sábado, 4 de maio de 2013




Anti-intelectualismo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O anti-intelectualismo pode beirar a irracionalidadelivros"semitas" sendo queimados em Berlim, na queima de livrosem 10 de maio de 1933.

Anti-intelectualismo descreve um sentimento de hostilidade em relação a, ou suspeição de,intelectuais e seus objetos de pesquisa. Isto pode ser expresso de várias formas, tais como ataques aos méritos da ciênciaeducaçãoarte ou literatura.
Em geral, o anti-intelectualismo se justifica mediante os argumentos de ideologias e pragmatistas. Entre as suas motivações mais comuns, podemos enumerar: ressentimento de pessoas pouco instruídas contra eruditos; hostilidade em relação ao trabalho realizado pelos intelectuais, como educação, pesquisa, crítica social e culturaliteratura; acusação de parasitismo social (os intelectuais não teriam uma "função" econômica na sociedade, sendo esta ultima compreendida, portanto, de maneira organicista; acusações de subversão e morbidez.

Índice

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[editar]Demonstração

Anti-intelectualismo geralmente é expressado nas comunidades por declarações de "diferença", isto é, os intelectuais são ditos como "não sendo um dos nossos". Estes que desconfiam de intelectuais, os representam como um perigo para a normalidade, insistindo que se tratam de estranhos com pouca empatiapelas pessoas comuns. Isto históricamente resultou em intelectuais sendo retratados como membros arrogantes de um diferente grupo social. Em comunidades rurais, por exemplo, intelectuais talvez sejam vistos como "invejosos da cidade" que conhecem pouco do vilarejo e seus modos. É também comum para comunidades tachar intelectuais como estrangeiros ou membros de minorias étnicas, como por exemplo, Asiáticos. Juntamente com isto, intelectuais podem ser vistos como sujeitos a instabilidade mental, com seus críticos insistindo na existência de uma correlação médica entre insanidade e genialidade. Comunidades com forte  religiosa talvez se aventurem em vincular intelectuais com a promoção do ateísmo, enquanto os modos sexuais dos intelectuais também são colocados em duvida, onde são suspeitos de promiscuidade, tendencias homossexuais ou falta de interesse por sexo. Notavelmente, quem condena intelectuais tende vincula-los não com apenas uma, mas uma combinação destas características.

[editar]Causas

Crenças anti-intelectuais podem surgir de uma variedade de fontes. Estas incluem:

[editar]Religião

Apesar de uma variedade de religiões promoverem o intelectualismo, existem algumas tendencias nos tempos modernos e clássicos de fomentar sentimentos anti-intelectuais. Isto ocorre primariamente em grupos fundamentalistas.
Quando uma doutrina religiosa inclui declarações sobre a história natural ou humana, dogmas sobre textos sagrados e outras matérias, estas declarações podem ser investigadas por um escolar externo. Por exemplo, uma declaração sobre a idade de um artefato religioso pode ser testada por testes de carbono ou um texto teológico ser lógicamente examinado. Se este tipo de investigação é promovida, o resultado pode ser conflito em relação ao quanto a doutrina percebe a investigação como estando em conformância ou não com a religião.
Porém, anti-intelectualismo religioso não se confina somente contra a ciência: quando movimentos como BoemiaVanguarda e Romantismo se tornaram fatores importantes nas finas-artes, alguns religiosos perceberam estas tendencias como moralmente subversivas e pediram por censura. Este tem sido um tema bem comum nas Américas e na Europa desde os tempos da reforma protestante. Alguns podem argumentar, porém, que isto se trata apenas de conservadorismomoral, que é distinto de anti-intelectualismo, apesar que as duas posições são aliadas em muitos casos.

