa tristeza, rancor e ressentimento.
4 - IRA
A ira é a força que permite atacar um mal adverso. "A força da ira é a autêntica força de defesa e de resistência da alma", dizia São Tomás de Aquino. O mal advém de seu uso descontrolado, o que gera ódio e assassinato.
5 - PREGUIÇA
A imagem de uma pessoa dormindo em plena igreja representa a recusa em aceitar-se o esforço necessário para a união com Deus. Tal atitude, fruto da falta de amor ao bem, resulta em danos diversos, como perda de tempo o desinteresse pela vida.
6 - LUXÚRIA
Trata-se da entrega mundana, descontrolada e irracional aos prazeres corporais. Representa uma oposição direta ao cultivo dos valores do espírito, que se fundamentamna crença de que o verdadeiro prazer se encontra na conquista da graça e do perdão divinos.
7 - SOBERBA
Considerada a fonte de todos os pecados. Segundo a Igreja, todo erro de conduta pressupõe uma afirmação do ego em oposição ao Criador, como se o homem, com tal postura, afirmasse para si e para o mundo que seria o receptáculo da verdade, e não Deus.
O CAMINHO DAS VIRTUDES
Em contraponto aos vícios capitais, a Igreja formulou o conceito das sete virtudes fundamentais, cada uma delas servindo de antídoto específico a algum dos pecados. Elas regulama conduta do fiel e conduzem o cristão a Deus. "A palavra virtude vem do latim virtu, que significa força. Em conjunto, elas fortificam a pessoa ao longo da vida, diz padre Roberto Paz.
1 - HUMILDADE (versus soberba)
Jesus Cristo pregou a humildade quando lavou os pés dos apóstolos, antes da última ceia.
2 - DISCIPLINA (preguiça)
Manter-se fiel aos princípios divinos mesmo em meio às atribulações da vida.
3 - CARIDADE (inveja)
A Igreja Católica coloca a caridade como sinônimo do amor ao próximo.
4 - CASTIDADE (luxúria)
Auto domínio, controle das paixões e da sensualidade exacerbada.
5 - PACIÊNCIA (ira)
Harmonia interior para não perder a calma diante das adversidades.
6 - GENEROSIDADE (avareza)
O valor de uma pessoa cultivar a capacidade de compartilhar com o próximo.
7 - TEMPERANÇA (GULA)
A postura equilibrada diante dos prazeres, controlando o apetite por comida e bebida
"A conduta é um espelho no qual todos exibem a sua imagem."
Johann Wolfgang von Goethe
Certo dia, um casal, ao chegar do trabalho, encontrou algumas pessoas dentro de sua casa.
Achando que eram ladrões, marido e mulher ficaram assustados, mas um homem forte e saudável, com corpo de halterofilista, disse:
Calma, pessoal! Nós somos velhos conhecidos e estamos em toda parte do mundo.
Mas quem são vocês? - pergunta a mulher.
Eu sou a Preguiça - responde o homem másculo. - Estamos aqui para que vocês escolham um de nós para sair definitivamente da vida de vocês.
Como pode você ser a preguiça se tem um corpo de atleta que vive malhando e praticando esportes? - indagou a mulher.
A preguiça é forte como um touro e pesa toneladas nos ombros dos preguiçosos. Com ela, ninguém pode chegar a ser um vencedor.
Uma mulher velha curvada, com a pele muito enrugada, que mais parecia uma bruxa, diz:
Eu, meus filhos, sou a Luxúria.
Não é possível! - diz o homem - Você não pode atrair ninguém com essa feiura.
Não há feiura para a luxúria, queridos. Sou velha porque existo ha muito tempo entre os homens. Sou capaz de destruir famílias inteiras, perverter crianças e trazer doenças para todos, até a morte. Sou astuta e posso me disfarçar na mais bela mulher.
E um mau-cheiroso homem, vestindo roupas maltrapilhas, que mais parecia um mendigo, diz:
Eu sou a Cobiça, por mim muitos ja mataram, por mim muitos abandonaram famílias e pátria. Sou tão antigo quanto a Luxúria, mas eu não dependo dela para existir.
E eu sou a Gula, diz uma lindíssima mulher com um corpo escultural e cintura finíssima. Seus contornos eram perfeitos, e tudo no corpo dela tinha harmonia de forma e movimentos.
Assustam-se os donos da casa, e a mulher diz:
Sempre imaginei que a gula fosse gorda.
Isso é o que vocês pensam! - responde ela. - Sou bela e atraente, porque se assim não fosse, seria muito facil livrarem-se de mim. Minha natureza é delicada, normalmente sou discreta, quem tem a mim não se apercebe, mostro-me sempre disposta a ajudar na busca da luxúria.
Sentado em uma cadeira, num canto da casa, um senhor, também velho, mas com o semblante bastante sereno, com voz doce e movimentos suaves, diz:
Eu sou a Ira. Alguns me conhecem como cólera. Tenho muitos milênios também. Não sou homem, nem mulher, assim como meus companheiros que estão aqui.
Ira? Parece mais o vovô que todos gostariam de ter! - diz a dona da casa.
E a grande maioria me tem! - responde o vovô. - Matam com crueldade, provocam brigas horríveis e destróem cidades quando me aproximo. Sou capaz de eliminar qualquer sentimento diferente de mim, posso estar em qualquer lugar e penetrar nas mais protegidas casas. Pareço calmo e sereno para mostrar-lhes que a Ira pode estar no aparentemente manso. Posso também ficar contido no íntimo das pessoas sem me manifestar, provocando úlceras, câncer e as mais temíveis doenças.
Eu sou a Inveja. Faço parte da história do homem desde a sua criação - diz uma jovem que ostentava uma coroa de ouro cravada de diamantes, usava braceletes de brilhantes e roupas de fino pano, assemelhando-se a uma princesa rica e poderosa.
Como inveja, se é rica e bonita e parece ter tudo o que deseja? - diz a mulher da casa.
Há os que são ricos, os que são poderosos, os que são famosos e os que não são nada disso, mas eu estou entre todos. A inveja surge pelo que não se tem e o que não se tem e a felicidade. Felicidade depende de amor, e isso é o que de mais carece a humanidade... Onde eu estou, está também a Tristeza.
Enquanto os invasores se explicavam, um garoto, que aparentava cerca de cinco a seis anos, brincava pela casa. Sorridente e de aparencia inocente, característica das crianças, sua face de delicados traços mostrava a plenitude da jovialidade, olhos vívidos...
E você, garoto, o que faz junto a esses que parecem ser a personificação do mal?
O garoto responde com um sorriso largo e olhar profundo:
Eu sou o Orgulho.
Orgulho? Mas você é apenas uma criança! Tão inocente como todas as outras.
O semblante do garoto tomou um ar de seriedade que assustou o casal, e ele então diz:
O orgulho é como uma criança mesmo, mostra-se inocente e inofensivo, mas não se enganem, sou tão destrutível quanto todos aqui, quer brincar comigo?
A Preguiça interrompe a conversa e diz:
Vocês devem escolher quem de nós sairá definitivamente de suas vidas. Queremos uma resposta.
O homem da casa responde:
- Por favor, dêem dez minutos para que possamos pensar.
O casal se dirige para seu quarto e lá fazem várias considerações. Dez minutos depois retornam.
- E então? - pergunta a Gula.
- Queremos que o Orgulho saia de nossas vidas.
O garoto olha com um olhar fulminante para o casal, pois queria continuar ali. Porém, respeitando a decisão dirige-se para a saída.
Os outros, em silêncio, iam acompanhando o garoto quando o homem da casa pergunta:
- Ei! Vocês vão embora também?
O Menino, agora com ar severo e com a voz forte de um orador experiente, diz:
Escolheram que o Orgulho saísse de suas vidas e fizeram a melhor escolha, porque onde não há orgulho, não ha Preguiça, pois os preguiçosos são aqueles que se orgulham de nada fazerem para viver, não percebendo que, na verdade, vegetam. Onde não há orgulho, não há luxúria, pois os luxuriosos têm orgulho de seus corpos e julgam-se merecedores. Onde não há orgulho, não há cobiça, pois os cobiçosos têm orgulho das migalhas que possuem, juntando tesouros na terra e invejando a felicidade alheia, não percebendo que, na verdade, são instrumentos do dinheiro. Onde não há orgulho, não há gula, pois os gulosos se orgulham de suas condições e jamais admitem que o são, arrumam desculpas para justificar a gula, não percebendo que, na verdade, são marionetes dos desejos.
Onde não há orgulho, não há ira, pois os irosos com facilidade destróem aqueles que, segundo o próprio julgamento, não são perfeitos, não percebendo que, na verdade, sua ira é resultado de suas próprias imperfeições. Onde não há orgulho, não há inveja, pois os invejosos sentem o orgulho ferido ao verem o sucesso alheio, seja ele qual for; precisam constantemente superar os demais nas conquistas, não percebendo que, na verdade, são ferramentas da insegurança.
Saíram todos sem olhar para trás e, ao baterem a porta, um fulminante raio de luz invadiu o recinto...
Fonte: intervox.nce.ufrj.br
Sete Pecados Capitais
Pecado, do grego hamartia, é um verbo que significa errar o alvo. Isso não significa meramente um erro intelectual de juízo, mas não conseguir atingir o objetivo existencial.
Os sete pecados capitais, teologicamente são advindos da perspectiva do cristianismo, ou seja, é a expressão da perda do destino ou do sentido existencial, comprometido com um processo evolutivo, na busca de realização da alma, que pode ser entendida como salvação e cura de todos os males.
Com isso, ao pensarmos nos sete pecados capitais: avareza, gula, inveja, ira, luxúria, orgulho e preguiça, chegaremos à conclusão de que todos esses sete pecados desviam os indivíduos das trocas e da verdadeira felicidade.
Os sete pecados capitais nos dão um tipo de classificação dos vícios que eram abominados na época dos primeiros ensinamentos do cristianismo e que atualmente, por conta do capitalismo avançado, estão cada vez mais presentes no cotidiano da humanidade. O intuito dos antigos cristãos era educar e proteger seus seguidores, no sentido de ajudar os crentes na compreensão e auto-controle das suas pulsões e instintos básicos.
É importante ressaltar que não existe registro oficial dos sete pecados capitais na bíblia, apesar de estarem presentes na tradição oral do cristianismo. Para mim, devemos entendê-los como doenças biopsicossociais com repercussões em todos os níveis e quadrantes da vida. Neste contexto é que surgem os estudos de psicossomática e dos comportamentos sociopáticos e psicopáticos.
Então, cada pecado representa uma tendência equivocada que um fiel poderia ter diante do medo, da angústia e das incertezas da vida. (Essa questão está bem aprofundada no meu livro: “Dinheiro, Saúde e Sagrado”). Assim como, os vícios, as dependências os abusos e as compulsões também abrangem os sete pecados, muito estudados no curso de especialização intitulado: “Dependências, Abusos e Compulsões” ministrado na FACIS.
Como vida é expressão de trocas e relações entre as demandas instintivas, psíquicas, sociais e espirituais, somos constantemente mobilizados por necessidades, desejos e demandas de todo tipo e forma. Por outro lado carregamos uma bagagem genética, racial, familiar, cultural e transcendental que também nos influencia provocando mais desconforto, angústia e incertezas quanto ao nosso destino e significado existencial. Com isso, heroicamente, os seres humanos precisam fazer suas jornadas caminhando entre necessidades, destinos, livre arbítrio e limitações pessoais e coletivas que, de acordo com a situação, podem desembocar em pecados ou virtudes. Pois ambos estão potencialmente presentes nas atitudes humanas. Além de serem tão relativos quanto os conceitos de bem, mal, certo e errado.
Todas as pessoas possuem, em seus dinamismos psíquicos, tendências de atuação em todos esses sete pecados. Principalmente na atualidade onde vivemos numa sociedade que está brutalizando as dimensões anímicas e espirituais dos seres humanos. Basta observarmos o comportamento da maioria das pessoas que vão ao Shopping para comprar o que não precisam, com o dinheiro que ainda não possuem, para impressionar quem não conhecem! Essa atitude, além de estar na contra mão das questões ambientais e de auto-sustentabilidade, tem conotações de inveja, luxúria, avareza e vaidade.
Só o autoconhecimento poderá fazer com que essas tendências sombrias fiquem menos autônomas e que as virtudes possam entrar em equilíbrio harmonioso com os pecados. Pois, no íntimo de cada ser humano tanto as virtudes quanto os pecados estão potencialmente presentes. Tudo é uma questão de consciência e autoconhecimento.
Atualmente, o capitalismo, e sua pior prática que é a do lobismo, estimulam a avareza, a gula, não só de alimentos, mas de conhecimento, informações, acúmulo, entre outras atitudes que possam dar a ilusão do poder. Além disso, o desperdício, a luxúria do luxo e vaidade estão muito presentes também. Basta refletirmos que estamos vivendo em uma sociedade onde 30% da população mundial é subnutrida e outros 30% é obesa! Qual a lógica disso? A questão da vergonha e da culpa é muito pessoal e dependerá da formação ética e espiritual de cada indivíduo, do momento de vida em que ele se encontra. Então, não podemos criar uma classificação entre os sete pecados. Creio que eles se interpenetram e a prática de um acaba, direta ou indiretamente, desembocando na prática dos outros. Dependendo das condições de vida, dos medos, da angústia e das dificuldades do dia a dia, a prática de um pode ficar mais facilitada do que a prática de outros pecados.
Por meio do autoconhecimento, de contínuas reflexões sobre o sentido, o significado da vida, e a compreensão dos desejos, pulsões e atitudes que estão nos motivando é que poderemos harmonizar os pecados com as virtudes.
Por isso, o melhor modo de não sermos dominados pelos pecados é não perdermos o alvo, a meta existencial que deveria ser o sacro-ofício de servir ao invés de apenas servir-se da natureza e da vida. E como todos os seres humanos possuem tanto os pecados quanto as virtudes, devemos ter tolerância com quem está sendo possuído por eles e criar condições para despertar as virtudes, em nós e nos outros. À medida em as pessoas se tornam menos egoístas e mais amorosas, naturalmente as virtudes vão surgindo no lugar dos pecados.
É isso o que Jung propõe com integração da sombra.
É por essa mesma razão que Jesus, na passagem com a prostituta diz: “quem nunca errou que atire a primeira pedra”, e nem Ele atirou!

