quinta-feira, 14 de março de 2013

Desvio de dízimos na Igreja Cristã Maranata aponta fraude milionária





Desvio de dízimos na Igreja Cristã Maranata aponta fraude milionária

Liderança nacional está envolvida e caso foi parar na justiça
Um esquema de corrupção montado pela liderança nacional da Igreja Cristã Maranata desviou, no mínimo, R$ 21 milhões nos últimos anos. A rede de envolvidos inclui pastores, diáconos e fornecedores.
Uma investigação está sendo feita pelo Ministério Público do Espírito Santo após denúncia da própria instituição. O caso corre na justiça e até agora os únicos nomes revelados foram o do vice-presidente, Antônio Ângelo Pereira dos Santos, e o contador da Maranata, Leonardo Meirelles de Alvarenga.
Outros três pastores e um diácono foram afastados de suas funções administrativas e religiosas pela diretoria da Igreja, que diz já ter adotado providências contra as irregularidades.
O caso ainda está sendo investigado mas, em nota, o MP adiantou que os documentos apresentados exigem uma melhor apuração, mas já foram detectados várias irregularidades e crimes.
Aproveitando da isenção de tributos que as igrejas possuem e do dinheiro doado mensalmente pelos fiéis, alguns líderes fizeram uso ilegal. Entre os crimes praticados estão: desvio de recursos para o exterior, criação de empresa irregular, contrabando, fraudes ao Fisco e ao sistema financeiro.
O caso envolve diretamente membros do presbitério da igreja, em Vila Velha, Espírito Santo. Ali são administrados cerca de 5 mil templos espalhados pelo Brasil. A Maranata funciona num sistema de caixa único, por isso o fluxo de dinheiro é muito grande e um controle mais rígido é difícil. Embora a igreja não informa quanto arrecada, mas diz ser uma das que mais crescem no país.
Já ficou evidenciado que o golpe era feito através da emissão de notas fiscais frias, num esquema que beneficiava fornecedores do Presbitério da Maranata. Existem também indícios que empresas foram criadas em nome de “laranjas” para viabilizar o golpe. Contudo, nas apurações, os envolvidos afirmaram apenas que o dinheiro era usado para “ajudar irmãos no exterior”.
Até o momento já foi revelado que parte dos recursos desviados foi usada na compra de carros e imóveis e no pagamento de contas pessoais do grupo de pastores envolvidos.
“Por várias vezes fui orientado a depositar valores na conta do Antônio Ângelo para pagamento de cartão de crédito, prestação de veículos, condomínios, compras de equipamentos”, afirmou um funcionário da igreja durante a investigação.
Parte dos recursos também era investida na compra de dólares, afirma um empresário ouvido pelo Ministério Público. “O valor era depositado nas contas das minhas empresas. No mesmo dia, eu comprava os dólares e os entregava no presbitério”. A partir de então, os dólares eram levados para o exterior nas malas de fiéis.
Para tentar acobertar os crimes, funcionários eram instruídos a destruir cópias de recibos. Alguns computadores foram, inclusive, formatados para que as provas do esquema de desvios fossem totalmente apagadas. “Os HDs foram corrompidos. Programas de envio de relatórios fiscais por internet (Receitas Federal e Estadual) foram apagados”, afirma um dos documentos apreendidos.
A contabilidade da igreja estava atrasada há pelo menos quatro anos. Isso gerou uma investigação interna da igreja, que gerou uma auditoria externa. Após confirmadas as irregularidades, uma denúncia formal foi apresentada. Ninguém foi preso ainda.
A Rádio CBN de Vitória e o jornal Gazeta divulgaram o esquema neste final de semana.
O advogado da Maranata, Sérgio Carlos de Souza, enfatiza que a Igreja não aceita as justificativas dos envolvidos de que fizeram tudo movidos por uma “visão de Deus”. “Deus não mostra caminhos para fazer algo errado. Para acobertar um procedimento ilícito, a pessoa conta qualquer tipo de história”, esclarece o advogado.
Ele assinala ainda que apesar da gravidade dos fatos, a Igreja está tranquila e todas as providências foram tomadas para preservar a instituição e ressarcir os prejuízos ocasionados pelo desvio. Mesmo assim, as denúncias acabaram causando revolta em um grande grupo de fiéis, que decidiu abandonar a igreja.
“As pessoas passaram a assistir a um culto frio que outrora não era, em que se procura defender mais ideais institucionais”, explica Leonardo Lamego Schuler, advogado do grupo dissidente, que deve se unir em outra denominação em breve.