[editar]Políticas autoritárias

Anti-intelectualismo é às vezes utilizada por ditadores ou por aqueles que estão tentando estabelecer uma ditadura. Pessoas educadas vistas como grupos sociais muitas vezes são vistas por regimes totalitários como uma ameaça, graças a tendencia dos intelectuais de questionas as normas sociais existentes e de dissentir da opinião estabelecida. Portanto, retaliações, muitas vezes violentas, são comuns durante o inicio e a duração de um regime autoritário, comofascismostalinismo e teocracias. E mais, como muitos intelectuais se negam em apoiar o nacionalismo, eles também são retratados como não patrióticos e subversivos.
Em ditaduras mais extremas, como a do comunista Khmer Vermelho, simplesmente assassinou qualquer um com mais que a educação rudimentar. Outras expressões de anti-intelectualismo variam desde o fechamento de bibliotecas públicas e locais de estudo, insolar intelectuais e cientistas do mundo e até mesmo declarações oficiais que intelectuais são sujeitos a problemas mentais e os isolar em instituições psiquiátricas. Adicionalmente, intelectuais em países com regimes autoritários estão sujeitos a condenações populares e são usados como bode expiatório para canalizar a raiva do povo.
Anti-intelectualismo não é necessariamente violento e nem necessariamente opressivo. Atitudes anti-intelectuais podem ser utilizadas por qualquer grupo, incluindo os não violentos, além de pessoas que meramente não gosta de intelectuais ou aprendizado no geral.

[editar]Populismo

Populismo pode ser visto como outra fonte de anti-intelectualismo. Neste contexto, intelectuais são apresentados como elitistas e enganadores cujo conhecimento e habilidades retóricas devem ser temidos, já que podem ser utilizados para manipular as pessoas médias, que por sua vez são tidas como a idealização do regime e fonte de virtude. Pessoas com ideais populistas geralmente apoiam que as necessidades de conhecimento sejam reguladas pelas pessoas, alegando que educadores precisam trabalhar em linha com as políticas de mandatários.
De maneira similar, a curiosidade e a objetividade dos intelectuais sobre países estrangeiros e crenças são retratados como falta de patriotismo ou honestidade moral, e intelectuais são muitas vezes tidos como suspeitos por ter opiniões estrangeiras, possivelmente subversivas.

[editar]Fascismo

fascismo, em suas diversas variações nacionais, incluindo o nazismo alemão e o integralismo brasileiro, possui uma forte elemento anti-intelectualismo. Em geral, os políticos e ideólogos fascistas reprovam os intelectuais por não possuírem "função", e, portanto, não contribuírem para o poder e a unidade do estado nacional; por participarem, de maneira dissimulada, da oposição política ou serem antipatriotas; nos movimentos fascistas que também são antissemitas, a figura do intelectual também é sempre associada ao do judeu. O fascismo, em razão do seu culto da ação, reprova os intelectuais por se dedicarem ao estudo e ao ensino, e, pelas tendências irracionalistas destes movimentos, também ataca a defesa da razão por parte de vários intelectuais, opondo à racionalidade aapologia da pátria, do poder, da força e da "vida". Resumindo: junto à minorias étnicas e oposição política, a figura do intelectual serve, no fascismo, como um eterno culpado por todos os conflitos e fracassos internos da nação, que, concebida como organismo perfeito e harmonioso pelos fascistas, não poderia sofrer de contradições, a não ser pela interferência de um corpo estranho, do qual os próprios intelectuais, minorias étnicas e oposição política fazem o papel.

[editar]Problemas com o sistema educacional

sistema educacional pode servir como ferramenta poderosa em formar a cultura de uma nação. Em países de língua inglesa, particularmente Estados UnidosReino Unido, as escolas e universidades são algumas vezes criticadas por serem excessivamente 'intelectualista', portanto, falhando em preparar os jovens propriamente para serem membros da sociedade.

[editar]Escola fundamental e secundária

Alguns comentadores, como John Tierney[1], acredita que as escolas fundamentais e secundárias, pelo menos nos Estados Unidos, colocam um excesso de ênfase na igualdade de resultados em detrimento da capacidade de produção intelectual do indivíduo. Nesta visão, a ênfase acaba por levar a mentalidade "Harrison Bergeron" e um excesso de simplificação do currículo escolar.

