sexta-feira, 8 de março de 2013

A Teodicéia Tomista


A Teodicéia Tomista

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A Teodicéia Tomista

por Paulo Faitanin - UFF


1. Origem: O vocábulo teodicéia foi utilizado pela primeira vez no século XVII, por W. Leibniz [1646-1716], servindo para dar título à sua obraEnsaio de Teodicéia, sobre a bondade de Deus, a liberdade do homem e a origem do mal de 1710. Posteriormente, passa a designar uma parte da filosofia que estuda a existência de Deus, sua natureza, atributos e operações à luz da razão. Daí também ser denominada 'Teologia Natural', ou 'Teologia Racional'. O termo foi formado pela junção de qeo/j + dikh/ = theodiké, daí 'teodicéia', que literalmente significa justiça divina ou de Deus, mas que assume o sentido de defesa de Deus e, mais amplamente, o estudo racional de Deus. Por isso, também se lhe atribui o nome de 'Teologia filosófica'. Aqui Teodicéia é tomado para significar a Teologia Natural de Tomás de Aquino.
2. A Teodicéia Tomista: Desde os primórdios o homem revelou-se ordenado naturalmente ao que é sagrado, enquanto isso significa um bem absoluto, infinito, perfeito, transcendente e inviolável a que naturalmente busca a razão como o fim de sua operação, cujo efeito de sua posse é a felicidade. Diz-se sagrado o que é em si mesmo perfeito e transcendente ou o que possui alguma qualidade pela qual se diz sacra. Ela existe, se realiza e se manifesta no sujeito, não como princípio essencial, senão acidental. Ao que é em si sagrado e transcendente a tradição denominou Deus. O ser humano é um caso especial, pois o seu espírito, dom de Deus, criado à imagem e semelhança de Deus, se une a carne vivificando-a e sacralizando-a, já que é pelo mesmo espírito que o homem diz-se partícipe do que é santo e transcendente. Corpo e espírito no homem são sagrados pela íntima e cúmplice relação com Deus. Pois bem, Deus é o que é em si mesmo santo e transcendente. A consciência da necessidade da existência de um ser sagrado em si mesmo que transcenda as nossas vidas não resulta ou é efeito da convivência em comunidade ou em sociedade, mas é exigência natural da própria razão humana. Ao longo da história o homem foi tomando consciência, em diversos períodos e culturas, da necessidade da existência e demonstração do sagrado. Indo da mitologia à teologia, passando pela filosofia, o homem percebeu que o sagrado era o que lhe transcendia e que não poderia alcançá-lo absolutamente por suas próprias forças naturais se o sagrado não se revelasse ao próprio homem e dinamizasse nele, para além de sua disposição natural, a potencialidade de conhecê-lo. Neste sentido Deus é inevitável ao coração humano, que O busca incessantemente, como a razão última de sua própria perfeição. Foi este mesmo ardor natural pelo sagrado que revelou ao homem sua ordenação ao seu cultivo e ao seu culto, ao que foi denominada religião, que nada mais significa senão a ordenação natural do homem a Deus. Oriunda da natureza humana, a consciência do sagrado dispõe-se como hábito na natureza humana, pelo qual o homem desenvolve a virtude da religião acerca da qual gera uma ciência pautada naturalmente nos invioláveis princípios da razão. Podemos, deste modo, naturalmente conhecer Deus [pela razão], porque Deus antes nos conhece e permite-nos [pela revelação] conhecê-Lo. Portanto, a consciência do sagrado nos conduz à inevitável experiência de Deus, cujo efeito é a religião e cujo fundamento é o próprio Deus, pois quis inscrever na natureza humana uma ordenação natural a Ele, dispondo-a a constituir uma religião que indo de percepções míticas, fosse gradativamente se estruturando em rito e leis, nas quais revelassem o próprio Deus. Tomás de Aquino ciente da possibilidade de que o homem pela razão natural poderia chegar ao conhecimento de Deus e convicto da necessidade de conhecê-Lo, desenvolveu criteriosamente uma Teologia Natural que, por um lado, investiga racionalmente a existência de Deus e, por outro lado, o modo como pela razão podemos conhecer algo da essência de Deus. A seguir exporemos o fundamental de sua Teologia Natural.
2.1. A existência de Deus: (a) Deus: o fim último da razão - nos ensina o Aquinate que o fim último do homem e de toda substância intelectual se chama felicidade ou bem-aventurança, pois isto é o que deseja como fim último toda substância intelectual e o deseja por si. Por esse motivo, a bem-aventurança e a felicidade última de qualquer substância intelectual é conhecer Deus [C.G. III, 25]; (b) Os conhecimentos de Deus: não se opõe o sensível ao inteligível - porque são diversos os modos de conhecer Deus, Tomás destaca que o conhecimento sensível não torna impossível o conhecimento de Deus, pois o nosso intelecto, a partir do sensível, pode ser conduzido ao conhecimento do que Deus é e de outras verdades semelhantes próprias do primeiro princípio [C.G. I,3]; (c) Distinção: a teologia revelada e teologia natural - dois são os caminhos para o conhecimento de Deus, um pela luz natural da razão, insuficiente em si mesmo, outro sobrenatural à razão, mas não estranho à razão, ou seja, o revelado [In De Trin. lec.2, q.1,a.4,c]. Por isso, o Angélico assinala uma distinção genérica, além da específica, entre a teologia sobrenatural e a natural, pois nada impede que os mesmos objetos de que as disciplinas filosóficas tratam, enquanto são conhecíveis à luz natural da razão, sejam tratados por outra ciência, como conhecidos à luz da revelação divina [Sum. Theo. I,q.1,a.1,ad2]; (d) Fronteiras: luz sobrenatural e luz natural - a teologia natural tem uma fronteira bem determinada com relação à teologia sobrenatural. Esta última é ciência obtida pela luz sobrenatural da Revelação e é teológica, enquanto a outra é obtida pela luz natural da razão e é formalmente filosófica e metafísica. Diz-nos Tomás que era necessária a existência de uma outra doutrina, além das disciplinas filosóficas, que servisse para a salvação do homem e que, embora fosse pesquisada pelos princípios da razão, pois esta doutrina se vale também de argumentos, como as demais ciências, não para demonstrar os seus princípios, mas para, a partir deles, manifestar alguma outra verdade [Sum. Theo. I,q.1,a.8,c], se fundamentasse na revelação divina, já que o homem se ordena naturalmente a Deus [Sum. Theo. I,q.1,a.1,c]. Pelo dito anteriormente, tal doutrina é ciência por serem os seus princípios superiores, verdadeiros, coerentes e não contrários à razão natural, de tal maneira que a razão pode discursar e estabelecer ciência acerca do que lhe é revelado [Sum. Theo. I,q.1,a.2,c]. É ciência una, pois pode ser considerada sob uma mesma razão, seja como objeto da revelação divina ou como objetos tratados em ciências filosóficas diferentes [Sum. Theo. I,q.1,a.3,ad2]. A teologia sobrenatural é, por excelência, ciência teorética e contemplativa [Sum. Theo. I,q.1,a.4,c], mas isso não a exclui de ser também prática, porque de fato, a teologia por teorética que é, traduz-se na vivência humana como a mais prática, no pleno exercício da vida, já que a teoria não se opõe à prática naquilo que é verdadeiro e essencial, embora toda a sua dimensão prática nada seria se não se realizasse perfeitamente e melhor na teorética, cujo ápice é a contemplação. Neste sentido ela é a mais nobre e sublime das ciências, e isso por duas razões: pelo objeto que estuda - Deus [Sum. Theo. I,q.1,a.7,c] - e pelo que causa no homem que a adquire: ciência, sabedoria e santidade [Sum. Theo. I,q.1,a.5, c e 4.6,c]. E por isso mesmo é a mais digna de ser aprendida e ser ensinada, pois cabe o homem que a aprende e contempla oferecer aos outros as coisas contempladas [Sum. Theo. II-II, q.188,a.6,c]. Seja para penetrar as metáforas e os vários sentidos que os textos da Sagrada Escritura encerram a razão, por sua luz natural e com o auxílio da luz sobrenatural da revelação divina, penetra o mistério para além das metáforas e sentidos do texto sagrado. Somente assim começa a responder àquele ardor natural de conhecer Deus. Mas urge imediatamente considerar se Deus existe e se sua existência pode ser demonstrada.
2.1.1. A possibilidade e a necessidade da demonstração de Deus: (a) Deus: O inevitável - Deus é o absoluto inevitável à razão humana, Ele é evidente em si e para si mesmo, mas não é a sua existência para nós, já que não a alcançamos conhecer nele mesmo, sendo pois necessário que a demonstremos pelo que nos são mais conhecidos, os seus efeitos; e assim penetrarmos algo do conhecimento de sua essência [Sum. Theo. I,q.2,a.1,c]. (b) Existência: a não evidência da existência de Deus - não nega que exista em nós ou que esteja impresso naturalmente em nós algum conhecimento geral e confuso da existência de Deus, isto é, Deus como a felicidade do homem [Sum. Theo. I,q.2,a.1,ad1], embora não a conhecemos como ela é em si mesma, mas a porta de entrada para o conhecimento da essência de Deus, naquilo que nos é possível conhecer, é a sua existência. Ora, porque a sua existência não é evidente para nós como o é para Deus, nossa razão deve procurar demonstrá-la pelos efeitos das obras de Deus. (c) Demonstração: é possível demonstrar a existência de Deus - como dissemos, porque se Deus não é evidente para nós, e se Ele existe, os efeitos de suas obras enquanto se revestem da materialidade do mundo criado, pode nos revelar algo do seu existir. Portanto, se a existência de Deus não é evidente para nós, pode ser demonstrada pelos efeitos por nós conhecidos [Sum. Theo. I,q.2,a.3,c]. (d) Agnosticismo: nega a possibilidade de conhecer a Deus - o agnosticismo, palavra de a-gnosis [sem conhecimento] e que designa a impossibilidade de demonstrar e conhecer a Deus. Costuma-se dizer que o agnosticismo é a ante-sala do ateísmo; e isso é bem verdade, pois negará quem não conhece. O agnóstico radical é o que se encontra a um passo do ateísmo, ou seja, nega a possibilidade de conhecer a Deus e não busca sequer os meios para fazê-lo, como que conduzido pela dita ignorância invencível, ou seja, sei que não sei, mas não quero desvencilhar-me dela. Há ainda o agnóstico por comodismo ou moderado, que possuindo os meios não aplica o esforço necessário para conhecer, seja por medo ou mesmo ignorância. (e) Ateísmo: nega a existência de Deus - o ateísmo palavra oriunda de a-theos [sem Deus] designa a posição filosófica conseqüente do radical racionalismo que supõe a premissa da inexistência de um Deus transcendente, necessário e princípio de tudo. Assume basicamente três formas: o especulativo [estritamente racionalista filosófico em que exclui Deus da cosmovisão: Nietzsche, Freud, Sartre], o prático [atitude nem sempre racionalista dos que dizem crer, mas na prática vivem como se não cressem, num indiferentismo religioso e vida materialista] e o militante [também prático, mas não necessariamente estritamente racionalista, pois sugere muitas vezes argumentos passionais e relativistas, como os defendido pela postura tipicamente marxista, que prega um ateísmo ativo e até agressivo, na medida em que declara abertamente uma guerra intelectual contra Deus e aqueles que n'Ele crêem, enquanto procuram construir uma verdade anti-teísta. (f) Ontologismo: o argumento a priori - ou seja, aquele que afirma que a proposição pensada 'Deus é' encerra necessariamente a afirmação de sua existência e que, por isso mesmo, não seria necessário demonstrá-la. Tal postura apresenta dificuldades, pois não é necessário que, conhecida a significação do nome Deus, imediatamente se saiba que Deus é, já que isso não é evidente a todos, mesmo para aqueles que O admitem. Nem mesmo é suficiente que postulem pelo nome Deus algo acima do qual nada de maior se possa conceber e que por conta disso não fosse necessário demonstrar a sua existência na realidade, pois não é necessário que exista na realidade este algo acima do qual nada de maior se possa conceber [C.G.I,11]. Neste sentido, se é possível demonstrar a existência de Deus é conveniente que seja por argumentos a posteriori.