Pastor do ES investigado por fraude na Igreja Maranata morre no PR







Pastor do ES investigado por fraude na 




Igreja Maranata morre no PR



Religioso morreu em acidente em rodovia estadual do Paraná.
Ministério Público Federal investiga a denúncia desde fevereiro deste ano.

Do G1 PR e G1 ES
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O pastor da igreja Cristã Maranata no Espírito Santo, Júlio César Viana, morreu em um grave acidente em uma rodovia estadual do Paraná, no domingo (28). Ele era um dos investigados no esquema quedesviou dinheiro do dízimo da igreja capixaba. O Ministério Público Federal investiga a denúncia desde fevereiro deste ano.
O advogado de defesa do pastor Júlio informou ao G1 que o corpo  foi velado e enterrado na última segunda-feira (29) no Sul do país. Ele ainda disse que não tem informações sobre o andamento do processo que investiga a sua participação no esquema da Maranata.
Sobre o acidente, a Igreja Maranata informou que o carro dirigido pelo pastor seguia da cidade de Marechal Cândido Rondon para Curvado, também no Paraná. Júlio César perdeu o controle em uma curva, saiu da pista, capotou e caiu num barranco às margens da rodovia PR- 467.

De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), a queda foi de aproximadamente dois metros. O pastor ficou preso nas ferragens e morreu no local. Outras três pessoas que estavam no carro tiveram ferimentos leves e foram encaminhadas para um hospital de Marechal Cândido Rondon. A polícia não soube afirmar o que fez o pastor perder o controle da direção. Não chovia no momento do acidente.
Entenda o caso
A suspeita de desvio de mais de R$ 2 milhões arrecadados do dízimo pago por fiéis, além de compras superfaturadas e caixa dois, fez ex-membros da Igreja Maranata, no Espírito Santo, processarem três pastores e um contador. Entre eles, está um ex-vice-presidente da instituição, criada há 43 anos no estado e que já possui 5,5 mil templos no Brasil e em outros países. A ação corre na 8ª Vara Cível de Vitória e o G1 teve acesso ao documento que apontava fraudes. O Ministério Público Estadual (MP-ES) informou que as denúncias direcionam para diversas irregularidades.
Como funcionava?
Um serviço que custaria, por exemplo, R$ 5 mil, era registrado como se valesse R$ 8 mil. Segundo a denúncia, a igreja pedia nota fiscal com valor superfaturado e no acerto de contas as empresas ficaram com o valor real do serviço. Os demais R$ 3 mil, nesse exemplo, eram desviados para o ex-vice presidente da igreja ou por pessoas indicadas por ele. "Vi documentos que comprovam que o patrimônio de um dos denunciados é assustador, incompatível com o que ele ganhava”, exemplificou o ex-pastor, que preferiu não se identificar. Ele ainda disse que há evidências de que a fraude acontecia desde 2006.
Investigação interna
Diante dos acontecimentos, a própria igreja maranata resolveu investigar, um procedimento administrativo foi aberto e uma comissão interna ouviu depoimentos, analisou o que aconteceu no escritório de contabilidade da igreja nos últimos 5 anos.
De acordo com o procedimento administrativo, somas que chegam a mais de R$ 20 milhões foram movimentadas nos últimos anos por meio de notas fiscais suspeitas. O dinheiro que teria sido usado, inclusive, para pagamento de prestação de imóveis, carros e compra de dólares enviados para o exterior pelo ex-vice-presidente.
Um grupo formado por ex-membros da Maranata investigou e montou um relatório sobre a atividade irregular na igreja. De acordo com o advogado que representa o grupo, os fornecedores, a pedido de um funcionário da igreja, emitiam notas fiscais superfaturadas como se os serviços houvessem sido realizadas, quando, na verdade, não eram.

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Igreja Maranata processa suspeitos de desvio de dízimo milionário no ES (Foto: Reprodução/TV Gazeta)Igreja Maranata processa suspeitos de desvio de dízimo milionário no 

Polícia intima presidente da Maranata no ES a depor sobre irregularidades






Polícia intima presidente da Maranata 




no ES a depor sobre irregularidades


Inquérito foi instaurado pela Delegacia de Defraudações e Falsificações.