Pecados x Virtudes

Orgulho, Arrogância X Respeito, Modéstia, Humildade
Inveja x Caridade, Honestidade
Ira x Paciência, Serenidade
Preguiça, Melancolia x Diligência
Avareza, Ganância x Compaixão, Generosidade, Desprendimento
Gula x Temperança, Moderação
Luxúria x Simplicidade, Amor
WALDEMAR MAGALDI FILHO
Fonte: an.locaweb.com.br

OS "SETE PECADOS CAPITAIS" À LUZ DA BÍBLIA

Sete Pecados Capitais
Os sete pecados capitais são uma classificação de vícios usada nos primeiros ensinamentos do catolicismo para educar e proteger os seguidores crentes, de forma a compreender e controlar os instintos básicos.
NÃO HÁ REGISTRO DOS SETE PECADOS CAPITAIS NA BÍBLIA SAGRADA
Assim, a Igreja Católica classificou e selecionou os pecados em dois tipos: os pecados que são perdoáveis sem a necessidade do sacramento da confissão, e os pecados capitais, merecedores de condenação.
A partir de inícios do século XIV a popularidade dos sete pecados capitais entre artistas da época resultou numa popularização e mistura com a cultura humana no mundo inteiro.
ORIGENS SAGRADAS DE COISAS PROFUNDAS
De acordo com o livro "Sacred Origins of Profound Things" ("Origens Sagradas de Coisas Profundas"), de Charles Panati, o teólogo e monge grego Evágrio do Ponto (345 – 399) terá escrito uma lista de sete crimes e "paixões" humanas, em ordem crescente de importância (ou gravidade): Gula, Luxúria, Avareza, Ira, Soberba, Vaidade, Preguiça.
EVAGRIUS
Para Evagrius, os pecados tornavam-se piores à medida em que tornassem a pessoa mais egocêntrica, com o orgulho sendo o supra-sumo dessa fixação do ser humano em relação a si mesmo.
No final do século VI, o Papa Gregório reduziu a lista a sete itens, juntando "vaidade" ao "orgulho" e trocando "acedia" por "melancolia" e adicionando "inveja".
Para fazer sua própria hierarquia, o pontífice colocou em ordem decrescente os pecados que mais ofendiam ao amor: - Orgulho; Inveja; Ira; Melancolia; Avareza; Gula; Luxúria.
SÃO TOMÁS DE AQUINO
Mais tarde, outros teólogos, entre eles, Tomás de Aquino analisaram novamente a gravidade dos pecados e fizeram mais uma lista.
No século XVII, a igreja substituiu "melancolia" – considerado um pecado demasiado vago – por "preguiça".
Assim, atualmente aceita-se a seguinte lista dos sete pecados capitais:
VAIDADE
INVEJA
IRA
PREGUIÇA
AVAREZA
GULA
LUXÚRIA.
Os pecados são diretamente opostos às Sete Virtudes, que pregam o exato oposto dos Sete Pecados capitais inclusive servindo como salvação aos pecadores.
SERÁ QUE A BÍBLIA CONFIRMA OS PECADOS CAPITAIS? VERIFIQUEMOS:

VAIDADE

“A vaidade consiste em uma estima exagerada de si mesmo, uma afirmação esnobe da própria identidade. Para a Igreja Católica é um dos sete pecados capitais, sendo o mesmo pecado associado à orgulho excessivo e arrogância. A vaidade é mais utilizada hoje para estética, visual e aparência da própria pessoa. A imagem de uma pessoa vaidosa estará geralmente em frente a um espelho...”
Sete Pecados Capitais
"Não sejas sábio aos teus próprios olhos: teme ao SENHOR e aparta-te do mal; será isto saúde para o teu corpo, e refrigério para os teus ossos” (Provérbios 3:7-8);
“O temor do SENHOR consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho, e a boca perversa, eu os aborreço" (Provérbios 8:13);
“Da soberba só resulta a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria” (Provérbios 13:10);
“Abominável é ao SENHOR todo arrogante de coração; é evidente que não ficará impune” (Provérbios 16:5);
“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda” (Provérbios 16:18);
“Olhar altivo e coração orgulhoso, lâmpada dos perversos, são pecado” (Provérbios 21:4);
“O galardão da humildade e o temor do SENHOR são riquezas e honra e vida” (Provérbios 22:4);
“Comer muito mel, não é bom; assim procurar a própria honra não é honra” (Provérbios 25:27);
“Seja outro o que te louve, e não a tua boca, o estrangeiro, e não os teus lábios” (Provérbios 27:2);
“Como o crisol prova a prata, e o forno o ouro, assim o homem é provado pelos louvores que recebe” (Provérbios 27:21);
“A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra” (Provérbios 29:23);
"Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas)” (1ª Timóteo 2:9-10).

INVEJA

“Inveja é o desejo por atributos, posses, status, habilidades de outra pessoa gerando um sentimento tão grande de egocentrismo que renegue as virtudes alheias, somente acentuando os defeitos. Não é necessariamente associada à um objeto: sua característica mais típica é a comparação desfavorável do status de uma pessoa em relação à outra. A inveja é um dos sete pecados capitais na tradição Católica... A inveja na forma de ciúme é proibida nos Dez mandamentos da Bíblia...”
Sete Pecados Capitais
“O ânimo sereno é a vida do corpo, mas a inveja é a podridão dos ossos” (Provérbios 14:30); “Não tenha o teu coração inveja dos pecadores; antes no temor do SENHOR perseverarás todo dia” (Provérbios 23:17); “Cruel é o furor e impetuosa a ira, mas quem pode resistir à inveja?” (Provérbios 27:4; Vejam ainda Provérbios 3:31; Mateus 27:18; Gálatas 5:26; Filipenses 1:15; 1ª Timóteo 3:4; Tito 3:3).

IRA

“Ira é um intenso sentimento de raiva, ódio, rancor, um conjunto de fortes emoções e vontade de agressão geralmente derivada de causas acumuladas ou traumas. Pode ser visto como uma cólera e um sentimento de vingança, ou seja, uma vontade freqüentemente tida como incontrolável dirigida a uma ou mais pessoas por qualquer tipo de ofensa ou insulto. Ira é considerada um dos sete pecados capitais e a palavra em si é proveniente do latim iram...a ira pode refletir-se tanto contra os outros quanto contra si próprio, dependendo de como se desenha o ocorrido. Quando surge a ira, somos tomados pelas emoções de tal forma que perdemos a racionalidade, deixando-nos fora de nosso juízo normal, podendo nos levar a cometer erros da qual nos arrependeremos posteriormente...”
Sete Pecados Capitais
"...todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus” (Tiago 1:19b-20); “...o bater do leite produz manteiga, e o torcer do nariz produz sangue, e o açular a ira produz contendas” (Provérbios 30:33; Vejam ainda Efésios 4:26-27; Salmos 4:4-5).