[editar]Demandas da cultura jovem

Um exemplo de grande, apesar que dificilmente militante ou mesmo organizado, anti-intelectualismo no mundo contemporâneo esta na subcultura jovem, geralmente associada com estudantes mais interessados em sua vida social ou atletismo, do que nos seus estudos. Estas subculturas, geralmente marcadas por sinais, existem em estudantes de todos os grupos. A cultura comercial jovem também gera uma enorme variedade de tendencias. Se manter nestas tendencias é difícil, e seu conteúdo é geralmente criticado por críticos culturais de várias correntes por ser excessivamente simplista e tendendo para falta de sofisticação. Manter a popularidade, de acordo com Paul Graham é um trabalho de tempo integral que deixa pouco tempo para interesses intelectuais[2].

[editar]Universidades

No ambiente das Universidades, os problemas se dividem em três:
[editar]Vícios políticos
Um tipo de critica é baseada na percepção de que alguns professores universitários e outros acadêmicos tem forçado suas próprias ideologias políticas nas interações pedagógicas e pesquisa profissional, em detrimento da qualidade, objetividade, ou mesmo utilidade. Nos Estados Unidos, este argumento é mais praticado por indivíduos do lado conservativo do espectro político contra liberais, radicais e esquerdistas.
Geralmente, estas criticas são direcionadas para pessoas trabalhando no campo de Humanas, especialmente as Ciências sociais. Entre os campos mais contestados estão Estudos da Mulher, Estudos Culturais e Estudos raciais. Se esta atenção é merecida, isto, novamente é fonte de debate.
[editar]Programas deficientes
Outro campo de preocupação é a percepção da falta de educação geral no currículo.
[editar]Falta de utilidade
Uma terceira linha de criticas, que algumas vezes contradiz a segunda, é a falta de utilidade "na vida real" de alguns estudos de humanas. Isto também tem contribuído para o anti-intelectualismo, particularmente entre os que estudam, ou estudaram, assuntos técnicos. Isto é muitas vezes chamado de rivalidade em vez de anti-intelectualismo real, já que pessoas que receberam diplomas universitários técnicos estão também envolvidas em estudos intelectuais de alta complexidade. Este tipo de antagonismo às vezes é exacerbado nas universidades quando se trata da divisão dos fundos limitados. Enquanto é mais caro e de alta manutenção empregar ou financiar departamentos de engenharia e técnicos, muitas vezes o próprio comitê universitário os coloca como tendo maior importância. Ainda mais, bonificações para a universidade às vezes é acompanhado de requerimentos que o dinheiro vá para programas vistos pelos beneficiados como uteis.

[editar]Anti-intelectualismo nos Estados Unidos

[editar]Cultura do século 19

cultura popular do século XIX é importante na história do antiintelectualismo americano. Naquela época, quando a vasta maioria da população vivia no campo, executando trabalho manual e agricultura, educação pelos livros, que na época era voltada para os clássicos, era visto como de pouco valor.
O século XIX predominantemente valorizava o homem de sucesso, com estudo da vida e experiencia, em vez de intelectuais onde o conhecimento foi adquirido por estudos formais e livros. Em 1843, Bayard R. Hall escreveu sobre Indiana, que "nós sempre preferimos um homem ruim ignorante do que um talento, dai as tentativas usualmente feitas para arruinar o moral de um candidato inteligente; já que a inteligencia infeliz e a imoralidade supostamente andam juntas, assim como incompetência e bondade". Ainda assim, existia a possibilidade de "perdão" de alguém inteligente adotasse a "inteligencia popular". Um personagem de O. Henry notou que quando um graduado da Costa Leste dos Estados Unidos larga de ser orgulhoso, ele daria um bom cowboy como qualquer outro jovem homem.
Um estereótipo relacionado é o de uma pessoa "lenta" com coração de ouro, que se tornou popular nos teatros do século XIX, e ainda reaparece na cultura americana, como em 1985 no livro e em 1994 no filme Forrest Gump.