Igreja disse ao G1 que recebeu a intimação para esta quinta-feira (9).

Leandro NossaDo G1 ES
Um inquérito policial foi aberto para apurar as denúncias de desvio milionário de dízimo e demais irregularidades na Igreja Cristã Maranata do Espírito Santo. Para iniciar as investigações, o presidente da igreja foi intimado e vai depor na manhã desta quinta-feira (9) na Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa), em Vitória. A igreja disse ao G1 que recebeu a intimação na manhã desta quarta-feira (8).
Segundo o titular da Defa, Gilson Gomes, o inquérito foi motivado pela repercussão pública do caso e também por ligações telefônicas feitas por fiéis para a delegacia . "Nós temos a prerrogativa de instaurar inquéritos quando tomamos conhecimento de fatos delituosos. Com base nos fatos expostos pela mídia, além da ligação de diversos membros da Maranata que expuseram muitas situações pra gente, resolvemos instaurar o inquérito. A justiça também nos mandou um ofício solicitando nossa participação no caso", diz o delegado.
De acordo com Gomes, após o depoimento do líder da instituição, outros membros e também os dois acusados, o ex-vice-presidente e o contador da igreja, também poderão ser chamados para prestar esclarecimentos. "Como a igreja moveu a ação, vamos chamar pessoas que podem ajudar na investigação, como o presidente da instituição", afirma o delegado.
A Igreja Maranata comunicou na manhã desta quarta-feira (8) que continuará as atividades da auditoria externa que identificou o desvio de cerca de R$ 2 milhões. Caso haja comprovação de mais desvios, a igreja garante que vai exigir o ressarcimento.
Denúncia
A suspeita de desvio de mais de R$ 2 milhões arrecadados do dízimo pago por fiéis, além de compras superfaturadas e caixa dois, fez ex-membros da Igreja Maranata, no Espírito Santo, fazerem denúncias, que resultaram no afastamento de três pastores e um contador. A partir das denúncias, a Igreja Maranata move uma ação na 8ª Vara Cível contra o ex-vice-presidente e o contador. Entre eles, está um ex-vice-presidente da instituição, criada há 43 anos no estado e que já possui 5,5 mil templos no Brasil e em outros país.
O Ministério Público Estadual (MP-ES) informou que as denúncias direcionam para diversas irregularidades. O contador suspeito de participar do desvio Leonardo Meirelles de Alvarenga disse, em nota, que só se pronunciará sobre a ação por meio de sua defesa. O G1 tentou contato com ex-vice-presidente da igreja, investigado no processo, mas ele não atendeu as ligações.

Como funcionava?
Um serviço que custaria, por exemplo, R$ 5 mil, era registrado como se valesse R$ 8 mil. Segundo a denúncia, a igreja pedia nota fiscal com valor superfaturado e no acerto de contas as empresas ficaram com o valor real do serviço. Os demais R$ 3 mil, nesse exemplo, eram desviados para o ex-vice presidente da igreja ou por pessoas indicadas por ele. "Vi documentos que comprovam que o patrimônio de um dos denunciados é assustador, incompatível com o que ele ganhava”, exemplificou o ex-pastor, que preferiu não se identificar. Ele ainda disse que há evidências de que a fraude acontecia desde 2006.
Igreja Maranata processa suspeitos de desvio de dízimo milionário no ES (Foto: Reprodução/TV Gazeta)Igreja Maranata processa suspeitos de desvio de dízimo milionário no ES (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

MP cumpre mandados e investiga desvios de dízimos em igreja no ES





MP cumpre mandados e investiga 



desvios de dízimos em igreja no ES


Operação ''Entre Irmãos'' cumpre 12 mandados de busca e apreensão.
Cúpula da Igreja Maranata está sendo investigada pelos crimes.