PREGUIÇA

“Preguiça é a inatividade de uma pessoa, aversão a qualquer tipo de trabalho ou esforço físico. Também é um tipo de procrastinação...A Igreja Católica apresenta a preguiça como um dos Sete Pecados Capitais, caracterizado pela pessoa que vive em estado de falta de capricho, de esmero, de empenho, em negligência, desleixo, morosidade, lentidão e moleza, de causa orgânica ou psíquica, que a leva à inatividade acentuada. Aversão ao trabalho, freqüentemente associada ao ócio, vadiagem”
Sete Pecados Capitais
"Preguiçoso, aprenda uma lição com as formigas! Elas não têm líder, nem chefe, nem governador, mas guardam comida no verão, preparando-se para o inverno. Preguiçoso, até quando você vai ficar deitado? Quando vai se levantar? Então o preguiçoso diz: 'Eu vou dormir somente um pouquinho, vou cruzar os braços e descansar mais um pouco'. Mas, enquanto dorme, a pobreza o atacará como um ladrão armado” (Provérbios 6:6-11); “Por mais que o preguiçoso deseje alguma coisa, ele não conseguirá, mas a pessoa esforçada consegue o que deseja” (Provérbios 13:4); “Quem é preguiçoso e dorminhoco acaba passando fome” (Provérbios 19:15); “Existe gente que tem preguiça até de pôr a comida na própria boca” (Provérbios 19:24); “O lavrador preguiçoso, que não ara as suas terras no tempo certo, não terá nada para colher" (Provérbios 20:4); “O preguiçoso morre desejando muitas coisas porque se nega a trabalhar; ele passa o dia inteiro pensando no que gostaria de ter"(Provérbios 21:25-26b) - [NTLH: Nova Tradução na Língua de Hoje]

AVAREZA

“Avareza é o apego sórdido, uma vontade exagerada de possuir qualquer coisa. Mais caracteristicamente é um desejo descontrolado, uma cobiça à bens materiais e ao dinheiro, ganância. Mas existe também avareza por informação ou por indivíduos, por exemplo...Na concepção cristã a avareza é considerada um pecado pois o avarento prefere os bens materiais do que o convívio com Deus. Neste sentido, o pecado da avareza conduz à idolatria [Efésios 5:5; Colossenses 3:5] que significa tratar algo, que não é Deus, como se fosse deus. A avareza é o mais tolo dos pecados, pois nasce de uma possibilidade, de um poder, que nunca se realiza. O acúmulo de dinheiro pelo avaro tem o poder de adquirir tudo que puder dentro de seus limites, mas esse poder não pode ser exercido (compra), porque nesse caso o poder se esvai junto com o dinheiro gasto”
Sete Pecados Capitais
“Então lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei? Pois não tenho onde recolher os meus frutos. E disse: Farei isto: Destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então direi à minha alma: Tens em depósito muitos bens para muitos anos: descansa, come e bebe, e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus” (Lucas 12:15-21); “Melhor é o pouco havendo o temor do Senhor, do que grande tesouro, onde há inquietação” (Provérbios 15:16); “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei nunca jamais te abandonarei” (Hebreus 13:5); “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé, e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas cousas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão” (1ª Timóteo 6:9-11; Vejam ainda Provérbios 27:20; 28:16; Efésios 5:5; Colossenses 3:5).

GULA

“Gula é, em seu sentido mais usual, o desejo incontrolável por comida. Porém, este termo dá margem a outras interpretações, como a gula por comprar, gula por usar, etc..A gula é controlada pela virtude da Temperança”
Sete Pecados Capitais
“Não estejas entre os bebedores de vinho, nem entre os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência vestirá de trapos o homem” (Provérbios 23:20-21; Vejam ainda Provérbios 23:2; Gálatas 5:19-21).

LUXÚRIA

“A luxúria, segundo a Doutrina Católica, é um dos sete pecados capitais e consiste no apego aos prazeres carnais, corrupção de costumes; sexualidade extrema, lascívia e sensualidade”
Sete Pecados Capitais
“Receio que, indo outra vez, o meu Deus me humilhe no meio de vós, e eu venha a chorar por muitos que outrora pecaram e não se arrependeram da impureza, prostituição e lascívia que cometeram” (2ª Coríntios 12:21); “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno, e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência]” (Colossenses 3:1-7; Vejam ainda Gálatas 5:19-21; 1º João 2:16).
Fonte: aprendei.blogspot.com

Pecado capital (cristianismo)

Sete Pecados Capitais
Os conceitos incorporados no que se conhece hoje como os sete pecados capitais se trata de uma classificação de condições humanas conhecidas atualmente como vícios que é muito antiga e que precede ao surgimento do cristianismo mas que foi usada mais tarde pelo catolicismo com o intuito de controlar, educar, e proteger os seguidores, de forma a compreender e controlar os instintos básicos do ser humano. O que foi visto como problema de saúde pelos antigos gregos, por exemplo, a depressão (melancolia, ou tristeza), foi transformado em pecado pelos grandes pensadores da Igreja Católica.
Assim, a Igreja Católica classificou e selecionou os pecados em dois tipos: os pecados que são perdoáveis sem a necessidade do sacramento da confissão, e os pecados capitais, merecedores de condenação.
A partir de inícios do século XIV a popularidade dos sete pecados capitais entre artistas da época resultou numa popularização e mistura com a cultura humana no mundo inteiro. Outros teólogos, entre eles, Tomás de Aquino analisaram novamente a gravidade dos pecados e fizeram mais uma lista. No século XVII, a igreja substituiu "melancolia" – considerado um pecado demasiado vago – por "preguiça".
Assim, atualmente aceita-se a seguinte lista dos sete pecados capitais:
Vaidade
Inveja
Ira
Preguiça
Avareza
Gula
Luxúria
Os pecados são diretamente opostos às Sete Virtudes, que pregam o exato oposto dos Sete Pecados capitais inclusive servindo como salvação aos pecadores.
OBS: Esses pecados capitais não constam na bilbia sagrada.

Vaidade (chamada também de orgulho ou soberba)

É o desejo de atrair a admiração das outras pessoas. Uma pessoa vaidosa cria uma imagem pessoal para transmitir aos outros, com o objetivo de ser admirada.
Mostra com extravagância seus pontos positivos e esconde seus pontos negativos. A vaidade é mais utilizada também hoje para estética, visual e aparência da própria pessoa. A imagem de uma pessoa vaidosa estará geralmente em frente a um espelho, a exemplo de Narciso. Uma pessoa vaidosa pode ser gananciosa, por querer obter algo valioso, mas é só para causar inveja aos outros. O que pelas lentes de alguns é asseio, glamour, fantasia, amor ao belo ou elevação da auto-estima, pelas lentes de outros pode ser (ou parecer) vaidade. Nos Ensaios de Montaigne há um capítulo sobre vaidade. Um escritor brasileiro, Flávio Gikovate, tem se dedicado a analisar a influência da vaidade na vida das pessoas e seus impactos na sociedade. A vaidade é considerada o mais grave dos pecados capitais. É a expectativa de que as pessoas venham preencher as nossas necessidades. É também querer parecer alguma coisa, para ter uma resposta positiva dos outros.

Inveja

É um sentimento de aversão ao que o outro tem e a própria pessoa não tem. Este sentimento gera o desejo de ter exatamente o que a outra pessoa tem (pode ser tanto coisas materias como qualidades inerentes ao ser)e de tirar essa mesma coisa da pessoa, fazendo com que ela fique sem. É um sentimento gerado pelo egocentrismo e pela soberba de querer ser maior e melhor que todos, não podendo suportar que outrem seja melhor.
A origem latina da palavra inveja é "invidere" que significa "não ver". Com o tempo essa definição foi perdendo o sentido e começado a ser usado ao lado da palavra cobiça, que culminou, então, no sentido que temos hoje. Os indivíduos disputam poder, riquezas e status, aqueles que possuem tais atributos sofrem do sentimento da inveja alheia dos que não possuem, que almejariam ter tais atributos.
Isso em psicologia é denominado formação reativa: que é um mecanismo de defesa dos mais "fracos" contra os mais "fortes". A inveja é originária desde tempos antigos, escritos em textos, que foi acentuado no capitalismo e no darwinismo social, na auto-preservação e auto-afirmação, a inveja seria, popularmente falando, a arma dos "incompetentes". Numa outra perspectiva, a inveja também pode ser definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual.

Ira

É um intenso sentimento de raiva, ódio, rancor, um conjunto de fortes emoções e vontade de agressão geralmente derivada de causas acumuladas ou traumas.
Pode ser visto como uma cólera e um sentimento de vingança, ou seja, uma vontade frequentemente tida como incontrolável dirigida a uma ou mais pessoas por qualquer tipo de ofensa ou insulto. Ira é um sentimento mental e emotivo de conflito com o mundo externo ou consigo mesmo, que controlamos pouco e manejamos pior ainda, deixando-nos fora de nossas ações. Essa explicação quer dizer que a ira é uma emoção que surge em nossa mente devido a um acontecimento especial ocorrido, seja no meio em que a pessoa está ou com ela mesma, diante de alguma situação qualquer. Ou seja, a ira pode refletir-se tanto contra os outros quanto contra si próprio, dependendo de como se desenha o ocorrido. Quando surge a ira, somos tomados pelas emoções de tal forma que perdemos a racionalidade, deixando-nos fora de nosso juízo normal, podendo nos levar a cometer erros da qual nos arrependeremos posteriormente. Por ter componentes irracionais, a ira não deve ser confundida com o ódio, que pode atingir seus objetivos destrutivos somente pela racionalidade. A ira é uma explosão forte de um sentimento ruim, proveniente de uma contrariedade, de uma desilusão, de um acontecimento inesperado e ruim, de uma inconformidade ou de uma culpa. Essa explosão, quando ocorre, faz o indivíduo perder a noção de seus atos, fazendo-o agir irracionalmente. Quando muito forte, a ira pode converter-se em ódio, o que faz a pessoa querer, pelo uso da razão, se vingar e compensar o que sente de ruim, sentindo prazer ao obter êxito. A ira é um sentimento rápido e breve, enquanto o ódio pode durar até uma vida inteira. Apesar disso, num ataque de ira, pode-se cometer erros até mais graves que as vinganças movidas pelo ódio, tamanho seu poder de estimular os ímpetos maléficos de uma pessoa. A linguagem popular pode apoderar-se do fato de que a raiva é algo diferente de nós, não inerente ao ser humano normal, fazendo-nos perder a capacidade de controle e uso da razão, com o objetivo de criar expressões e ditos muitas vezes jocosos. Quando uma pessoa está irada, é comum que se diga que ela virou um bicho, está com o diabo no corpo, possuída ou muitas outras expressões que mudam conforme a região e o país em que se vive.