2.1.2. As provas da existência de Deus: (a) As provas a posteriori: são os procedimentos racionais que vão dos efeitos à causa - são os modos mais natural e racional da razão perscrutar acerca de Deus, cuja existência não é evidente. (b) As 5 vias: as provas da existência de Deus - que Tomás nos apresenta, partindo dos efeitos à causa afirmam a necessidade da existência de um ser imóvel, causa incausada, necessário, por essência absoluto e ordenador de tudo: 1ª via - afirma a existência de um primeiro motor imóvel, depois de provar a impossibilidade de um movimento infinito, 2ª via - afirma a existência de uma causa eficiente incausada, depois de analisar a impossibilidade de ir-se ao infinito afirmando uma série de causalidade, 3ª via - afirma a existência de um ser necessário por si e não por outro, depois de provar a contingência dos seres que existem e da impossibilidade de ir-se ao infinito na ordem da causalidade, 4ª via - afirma a existência de um ser por essência, depois de constatar que há graus diversos de seres uns mais outros menos perfeitos exige-se a existência de um sumamente perfeito e a 5ª via - afirma a existência de uma inteligência ordenadora, depois de estabelecer que tudo o que existe opera por um fim, o qual não existiria inscrito na natureza das coisas se algum ser assim não o tivesse feito e ordenado [Sum. Theo. I,q.2,a3,c].
2.2. A essência de Deus: (a) Conhecimento da essência de Deus: Incompreensibilidade: a nossa inteligência não compreende a essência divina como ela é em si mesma, posto que um intelecto criado não possa entender com as suas forças naturais o que Deus é, a essência divina [STh.I,q12,a4,c]. A incompreensibilidade de Deus não supõe que Deus seja incognoscível, senão, ao contrário, é incompreensível por ser infinitamente cognoscível. Cognoscibilidade: nesta vida o nosso intelecto não tem um conhecimento perfeito e adequado da essência divina, pois o que dela conhecemos é por meio dos efeitos de sua operação, que nos conduz à causa [CG. III,c47]. Embora não seja um conhecimento compreensivo da essência divina, o nosso intelecto pode ter um conhecimento verdadeiro de Deus, sendo tal conhecimento propriamente conhecimento e genuinamente humano, na medida em que parte dos efeitos de sua operação e nos permite conhecer a sua existência [STh.I,q12,a12,c]. Conhecimento analógico de Deus: todo conhecimento que o nosso intelecto tem de Deus é analógico, ou seja, aquele que se dá quando se atribui um nome comum a vários sujeitos em sentidos que são em parte diversos e em parte idênticos [STh.I,q13,a5,c], de tal maneira que nada pode predicar-se de Deus e das criaturas de modo unívoco, pois as perfeições que nos efeitos são múltiplos e diversos, na Causa são de modo simples e uno [CG. I,c.32]; nada pode predicar-se de modo equívoco ou metafórico, como quando um mesmo nome ou conceito serve para identificar coisas essencialmente diversas [CG.I,c.33]. Os nomes divinos: os nomes que damos a Deus não são todos sinônimos [STh. I,q13,a4,c/CG.I,35/Comp.Th.I,c.24]. Estes nomes são os atributos divinos que por analogia chegamos a conhecer [In I Sent. d2,q1,a3]. Os nomes ou atributos divinos são de duas espécies: entitativos e operativos [STh.I,q3]. O nome próprio de Deus: dado que o ser se identifica com Deus e expressa toda a sua realidade e, vice-versa, toda a realidade do ser está compreendida e realizada em Deus, nenhum outro nome, nenhuma outra palavra exprime melhor do que essa o que Deus é, a sua essência, a sua natureza. Por isso, o Aquinate afirma que 'aquele que é', é o nome próprio de Deus [STh. I,q13,a11,c]. (b) Os atributos entitativos de Deus: Simplicidade: Aquele que é o primeiro princípio do ser, o possui de modo excelentíssimo, pois qualquer coisa está presente de maneira mais excelente na causa do que seu causado; mas o modo mais excelente de possuir o ser é aquele pelo qual uma coisa é idêntica ao ser; portanto, Deus é o ser, ao passo que nenhum composto é o ser mesmo; portanto, Deus não é composto absolutamente por nada [In I Sent. d8,q4,a1]. Oniperfeição: Deus é absolutamente perfeito em si e não por possuir em ato alguma perfeição que não tinha ou que a tivesse só em potência, seja porque em Deus não há potência ou perfeição da qual esteja privado [CG.I,c28]. Bondade: a bondade divina é essencialmente a efusão do amor de Deus sobre si mesmo. Deus é bom por essência, porque possui absoluta perfeição [STh.I,q6,a3/CG.I,c38]. Infinitude: dado que o ser divino é recebido num sujeito, pois Deus é o seu próprio ser subsistente, fica claramente provado que Deus é infinito e perfeito [STh.I,q7,a1,c]. Onipresença: nada escapa à presença de Deus, pois Ele está intimamente presente a todas as coisas, sendo mais íntima a sua presença às coisas que as coisas a si mesmas [STh.I,q8,a1,c/Comp. Th.I,c.135]. Imutabilidade: todo movimento e mudança no ser implicam potencialidade passiva, que supõe a potência; mas em Deus não há potência, porque é ato puro; logo Deus é imutável [STh.I,q9,a1,c]. Eternidade: só aquelas coisas que se movem são medidas com o tempo, porque o tempo, como diz Aristóteles, outra coisa não é que a medida do movimento. Mas Deus é totalmente isento de movimento; por isso, não pode ser medido pelo tempo. Assim, não há nada nele nem antes nem depois; não possui o ser depois do não-ser, nem o não-ser depois do ser; nem há nele qualquer série de sucessões, porque elas não podem ser concebidas sem o curso do tempo; por isso, ele não tem nem princípio nem fim, e deve possuir todo o seu ser ao mesmo tempo; nisso consiste o conceito de eternidade [CG,I,c.15]. Unidade: se houvesse vários deuses, seria preciso que se diferenciassem em alguma coisa; essa coisa caberia a um e não caberia a outro; e se essa coisa fosse uma privação, um deles já não seria plenamente perfeito; se fosse uma perfeição, um deles não a possuiria; é, pois, impossível que haja vários deuses; por esse motivo, os próprios filósofos da antigüidade, como que constrangidos pela verdade mesma, ao reconhecer a existência de um princípio infinito, reconheceram que esse princípio é um só [STh. I,q11,a3,c]. Unicidade: Deus além de uno é único e é isso que lhe atribui a unicidade; cada uma das demais realidades são unas, mas não únicas; Deus é uno e único por causa de sua absoluta simplicidade, infinitude e perfeição [STh.I,q11,a3/Comp. Th.I,c.15]. Beleza: a beleza divina se funda em sua bondade, cuja contemplação maior não há [STh.I,q5,a4,ad1]. Transcendência: Deus se distingue do mundo e não é o ser de tudo o que existe, nem mesmo a matéria primeira, nem a totalidade de tudo o que existe; por tudo isso é transcendente, embora a sua transcendência não anule a participação das criaturas por vestígio, imagem e semelhança de alguma perfeição divina [In I Sent.d38,q1,a1/STh.I,q2,a8/CG.I,25/De nat. mat.c1/In VIII Phys.lec.21]. (c)os atributos operativos: Oniciência: Deus é inteligência infinita [STh.I,q14,a1/De ver.q2,a2]; Deus se conhece a si primeiramente e absolutamente [STh.I,q14,a2,c] e tudo mais absolutamente [STh.I,q14,a9,c]. Deus conhece o mal, enquanto este é privação de bem no sujeito e não que o mal tenha essência cognoscível [STh.I,q14,a10]. A vontade divina: em Deus há vontade [STh.I,q19,a1] e Ele mesmo é o objeto de sua vontade [CG.I,74]. E querendo a si mesmo quer tudo o que cria [STh.I,q19,a2] e o que não por necessidade, mas livremente STh.I,q19,a3]. Sua vontade é imutável e infalível [STh.I,q19,a6/CG.I,82]. Não é causa do mal e nem o quer em si mesmo [STh.Iq19,a9/CG.I,95]. A onipotência divina: em Deus há potência ativa, que é a que não imprime limite, nem é efeito de passividade advinda de matéria [In IX Met. lec.1/CG.II,7/STh.I,q25,a1]. Seu poder é infinito e atual [STh.I,q25,a1,ad3/CG.II,9], por isso é onipotente [STh.I,q25,a3]. Se a contradição é impossível para a constituição do que existe e é, Deus não pode a contradição, pois assim como repugna nossa inteligência, a forciori a divina [STh.Iq25,a3/CG.II,9]. Assim sendo o seu poder se estende a tudo o que não implica ou haja contradição, pois havendo contradição, como o poder de fazer com que o que tenha existido, não exista, não se aplica ao poder de Deus pela contradição in genere dos termos. A Criação: é efeito da onipotência divina; Deus é a causa eficiente do mundo sem que se valha da existência de algo para criá-lo, pois ao criar o cria do nada - ex nihilo - [CG.II,16]. Deus cria livremente, porque não o faz por necessidade, por isso sua obra é obra de amor e bondade de um ser uno e único, sendo tudo o que Ele cria obra exclusivamente dele [CG.II,21]. Nada contraria a fé que Deus em suas idéias tenha pensado o mundo desde a eternidade e que só o tenha criado com o tempo e com a sua criação iniciado o tempo. Uma vez tratado a questão do início do cosmos, o Aquinate direciona a sua atenção para a análise do que constitui o universo. Sua atenção se direciona, portanto, para o estudo dos princípios do ser e do movimento da substância natural que compõe o universo [Quodlibeto. 12, a.7/Sum. Theo., q. 46, a.2,c/In II Sent. d.1, q.1, a.5, c/D aeter. mundi]]. A conservação: a criatura depende do criador e Deus por amor conserva o que é bom, pois manifesta a sua beleza, por meio da qual dá continuação ao ser criado [Comp. Th.I,c.130/STh.I,q104,a1/CG,III,65]. A moção divina na criatura: Deus por sua onipresença se faz presente em tudo que cria e O percebemos pelo efeito de sua ação nas coisas, mantendo-as no ser e no operar [In I Sent. d37,q1,a1,ad4]. A providência: Deus ao conservar providencia o que pode faltar, segundo a sua bondade e justiça [STh.I,q22,a1]. O governo divino: sua providência ordena, governa universalmente as criaturas, conforme suas naturezas, curando os males que pela confluência natural ou artificial surjam em sua obra ou inclusive valendo-se deles para extrair um bem maior, ainda que de imediato o homem desconheça os seus desígnios, não predestinando nada e a ninguém ao mal. Nenhuma perfeição pode faltar a Deus. De tal maneira que Deus é perfeito [S.Th.Iq4a1]. Como perfeição de sua essência afirma-se a bondade: Deus é o sumo bem e todas as coisas são boas pela bondade divina [S.Th.Iq6a1-4]. A finitude e a mutabilidade são imperfeições, portanto a infinidade [S.Th.Iq7a1-4] e a imutabilidade [S.Th.Iq9a1-2] são perfeições divinas. Nestes termos não há o que possa medir o ser de Deus, senão Deus mesmo, pois como Ele não há o que não tenha tido nem início nem término no tempo, já que Ele é eterno [S.Th.Iq10a1-6]. Ora, se não há nada mais tão perfeito além de Deus, necessariamente Ele é uno e único [S.Th.Iq11a1-4]. Portanto, nada, nem ninguém conhece a Deus como Ele mesmo se conhece [S.Th.Iq14a2-4] e nada nem ninguém pode conhecer perfeitamente como Deus conhece todas as coisas que d'Ele são distintas [S.Th.Iq14a5-6]. Por isso Deus é onisciente, pois a tudo conhece. Deus assim sabe o que quer e pode o que sabe, pois ele é onipotente [S.Th.Iq25a1-6]. Daí haver em Deus perfeita vontade [S.Th.Iq19a1-5]. Por isso o Apóstolo diz na Carta aos Efésios 1,11 que Deus é “Aquele que faz segundo a deliberação de sua vontade”. Ora, o que fazemos por uma deliberação voluntária, não o queremos por necessidade. Logo, Deus não quer por necessidade aquilo o que quer. Portanto, há livre-arbítrio em Deus [S.Th.Iq19a3 e 10]. Mas porque é perfeita quando quer, Sua vontade se cumpre sempre [S.Th.Iq19a6] e é imutável. O mal é privação do bem, mas Deus é o sumo bem e não há privação nenhuma no seu querer, de tal modo que sua vontade é sempre do bem. Logo, Deus nunca quer o mal [S.Th.Iq19a9]. Como canta o livro da Sabedoria 11, 25, Deus ama tudo o que existe e nada detesta do que fez. Por isso sabiamente João revelará que Deus é amor [S.Th.Iq20a1-4]. Porque amor é doação, a Deus convém o atributo justo, pois por amor e sabedoria Deus dá a cada um de acordo com a sua dignidade. Por isso, a sua justiça é a verdade [S.Th.Iq21a3]. Deus que tudo sabe, conhece as deficiências das criaturas; mas não convém a Deus entristecer com a miséria das criaturas, mas Lhe convém ao máximo, por seu amor, bondade e sabedoria, fazer cessar essa miséria. Daí que Deus é misericordioso [S.Th.Iq21a3]. Por isso, como se diz no livro da Sabedoria, 15,3 “És tu Pai que tudo governas por tua providência”, para que nada falte às criaturas Deus por amor e bondade provém de bens aos que dele carece [S.Th.Iq22a1-3]. Para que nada falte aos homens, segundo o que lhe convém prover, Deus com sua bondade e amor predestina bens aos homens para que supram as suas dificuldades. Portanto, a predestinação é ato de providência. O homem é livre para aceitar ou não a estes bens. Mas nem por isso Deus que é sumo amor e bem deixará de lhe prouver de bens necessários para que alcance a sua perfeição [S.Th.Iq23a1]. Aos que se abrem e aceitam estes bens Deus os ama ainda mais e os elege. Porém não deixa de amar aos que não se abrem e aceitam os seus bens, embora não seja Deus que não os eleja e os condene ou os predestine ao mal, mas antes são estes que não desejam a eleição divina e por se afastarem dela, afastam-se ainda mais do bem e do amor, condenando-se ao mal que é justamente a privação do amor e bem divinos. Portanto não é Deus