Pastores refutam afirmação de Feliciano sobre o continente africano
A interpretação do pastor Marco Feliciano sobre o versículo 25 do capítulo 9 de Gênesis é contestada por alguns pastores e teólogos.
Enquanto o líder da Assembleia de Deus Tempo de Avivamento diz que a maldição sobre Canaã alcança todo o continente africano, outros pastores contestam e dizem que a interpretação está errada.
O pastor Zwinglio Rodrigues diz que os descendentes de Canaã viveram na palestina e não no continente africano. “O vocábulo ‘maldito’ aparece uma única vez no contexto (v. 25) e está vinculado a Canaã. Os descendentes diretos dele são os canaanitas, habitantes da Palestina, e não os africanos como se supõe”, explica.
Portanto, a frase polêmica de Feliciano, que lhe pode custar a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, está errada. “Qualquer relação entre a maldição noética e a África labora em erro. A razão desta maldição e sua natureza são questões obscuras, por isso, conjecturas nesse sentido constituem-se em perda de tempo.”
Quem também refuta a polêmica gerada em torno desta interpretação é o pastor Paulo Romeiro que é doutor em Ciência da Religião. “A questão de raça não é teológica, mas apenas uma questão genética”.
Em entrevista ao jornal O Globo, Romeiro que está à frente da Agência de Informações Religiosas (Agir) lembra que na Bíblia não há referências a negros, apenas o elogio feito à mulher de Cantares e a Simão de Sirene, o homem que ajudou Jesus a carregar a cruz.
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