Preguiça

Pode ser interpretada como aversão ao trabalho, bem como negligência, morosidade e lentidão. O preguiçoso, conforme o senso comum, é aquele indivíduo avesso a atividades que mobilizem esforço físico ou mental. De modo que lhe é conveniente direcionar a sua vida a fins que não envolvam maiores esforços. A preguiça é algo que pode ser combatido e pode ter motivações psicológicas e fisiológicas.

Avareza

É o apego excessivo e descontrolado pelos bens materiais e pelo dinheiro, priorizando-os e deixando Deus em segundo plano. É considerado o pecado mais tolo por se firmar em possibilidades. Na concepção cristã, a avareza é considerada um dos sete pecados capitais, pois o avarento prefere os bens materiais ao convívio com Deus. Neste sentido, o pecado da avareza conduz à idolatria, que significa tratar algo, que não é Deus, como se fosse deus. Avareza, no cristianismo, é sinônimo de ganância, ou seja, é a vontade exagerada de possuir qualquer coisa. Mais caracteristicamente é um desejo descontrolado, uma cobiça de bens materiais e dinheiro, ganância. Mas existe também avareza por informação ou por indíviduos, por exemplo. Para o avaro, os bens materiais deixam de ser um meio para aquisição de bens e serviços e para a satisfação das necessidades, mas um fim em si. A avareza opõe-se à virtude da generosidade. Ainda de acordo com a definição usual, valores imateriais como a inteligência, cultura, arte, beleza e amor não existem para o avarento, pois tais elementos são abstratos e não podem ser convertidos em dinheiro. O avarento renega aos próprios desejos e necessidades para ter apenas uma possibilidade de gozar do fato de poder possuir um pouco mais de dinheiro em suas economias.
"Há homens nascidos para possuir e que sabem vivificar tudo o que possuem. Outros não o sabem; a sua riqueza falta graça; parece um compromisso firmado com seu caráter. Dir-se-ia que roubam os próprios dividendos. Deveriam possuir aqueles que sabem administrar, não os que acumulam e dissimulam, não aqueles que quanto mais possuem, mais mendicantes se mostram, porém aqueles cuja atividade dá trabalho a maior número, abre caminho para todos". (Ralph Waldo Emerson, A conduta para vida, p. 71).
"A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais; ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda." Provérbios 11, 24.
Gula é o desejo insaciável, além do necessário, em geral por comida, bebida ou intoxicantes. Para algumas denominações cristãs, é considerado um dos sete pecados capitais.
Segundo tal visão, esse pecado também está relacionado ao egoísmo humano: querer ter sempre mais e mais, não se contentando com o que já tem, uma forma de cobiça. Ela seria controlada pelo uso da virtude da temperança. Entretanto, a gula não é considerada um pecado universalmente; dependendo da cultura, ela pode ser vista como um sinal de status.

Luxúria (do latim luxuriae)

