Polícia intima presidente da Maranata
no ES a depor sobre irregularidades
Inquérito foi instaurado pela Delegacia de Defraudações e Falsificações.
Igreja disse ao G1 que recebeu a intimação para esta quinta-feira (9).
Um inquérito policial foi aberto para apurar as denúncias de desvio milionário de dízimo e demais irregularidades na Igreja Cristã Maranata do Espírito Santo. Para iniciar as investigações, o presidente da igreja foi intimado e vai depor na manhã desta quinta-feira (9) na Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa), em Vitória. A igreja disse ao G1 que recebeu a intimação na manhã desta quarta-feira (8).
Segundo o titular da Defa, Gilson Gomes, o inquérito foi motivado pela repercussão pública do caso e também por ligações telefônicas feitas por fiéis para a delegacia . "Nós temos a prerrogativa de instaurar inquéritos quando tomamos conhecimento de fatos delituosos. Com base nos fatos expostos pela mídia, além da ligação de diversos membros da Maranata que expuseram muitas situações pra gente, resolvemos instaurar o inquérito. A justiça também nos mandou um ofício solicitando nossa participação no caso", diz o delegado.
De acordo com Gomes, após o depoimento do líder da instituição, outros membros e também os dois acusados, o ex-vice-presidente e o contador da igreja, também poderão ser chamados para prestar esclarecimentos. "Como a igreja moveu a ação, vamos chamar pessoas que podem ajudar na investigação, como o presidente da instituição", afirma o delegado.
A Igreja Maranata comunicou na manhã desta quarta-feira (8) que continuará as atividades da auditoria externa que identificou o desvio de cerca de R$ 2 milhões. Caso haja comprovação de mais desvios, a igreja garante que vai exigir o ressarcimento.
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Denúncia
A suspeita de desvio de mais de R$ 2 milhões arrecadados do dízimo pago por fiéis, além de compras superfaturadas e caixa dois, fez ex-membros da Igreja Maranata, no Espírito Santo, fazerem denúncias, que resultaram no afastamento de três pastores e um contador. A partir das denúncias, a Igreja Maranata move uma ação na 8ª Vara Cível contra o ex-vice-presidente e o contador. Entre eles, está um ex-vice-presidente da instituição, criada há 43 anos no estado e que já possui 5,5 mil templos no Brasil e em outros país.
A suspeita de desvio de mais de R$ 2 milhões arrecadados do dízimo pago por fiéis, além de compras superfaturadas e caixa dois, fez ex-membros da Igreja Maranata, no Espírito Santo, fazerem denúncias, que resultaram no afastamento de três pastores e um contador. A partir das denúncias, a Igreja Maranata move uma ação na 8ª Vara Cível contra o ex-vice-presidente e o contador. Entre eles, está um ex-vice-presidente da instituição, criada há 43 anos no estado e que já possui 5,5 mil templos no Brasil e em outros país.
O Ministério Público Estadual (MP-ES) informou que as denúncias direcionam para diversas irregularidades. O contador suspeito de participar do desvio Leonardo Meirelles de Alvarenga disse, em nota, que só se pronunciará sobre a ação por meio de sua defesa. O G1 tentou contato com ex-vice-presidente da igreja, investigado no processo, mas ele não atendeu as ligações.
Como funcionava?
Um serviço que custaria, por exemplo, R$ 5 mil, era registrado como se valesse R$ 8 mil. Segundo a denúncia, a igreja pedia nota fiscal com valor superfaturado e no acerto de contas as empresas ficaram com o valor real do serviço. Os demais R$ 3 mil, nesse exemplo, eram desviados para o ex-vice presidente da igreja ou por pessoas indicadas por ele. "Vi documentos que comprovam que o patrimônio de um dos denunciados é assustador, incompatível com o que ele ganhava”, exemplificou o ex-pastor, que preferiu não se identificar. Ele ainda disse que há evidências de que a fraude acontecia desde 2006.
Um serviço que custaria, por exemplo, R$ 5 mil, era registrado como se valesse R$ 8 mil. Segundo a denúncia, a igreja pedia nota fiscal com valor superfaturado e no acerto de contas as empresas ficaram com o valor real do serviço. Os demais R$ 3 mil, nesse exemplo, eram desviados para o ex-vice presidente da igreja ou por pessoas indicadas por ele. "Vi documentos que comprovam que o patrimônio de um dos denunciados é assustador, incompatível com o que ele ganhava”, exemplificou o ex-pastor, que preferiu não se identificar. Ele ainda disse que há evidências de que a fraude acontecia desde 2006.
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