Eliana Gorritti e Glacieri CarrarettoDo G1 ES
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Operação cumpre mandados na Grande Vitória. (Foto: Eliana Gorritti/ G1ES)Operação cumpre mandados na Grande Vitória.
(Foto: Eliana Gorritti/ G1ES)
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) deu início, na manhã desta segunda-feira (26), a uma operação que investiga um esquema de desvios de doações de dízimos, lavagem de dinheiro, falsificações de documentos e ocultação de bens da Igreja Cristã Maranata.
A ação denominada ''Entre Irmãos'' está cumprindo, por meio do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), um total de 12 mandados de busca e apreensão e conta com o apoio da Ronda Tática Motorizada (Rotam) da Polícia Militar, na Grande Vitória. Também são investigadas as participações de policiais na segurança de integrantes.
Por meio da assessoria de imprensa, a Igreja Maranata informou que os advogados a instituição “estão se inteirando do processo e das acusações e devem se pronunciar somente após as 11 horas desta segunda-feira (26)”.
Os alvos da operação são igrejas, um escritório de contabilidade e até a residência de um contabilista. Um dos principais pontos do esquema é o Presbitério da Maranata, no Centro de Vila Velha, na região Metropolitana, onde funciona a sede administrativa e financeira da entidade. Segundo o Ministério Público, estão sendo apurados os crimes de corrupção, falsificações de documentos e ocultação de bens por parte de membros da cúpula da Igreja.
A ação visa desarticular e colher provas relativas à suposta atuação de uma organização criminosa na igreja. Computadores, documentos, dados e depoimentos estão sendo recolhidos.
Além dos mandados de prisão, a operação prevê cumprimento de ordens judiciais de afastamento, sequestro de bens, quebra dos sigilos ficais e impedimento de acesso de toda a direção das áreas administrativas da Maranata para que o trabalho do Ministério Público possa ser realizado livre de obstáculos e ingerência dos eventuais envolvidos, sem impedir o livre exercício do culto religioso.
A cúpula da Igreja Maranata está sendo investigada pelos crimes de estelionato, falsificação de documentos, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
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Operação "Entre Amigos". (Foto: Eliana Gorritti/ G1ES)Operação "Entre Irmãos". (Foto: Eliana Gorritti/ G1ES)

cúpula da Igreja Maranata


 afasta cúpula da Igreja Maranata, 



26 pessoas são suspeitas de participar de esquema de desvio de dinheiro.
Igreja Cristã Maranata disse que vai colaborar com as investigações.

Do G1 ES
A Justiça Estadual afastou toda a cúpula da Igreja Cristã Maranata no Espírito Santo, nesta segunda-feira (26). Vinte e seis pessoas são suspeitas de participar de um esquema que desviou dinheiro do dízimo dos fiéis. De acordo com o Ministério Público Estadual (MP-ES), que investiga o caso por meio da operação "Entre Irmãos", esse desvio pode ultrapassar R$ 21 milhões.
No mesmo dia, investigadores estiveram na sede administrativa da Maranata, em Vila Velha, na Grande Vitória, e apreenderam diversos documentos, que serão analisados por promotores. Por meio de nota, a igreja disse que "acredita que todos os pontos da investigação serão apurados devidamente pela Justiça" e que vai colaborar com as investigações.
Os suspeitos tiveram os bens bloqueados e terão que disponibilizar dados bancários e fiscais aos investigadores. De acordo com o MP-ES, a fundação recebeu R$ 1,8 milhão entre 2005 e 2011, sendo um deputado o maior doador: com R$ 860 mil repassados. As investigações ainda apontam o nome de outros parlamentares como doadores.
As quantias foram repassadas à fundação por meio de emendas parlamentares, uma forma que os deputados têm de definir para onde vai o dinheiro do governo. A suspeita é de que essas doações sejam com dinheiro desviado.
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Ministério Público levou vários malotes com documentos para serem analisados por promotores, em Vila Velha (Foto: Reprodução/TV Gazeta)Ministério Público levou vários malotes com documentos para serem analisados por promotores, em Vila Velha (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Outro lado
A Igreja Cristã Maranata informou, por nota, que "recebe com serenidade a ação realizada pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo na manhã desta segunda-feira e acredita que todos os pontos da investigação serão apurados devidamente pela Justiça".
"A igreja avalia que esta será uma importante oportunidade para que as dúvidas levantadas a respeito da idoneidade da instituição e dos seus gestores sejam eliminadas de uma vez por todas. Da parte da Igreja Cristã Maranata, desde que surgiram as primeiras denúncias internamente, todas as medidas necessárias e cabíveis foram tomadas. Da mesma forma, à época, colocou-se proativamente, à disposição das autoridades, levando até as mesmas as denúncias e solicitando a averiguação dos fatos. A Igreja Cristã Maranata reafirma a sua disposição em contribuir para o esclarecimento das denúncias e a sua confiança no trabalho do Ministério Público e da Justiça", diz a nota.
Operação cumpre mandados na Grande Vitória. (Foto: Eliana Gorritti/ G1ES)Operação cumpriu mandados na Grande Vitória
(Foto: Eliana Gorritti/ G1ES)
"Entre Irmãos"
O MP-ES deixou a sede administrativa da Igreja Maranata, nesta segunda-feira, após nove horas do início da operação "Entre Irmãos". O órgão procura indícios que comprovem um suposto esquema de desvios de dinheiro do dízimo, além de lavagem de dinheiro, falsificações de documentos e ocultação de bens da igreja. No total, 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos neste dia.
Pela manhã, eles também recolheram documentos na Fundação Manoel Passos Barros, na Serra, na região Metropolitana, entidade mantida pela Maranata. O órgão disse que há indícios de desvio até de emendas parlamentares destinadas à fundação.