[editar]Séculos 20 e 21

[editar]Correntes de direita

[editar]Críticos conservadores da academia
Robert Warshow avançou com a hipótese de que o Partido Comunista dos EUA havia se tornado o centro da vida intelectual americana durante a década de 1930:
Para a maioria dos intelectuais americanos, o movimento comunista de 1930 era uma experiencia crucial. Na Europa, onde o movimento era mais sério e popular, ela ainda era apenas uma corrente da vida intelectual; os comunistas podem jamais ajustar completamente o tom do pensamento. Mas neste país existiu um tempo em que virtualmente toda a vitalidade intelectual derivava de uma maneira ou de outra do Partido Comunista. Se você não era dos grandes círculos do partido, você possivelmente era da oposição, o que significava que boa parte de suas energias e reflexão era para se manter devotado para a oposição.[3]
Uma variante mais recente desta tendencia é o tão falando "movimento da liberdade acadêmica", liderado por David Horowits pelo Centro para o Estudo da Cultura Popular, que analisa as tendencia de certos acadêmicos de esquerda de indoutrinar os estudantes universitários para visões antiamericanas[4].
[editar]Fundamentalismo religioso
Algum anti-intelectualismo moderno americano vem da visão sustentada por cristãos conservativos que a forma atual da educação pública subverte as crenças religiosas. A validade desta visão é substanciada pela repercussão do ateísmo e agnósticos entre os educados durante a era do Iluminismo, e esta profundamente enraizado antes mesmo destes tempos. Um exemplo era o autor Puritano John Cotton redigiu em 1642, "Quanto mais educado e articulado você se tornar, mais adequado para agir por Satã você estará".
Outros cristãos também objecionam o que eles percebem como elementos não cristãos do sistema educacional americano. O ponto focal dos fundamentalistas são Educação Sexual e Evolucionismo.

[editar]Correntes de esquerda

[editar]Cultura estudantil da década de 1960
Especialmente durante a década de 1960 muitos ativistas estudantis romantizaram as populações pobres dos Apalaches e Delta do Mississippi. A falta de educação formal nestas regiões era vista como um tipo de liberdade dos valores conformistas da sociedade, que permitia as pessoas levarem uma vida mais genuína.
Os movimentos antiguerra também desprezavam os altamente educados e objetivos tecnocratas de Washington, D.C., idealizados por Robert McNamara, que não se emocionava por emoções irracionais e subjetivas. McNamara alegava tomar decisões baseados somente em números e probabilidades e não podia ver indivíduos vivos ou mortos como nada além de estatística. A contagem de corpos do Vietnã é visto como um exemplo desta objetividade.
Theodor Adorno, ele mesmo um marxista, pesadamente criticava essa moda da esquerda dos anos 60, que ele chamava de Ativismo, definindo isto como sendo a crença em que ações como protestos e greves podiam mudar a estrutura política, sem que eles mesmo fossem suportados por uma teoria sólida e um programa organizado.
[editar]Intelectuais como apologistas pagos do status quo
Muitos da esquerda já proclamaram que o status dos intelectuais como "pensadores profissionais" requerem suporte da classe dominante disposta a financiá-los. Portanto, a maioria dos intelectuais, de modo a manter sua profissão, precisam assumir uma postura subserviente em relação às pessoas no poder mesmo quando suas ideias são radicais. Estes críticos apontam que muitos professores já clamaram pela revolução, mas poucos tomaram posturas concretas para promover uma. Isto tem o efeito de descreditar a ideia da mudança social por associar ela com acadêmicos hipócritas, portanto servindo o status quo.
Em troca de seus serviços retóricos, a teoria dita, intelectuais são premiados com o poder de se posicionar acima do proletariado na escala social e são dotados de um certo grau de controle sobre como as pessoas normais podem viver suas vidas. Em adição, quando alguma ação do governo sai de controle, intelectuais proveem os líderes com um bode expiatório conveniente - os que são pagos para promover uma política podem ser facilmente culpados por criá-la.