É o desejo passional e egoísta por todo o prazer sensual e material.
Também pode ser entendido em seu sentido original: “deixar-se dominar pelas paixões”.
Segundo a Doutrina Católica, é um dos sete pecados capitais e consiste no apego aos prazeres carnais, corrupção de costumes; sexualidade extrema, lascívia e sensualidade.
A luxúria é um pecado capital, ou seja, um pecado mais forte que segundo a doutrina católica, serve de "porta" para levar a outros pecados.
No caso da luxúria há diversas ramificações como, por exemplo, prostituição, sodomia, pornografia, incesto, pedofilia, zoofilia ou bestialismo, fetichismo, sadismo (busca de prazer infligindo dor ao parceiro) e masoquismo (busca de prazer recebendo do parceiro punições que envolvem dor), desvios sexuais e tantos outros pecados relacionados com a carne.
A luxúria, segundo a mesma doutrina, pode acarretar em consequências como, por exemplo, o estímulo ao aborto (no caso de gravidez indesejada), transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, abuso sexual (no caso de pessoas com desvios sexuais que buscam na submissão do outro o seu prazer ou em pessoas que sofreram na infância tais abusos).
Portanto a luxúria seria uma porta de acesso a outros pecados (desvios morais).
Fonte: www.julianofabricio.com
Sete Pecados Capitais
Os sete pecados capitais denominam-se dessa forma por originarem outros pecados. E ao contrário daquilo que certas denominações que se dizem cristãs afirmam, os pacados capitais possuem base bíblica e fazem parte do ensino moral cristão. São regras de libertação e não de aprisionamento do ser humano. Afinal, qual homem pode-se dizer livre quando na verdade é prisioneiro de suas próprias inclinações? E foi justamente para sermos homens e mulheres livres que Jesus foi sacrificado. Portanto, os pecados capitais são mais que hodiernos.
Origem No século IV, são Gregório Magno e são João Cassiano definiram-nos como sete
Orgulho, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e preguiça. Até hoje na Igreja existe um consenso doutrinal sobre essa classificação.
No cotidiano, o católico pode lembrar desses pecados no exame de consciência que faz ao preparar-se para o sacramento da confissão. Eles servem de fonte de identificação para o defeito dominante que determina os outros, chamado de pecado hegemônico.
Os pecados capitais vão além do nível individual. Iniciando no coração da pessoa, eles concentram-se em determinados ambientes, instalando-se em determinadas instituições. A corrupção nas esferas do poder público pode ser identificada com a avareza, que aniquila o interesse generoso e correto para o desenvolvimento e os cidadãos da nação, em prol de benefícios financeiros próprios. Na realidade urbana, o aumento da violência relaciona-se à ira e à gula, esta representada pelo uso de drogas.
São Pedro alerta aos primeiros cristãos
“Vigiai e sede sóbrios”, fortalecendo o espírito a fim de evitar que os pecados capitais tomem conta da vida das pessoas. “Estudar e entender os pecados capitais é um grande proveito para o progresso espiritual e santidade do católico”, afirma Pe. Roberto Paz, assessor de comunicação da Arquidiocese de Porto Alegre. Segundo ele isso acontece quando a pessoa volta-se para práticas penitencias que levam às virtudes dos cristãos.
“Sem humildade ninguém incorpora nenhuma virtude”, afirma o sacerdote.
Ele lembra santa Teresa D’Ávila que considerava a humildade como o chão das virtudes. “Qualquer virtude sem humildade cai, pois fica no ar sem ter em que se prender, assim ela não cresce, tão pouco se desenvolve.” Na vida dos santos encontram-se inúmeras atitudes de humildade. São Francisco de Assis, por exemplo, possuía um desprendimento tão grande que chamava a pobreza de irmã. Caso encontrasse pelo caminho alguém com uma veste em piores condições que a roupa que usava, não hesitava um segundo em trocá-la com seu próximo mais carente.
O que são e quais são os pecados capitais?
Os pecados capitais são pecados "cabeças", princípios, pontos de partida de outros pecados.
São sete
Soberba, avareza, luxúria, ira, gula, inveja e preguiça. Os demais pecados por nós cometidos são sempre uma variação de um dos pecados capitais, ou ainda, uma combinação dos pecados capitais.
Que passagens bíblicas esclarecem a cada um dos pecados capitais?
1. Soberba
Relativo ao nosso orgulho, onde nos achamos melhor que todo mundo, não respeitando o próximo e passando por cima de tudo e de todos. Você se torna o seu próprio Deus pois a glória de tudo o que você faz sempre vai para você mesmo. O seu umbigo passa a ser o centro do universo. (Eclo 10,15; Romanos 3,27; Gálatas 6,4; Mateus 18,3)
2. Avareza
Relativo ao apego e ao amor ao dinheiro. O dinheiro passa a ser tudo para você e você acredita que com o dinheiro pode fazer tudo e comprar tudo, inclusive as pessoas. As pessoas passam a valer menos que seu dinheiro. Seu deus se torna o dinheiro. (Mt 6,24; 1Timóteo 6,10; Marcos 10,21-22; João 12,5-6)
3. Luxúria
Relativo ao apego aos prazeres sexuais. Sua vida passa a girar em torno do sexo. Se você vê um homem/mulher já pensa em sexo.
Como exemplo da luxúria podemos citar
O adultério (traição) e a fornicação (sexo no namoro ou sexo fora do casamento), cobiçar a mulher/homem do próximo, a masturbação, o homossexualismo e lesbianismo, a zoofilia (sexo com animais). (2Pedro 2,13; Levítico 18, 20.22; Êxodo 20,17; Mateus 5,27; 1Coríntios 6,15; Gênesis 38,9-10)
4. Ira
Quando brigamos a qualquer momento e com qualquer pessoa mesmo sem ter motivo. Quando guardamos mágoa ou rancor por alguém e não perdoamos as 70x7 que Jesus nos manda. (Mt 5,22; 21,12; 23,27)
5. Gula
Quando comemos até não agüentar mais, chegando até mesmo a passar mal. Quando já saciamos nossa fome mas comemos o bife do outro deixando-o sem comida. (Filipenses 3,19; Isaías 5,11)
6. Inveja
Quando queremos ter algo igual só porque nosso próximo tem, trata-se do famoso olho gordo. Relativo a cobiça e a todo tipo de inveja, inveja da mulher, inveja das amizades, inveja do emprego, inveja dos bens materiais, etc. (Sabedoria 2,24; Gênesis 4,1-16; Mateus 10,42-43; 20,1-16; Gênesis 37,4; 1Samuel 18,6-16)
7. Preguiça
Quando temos todo tempo do mundo a nossa disposição e mesmo assim deixamos de fazer as boas coisas em função de Deus e do próximo. (Eclesiástico 33,28-29; Provérbios 24,30-31; Ezequiel 16,49; Mt 20,6)
Bruno Valadão
Carlos Ramalhete
Fonte: www.universocatolico.com.br
Sete Pecados Capitais
OS SETE PECADOS CAPITAIS DO EDUCADOR
Sete Pecados Capitais
1 – CORRIGIR PUBLICAMENTE.
2 – EXPRESSAR AUTORIDADE COM AGRESSIVIDADE.
3 – SER EXCESSIVAMENTE CRÍTICO.
4 – PUNIR QUANDO ESTIVER IRADO E COLOCAR LIMITES SEM DAR EXPLICAÇÃO.
5 – SER IMPACIENTE E DESISTIR DE EDUCAR.
6 – NÃO CUMPRIR COM A PALAVRA.
7 – DESTRUIR A ESPERANÇA E OS SONHOS.
AUGUSTO CURY
Fonte: www.cvdee.org.br
Pecados Capitais - Página 6  Voltar
Sete Pecados Capitais
Sete Pecados Capitais
O conceito do pecado é usado na tradição judaico-cristã para descrever a transgressão do homem diante da Lei de Deus, à desobediência deliberada diante de um mandamento divino.
O conceito do pecado nas grandes religiões monoteístas, judaísmo, cristianismo e islamismo, embora sempre visto como a inclinação humana em errar contra a perfeição divina, tem interpretações diferentes. O judaísmo descreve o pecado como uma violação da Lei, não sendo visto propriamente como uma falta moral; para os hebreus o pecado é um ato, não um estado da alma do homem, não passando de geração em geração, já que o homem é dotado de vontade livre. Para os cristãos católicos, o pecado é a herança que o primeiro homem, Adão, deixou para todas as gerações. É o pecado original, que diante da rebelião de Eva e Adão contra Deus, causou todos os males do mundo. O pecado original, visto que Adão era perfeito, só poderia ser expiado por outro homem perfeito, no caso Jesus Cristo, que não concebido da estirpe imperfeita de Adão e Eva, redime a humanidade diante do seu sangue derramado.
Na doutrina católica, três pecados são assinalados
O pecado original, vindo da rebelião de Adão e Eva no Éden, e transmitida para todas as gerações da humanidade; o pecado mortal, desobediência do homem após adquirir o perdão do pecado original através do batismo, que o leva à morte da alma; e, o pecado venial, cometido pelo homem quando em estado de ignorância das leis, digno do perdão divino. Através desses conceitos, a igreja católica classificou o que hoje é conhecido como os sete pecados capitais.
Os sete pecados capitais precedem ao próprio cristianismo, sendo vícios que se conhecia na antiga cultura grega, adaptados quando se deu a helenização dos preceitos cristãos.
Os sete pecados capitais não são encontrados enumerados nas escrituras sagradas judaico-cristãs. A Bíblia refere-se a todos eles e muitos outros de forma dispersa. Eles só vieram a ser classificados e agrupados pela igreja medieval, a partir do século VI, pelo papa Gregório Magno (540-604), que tomou como referências as cartas apostólicas de Paulo de Tarso. Gregório Magno considerou os sete pecados como mortais, que ao contrastar com os veniais, significavam a morte da alma.
Capital, do latim caput (cabeça), significa que os sete pecados são os mais altos de todos os outros, sendo eles
A soberba, a ira, a inveja, a avareza, a gula, a preguiça e a luxúria.
Para combater cada pecado capital, foram classificadas sete virtudes
A humildade (soberba), a paciência (ira), a caridade (inveja), a generosidade (avareza), a temperança (gula), a disciplina (preguiça) e a castidade (luxúria). Mais do que um conceito geral da oposição do homem à Lei divina, os sete pecados capitais é uma visão moral dos princípios do cristianismo católico e da igreja que ele representa.
As Listas dos Sete Pecados Capitais
Sete Pecados Capitais
A classificação dos sete pecados capitais tem como raiz velhas tradições dos vícios apontados pela filosofia grega, mescladas às cartas apostólicas cristãs. Com a conversão de Roma ao cristianismo, esta religião perde grande parte da sua essência judaica, sofrendo uma helenização que lhe acrescentaria princípios filosóficos vistos como pagãos. Se para os gregos havia a ausência do pecado, as virtudes eram perseguidas como um ideal. Aristóteles mencionava as virtudes como princípio fundamental da busca da felicidade humana. No ascetismo do cristão medieval, o politeísmo grego é substituído pela Lei de Deus, transgredi-la era pecar contra o amor com o qual o Criador nos concebera. Assim, os pecados capitais são extremos opostos às virtudes, que, ao contrário do que pensavam os gregos, não servem para a felicidade do homem medieval, mas para salvar-lhe a alma.
Na origem mais remota da lista dos sete pecados capitais, está a classificação do grego Evágrio Pôntico (346-399), um monge cristão e asceta, que fez parte da comunidade monástica do Baixo Egito, vivendo as suas experiências ao lado dos homens do deserto. O monge traçou as principais doenças espirituais que afligiam ao homem, chamando-as de os oito males do corpo.
Os oito crimes ou paixões humanas constavam na lista de Evrágio Pôntico em ordem crescente, conforme o que ele pensava ter mais gravidade, sendo eles: A gula, a avareza, a luxúria, a ira, a melancolia, a acídia (preguiça espiritual), a vaidade e o orgulho.
Na lista, a melancolia, vista pelos gregos como uma enfermidade da saúde, é transformada em pecado. Evágrio Pôntico parte do conceito de que, à medida que o homem fechava-se no egoísmo de si mesmo, os pecados tornavam-se mais intensos e degradantes da alma, atingindo um apogeu com o orgulho ou soberba.
A doutrina de Evágrio Pôntico foi conhecida pelo monge Joannes Cassianus, que a divulgou no oriente, espalhando-a pelos reinos cristãos.
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No século VI, o papa Gregório Magno ouviu falar na lista do monge grego, adaptando-a para o ocidente. Gregório Magno reduziu a lista de oito para sete itens. Juntou a vaidade ao orgulho, preteriu a acídia à melancolia, e, adicionou a inveja.
À lista o papa chamou de os sete pecados capitais, sendo eles:
O orgulho, a inveja, a ira, a melancolia, a avareza, a gula e a luxúria.
Gregório Magno usou a sua própria hierarquia na concepção da lista, classificando-a por ordem decrescente, demarcando os pecados que mais ofendiam ao amor.
Os sete pecados capitais foram difundidos pelo mundo cristão medieval, tornaram-se símbolos da agressão do homem contra Deus, e responsáveis pela perda da alma. Várias listas foram elaboradas por teólogos sobre eles. O dominicano Tomás de Aquino fez um grande estudo sobre os sete pecados, dando-lhes princípios filosóficos inspirados na ética grega.
Na sua lista, ele enumera como os sete pecados capitais
A vaidade (soberba), a avareza, a inveja, a ira, a luxúria, a gula e a acídia (preguiça).
No contexto final, a igreja católica classificou os pecados humanos em dois tipos, os pecados que podem ser perdoados através de penitencias, sacramentos e confissões; e, os pecados capitais, dignos da perdição e condenação da alma. Popularizados pelo ascetismo do homem medieval, os sete pecados capitais foram exaustivamente difundidos nas artes e nas lendas da época. No século XVII, a igreja subtraiu oficialmente da lista do papa Gregório Magno a melancolia, por considerá-la vaga como pecado, trocando-a pela preguiça.