que predestina alguém ao mal, mas antes a ignorância e o orgulho humanos – que nascem do mau uso da liberdade e da privação do conhecimento de algum bem – que predetermina o homem a afastar-se de Deus e a anelar-se ao mal. Daí que por Deus ninguém é predestinado ao mal. E porque a tudo ama, a ninguém faltarão bens para alcançar a perfeição. E qual é a perfeição do homem? Conhecer a Deus. Mas é preciso esclarecer melhor o que são estes bens e como Deus ama a tudo o que cria e a ninguém condena, senão que alguém se condena a si mesmo por orgulho que é conseqüência da ignorância do amor divino e do fechar-se aos bens que Deus prouve ao homem – por misericórdia – para ajudá-lo a superar suas deficiências e alcançar a perfeição que consiste em conhecê-Lo. Porque Deus ama a tudo o que criou e sobremaneira aos homens, criaturas que Deus quis por si mesmas, criando-as à sua imagem e semelhança e revestindo-as de nobreza e as dignificando-as em si mesmas, a todos igualmente chama à santidade [1Ts 4,3: “Esta é a Vontade de Deus: a vossa santificação”]. Que consiste a santidade? Consiste em conhecer a Deus. Ver Deus face a face. A Bem-Aventurança. Pois bem, se santidade é conhecer a Deus, a vocação à santidade é vocação à sabedoria, pois não há saber maior que os homens possam alcançar que saber Deus. Ser santo é, pois, buscar ser perfeito como Deus [Mt 5,48]. Por muito nos amar e por havermos perdido o elo original com Deus, Deus se encarnou para mostrar-nos e revelar-nos o modelo de santidade: seu Filho Jesus Cristo que se nos revela como caminho, verdade e vida. Cristo é modelo e tudo o que ele fez, ensinou e ordenou deve ser observado como caminho de santidade. Deus por amor re-estabelece o elo com a encarnação, paixão e morte do seu filho: é preciso morrer no mundo e para o mundo enquanto se ama ao próximo, para viver em Deus e para Deus enquanto se ama a Deus. Nenhum homem está fora desta vocação à santidade e à sabedoria pela parte de Deus, a não ser por arbítrio equivocado da própria liberdade de cada homem. Na história da humanidade encontramos um contínuo exercício de amor por parte de Deus a fim de trazer-Lhe o que Lhe pertence: nós. O projeto de salvação é um projeto de resgate. Vimos que por arbítrio equivocado [um arbítrio pode equivocar-se por ignorância, por orgulho, por paixão desenfreada pelo mundo e suas coisas, que obscurecem os olhos da razão e do coração diante da graça] da própria liberdade o homem pode preferir os seus desejos e ao mundo, do que a vontade de Deus e por isso não se abandonar na vontade de Deus. Mas, nem mesmo assim Deus o abandonará, pois sua vontade é imutável e faz parte de sua vontade revelar-se plenamente a cada um dos homens. Deste modo, Deus mantém-se fielmente aberto ao retorno de cada homem e haverá muito mais alegria do retorno deste, que pelo arbítrio fechou-se às graças de Deus, do que pelo justo que se mantém fielmente aberto a elas. Deus continuará minando o curso da vida de cada homem que se fechou à sua graça, com abundantes oportunidades de retorno pela mesma graça. Mas, diante da graça, os olhos humanos muitas vezes desiludidos [ou iludidos] com o mundo, magoados pela injustiça que é conseqüência do não converter-se a Deus, petrificam-se e não percebem a vontade de Deus manifesto na graça e nem como Deus se faz presente em suas vidas pela graça, pois acreditam que a graça de Deus deve advir-lhes para tirar-lhes da pobreza material, da dor que aflige a carne, da morte que dilacera, embora a eficácia da graça não seja contrária a isso, a graça é, sobretudo, um bem espiritual que fortalece o espírito para iniciar o encontro de Deus com o homem já neste mundo, dando um tom sobrenatural ao coração e à razão humana diante de toda a miséria humana, fazendo-o entender e dando-lhe sentido à vida, na medida em que a vida plena do homem somente se realizará na morada de Deus. Além de tudo isso a graça não é triste é força eficaz do amor, que edifica na dor e na miséria das pessoas no mundo a alegria e a fé de esperar pela graça a promessa de um reino de Deus onde ninguém mais vai sentir dor, chorar e ficar triste. A graça é bem espiritual que fortalece o homem diante destas misérias e faz descobrir no homem que o amor divino se concretiza nesta vida quando por amor somos capazes de doarmo-nos aos outros para a diminuição da dor alheia, da miséria alheia independentemente se esta doação implique no aumento da nossa; pois já não importa para quem já se encontra vacinado pelo amor divino, manifesto pela graça, sentir qualquer dor neste mundo. Pois bem a graça é o amor divino revelado por Deus a nós num ato contínuo que nos conserva durante toda a vida no ser, na espera que num instante desta vida nós descubramos o quanto nos ama e o quanto nos quer. Deus nunca deixa de estar e fazer-se presente na vida do homem, mas pode o homem com o coração encrudelecido não percebê-la jamais. Deus se manterá enviando-lhes graças durante toda a vida e pede, chama e recorda ao homem da importância de seu papel. Ele não quer perder nenhuma ovelha. Ele se manterá aberto ao retorno do filho pródigo e foi por eles que Deus enviou o seu próprio filho. Deus traçou um projeto de salvação para cada homem e não descansará enquanto em Teu coração não repousar aquele filho pródigo. Neste projeto de salvação cada homem tem o seu papel no uso de suas faculdades e de sua ação. Deus não quer pela força, porque não nos fez pela força. Ele nos quer pelo amor, porque nos fez por amor; e o amor é livre. S. Agostinho tem razão ao afirmar que o nosso coração está inquieto enquanto não repousa em Deus. A liberdade humana pode aprisionar-se nos desejos do mundo ou libertar-se transcendendo ao próprio mundo por força e ação da graça que Deus lhe dá. Mas somente abrindo-se a ela poder-se-á compreender o ardor e eficácia da graça no homem. E porque a eternidade é a presença imutável de Deus diante de todo tempo, bastaria tão-somente um instante de nosso tempo em que houvesse efetiva conversão [abertura à graça], para que Deus nos abundasse de graças e nos justificasse na graça e nos amasse como eleitos. Deus elege a todos, mas dentre todos alguns não o elegem e isto não basta para a salvação [e aos que O elegem ele os justifica no amor]: numa relação perfeita de amor, ambos devem se amar mutuamente. Deus não nos quer impor o seu amor, quer sim que o descubramos, pois a imposição seria o extermínio da autonomia de nossa liberdade, apanágio este que nos dignifica e nos torna semelhantes a Deus. E estes que não o elegem se fecham à graça aprisionando suas liberdades aos desejos do mundo. Que diremos: que estão predestinados à condenação? Claro que não! Porque como dissemos todos estamos predestinados por uma vocação universal à santidade e bastaria tão-somente um instante de abertura sincera ao amor de Deus que o Pai abriria os braços à espera do filho que há muito se foi e que há muito o esperava com a mesa posta para um grande banquete. Somos predestinados à santidade e nunca à condenação ou à maldade. Ainda que Deus possa prever a condenação de alguém isso não anula ou contraria a sua obra de criação que é obra de amor; porque não é Deus quem condena, mas o homem a si mesmo ao não reconhecer em Deus o seu Abba [Pai]. Deus pode então prever que um homem que se portando muito mal se afasta cada vez mais de sua predestinação à santidade? Claro que Sim! Mas isso em nada diminui o amor divino para a salvação daquela alma, pelo contrário, oferece-lhe tanto mais graças para que aumentem as ocasiões de conversão [Rm 5,20: “Mas onde abundou o pecado superabundou a graça”], embora em última instância a abertura à graça dependerá da liberdade, pois a graça não força a natureza livre, pois bate à porta e entra se a liberdade a deixar entrar. Por isso a graça supõe a natureza e não a destrói. Somos predestinados à santidade, mas não predeterminados a ela [embora Deus não meça esforços para ver-nos com Ele; e se fôssemos predeterminados à santidade não seríamos condenados; mas também não somos nem predestinados e nem predeterminados à condenação], pois somos livres e no mau uso da liberdade que nos leva a fechar-nos à graça que é o amor de Deus, poderemos ser condenados, enquanto isso significa o oposto à santificação; assim, pois, com a liberdade se pode confirmar a predestinação à vocação à santidade, enquanto abertura à graça de Deus ou a condenação, enquanto fechamento à graça de Deus. Os que o elegem recebem mais graças [se a liberdade abre a porta da natureza fica mais fácil entrar o que ora está para entrar], porque sendo Deus amor se doa ainda mais aos que a Ele se abrem, libertando a liberdade da escravidão dos desejos do mundo. Pois bem, a liberdade humana – a que Deus respeita e não muda, porque é autônoma [mas não é absolutamente ilimitada, pois a liberdade humana somente não é livre para eleger outra coisa quando se encontra diante do que melhor elegível não há e diante de quem é autor da natureza] – é o que pode coroar a natureza humana convertendo-a no arbítrio a Deus ou avertendo-a no arbítrio do caminho de Deus. Ainda sobre a liberdade humana há que se dizer que para a santidade a liberdade humana não é independente de Deus; portanto, no estado de sua miséria, mais do que nunca depende da graça de Deus. Portanto, não basta ser livre para lograr a santidade, pois a liberdade por si mesma não se basta e não é suficiente para atingir a este fim, já que estando corrompida a natureza humana, corrompeu-se também o seu ato essencial que é a liberdade. E porque ninguém dá a si mesmo o que não possui como poderia a liberdade dar-se a si mesma a santidade se não a possui? Ou como poderia ela por si mesma corrompida e sem auxílio divino pela luz da graça encontrar o que havia perdido na escuridão? Portanto, a graça pela qual o homem recebe a justificação por meio de Cristo não vale somente para a remissão dos pecados já cometidos, mas também como ajuda para não cometê-los. E esse é a ação da graça sobre aqueles que no mau uso da liberdade estão presos no pecado, pois somente a graça poderá ajudá-los a não mais cometê-los. Por isso a graça é necessária ao homem. A conseqüência deste arbítrio pode ser: tender a caminho avesso ao de Deus, daí a aversão a Deus, no sentido de que não versa o mesmo caminho de Deus; tender ao caminho que verte a Deus, que leva a Deus, daí conversão a Deus, no sentido de que versa o mesmo caminho de Deus. E porque Deus conhece [onisciência] o que pode impedir a conversão humana – a quem profundamente ama – [amor], porque conhece as misérias e as deficiências do homem, pode [onipotência] e quer [liberdade] providenciar [providência] bens abundantes [graças] dadas por amor [misericórdia], sem limitar ou predeterminar a liberdade, para que o homem na autonomia de sua vontade possa se abrir livremente à graça e verter-se ao caminho de Deus [conversão] e retorne ao que foi predestinado [predestinação]: à santidade e à sabedoria [salvação]. Portanto, Deus quando cria o homem o pré-destina à santidade e à sabedoria, mas não o predetermina, porque para o bem e para o mal que possa realizar o homem Deus não determina a sua liberdade; por isso ama o que cria e continua criando e conservando com e no amor o que faz e não mede – antropomorficamente falando – nenhum esforço para trazer de volta o Seu tesouro, o homem, que se perde no mundo ao deparar-se com um mundo corrompido pelo pecado, herança da aversão pessoal de Adão, transmitida na origem aos homens. O homem se esquece de Deus, mas Deus nunca do homem. Mas o homem por esquecê-Lo e até mesmo desconhecê-Lo [ignorância] volta-se no uso de seu bem mais precioso – a liberdade – para o arbítrio equivocado das coisas e bens que o mundo lhe oferece, crendo encontrar neles aquela saudade do infinito que sente no seu mais íntimo: saudade de Deus. Mesmo conhecendo esta deficiência humana, Deus permanecerá com o seu plano e projeto de salvação do homem, estando aberto ao homem e proverá graças suficientes e necessárias para que o homem, mesmo que num único instante de sua existência possa a vir a recordar-se de que há um Deus que é Pai amoroso e que fará tudo para tê-lo de volta, mesmo tendo que respeitar a autonomia da liberdade humana. Portanto, podemos dizer que Deus porque não predestina ninguém ao mal, ama tudo o que cria e as cria no amor e se há perda do amor por parte do homem é conseqüência do desamor que é o mal [privação do bem] que há no mundo, como conseqüência do pecado e ao que se atrela e se aprisiona a sua liberdade. Independendo de tudo isso Deus ama o homem e espera uma resposta dele.