As investigações da operação "Entre Irmãos" começaram em fevereiro deste ano. O MP-ES afirmou que os desvios aconteciam por meio de pagamentos feitos com notas fiscais ilícitas. Ao mesmo tempo, a Polícia Federal realizou outra operação, que também tem como alvo a Igreja Maranata, mas essas investigações correm em segredo de Justiça.

Agora, o Ministério Público segue com as investigações através do depoimento de testemunhas, eventuais colaboradores e membros da Igreja que tenham informações de irregularidades na gestão. Foram notificadas 26 pessoas para prestarem esclarecimentos a partir dos próximos dias. Outros colaboradores que quiserem auxiliar nas investigações podem entrar em contato com a instituição por meio dos promotores de Justiça do Gaeco, ou pelo telefone 127, da Ouvidoria do MPES, que recebe denúncias sem a necessidade de identificação.

Francisco: cardeal argentino é eleito o novo papa



Francisco: cardeal argentino é eleito o novo papa

Cidade do Vaticano – Com uma lufada de fumaça branca da chaminé da Capela Sistina e os vivas de milhares de fiéis encharcados de chuva, uma reunião de cardeais católicos escolheu o novo papa entre eles nesta quarta-feira: o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, o primeiro líder da igreja a vir das Américas.
Francisco I: cardeal argentino é eleito o novo papa
Cidade do Vaticano – Com uma lufada de fumaça branca da chaminé da Capela Sistina e os vivas de milhares de fiéis encharcados de chuva, uma reunião de cardeais católicos escolheu o novo papa entre eles nesta quarta-feira: o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, o primeiro líder da igreja a vir das Américas.
O novo papa, de 76 anos, que adotou o nome Francisco, é o 266º pontífice da Igreja Católica Romana. Ele também é seu primeiro líder não europeu em mais de 1.200 anos, além de primeiro jesuíta a comandar a igreja.
O novo papa foi anunciado no balcão branco na frente da basílica de São Pedro enquanto milhares de fiéis vibravam em júbilo logo abaixo.
"Habemus papam!", membros da multidão gritavam em latim, empunhando guarda-chuvas e bandeiras. "Temos um papa!"
Outros berravam: "Viva il Papa!".
"Foi como esperar o nascimento de um bebê, só que melhor", disse um romano.
Uma criança montada nos ombros do pai agitava um crucifixo.
Ao escolher Francisco I, os cardeais mandaram um recado poderoso, de que o futuro da igreja está no sul do planeta, reduto da grande maioria dos católicos do mundo. Uma das preocupações permanentes de seu predecessor, Bento XVI, era o crescimento do secularismo na Europa; ele adotou o nome Bento em função do fundador da cultura monástica europeia.
O novo papa herda uma igreja que enfrenta uma série de desafios intensificados no papado de Bento XVI, começando pela escassez de padres e a concorrência crescente de igrejas evangélicas no Hemisfério Sul, passando pela crise de abuso sexual que solapou a autoridade moral da igreja no Ocidente e chegando às dificuldades em se governar o Vaticano em si.