Por fim, chegou aos nossos dias a seguinte lista de classificação dos sete pecados capitais: A soberba (ou vaidade), a inveja, a ira, a preguiça, a avareza, a gula e a luxúria.
Evolução dos Sete Pecados Capitais no Mundo Contemporâneo
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Para cada pecado foi criada uma ligação com o oposto, originando as sete virtudes, que servem de salvação à alma dos pecadores.
São elas
A humildade, que combate à soberba; a caridade, que quando usada neutraliza a inveja; a paciência, virtude que apazigua a ira; a disciplina, que combate qualquer ociosidade da preguiça da alma e do corpo; a generosidade, poderosa virtude oponente à avareza; a temperança, que evita os excessos da gula; e, a castidade, que protege o corpo, invólucro da alma, da luxúria.
Outras associações foram feitas ao sete pecados capitais. Já na Renascença, Peter Binsfeld comparou-os, em 1589, com um respectivo demônio.
Na Binsfeld’s Classification of Demons, seguindo os significados míticos mais usados, a ligação dos sete pecados e os respectivos demônios estão assim enumerados
Lilith é responsável pela tentação do pecado da soberba (vaidade ou orgulho); Leviatã conduz o homem à inveja; Azazel acende a ira na mente humana; Belphegor está ligado à preguiça; Mammon personifica a avareza; Belzebu está relacionado com a gula; e, Asmodeus, o demônio do sexo e da luxúria.
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Mesmo sendo classificados e enumerados pela visão moral e religiosa do homem medieval, os sete pecados capitais continuam presentes na cultura ocidental. Embora o homem contemporâneo tenha amenizado o conceito moral de cada pecado como forma de punição e culpa, a igreja católica continua a usá-los como parâmetros de expiação e prevenção. Em pleno século XXI, o Vaticano não só os ratificou, como atualizou a lista, adaptando-a à realidade de um mundo unido pela globalização.
Novos pecados capitais foram acrescentados pelo papa Bento XVI, sendo eles: A manipulação genética; o uso de drogas; a desigualdade social e, a poluição ambiental, entre outros.
A nova lista de pecados capitais apresentada pelo Vaticano deixa clara que o cristão necessitará de pedir perdão, através da confissão, se cometer tais atos. O homem que acometer contra a natureza, o planeta e à vida, continua a ofender a Deus, cometendo os pecados capitais contemporâneos.
Primeiro Pecado – A Soberba
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A soberba, ou vaidade, ou orgulho, é considerada a mãe de todos os pecados. Foi através dela que Eva levou Adão à desobediência, na expectativa de que, ao experimentar do fruto da árvore dos conhecimentos, tornar-se-iam superiores e independentes do próprio Criador. A soberba cega o homem, que através dela, enxerga a grandeza através da distorção da ambição.
Ao procurar a perfeição na extremidade da obsessão, o homem perde-se das suas limitações. De forma passional somos levados a procurar a glória, perdendo a essência de Deus no ápice do poder terreno.
Através da soberba, o homem transforma a sua autonomia de escolha e livre arbítrio em vício, enganando-se sobre si próprio, abraçando o orgulho, a insensatez e a vaidade pessoal, desprezando aos que estão à sua volta e à sua cabeça, como o próprio amor a Deus e à Lei.
A soberba leva o homem a augurar a glória através da falsidade; passando a cultivar a cobiça e a hipocrisia do poder; submetendo-se à imprudência do próprio espelho onde mirou a vaidade e a visão distorcida da sua verdade.
A soberba distancia o homem da humildade, a virtude que se opõe a ela. Distanciando-se da virtude, o homem comete o pecado. Oposta à humildade, a soberba impede o homem de conhecer a ele próprio.
Segundo Pecado – A Inveja
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Se a soberba faz o homem voltar à vã glória de si mesmo, a inveja leva-o a atingir outrem, tornando-o mesquinho e repleto de atos que o levam à vilania. Um dos sentimentos mais comuns às pessoas, a inveja reduz a grandeza do ser humano, tornando-o infeliz diante da felicidade alheia.
O homem é atingido pela inveja quando se apega à tristeza ante a glória de outrem, sendo movido por uma força súbita e destrutiva que o faz odiar, ou mesmo atentar contra essa glória ou felicidade alheia.
A inveja leva à maledicência, à intriga e ao falso testemunho. É um pecado que pode passar despercebido pelos que estão à volta de quem o comete, pois é acionado muitas vezes de forma sutil. Ter inveja é uma das maiores características da essência humana. Alimentá-la é muitas vezes, acometer gravemente contra os princípios morais e aos desígnios da fraternidade universal.
A inveja não vem somente em forma de ambicionar o que o outro tem, mas de comparar o Eu e o Outro, numa tentativa muitas vezes inconsciente de subtrair as diferenças, nivelando a sensação de não se suportar alguém que se nos ponha à frente. A inveja distancia-se da caridade, a virtude responsável pela magnificência do homem diante do outro.
Terceiro Pecado – A Ira
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A ira leva o homem à insanidade dos atos, fazendo-o travar o sentimento de vingança contra aquele que o ofendeu. Fere não só os princípios do amor divino, como um conceito fundamental do cristianismo, o de oferecer a outra face. A ira leva à vingança, à cólera exacerbada e sem limites, que faz com que se ofenda verbalmente o outro, ou mesmo que se agrida e lese corporalmente aquele que a atiçou.
A ira é completa perda da razão, afetando indelevelmente à construção moral humana. É um estado fugaz na desconstrução da dignidade, não fazendo parte constantemente da personalidade humana. Ela pode vir rápida como um relâmpago, transformando-se mortalmente em um raio. Evitá-la requer um conhecimento do homem por ele mesmo. Não se pode confundi-la com o ódio, que se manifesta muitas vezes de forma racional. A ira é um estado ilógico, em que se perde a razão por completo. É uma explosão irracional da alma, movendo-a para o pecado da existência. É o domínio total da emoção sobre a razão.
A ira opõe-se à virtude da paciência, fazendo com que se perca todos os seus elementos. Pode vir em forma de palavras ultrajantes contra o outro, ou de agressão física, muitas vezes de forma perigosa. É uma explosão destrutiva dos sentimentos ruins, muitas vezes arraigados no inconsciente humano. A paciência é uma virtude que combate a ira, para tê-la, é necessário um grande conhecimento do mundo à volta e de si próprio.
Quarto Pecado – A Preguiça
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Dotado da inteligência e da autonomia de criar, caminhar, realizar tarefas e prover o próprio sustento, visto que se perdeu a prosperidade do jardim do Éden; o homem tem por obrigação empenhar toda a sua capacidade, fazendo-o com louvor por herdar do Criador a capacidade das suas ações.
Ao quedar-se diante do empenho da própria sobrevivência e labuta, volvendo-se na procura sem limites do repouso e do prazer em nada fazer, o homem omite-se e passa a negligenciar o seu bem espiritual. Então ele comete o pecado secular da preguiça, fazendo da vida um tédio e uma tristeza não somente ao exterior em que se sobrevive, mas ao interior do espírito.
A preguiça leva à indolência do homem, que não se vê capaz de realizar os atos para os quais Deus o criou, deixando-se levar pela inércia e pelo pecado de desprezar a própria vida, fazendo-a morna e sem o seu devido valor divino e sagrado. A preguiça impede o homem de buscar novos conhecimentos, tantos universais como espirituais, limitando as idéias e o iluminismo à sua volta.
O pecado da preguiça faz com que o homem não perceba o momento, mergulhando em um eterno depois às coisas, sem a preocupação de vivenciar a vida que se lhe foi presenteada pela grandiosidade de Deus. A preguiça opõe-se à virtude da disciplina, responsável pela organização e aprendizado humano, tornando-o objetivo diante do que se lhe põe à frente.
Quinto Pecado – A Avareza
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O apego e amor exacerbado pelo dinheiro e pelos bens materiais constituem a principal característica da avareza. A vontade insaciável do possuir liga-se profundamente com a cobiça.
O homem avarento inclina-se em juntar para si todos os tipos de bens materiais, guardando-os e preservando-os como se tivessem vida. O coração avaro endurece, fechando-se às necessidades dos outros que giram ao seu redor. O desejo de possuir bens materiais faz parte da essência humana, tomá-lo como objetivo principal aflora o pecado capital da avareza.
O avarento tenta através da busca e preservação dos bens, suprir uma carência afetiva e dificuldade em receber e dar o afeto, fazendo do possuir uma sensação efêmera de vitória e realização. À medida que a avareza toma conta da alma, a insatisfação pessoal ultrapassa ao bem estar material, deixando o avarento inquieto e solitário, preso em uma busca constante de querer para si todos os bens palpáveis e materiais, sobressaindo-se aos afetivos e espirituais. A avareza tira do homem a satisfação em dividir, presentear e conviver em grupos sociais. Só o seu mundo inconstante em busca de bens passa a fazer sentido, o medo de perdê-lo faz com que se isole cada vez mais.
O pecado da avareza opõe-se à virtude da generosidade. O homem deixa de ser generoso com o próximo, apegando-se ao dinheiro e à necessidade de gastá-lo em algo que possa reter. É através da generosidade que o homem atinge a sua essência universal, a avareza corrói esta virtude, aflorando a parte mesquinha do gênero humano, fazendo dele uma ilha isolada.
Sexto Pecado – A Gula
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Os princípios básicos da sobrevivência de qualquer ser vivo na natureza, seja o homem ou os animais, estão na capacidade de comer e de fazer sexo. A comida garante que se mantenha vivo, o sexo que se perpetue como prole. Comida e sexo garantem a perpetuação da vida, através de um prazer que causa o bem estar de todo ser vivo.
Comer e beber faz parte da alegria humana, da garantia da sua sobrevivência. São prazeres que normalmente o homem transgride, fazendo da necessidade o desejo, resumindo-o à satisfação do desejo de um pecado venial, não ao prazer de sobreviver.
Ordenar o prazer natural que rege as nossas vidas nem sempre é possível, gerando o pecado da gula, que constitui numa procura intensa do prazer no beber e no comer. A razão esvai-se, sucumbindo ante da vontade. O apetite em excesso transforma-se na fome de viver, não no prazer dele se retirar a sobrevivência. A gula trava luta constante entre o prazer da carne e o crescimento espiritual, afastando o homem de Deus, que se torna no furor do seu apetite, negligente com a alimentação espiritual.
A gula é o pecado capital que contrasta com a virtude da temperança. Seus excessos levam à degradação do próprio corpo humano, que uma vez sendo alimentado com mais do que necessita, perde o seu equilíbrio natural e saudável. A saúde esvai-se se não mantida com a temperança.
Sétimo Pecado – A Luxúria
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Se o sexo é o prazer que o homem tem no seu instinto básico para que se perpetue a sua prole, ele em excesso traz o vício, a desonra e o desequilíbrio da harmonia. A luxúria é a procura obsessiva e desordenada dos prazeres da carne, levando-nos ao vazio absoluto dos sentimentos.
A visão do sexo como luxúria torna este pecado capital o mais controverso no século XXI. A evolução moral da civilização judaico-cristã trouxe a chamada liberação sexual, em que o sexo passou a ser visto como fonte de prazer físico e psicológico e não apenas como função reprodutiva. Muito do que era visto como luxúria pela igreja medieval, foi diluída na liberação dos costumes sexuais da sociedade ocidental.
Mesmo diante da revolução sexual que aflorou na segunda metade do século XX, a visão do pecado da luxúria, o sexo em excesso, continua a ser a mesma que se apresentava quando o papa Gregório Magno criou a lista dos sete pecados capitais.
O dominicano Tomás de Aquino, classificava a luxúria em duas vertentes
A primeira, quando praticada contraria o bom senso e a razão, originando a fornicação excessiva, a agressão contra os princípios da castidade, o adultério entre os casais, e o incesto entre os membros da família; a segunda vertente de Tomás de Aquino é a luxúria que contraria a ordem natural do ato venéreo, como a sexualidade praticada entre pessoas do mesmo sexo. Se Tomás de Aquino utilizou a ética aristotélica em sua teologia dos sete pecados, com a luxúria ele deixa a filosofia grega, apegando-se aos preceitos judaico-cristãos, que condenam o homossexualismo, transformando o ato no mais grave dentro da luxúria, sendo visto como mais abominável do que o adultério e o incesto.
O pecado da luxúria opõe-se à virtude da castidade, muito apreciada pelo homem através dos séculos, mas que perdeu a importância da sua essência quando das mudanças culturais que a cristandade católica sofreu nas últimas décadas. A castidade embora minimizada, continua a ser uma virtude admirada, mas deixou de fazer parte essencial da sexualidade do homem contemporâneo.
Fonte: virtualiaomanifesto.blogspot.com