P.S.: Agradecemos o Instituto e a Revista Aquinate pela permissão de postagem de seus artigos e matérias (www.aquinate.net) em nosso site.
 

Essa é pra quem gosta de ler e de pensar. Mas quem pensa que vai encontrar um curso cheirando a mofo na Filosofia está muito enganado. "A Filosofia nos ajuda a constituir uma visão ampla e crítica para nos ajudar a viver e entender o tempo e o mundo no qual vivemos hoje", garante o coordenador do curso da Universidade do Vale do Sinos (Unisinos), no Rio Grande do Sul, Celso Azambuja.
Entre os conceitos teóricos vistos na faculdade, estão disciplinas como ética, estética, lógica e as filosofias política, social, da religião, entre outras. Mas o curso não é meramente teórico, alerta o professor. "Toda a teoria, na filosofia, é um convite à vida, a entender a vida e o sentido da vida", entusiasma-se.

Mercado

A área de trabalho mais comum para os filósofos é o ensino. Segundo o professor Celso Azambuja, o profissional pode atuar no Ensino Médio e, no caso de seguir uma carreira de pesquisa, pode atuar também no ensino superior. A partir de 2008, os estados comeaçaram a cumprir uma legislação federal que obriga as escolas a oferecerem o ensino da Filosofia no Ensino Médio. Assim, as vagas para os licenciados devem aumentar a cada ano. "Há também a possibilidade de atuação profissional com consultor em instituições públicas e privadas", lembra.

É pra você?

É preciso adorar ler, escrever e estudar bastante para se dar bem na Filosofia. "Se você gosta de participar de debates, refletir sobre as questões importantes do momento, se interessa pelos temas da política, da ética, da estética, da ciência, tem uma visão crítica, criatividade intelectual, sensibilidade e abertura para as diferentes forma de ver e viver, o curso é pra você", garante Azambuja.

O que vem por aí

Além da crescente contratação de professores do Ensino Médio, garantida por lei, para o professor gaúcho, na emergente sociedade do conhecimento, "o filósofo terá, certamente, cada vez mais espaço e ganhará importância, na medida em que sua atividade principal consiste precisamente em cultivar o conhecimento e buscar a verdade". "Estes dois fatores associados farão crescer as atividades de ensino e pesquisa em filosofia no Brasil", afirma.