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

HISTORIA DO LÁPIS

Entre todos os instrumentos de escrita, o lápis é sem dúvida o mais universal, versátil e econômico, produzido aos milhões todos os anos, mesmo na era da Internet.
É com o lápis que as crianças de todo o mundo aprendem a escrever. É indispensável para todos os tipos de anotações, traçados e rascunhos - sobretudo para tudo o que possa ser escrito ou desenhado à mão.
O lápis é um produto de longa durabilidade, que exige poucos cuidados, não é afetado por variações climáticas e escreve até debaixo d'água ou no espaço. Que outro instrumento de escrita pode se gabar de ser tão versátil?

70 d.C.

Plínio, o Velho, menciona pequenos discos de chumbo, observando que não eram usados para escrever ou desenhar, mas apenas direcionar o traçado das linhas.

1565

Na Grã-Bretanha é localizado o primeiro registro do uso do grafite nas minas dos lápis, totalmente desprovidos de refinamento, feitos como um sanduíche de dois pedaços de madeira com o grafite no meio.

1644

Primeiro registro do uso do lápis na Alemanha, por um oficial da artilharia.

1659

A profissão de fabricante de lápis é citada em documento oficial pela primeira vez, num contrato de casamento na cidade de Nuremberg.

1761

Em Stein, cidade próxima a Nuremberg, na Alemanha, Kaspar Faber inicia seu negócio de lápis.

Fabricação do lápis

Fabricação de minas


Fábrica Unidade Cedrinho
São Carlos - SP

Minas coloridas

A fabricação das minas coloridas é feita exclusivamente pela Faber-Castell, com matérias-primas como pigmentos, aglutinantes, cargas inertes e ceras. Esses ingredientes são misturados até formar uma massa macia, que será prensada em máquinas extrusoras, de onde sairão em formato de espaguete
As minas são cortadas no tamanho certo dos lápis, passam por um processo de secagem, para só depois serem coladas às tabuinhas. Todas as matérias-primas utilizadas na fabricação do lápis de cor Faber-Castell são rigorosamente testadas em laboratórios próprios e em institutos independentes, garantindo a ausência de elementos tóxicos e atestando a qualidade Faber-Castell.

Minas de grafite

A fabricação das minas de grafite segue um processo semelhante ao das minas coloridas, mas com matérias-primas diferentes. Para a mina de grafite, usa-se uma mistura de argila tratada (semelhante à usada na fabricação de cerâmicas) com grafite moído, obtendo-se uma massa que é prensada da mesma forma que a mina colorida.
O processo de corte e secagem é o mesmo. Após a secagem, no entanto, as minas são submetidas a um processo de queima em forno de alta temperatura, passando posteriormente por uma etapa de tratamento com gordura.
As minas de grafite são fabricadas em 14 graduações:
Para a escrita em geral, são usadas as graduações semelhantes à B ou HB, mais conhecidas como nº 2.

Ciclo do lápis

As sementes são plantadas em um viveiro onde são adubadas, regadas e tratadas. Depois de 10 a 15 dias, germinam e continuam sendo cuidadas.
Quatro meses depois, com mais ou menos 25 cm de altura, as mudas são plantadas nos parques florestais da Faber-Castell em Minas Gerais
Durante o crescimento, as árvores retiram da atmosfera o gás carbônico, um dos principais causadores da poluição atmosférica e do aquecimento global, e devolvem oxigênio.
Após 3 anos, com 4 metros de altura, para facilitar seu crescimento e evitar a formação de "nós", os galhos mais baixos são podados e deixados no solo, fertilizando a terra.
Faz-se então a colheita parcial, para não deixar o solo exposto, proteger a fauna e aumentar a produtividade do plantio. A colheita final ocorre aos 18 anos, quando outras mudas são plantadas em seus lugares. As folhas, ramos e raízes são deixadas no solo, tornando-o fértil para a próxima geração de árvores.
Começa então o processo de industrialização da madeira: as toras com mais de 14 cm de diâmetro são levadas da plantação Faber-Castell para a fábrica.
As toras mais finas são utilizadas para produzir energia na fábrica, em forma de vapor.
Na indústria, prepara-se a madeira para se tornar lápis.
A madeira é cortada em tabuinhas e recebe um tratamento especial de secagem e tingimento, ficando ainda mais macia, facilitando o apontamento dos lápis.
Depois do tratamento, as tabuinhas prontas ficam armazenadas e descansam durante 60 dias.

Agora, o lápis começa a tomar forma. Uma máquina abre canaletas nas tabuinhas, onde são coladas as minas de grafite ou de cor.
Depois, cola-se outra tabuinha com canaletas por cima, formando um "sanduíche" que é prensado, garantindo a qualidade do lápis. As minas e a madeira tornam-se uma única peça, garantindo que mina não quebre por inteiro quando cair no chão.
O "sanduíche" é processado no formato dos lápis. Eles são pintados, envernizados, apontados e carimbados com a marca Faber-Castell.
Depois de embalados, os lápis estão prontos para serem comercializados.
Os resíduos de utilização do lápis de madeira também são biodegradáveis, sendo rapidamente absorvidos pela natureza. O tempo máximo de reintegração ao ecossistema é de apenas um ano.

Uma breve viagem através da história do lápis

Os primeiros lápis, como são conhecidos hoje, vieram das montanhas de Cumberland (Inglaterra), onde foi encontrada a primeira mina de grafite. Em função da cor semelhante, acreditou-se ter encontrado chumbo. Somente no final do século XVIII o químico Karl Wilhelm Scheele comprovou cientificamente, que o grafite era um elemento próprio (carbono) e não um derivado do chumbo.
O grafite da mina inglesa de Cumberland foi de tal forma explorado, que os ingleses passaram a proibir sua exploração sob ameaça de pena de morte. A qualidade do grafite inglês e os lápis com ele produzidos foram desvalorizando-se cada vez mais.
E somente por possuir o monopólio do mercado é que a Inglaterra conseguiu vender seus lápis de má qualidade por um preço ainda alto. Para fazer com que o grafite durasse mais, eles adicionavam a ele cola, borracha, cimento etc.
O lápis surge na Alemanha pela primeira vez em 1644 na agenda de um Oficial de Artilharia. Em 1761 na aldeia de Stein, perto de Nuremberg, Kaspar Faber inicia sua própria fábrica de produção de lápis na Alemanha.
Decisivo para o desenvolvimento da indústria de lápis na Alemanha foi a ação revolucionária para aquela época de Lothar von Faber - bisneto de Kaspar Faber, e que se tornaria conselheiro real no século XIX. Através de Lothar von Faber a região de Nuremberg desenvolve-se como o centro da produção de lápis na Alemanha.
A partir de 1839 ocorre um aperfeiçoamento do chamado processo de fabricação do grafite, com a adição de argila; uma invenção quase paralela do francês Conté e do austríaco Hartmuth no final do século XVIII. A partir de então argila e grafite moídos são misturados até formarem uma pequena vara e depois queimados.
Através da mistura de argila com grafite tornou-se então possível fabricar lápis com diferentes graus de dureza. Lothar von Faber aumenta a capacidade de produção de sua fábrica. Após a construção de um moinho de água, a serragem e entalhamento da madeira passam a ser mecanizados e uma máquina a vapor torna a fabricação ainda mais racional. Desta forma está aberto o caminho para a indústria de grande porte.
Em 1856 Lothar von Faber adquire uma mina de grafite na Sibéria, não muito distante de Irkutsk, que produzia o melhor grafite da época. O "ouro negro", como o grafite era chamado, era transportado por terra nas costas de renas ao longo de caminhos inóspitos e acidentados. Somente ao chegar a cidade portuária, o material podia ser enviado de navio para locais mais distantes.
Lothar von Faber realizou ainda mais uma proeza, bastante incomum para aquele tempo: ele guarneceu seus lápis de qualidade com seu nome. Assim nascia na Alemanha os primeiros artigos de escrever com marca registrada. Lothar von Faber é considerado o criador dos lápis hexagonais e, além disso, foi ele que estabeleceu as normas relativas ao comprimento, à grossura e ao grau de dureza destes artigos, as quais foram incorporadas por quase todos os outros fabricantes do mundo.
Deste modo, os "lápis Faber", eram já na metade do século XIX sinônimo de qualidade por excelência. Ao mesmo tempo, já havia um igual cuidado em relação à alta qualidade das etiquetas, da apresentação dos catálogos e das embalagens.
Lothar von Faber foi também o primeiro entre os empresários do ramo a viajar com um mostruário de seu sortimento pela Alemanha e no exterior. Ele pedia nestas ocasiões preços adequados para seus lápis, que eram então obtidos apenas pelos produtos de "procedência inglesa". Na metade do século passado os seus lápis se tornaram um dos artigos mais cobiçados na Alemanha e no exterior.
Outras fábricas de lápis em Nuremberg seguiram o exemplo da Faber. Ao longo do século XIX foram fundadas empresas como a Staedler, a Schwan e a Lyra entre outras e, assim, Nuremberg passou a contar no final do século XIX com cerca de 25 fábricas de lápis, as quais produziam anualmente até 250 milhões de lápis no valor de 8,5 bilhões de marcos alemães. Somente a Faber, como o maior empresário do ramo, empregava 1000 funcionários. Assim a liderança mundial na fabricação de lápis passou a ser inteiramente da Alemanha e concentrou-se em Nuremberg e seus arredores.
É interessante observar a precoce e imediata internacionalidade neste ramo de negócios: a partir de 1849 Lothar von Faber fundou filiais em Nova York, Londres, Paris, Viena e São Petersburgo. Seu sucesso na comercialização destes produtos se estenderam até o Oriente Médio e mais tarde à China.
Para se proteger das constantes tentativas de roubo de nome, ele entregou ao Parlamento alemão em 1874 uma petição para o registro de produtos de marca. Em 1875 esta lei foi sancionada, fazendo de Faber um pioneiro na uniformização da lei de registro de marcas na Alemanha.
Dos tempos pioneiros até os dias de hoje, tanto a qualidade quanto a forma de produção dos lápis de grafite e dos lápis de cor, foram sendo cada vez mais aprimoradas.
Embora a forma e a aparência externa dos lápis tenham sido mantidas iguais até os nossos dias, não é possível comparar os lápis fabricados antigamente com a pureza e seriedade com que os artigos atuais são produzidos.
No entanto, com uma produção de mais de 1,8 bilhões de lápis de madeira por ano, a Faber-Castell continua sendo em nossos dias o mais importante fabricante destes produtos no mundo.
Fonte: www.faber-castell.com.br