Diferencial

Dedicação é importante. É preciso ler os textos e livros solicitados pelos professores, mas também não se deve deixar de procurar novas bibliografias. "Outras fontes de informação são importantes", diz Azambuja. Envolver-se com grupos de pesquisa, participar das atividades, eventos e debates filosóficos na sociedade também são boas dicas. "O aluno deve dedicar-se de corpo e alma à busca da sabedoria e da verdade", garante.
Fonte: noticias.terra.com.br
Filosofia

Descrição

Do grego philos-sophia que significa “amor à sabedoria”, Filosofia é o estudo contínuo do conhecimento, da compreensão da realidade sobre todos os aspectos, através da análise, da reflexão e da crítica. O filósofo investiga e questiona em profundidade e com rigor metodológico os fatos, o homem e sua essência. Lida com os conceitos de pensamento, consciência e a razão. O filósofo procura organizar o conhecimento contribuindo para o desenvolvimento do homem e suas ciências.

Currículo Básico

História da Filosofia, Lógica, Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Geral , Ciências Humanas.

Aptidões Desejáveis

É preciso gostar de leitura, de pesquisa e de escrever. É fundamental raciocínio abstrato, espírito investigativo, capacidade de análise e interpretação.

Campos de Atuação

Magistério e Pesquisa.
Fonte: www.guiadasprofissoes.com.br

Filósofo

"Individuo que estuda a natureza de todas as coisas e suas relações entre si; os valores, o sentido, os fatos e princípios gerais da existência, bem como a conduta e destino do homem"

O que é ser filósofo?

Do grego philos-sophia que significa "amor à sabedoria", Filosofia é a prática de análise, reflexão e crítica na busca do conhecimento do mundo e do homem. Este profissional procura compreender a realidade do mundo natural e da condição humana, questionando valores, significados e projetos, sejam eles pessoais, sejam sociais. Faz isso estudando o pensamento de grandes filósofos e desenvolvendo o senso crítico sobre as diversas realidades que observa. Pode trabalhar em instituições de difusão científica, artística e cultural ou implantar projetos educacionais em escolas.

Quais as características necessárias para ser um filósofo?

É preciso gostar de leitura, de pesquisa e de escrever. É fundamental raciocínio abstrato, espírito investigativo, capacidade de análise e interpretação.
Características desejáveis:
  • senso de observação
  • raciocínio abstrato
  • espírito investigativo
  • facilidade de argumentar e transmitir idéias
  • capacidade de análise crítica e imparcial

Qual a formação necessária para ser um filósofo?

Para ser um filósofo é importante um curso superior de Filosofia, a pesquisa aplicada em várias áreas é o principal campo de trabalho dos graduados em Filosofia que precisam, para isso, conhecer dois idiomas, no mínimo, além do português.

Principais atividades de um filósofo

O filósofo dedica-se a investigar e a questionar com profundidade e rigor metodológico a essência e a natureza do Universo, do homem e de fatos e conceitos como pensamento, consciência e razão. Estuda as grandes correntes do pensamento e a obra dos filósofos. Desenvolve pesquisas, dá aulas e presta consultoria em instituições científicas, artísticas e culturais. Também está habilitado a implantar projetos educacionais em escolas e empresas.

Áreas de atuação e especialidades

Crítica
Analisa e julga obras artísticas e literárias, escrevendo artigos para jornais, revistas e outros meios. Analisa a sociedade em questões éticas, políticas e epistemológicas.
Ensino
Leciona em escolas de ensino médio, com licenciatura. Para o ensino superior, é necessário ter pós-graduação.
Pesquisa
Desenvolve estudos acadêmicos sobre diferentes temas nas áreas de lógica, filosofia da ciência, ética, estética, filosofia da arte, da política, entre outros.

Mercado de trabalho

O mercado de trabalho para o filósofo já foi restrito, mas vem se modificando devido ao aproveitamento da função no crescente meio das comunicações e com o aumento do número de entidades de ensino. Há profissionais trabalhando em projetos de urbanização, reforma do ensino, reforma política e etc. Esses fatores geram vagas no setor público e privado. A elaboração de artigos para jornais, revistas e principalmente para a Internet é uma boa fonte alternativa de ganhos. O mercado editorial está em crescimento e a demanda de trabalho na área deve aumentar. A atividade de consultoria tem sido bem recebida pelos executivos que, independente da área em que atuam, sentem necessidade de atualização. Empresas que possuem comissões de ética costumam contratar filósofos para integrá-las. Os concursos públicos são raros, mas há vagas com contrato temporário. O mercado para professores de ensino médio e fundamental também está em crescimento.

Curiosidades

A filosofia ocidental é baseada no estudo de pensadores gregos que viveram nos séculos IV e V aC.: Sócrates, Platão e Aristóteles. No entanto, povos tão antigos quanto os gregos, como os chineses, hindus, persas, índios americanos, hebreus, árabes e africanos já tinham grande cultura e pensamentos filosóficos.
Os chineses, por exemplo, criaram uma filosofia profunda sobre a oposição e a existência das coisas, o chamado Yin e Yang. Entretanto a cultura ocidental incorporou as tradições gregas, e tem uma tese a respeito do pensamento filosófico: teve início no século VI aC. e o primeiro filósofo foi Tales de Mileto.
No século XVIII a filosofia se expandiu, abrangendo vários outros campos, como por exemplo, a filosofia da arte e a da história. Já no século XX surgiram a filosofia da ciência e da linguagem, sendo também estes campos muito amplos de trabalho.
Fonte: www.brasilprofissoes.com.br
Filosofia

Perfil do curso

Formar profissionais aptos a desenvolver pesquisa na área de filosofia e habilitá-los a ministrar cursos de nível médio e superior.

Perfil do profissional

Habilidade para a investigação filosófica, reflexão crítica, capacidade de dedução e poder de síntese.

Área de Atuação

Instituições de pesquisa, universidades e estabelecimentos de ensino médio, público e privado, consultorias, participação em palestras, etc.
Fonte: www.uerj.br
É a busca contínua do conhecimento do Homem e sua realidade em todos os aspectos, através da análise, reflexão e da crítica.

O Filósofo

Utiliza a razão e a argumentação para investigar o “vai-e-vem” entre o pensar e o agir, para compreender a realidade sob seus vários aspectos.
Torna-se especialmente importante quando a sociedade passa por grandes mudanças e crises de valores éticos e morais. Com seu questionamento, ele ajuda a humanidade a pensar, perceber e definir seus limites e competência.
Realiza o exame aprofundado, análise e julgamento de obras literárias, artísticas ou científicas. Pode escrever livros, artigos para jornais, revistas, editoras e empresas de comunicação (Crítica).
Investiga problemas como a natureza e existência de Deus e origem do Homem.
Faz estudos sobre temas, problemas e conceitos filosóficos a serem utilizados em investigações científicas. Nessa área, associado a institutos científicos, de pesquisa e de ensino, faz reflexões sobre os valores que regem a existência e o comportamento do homem. (Pesquisa).
Pode dar aulas no 1.º e 2.º graus e em nível universitário.

Onde Pode Trabalhar

Área de jornalismo — em jornais e revistas escrevendo ensaios e críticas.
Magistério — ensino de 1.º, 2.º e 3.º graus.
Área de pesquisa — ligada a instituições de nível superior ou instituições como Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ou Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O Curso

Por ter um mercado de trabalho limitado, este curso prepara seus alunos para atuar nas mais variadas áreas da vida nacional, da Cultura, da Educação, da Política e da Administração, pois busca desenvolver a reflexão, a análise crítica e a construção de uma nova consciência, a partir da interpolação da realidade atual. É formado por disciplinas que dividem em dois campos: o da tradição filosófica, em conteúdos como História da Filosofia Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea, assim como História do Pensamento Filosófico no Brasil. O segundo campo engloba disciplinas ditas instrumentais, destinadas a preparar o aluno para realizar uma análise crítica da realidade. Neste campo são concluídos conteúdos como Lógica, Ética, Metafísica, Psicologia Social e da Educação, Antropologia Filosófica, Teoria do Conhecimento e Estética, entre outras. Existem ainda, disciplinas específicas da licenciatura, que permite ao formado dar aulas

DURAÇÃO

04 anos
Fonte: www.cfh.ufsc.br
Filosofia

Sobre a profissão

É o campo da ciência que se ocupa da investigação, análise e reflexão dos ideais de mundo e de existência que temos. As inquietações do homem a respeito da construção de sua realidade e do seu pensamento foram o ponto de partida para o surgimento da prática filosófica, articulada ainda na antiguidade.
O filósofo dedica-se à investigação e ao questionamento profundo e metodológico da essência pura da natureza, do conhecimento, do comportamento filosófico e da própria existência. São cinco grandes campos de conhecimento dos quais se ocupa a filosofia: Lógica, Metafísica, Epistemologia, Ética e Estética.
No estudo da Lógica o filósofo investiga o desenvolvimento do pensamento e da articulação argumentativa, é a Lógica que se encarrega de dar sentido cognitivo às nossas idéias. A Metafísica, por sua vez, se encarrega do estudo do campo que está além do que os ensinamentos da física podem abstrair, ela investiga a noção de realidade concreta que temos.
No campo da Epistemologia se concentram os questionamentos sobre o modo de se fazer a investigação científica, funciona como uma teoria da construção do conhecimento. Já a Ética, grosso modo, se encarrega da distinção entre o comportamento e a ação devida e não devida. Por fim, a Estética é o campo que trata da nossa conceituação de belo, já foi chamada de filosofia da arte.

Tipos de Curso

a) Nível Superior

Bacharelado
Duração média de 4 anos. Como é uma ciência muito antiga, a filosofia tem uma vasta e complexa bibliografia consagrada. O aluno de filosofia deve estar preparado para a leitura de todas essas obras. Autores como Platão, Kant, Hegel, Aristóteles, Sócrates acompanham todo o curso, que tem um primeiro ano introdutório com disciplinas de filosofia geral. No decorrer do curso o aluno entra em contato com todos os campos da filosofia, estuda metafísica, lógica, ética, epistemologia e estética.

b) Nível Superior

Licenciatura
Duração média de 4 a 5 anos. O curso de Filosofia Licenciatura segue a mesma grade curricular do curso de bacharelado, acrescido das disciplinas pedagógicas que permitem que o profissional se encarregue do magistério da disciplina no ensino fundamental e médio.

c) Cursos Livres

Nos últimos anos a Filosofia tem encontrado espaço de articulação em diversos cursos livres. Escolas, Instituições Ong’s, Associações e outras comunidades articuladas têm oferecido cursos livres de filosofia, com o propósito de popularizar esse conhecimento e incentivar o desenvolvimento do pensamento.