HORÁRIO DE VERÃO

HORÁRIO BRASILEIRO DE VERÃO
1. O QUE É O HORÁRIO DE VERÃO?
1.1. O Horário de Verão consiste no adiantamento artificial dos ponteiros do relógio em uma hora, de forma a criar uma defasagem em relação ao horário legal. Tal procedimento permite um melhor aproveitamento da luz natural, ao se tirar partido do fato que, na primavera e no verão e em grande parte do território nacional, os dias são mais longos que as noites, o alvorecer acontece mais cedo e o entardecer mais tarde.
2. O QUE REPRESENTA O ADIANTAMENTO DOS PONTEIROS DO RELÓGIO EM UMA HORA?
2.1. - Iniciar as atividades diurnas mais cedo.
2.2. - Atrasar o início do consumo de luz artificial pela maioria da população ao entardecer.
2.3. - Racionalizar o uso da energia elétrica pela melhor utilização do sistema elétrico.
2.4. - Alterar os hábitos da população já que o pôr do Sol passa a ocorrer mais tarde.
2.5. - Alterar o horário em relação aos demais países e estados da união não integrantes.
2.6. - Aumentar as horas de lazer da população, uma vez que escurece mais tarde.
3. QUAIS SÃO OS ANTECEDENTES HISTÓRICOS DO HORÁRIO DE VERÃO?
3.1. O Horário de Verão foi instituído pela primeira vez no Brasil em 1931. Apesar de inicialmente ter-se inserido na cultura brasileira a idéia de que o setor elétrico é o único beneficiado com a medida, de alguns anos para cá tem-se reconhecido benefícios para a população como um todo, seja pela obtenção de maiores espaços diários para o lazer, seja nas atividades ligadas diretamente ao comércio e à indústria, com destaque para o turismo, nas questões ecológicas e na preservação do meio ambiente, quando se tiram vantagens pelo maior aproveitamento da luz solar.
4. EM QUE ANOS HOUVE HORÁRIO DE VERÃO NO BRASIL?
4.1 - 1931/1932/1933;
4.2 - 1949/1950/1951/1952/1953;
4.3 - 1963/1964/1965/1966/1967/1968;
4.4 – A partir de 1985/1986 tem ocorrido todos os anos.
5. POR QUE O HORÁRIO DE VERÃO NÃO É IMPLANTADO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL?
5.1. O principal objetivo da implantação do Horário de Verão é o melhor aproveitamento da luz natural ao entardecer, que proporciona substancial redução na geração de energia elétrica que se destina à iluminação artificial. Observa-se que em algumas regiões do país é possível retardar em pelo menos uma hora a necessidade de luz artificial para a população em geral. Assim, a implantação do Horário de Verão obedece ao critério técnico de se reproduzir no verão condições aproximadas de claridade verificadas no alvorecer durante o inverno, fazendo com que o pôr do Sol ocorra mais tarde.
5.2. Desse modo, como para as regiões situadas próximas da Linha do Equador a duração dos dias e das noites não sofrem alterações significativas ao longo do ano, os ganhos são menores.
Por outro lado, as regiões mais ao sul do país, próximas do Trópico de Capricórnio, já apresentam duração da luminosidade solar muito maior no verão do que no inverno, reunindo condições excelentes para a implantação da medida.
6. POR QUE A ESCOLHA DESSE PERÍODO PARA A VIGÊNCIA DO HORÁRIO DE VERÃO ?
6.1. Sob o ponto de vista exclusivo do setor elétrico, a duração do Horário de Verão deveria ser a maior possível, abrangendo todo o mês de outubro e o mês de fevereiro. Sendo o Brasil um país tropical, há uma grande demanda de energia para refrigeração durante o verão, de sorte que a demanda máxima do sistema elétrico brasileiro fica muito elevada neste período, sendo que no mês de outubro, na maioria dos casos, ocorre a máxima anual.
6.2 Considera-se, entretanto, a hora da penumbra ao amanhecer como o principal fator para a escolha do período de duração do Horário de Verão, de tal forma que essa condição durante o período de vigência da medida não seja muito diferente daquela verificada na pior condição do ano, que é o inverno. Assim, este período fica limitado pelas condições de claridade ao amanhecer toleráveis pela população em geral, ou seja, no máximo entre o 1º domingo de outubro e o último domingo de fevereiro, datas essas que correspondem as condições do inverno com tolerância de cerca de 15 minutos.
7. POR QUE O INÍCIO E O TÉRMINO OCORREM AOS DOMINGOS ?
7.1 A escolha dos domingos para início e término do Horário de Verão é uma forma de proporcionar melhores facilidades de adaptação ao novo horário, bem como o próprio conhecimento de que a medida entrou em vigor.
8. QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS PARA O SETOR ELÉTRICO E PARA O PAÍS ?
8.1 A implantação do Horário de Verão tem como principal objetivo a redução da demanda máxima, durante a hora de ponta de carga do sistema elétrico interligado. Essa medida desloca o horário de ocorrência da ponta e tem como conseqüência maior segurança e confiabilidade do sistema nas horas mais críticas para o suprimento de energia. Este fato leva a um menor carregamento de energia nas Linhas de Transmissão, nas Subestações, nos Sistemas de Distribuição, bem como nas Unidades Geradoras de energia, reduzindo o risco de não atendimento às cargas no horário de ponta (apagões), em uma época do ano em que, em várias regiões do país, o sistema é normalmente submetido às mais severas condições operacionais, devido ser este um período de carga máxima.
8.2 A implantação da medida também proporciona:
Redução dos custos com geração térmica para atendimento às cargas, no horário de ponta do sistema.
Minimiza os riscos de restrição de carga no horário de ponta num eventual agravamento das condições dos reservatórios com conseqüente redução nas capacidades efetivas de geração por usinas; Preservação do meio ambiente, quando se evita a poluição que seria produzida pela queima de combustível fóssil, na geração de energia elétrica de origem térmica, para atendimento a ponta do sistema.
Melhoria da qualidade de vida da população, propiciada pelo maior aproveitamento da luz solar, obtendo maiores espaços diários para o lazer, mais tempo para se dedicar a outras atividades e maior segurança ao entardecer.
8.3 A redução da demanda máxima e seu deslocamento de cerca de uma hora e meia, traz importantes benefícios operacionais, como:
Redução dos carregamentos nos principais troncos de transmissão, reduzindo a possibilidade de corte de carga e melhoria no controle de tensão, aumentando a confiabilidade e a qualidade do fornecimento de energia elétrica.
Melhor alocação das folgas de geração.
Aumento da flexibilidade operacional.
Subsidiariamente, o consumo de energia elétrica é reduzido.
8.4 Para o País, trata-se de uma das ações que vai ao encontro da política preconizada pelo Programa de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica – PROCEL, que também está voltado ao uso racional do sistema elétrico. Em última instância, a implantação do Horário de Verão pode ser comparada a uma virtual entrada em operação de usinas elétricas movidas a energia solar, orientadas principalmente para a iluminação ao entardecer e localizadas junto aos maiores centros consumidores do nosso país.
9. EM QUAIS PAÍSES É ADOTADO O HORÁRIO DE VERÃO ?
9.1 A racionalização do uso de energia elétrica é uma questão mundial e o Horário de Verão é uma medida que potencializa essa racionalização, proporcionando também uma significativa economia de energia, pelo melhor aproveitamento da luz solar, além de preservar o meio ambiente e outros benefícios associados, já descritos.
Dentro dessa visão é que vários países adotam a medida, buscando aproveitar esses benefícios da melhor maneira. Nos Estados Unidos esse período é denominado “Daylight Saving Time”.
Destacam-se abaixo alguns desses países e os seus respectivos períodos do Horário de Verão:
Países Membros da União Européia Adotam a medida no período anual que vai do último domingo de MARÇO ao último domingo de OUTUBRO.
Estados Unidos, Canadá e México Adotam a medida anualmente, no período de ABRIL a OUTUBRO.
Rússia, Turquia e Cuba Adotam a medida anualmente, no período que pode variar de MARÇO a OUTUBRO.
Austrália, Nova Zelândia e Chile Adotam a medida anualmente, no período de OUTUBRO a MARÇO.
10 . COMO A POPULAÇÃO TEM REAGIDO AO HORÁRIO DE VERÃO ?
10.1 Já foram realizadas cinco pesquisas de opinião pública a respeito do Horário de Verão. A primeira foi realizada pela ELETROBRÁS no período 1985/1986 e abrangeu todo o Território Nacional; a segunda foi realizada pelo DNAEE em 1995, por meio da FIPE/USP e abrangeu 18 Unidades da Federação; a terceira, realizada pela ANEEL em 1999, por meio da FIPE/USP, abrangeu 22 Unidades da Federação; a quarta, em 2000, e a quinta, em 2001, conduzidas pela ANEEL, também por meio da FIPE/USP, compreenderam 11 e 13 Unidades da Federação respectivamente, sendo que a de 2000 foi feita apenas no Nordeste e a última foi realizada nas Regiões Sul/Sudeste/Centro-Oeste e Estados da Bahia e Tocantins.
10.2 Os resultados da pesquisa de 1999 apontaram que a maioria da população das áreas onde o Horário de Verão vem sendo adotado consecutivamente nos últimos anos, ou seja, nas Unidades da Federação das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e Estados da Bahia e Tocantins, é favorável a implantação da medida, com 82,2%, entre ótimo, bom e regular, confirmando os resultados obtidos nas pesquisas anteriores.
10.3 Essa pesquisa também constatou que 68,3% da população é favorável a repetição da medida nos próximos anos.
Ainda foi possível constatar que a maioria da população percebe que a medida proporciona benefícios para a sociedade, como economia de energia elétrica, além de propiciar o aumento de convívio familiar entre pais e filhos menores, bem como aumento da segurança física das pessoas, ao permitir o retorno do trabalho, antes do anoitecer.
10.4 A pesquisa do ano de 2000 revelou que, nos estados do Nordeste, onde se adotou o horário de verão (ciclo 1999/2000), a opinião pública se mostrou favorável à adoção da medida, apresentando os seguintes resultados globais:
66% aprovaram o Horário de Verão 32,7% reprovaram o Horário de Verão 1,3% não souberam avaliar
10.4 A última pesquisa (ano 2001), revelou que a opinião pública dos estados das regiões Sul/Sudeste/Centro-Oeste e estados da Bahia e Tocantins, se mostrou favorável à adoção da medida, apresentando os seguintes resultados:
74% aprovaram o Horário de Verão 25% reprovaram o Horário de Verão 1% não soube responder
Adaptabilidade: A maioria dos entrevistados achou que a adaptação ao Horário de Verão pode ser considerada boa, com 70% das respostas entre muito fácil, fácil e razoavelmente fácil. Dos restantes, 30% acham a adaptação difícil ou muito difícil ou não se adaptaram.
Repetição para os próximos anos: 55% acham que o HV deva ser repetido nos próximos anos.
11. QUAL O PERÍODO DE ADAPTAÇÃO À MEDIDA ?
11.1 Pela pesquisa de opinião pública realizada em 2001 constatou-se que a adaptação média ao Horário de Verão é de oito dias.
12. ANEXOS
I - Horários de Verão adotados até 2001/02: Decretos/ Períodos de Vigência/ Abrangência.
II - Quadro Resumo dos Horários de Verão – Período de 1985/2001
Fonte: www.aneel.gov.br