Mercado de Trabalho

O mercado de trabalho para o filósofo não é demasiadamente amplo, mas é bastante estável. Muito relacionada ao magistério, a Filosofia está presente como disciplina obrigatória em diversos currículos do ensino médio e superior, o que ajuda a aquecer o mercado de trabalho para os filósofos.
Mas foram instituições como a Casa do Saber, em São Paulo, e Sophia +, no Rio de Janeiro, que deram o ponta pé inicial em um processo de popularização dos ensinamentos filosóficos. Mesmo tendo uma vocação para o atendimento das classes mais abastadas financeiramente, esses centros de estudo incentivaram uma discussão sobre a filosofia fora dos centros acadêmicos tradicionais, culminando na criação da série Ser ou Não Ser, exibida pelo Fantástico, na Rede Globo.
Esse aumento da proximidade entre o público leigo e a filosofia auxiliou no alargamento do mercado de trabalho do filósofo, que alcançou uma maior intensidade de trabalho fora das escolas.

Ofertas de Emprego

Mesmo com as recentes mudanças no relacionamento da sociedade com a filosofia, é no magistério que ainda se concentra a maioria das vagas de emprego. Os postos de trabalho se espalham por todo território nacional, principalmente nas capitais e cidades interioranas de médio e grande porte. O Filósofo licenciado pode dar aulas para o ensino fundamental e médio. Para dar aulas nas universidades é preciso que se tenha um curso de pós-graduação.
Além do magistério o filósofo também pode trabalhar na análise crítica de obras artísticas, como peças de teatro, programas de televisão, livros, textos acadêmicos. Ele está apto a escrever artigos sobre o desenvolvimento do conhecimento e sobre a obra de outros autores.
Na pesquisa científica o filósofo também tem cadeira cativa. Tanto pode desenvolver estudos sobre o comportamento do fazer científico da contemporaneidade, quanto pode trabalhar na revisão das teorias já cunhadas.
Como consultor ético pode trabalhar em instituições hospitalares, na revisão de processos judiciais e em organizações não governamentais de incentivo de projetos sociais e culturais.
Fonte: www.cursocerto.com.br

O que é

O filósofo busca o conhecimento do homem e do mundo. Ele investiga a fundo questões da arte, da ciência, da história, da política e da religião, entre outras. Por ser um estudioso por excelência, pode dar aulas e prestar consultoria para organizações culturais, científicas, educacionais. Produz teses acadêmicas, publica livros e escreve para a imprensa.

Áreas de atuação

O ensino é sua grande área de atuação, tanto no ensino médio quanto no superior. Para dar aulas em faculdades e universidades é preciso ter pós-graduação. Outro nicho de atividade é a pesquisa, também no âmbito acadêmico, produzindo teses e dissertações. Como crítico, colabora com artigos e resenhas para a imprensa escrita e participa de programas e debates televisivos.

Mercado de trabalho

A maior parte dos graduados encontra trabalho como docente. No ensino médio de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul a filosofia é disciplina obrigatória. Em São Paulo e em Brasília têm surgido cursos para leigos em casas de cultura. Os maiores empregadores são instituições de ensino superior, onde o professor encontra vagas em vários cursos na área de humanas. Empresas empregam o filósofo para lidar com questões de ética profissional e como consultores em projetos sociais e culturais.
Fonte: carreiras.empregos.com.br




É a prática de análise, reflexão e crítica na busca do conhecimento do mundo e do homem. O filósofo dedica-se a investigar e a questionar com profundidade e rigor metodológico a essência e a natureza do Universo, do homem e de fatos. Estuda as grandes correntes do pensamento e a obra dos filósofos. Faz reflexões sobre questões éticas, políticas, metafísicas e epistemológicas, além de buscar compreensão teórica de conceitos, como os de espaço, tempo, verdade, consciência e existência. Desenvolve pesquisas, dá aulas e presta consultoria para instituições científicas, artísticas e culturais. Também está habilitado a implantar projetos educacionais em escolas e empresas.

O mercado de trabalho

O mercado de trabalho é promissor. Com o interesse do público leigo por cursos livres de filosofia e áreas afins, aumenta a demanda pelo profissional em centros culturais de grandes metrópoles, como a Casa do Saber, de São Paulo (SP), e o Sophia +, de Brasília (DF), onde o filósofo encarrega-se de organizar e ministrar cursos. Apesar desse nicho em ascensão, a maior parte dos formados ainda atua como professor em faculdades e escolas de ensino médio e fundamental. A área de educação está aquecida, pois desde 2007 entrou em vigor uma lei federal que torna a filosofia disciplina obrigatória em todas as escolas públicas e privadas de ensino médio do país.
Em São Paulo, as ofertas de trabalho com maior remuneração estão nas faculdades particulares, para lecionar em cursos como Administração, Direito, Ciências Sociais, Jornalismo e Medicina. Para isso, no entanto, é necessário ter pós-graduação. Há oportunidades ainda em alguns órgãos públicos, em ONGs voltadas para a área social e em complexos complexos hospitalares para atuar geralmente como consultor ético. Empresas de recursos humanos ou com investimento em projetos culturais também costumam contratar filósofos para realizar palestras ou prestar consultoria.

O curso

Prepare-se para ler e escrever muitas dissertações e monografias, além de participar de seminários e palestras. É preciso mergulhar de cabeça em obras de mestres como Platão, Kant e Hegel. No primeiro ano, o currículo é baseado em matérias mais básicas, nas quais você estuda introdução à filosofia e filosofia geral. No decorrer do curso entram as disciplinas temáticas, como história da filosofia (antiga, medieval, moderna e contemporânea), lógica, teoria do conhecimento, filosofia da ciência e da linguagem, estética, filosofia da arte, ética e filosofia política. É obrigatória a apresentação de um trabalho de conclusão ao final do curso.

Duração média

Quatro anos.

O que você pode fazer

Crítica
Analisar e julgar obras artísticas e literárias, escrevendo artigos para jornais, revistas e outros meios. Analisar a sociedade em questões éticas, políticas e epistemológicas.
Ensino
Lecionar em escolas de ensino médio, com licenciatura. Para o ensino superior, é preciso ter pós-graduação.
Pesquisa
Desenvolver estudos acadêmicos sobre diversos temas nas áreas de lógica, filosofia da ciência, ética, estética, filosofia da arte ou da política, entre outros.
Fonte: guiadoestudante.abril.com.br
Filosofia

Perfil do profissional

A Filosofia tem importante papel em nossa sociedade. Reflete sobre o mundo, o homem e tudo que diz respeito a eles, ou seja, a sociedade, a ciência, a violência, a arte, a vida, a morte, as relações entre os homens e do homem consigo mesmo, a religião.

Mercado de trabalho

Escolas de ensino médio, tanto públicas quanto privadas. A tendência é de crescimento do mercado, já que o MEC determinou que, a partir de 2008, a disciplina de Filosofia será obrigatória no ensino médio.
Fonte: www.estacio.br

Quais as características que favorecem a profissão? Onde o profissional formado em filosofia atua?

O filósofo busca desvendar e explicar a personalidade e a conduta do ser humano, acompanhando a evolução do pensamento desde os primórdios.
Cabe ao filósofo despertar a reflexão nos homens, diante de si, de seus atos, da sociedade, e do mundo.
Espírito investigativo, capacidade de análise, capacidade de reflexão, gosto pela pesquisa são algumas características que favorecem a profissão.
O filósofo pode trabalhar como professor no ensino universitário ou de 2º grau, prestar consultoria a empresas para a aplicação de palestras junto aos funcionários, no setor editorial, escrevendo e analisando artigos e reportagens para revistas, jornais e outras publicações, etc.

O que é abordado no curso de filosofia?

Estética, História da Filosofia Antiga, História da Filosofia Medieval, História da Filosofia Moderna e Contemporânea, Lógica, Ética e Filosofia Política, são algumas das disciplinas do curso.
Durante o curso, o aluno terá muita leitura antiga e contemporânea, trabalhos e pesquisas.
Uma vez formado, o aluno poderá iniciar seus estudos a nível de pós-graduação, desta forma, aumentando as suas chances de no mercado de trabalho, além de aumentar seus conhecimentos.
No curso de Filosofia, o universitário aprende a conhecer todas as questões levantadas pelos grandes pensadores, alimentando a sua própria reflexão. São quatro anos de estudos e o estágio é obrigatório para as disciplinas pedagógicas. O estudo filosófico tem a intenção de ampliar incessantemente a compreensão da realidade, no sentido de aprendê-la na sua amplitude, buscando conceitos e classificações.

Mercado de trabalho

A grande maioria dos Filósofos atua no ensino de 2º e 3º graus.
Os melhores empregos estão junto aos jornais, editoras, empresas de rádio e TV, para atuar como escritor ou crítico.
A consultoria a grandes e médias empresas também oferece boas oportunidades de emprego.
Fonte: br.geocities.com
Filosofia
O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza, mas é um caniço pensante. Blaise Pascal, filósofo francês do séc. 17, sintetiza com essa breve frase a potencialidade que transforma o ser humano em um animal sublime.
Artista do pensamento, o homem pinta no belo quadro da vida uma infinidade de nuances misturando as cores fortes da virtude e da coragem ao efeito tênue e delicado das equações racionais. O produto desta complexa mistura é uma obra de arte repleta de enigmas, labirintos, caminhos e descaminhos – o chamado conhecimento.
Como não se espantar com esta beleza? Como não se apaixonar pelo mistério velado em cada ínfima coisa? Qual é nossa tarefa nessa grande obra de arte? Por que, para que e como pertencemos a ela?
Questões como essas e tantas outras só vêm a endossar o que já desconfiava o velho Aristóteles (384-322 a.C.) há milhares de anos; postulava ele: “O homem tende, por natureza, ao conhecimento”. E mais do que isso, talvez endosse também o que pensava Nietzsche (1844-1900) ao afirmar que: “Nosso tesouro está onde estão as colméias do nosso conhecimento”.
Atividade primordial da razão humana, a filosofia vem justamente investigar o tesouro do conhecimento humano, examinar a existência em seus limites mais profundos e recônditos, num jogo provocante em que o brilho de uma resposta oculta o mistério de cem novas perguntas. Por essa razão “Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver tentado abrir” (Rene Descartes, 1596-1650).
Não há dúvidas de que, como desconfiava Shakespeare, “Há mais mistérios entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia”. Contudo, também não há dúvida de que a pequena parcela deste grande enigma da vida, que a filosofia é capaz de nos revelar, torna a existência muito mais saborosa, estimulante e digna de ser vivida, pois, como dizia Lou Andréas-Salomé (1861-1937): “Acredite: a vida lhe dará poucos presentes; se queres uma vida, aprenda a roubá-la!”.

CAMPO DE ATUAÇÃO

O campo de atuação do profissional de Filosofia, sobretudo do licenciado, foi consideravelmente expandido nos últimos anos.
A primeira grande possibilidade é a docência no Ensino Médio, que a partir do ano de 2008, com a alteração do artigo 36 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 20 de dezembro de 1996, tornou-se obrigatória em todo o território nacional.
Por ter ficado distante dos currículos obrigatórios por décadas, os cursos de Filosofia tiveram seu número reduzido, consequentemente os profissionais desta área ainda são muito escassos. Ocorre que, com a volta da obrigatoriedade, este profissional voltou a ser extremamente valorizado, de forma que, o hoje, o professor de filosofia está muito bem cotado.
Por sua característica universalista e crítica de investigação da realidade, a Filosofia ainda permite a atuação em diversas áreas e segmentos.
Apenas para exemplificar podemos citar os mais comuns: consultorias e assessorias em empresas, jornais, revistas, editoras, meios de comunicação em geral, organizações não-governamentais, pastorais, iniciativas acadêmicas, científicas, políticas e pedagógicas.
Há, ainda, a possibilidade da carreira acadêmica e pesquisas em nível de pós-graduação (Especialização, Mestrado e Doutorado)

CURRÌCULO

O currículo do curso de Licenciatura em Filosofia Ead está estruturado para fornecer um embasamento sólido e abrangente tanto para a formação do professor quanto para a do especialista na área.
Tendo como eixo norteador a História da Filosofia, o curso abrange ainda inúmeras outras áreas de investigação filosófica como Ética, Metafísica, Estética, Religião, Lógica, Ciência, Política, Sociologia, Antropologia etc.
As disciplinas do currículo contemplam, também atividades práticas que promovem a atuação e conhecimento do aluno em relação às exigências e possibilidades da profissão. Nesse sentido, inserem-se os Estágios, que colocam o aluno em contato direto com o seu campo de atuação, preparando-o para o mercado de trabalho.
Para alunos que já cursaram cursos livres em seminários e afins, e mesmo para aqueles que possuem conhecimento na área, há a possibilidade de análise curricular ou prova de proficiência para dispensa de disciplinas.
Fonte: www.claretiano.edu.br

Filosofia


Filosofia

Objetivo do Curso

·formar intelectuais professores aptos a ministrar conhecimentos que compreendem não apenas a Filosofia, mas, também, outras disciplinas das ciências humanas.
·Possibilitar ao aluno um desenvolvimento intelectual fundamentado em uma prática pedagógica interdisciplinar. O resultado deste processo será um intelectual professor versado em Filosofia, que conseguira ultrapassar as barreiras que estabelecem as particularidades entre as ciências humanas, e até mesmo exatas e biológicas.
·dominar o conteúdo interno da Filosofia e estabelecer contato com as outras ciências humanas.
·Formar profissional capaz de organizar e transmitir um pensamento complexo e racional, interprete e formador de opinião.

Você sabia?

Considerando o amplo sentido da palavra filosofia, é conveniente que se esclareça, em primeiro lugar, que, no seu sentido estrito, acadêmico, filosofia designa uma reflexão sobre a natureza das coisas, que teve origem na Grécia, no século VI a.C., e que, sem aniquilar outras formas de pensamento, impôs-se sobre elas, e tornou-se um componente essencial da visão de mundo e da maneira de ser do Ocidente. É a esta forma de pensamento que devemos nossas ciências e, em grande parte, nossa maneira de nos sentir no mundo. A força desse tipo de pensamento provém do profundo comprometimento que ele tem com a racionalidade e com sua característica de impor-se como o instrumento último na busca de explicações sobre a natureza das coisas. Isso tudo que está sendo dito não explica ainda o que é filosofia. Mas será que isso é possível?
Há saberes que são definidos pelo campo de objetos que estudam, mas a filosofia não tem objetos próprios. Qualquer coisa pode ser objeto de investigação filosófica. Pois o que caracteriza a filosofia não é o tipo de coisa que ela investiga, mas o tipo de questão que ela levanta e a maneira como ela tenta responder a essa questão. São questões sobre os fundamentos e sobre o sentido último de todas as coisas que nos cercam, do que somos, do que fazemos e do que pensamos. Questões de um tipo que, sabemos de antemão, não permite respostas definitivas, mas que são importantes demais para que fiquem sem uma reflexão. Se ainda não está claro o que é filosofia, no seu sentido acadêmico, é porque só é possível chegar a uma compreensão do que ela é ao se entrar em contato com o que ela produz. E é isso, em grande parte, o que um curso de filosofia propicia: ler os textos dos grandes filósofos, conhecer as grandes questões que já foram levantadas, a variedade das respostas que foram apresentadas por aqueles que são reconhecidos como grandes pensadores, e entender que nenhuma delas é a resposta final, mas que as questões continuam todas lá, a suscitar outras respostas e outras questões, à espera de nossa própria reflexão.

Perfil Profissional

O curso de Filosofia prepara seus alunos não só para a tarefa do ensino desta disciplina, mas também para a atividade de investigação teórica em diferentes áreas do conhecimento científico. Este último aspecto, na medida em que desenvolve no aluno a capacidade crítica e reflexiva, permitirá também ao formando aproveitar os instrumentos proporcionados pelo curso no exercício de outras atividades profissionais.

Principais Atividades

O objetivo da filosofia é o de suscitar perguntas, levantar o porque das coisas, instigando a respostas as diversas, por este motivo, enriquecedoras e atuais. Respostas iguais destituiriam a filosofia de seu próprio cerne. O ser humano se enriquece quando em contato com as diferenças de outro ser humano, em que os pensamentos se interagem, amoldando-se. As diferenças são o que igualam o ser, levando-o à busca do conhecimento, e, na medida em que é alcançado, o desenvolvimento se favorece.

Áreas de Atuação

O mercado de trabalho para o filósofo não é demasiadamente amplo, mas é bastante estável. Muito relacionada ao magistério, a Filosofia está presente como disciplina obrigatória em diversos currículos do Ensino Médio e Superior, o que ajuda a aquecer o mercado de trabalho para os filósofos.
Mesmo com as recentes mudanças no relacionamento da sociedade com a filosofia, é no magistério que ainda se concentra a maioria das vagas de emprego. Os postos de trabalho se espalham por todo território nacional, principalmente nas capitais e cidades interioranas de médio e grande porte. O Filósofo licenciado pode dar aulas para o Ensino Fundamental e Médio. Para dar aulas nas Universidades é preciso que se tenha um curso de pós-graduação.
Além do magistério o filósofo também pode trabalhar na análise crítica de obras artísticas, como peças de teatro, programas de televisão, livros, textos acadêmicos. Ele está apto a escrever artigos sobre o desenvolvimento do conhecimento e sobre a obra de outros autores.
Na Pesquisa Científica, o filósofo também tem cadeira cativa. Tanto pode desenvolver estudos sobre o comportamento do fazer científico da contemporaneidade, quanto pode trabalhar na revisão das teorias já cunhadas.
Como consultor ético pode trabalhar em instituições hospitalares, na revisão de processos judiciais e em Organizações Não Governamentais (ONGs)de incentivo de projetos sociais e culturais.
Fonte: www.unoeste.br
Filosofia

O profissional

O curso forma professores (licenciatura plena) habilitados para lecionar Filosofia nos diversos níveis de ensino. Forma, também, pesquisadores capazes de promover avanço teórico nas áreas filosóficas, desenvolver o espírito crítico e explorar as relações entre a Filosofia e os outros campos do saber, como Educação, Ciência, Ética, Arte, Linguagem, Religião e Política. Ao concluir o curso, o profissional estará habilitado tanto para atuar como professor de Filosofia na educação básica, como para prosseguir seus estudos em nível de pós-graduação – especialização, mestrado e doutorado.
Conforme a legislação vigente, o professor formado neste curso poderá, também, lecionar a disciplina História na educação básica.

Mercado de trabalho

A atividade docente com alunos dos ensinos Fundamental e Médio é um campo de trabalho em franca expansão no Estado de São Paulo e em todo o país, além de ser um dos principais campos de atuação para os formados na área. O profissional, entretanto, pode direcionar sua atuação ao aprofundamento da interdisciplinaridade, a partir de uma abordagem filosófica com as diversas vertentes de linguagem científica e artística.
Outra possibilidade é o desenvolvimento de projetos de estudo em instituições de ensino e pesquisa. A Filosofia ainda permite o desenvolvimento de uma competência ética e teórica para assessoria em áreas como política, ética, estética e científica, em âmbito legislativo, editorial, executivo e jurídico, curadoria artística, no terceiro setor e na cooperação internacional.
Fonte: www.metodista.br

Senhora da indagação

Preocupada com o uso da razão, Filosofia ensina que perguntas podem ser mais importantes que respostas
O tempo intrigava Igor Mota Morici, de 24 anos, quando ainda criança. Ele se perguntava se seria possível, ou não, uma viagem pelo tempo, mas não podia prever que dúvidas como essa tomariam nova consistência quando se tornasse adulto. “Minha tendência sempre foi a de me interessar por questões que envolviam muito mais as especulações que as investigações empíricas”, atesta Igor, que acaba de concluir o curso de Filosofia e se prepara para as provas de mestrado. Certo de que conciliará a carreira de pesquisador com a de professor, Igor lembra que teve dúvidas, e muitas, ao optar pela Filosofia, mas essas se dispersaram quando decidiu que deveria seguir uma profissão que lhe desse prazer, além de condições de sobrevivência.
“É um curso difícil, mas que não tem segredo. Quem quiser aproveitá-lo, para não se tornar um profissional fajuto, tem que ser muito aplicado. Se a leitura significar sofrimento, então, pode desistir, porque será besteira prosseguir. Ler muito é essencial, inclusive em outras línguas”, avalia Igor, um estudioso de grego antigo. A Filosofia foi apresentada a ele pelas aulas de um professor de Português, quando estava no segundo ano do Ensino Médio. “Era interessante, porque o professor nos ajudava no caminho das buscas”, lembra.
No início do curso, Igor pretendia seguir a licenciatura, caminho alterado quando experimentou a pesquisa, no terceiro período, no, então, Programa Especial de Treinamento, em que os alunos participantes desenvolviam pesquisas próprias e discutiam em grupo problemas comuns. Ao se aprofundar nos textos de Aristóteles, ele percebeu que seria necessário adotar a pesquisa até o final da graduação e, mesmo, além dela. Por isso mudou para o bacharelado, sem abdicar da idéia de ser professor do Ensino Médio. A Filosofia, diz Igor, não se fecha na carreira de professor, mas esse é o mercado de trabalho mais provável. Ele se interessa, também, por traduções. “Fora do Brasil, é comum filósofos se dedicarem a traduções, porque, no caso da Filosofia, elas sempre exigem um nível de interpretação.”
Por quase 30 anos, a Engenharia Mecânica foi o ganha-pão de Flávio Netto Fonseca, de 50 anos. A vida começou a mudar em 1999. Ele enfrentou um novo Vestibular e escolheu a Filosofia como sua nova área de atuação. Desde então, Flávio é professor em diferentes colégios e faculdades na capital mineira, uma trajetória iniciada num momento de crise profissional e pessoal, quando ele tentou encontrar explicações para a rejeição, pelo mercado de trabalho, de profissionais com mais experiência e que tinham, em média, 40 anos. “Li muitos livros de Psicologia e de Filosofia, tentando entender o fenômeno que, muito comumente, causava uma grande baixa estima em quem passava pelo problema”, lembra.
Muito antes dessa época, entretanto, Flávio já havia se interessado pelos textos filosóficos, por causa da militância política. “Foi um retorno aos estudos e uma reviravolta que trouxe mudanças para muito melhor”, testemunha. “A Engenharia me dava retorno financeiro, mas a educação me oferece muito mais”, diz, contando que seu próximo passo será a realização do mestrado, também em Filosofia. Para ele, a descoberta principal que pode ser feita na Filosofia é a de que ela é uma ciência em que as perguntas são muito mais importantes do que as respostas.
Flávio elegeu o tripé “estética, cognição e ética” para permear as discussões travadas nas salas de aula, que podem nascer de “simples” propagandas na televisão. “É impossível imaginar a quantidade de fatos do cotidiano que servem de exemplos para discussões feitas à luz da Filosofia e é disso que mais gosto, porque dou aulas para jovens. O que tento ensinar a eles é que precisam ser pessoas críticas, porque essa característica nos distingue como seres humanos. A contribuição dos conceitos filosóficos para essa formação é inestimável”, atesta o professor.

Paixão pela crítica

A reflexão e a crítica são companheiras inseparáveis de quem apostar na Filosofia. Junte-se a elas uma enorme disposição para estudar e receber como um prêmio o desenvolvimento da capacidade de ver e analisar o fazer humano e o desenrolar do mundo de uma forma diferenciada, afastada do senso comum e apoiada no conhecimento aprofundado das idéias, do pensamento. Acerta em cheio quem pensa que o curso de Filosofia é denso, reflexo de uma leitura dirigida de textos históricos e contemporâneos complexos.
Tais características não devem afastar os candidatos, avisa o coordenador do Colegiado de Graduação, professor Ernesto Perini Santos, pois o curso, normalmente, surpreende e incentiva o interesse pelos conhecimentos que vão se acumulando. A sólida base histórica e filosófica oferecida resume um enorme potencial de compreensão dos tempos atuais e de questões que se revelam no cotidiano.
O que atrai os estudantes para a Filosofia?
O aluno de Filosofia se interessa, primeiro, pelas Ciências Humanas. Ao entrar no curso ele tem uma idéia vaga do que é Filosofia e manifesta muita vontade de estudar e de ler. No geral, ele se surpreende e não se frustra com o curso. No momento em que percebe a riqueza do mundo filosófico, o aluno dedica-se e aprende a ter rigor e disciplina grandes, necessários aos estudos de textos e de conceitos.
Ainda prevalece uma idéia romântica a respeito da Filosofia?
Os alunos se surpreendem exatamente porque, muitas vezes, têm a idéia de que a Filosofia não se desenvolve de maneira acadêmica. Não existe nada de errado em se lerem textos filosóficos de maneira livre, mas, no curso, os estudantes percebem que a Filosofia exige o estudo sistematizado e uma disciplina a que eles terão que se acostumar.
E como é o curso de Filosofia na UFMG?
O curso tem dois eixos. Um histórico, que trata das filosofias Grega, Medieval, Moderna e Contemporânea. O outro é temático e inclui disciplinas mais voltadas para as discussões sobre temas como ética, teoria do conhecimento e estética.
Onde os filósofos se enquadram no mercado de trabalho?
Eles, basicamente, dão aula, pois empregos em empresas são poucos, apesar de existir uma pequena demanda, que considero pouco representativa. O mercado para professores cresceu muito com a inclusão da Filosofia como disciplina no Ensino Médio e até no Fundamental, com a exigência da matéria em provas de Vestibulares de outros cursos que não o de Filosofia e, ainda, com a ampliação das instituições de Ensino Superior.
O curso de Filosofia é muito procurado por alunos de cursos bastante heterogêneos, na UFMG. Por que eles se interessam pela Filosofia, a ponto de lotarem praticamente todas as disciplinas ofertadas como optativas?
Eles sentem a necessidade de ampliar a visão de mundo e acreditam que a Filosofia lhes possibilitará uma compreensão mais crítica e questionadora de acontecimentos do dia-a-dia.
Fonte: www.ufmg.br
Filosofia
O curso tem por objetivo capacitar o aluno a:
planejar, executar e avaliar as atividades pertinentes ao ensino da Filosofia
levar em consideração as expectativas dos estudantes em relação ao programa de ensino de Filosofia
manter a coerência entre o conteúdo de Filosofia ministrado e o conteúdo programado
colocar a disciplina Filosofia a serviço da formação humana e profissional dos alunos
estabelecer e comunicar, de forma clara, os objetivos do ensino de Filosofia
estabelecer e comunicar, de forma clara, os objetivos do ensino de Filosofia
apresentar domínio do conteúdo de Filosofia a ser ensinado
adotar uma metodologia de ensino de Filosofia, coerente com os objetivos estabelecidos no plano da disciplina, centrada na participação dos estudantes, favorecendo um ambiente de aprendizagem cooperativa entre os estudantes
comunicar com clareza as orientações de aprendizagem
adequar a complexidade das atividades de aprendizagem ao nível de desempenho dos estudantes
utilizar adequadamente os recursos de aprendizagem, incluindo a adoção de novas tecnologias (como vídeo, internet e recursos de informática) aplicadas ao ensino da Filosofia
receber e fornecer "feedback" aos estudantes, sobre seu desempenho no processo de aprendizagem de Filosofia
estabelecer um relacionamento positivo com os estudantes de Filosofia
localizar e orientar o acesso dos estudantes a recursos bibliográficos e demais fontes de informação relacionados ao estudo da Filosofia
organizar e implementar um sistema de avaliação da disciplina de Filosofia, a serviço da aprendizagem dos estudantes

Área de Atuação

O curso de Filosofia da Faculdade Salesiana pretende formar, antes de tudo, um profissional do magistério de filosofia, que seja também um profissional do conhecimento, do confronto entre teorias, realidade e comportamento.
É também um profissional a serviço do ensino, da pesquisa, capaz de dar orientação, consultoria e assessoria em instituições culturais e artísticas, assim como nas áreas de saúde (ética e bioética), jurídica (ética e lógica), e organizacional em projetos específicos, em empresas de comunicação, no mercado editorial (conselho editorial e editoração), em órgãos de planejamento social, educacional, econômico e político.

O mercado de trabalho

É a prática de análise, reflexão e crítica na busca do conhecimento do mundo e do homem. O filósofo dedica-se a investigar e questionar com profundidade e rigor metodológico a essência e a natureza do universo, do homem e de fatos. Estuda as grandes correntes do pensamento e a obra dos filósofos. Faz reflexões sobre questões éticas, políticas, metafísicas e epistemológicas, além de buscar a compreensão teórica de conceitos, como os de espaço, tempo, verdade, consciência e existência. Desenvolve pesquisas, dá aulas e presta consultoria para instituições científicas, artísticas e culturais. Também está habilitado a implantar projetos educacionais em escolas e empresas.
O mercado de trabalho para esse profissional é promissor. Com o interesse do público leigo por cursos livres de Filosofia e áreas afins, aumenta a demanda pelo profissional em centros culturais de grandes metrópoles. Eles são encarregados de organizar e ministrar esses cursos. Apesar desse nicho em ascensão, a maior parte dos formados ainda atua como professor em faculdades e escolas de Ensinos Médio e Fundamental. Há vagas em escolas particulares e publicas em todo o Brasil onde filosofia é disciplina obrigatória nas escolas de Ensino Médio. Há vagas ainda em alguns órgãos públicos, ONGs voltadas à área social, e complexos hospitalares para atuar geralmente como consultor ético. As empresas de recursos humanos ou com investimento em projetos culturais costumam contratar filósofos para dar consultoria a equipes.

Perfil do egresso

O curso de Filosofia da Faculdade Salesiana de Vitória pretende formar, antes de tudo, um profissional do magistério de Filosofia, que seja também um profissional do conhecimento, do confronto entre teorias, realidade e comportamento. É também um profissional a serviço do ensino, da pesquisa, capaz de dar orientação, consultoria e assessoria em instituições culturais e artísticas, assim como nas áreas de saúde (ética e bioética), jurídica (ética e lógica), organizacional em projetos específicos, em empresas de comunicação, no mercado editorial (conselho editorial e editoração), em órgãos de planejamento social, educacional, econômico e político.
Fonte: www.faculdadesalesiana.edu.br