[editar]Anti-intelectualismo na União Soviética

Na União Soviética, durante a primeira década após a Revolução Russa de 1917, os Bolcheviques geralmente denegriam e suspeitavam dos educados como potenciais traidores da causa do proletariado. Tanto o núcleo do Partido Comunista como as pessoas que se tornavam ativista locais e oficiais governamentais e da indústria geralmente não possuíam nem mesmo a educação formal além de desdenhar aqueles que possuíam. Lênin uma vez chamou a intelligentsia, particularmente aqueles que se opunham a ele, como "podres" e "merda"[5]. A retórica, traduzida aproximadamente como "nós não completamos nenhuma academia" ("мы академиев не кончали") se tornou o slogan da nova elite dominante. Membros das antigas classes donas de propriedades eram classificados como Lishentsy e seus filhos eram proibidas de estudar. Em 1922 grandes grupos de intelectuais russos eram isolados nos "Navios de filósofos".
Mais tarde, o governo soviético passou a ver educação como importante e dedicou grandes recursos para a alfabetização de um lado e profissionalização do outro. Porém, como política social, o governo promoveu a classe trabalhadores acima da elite intelectual. De acordo, trabalhadores industriais geralmente recebiam salários maiores que de profissionais treinados em universidade como professoresmédicos e engenheiros. Além disso, os trabalhadores eram doutrinados com a noção de que apenas o trabalho manual produziam valor real para a economia, sendo que pessoas educadas simplesmente sentavam em qualquer lugar para escrever em papéis.
É preciso notar, porém, que o anti-intelectualismo da elite política soviética era associado ao fato de que os círculos acadêmicos russos, como parte do estado tsarista, eram hostis à revolução de 1917 por definição. Porém, quando tendo que tomar parte de assuntos práticos como gerenciamento econômico e cientifico, o sistema soviético inicial tinham que se curvar para os "experts da burguesia", dai a relação tensa entre o Partido Comunista e os membros educados fora do partido. Apenas durante 1930 que Stálin tentou substituir a antiga intelligentsia por um grupo aprovado pelo partido. Este favoritismo do partinost - isto é, a instancia partidarista em todas as matérias intelectuais - acima da escolaridade formal, não importante o qual ruim fosse a instancia partidária, ao final, acabou por se tornar uma instancia anti-intelectual.
O tratamento soviético de certas ciências é um exemplo do anti-intelectualismo. As teorias pseudocientíficas de Lyssenko e a teoria Japhetic ganharam proeminência entre as décadas de 30 e 50 por razões políticas em vez de processos científicos normais. Elas causaram danos significativos a biologia soviética e a linguística antes de serem abandonadas.

[editar]Anti-intelectualismo na China, Camboja e Irã

O anti-intelectualismo asiático possui profundas raízes. Até Tao Te Ching orientava os líderes para manter seus servos "com a barriga cheia e mente vazia" e que "ignorância é melhor que o conhecimento" entre as pessoas. Adicionalmente, Qin Shi Huang, o primeiro imperador da China, foi responsável por uma das mais proeminentes demonstrações de anti-intelectualismo, por desconfiar dos escolares e forçando as pessoas educadas ao trabalho, além de queimar textos escritos por historiadores ou por escolares confucianos.
No Camboja, o regime do Khmer Vermelho era geralmente desdenhoso de intelectuais e os via como traidores ou inimigos. Em algum setores, qualquer um que estivesse de óculos era executado por guardas do Khmer, já que óculos eram vistos como marcas de educação e intelectualismo.
O regime revolucionário da nova República Islâmica do Irã também demonstrou grande anti-intelectualismo em suas políticas. Além da grande emigração de muitos intelectuais no inicio da revolução iraniana, o governo decretou em 1980 que todas as universidades fossem fechadas até que o currículo fosse "purificado" do legado de Reza Pahlavi. O banimento da educação superior persistiu até 1982. Também, a atitude repressiva do regime contra a intelligentsia iraniana é bem conhecida, incluindo a execução do poeta Said Soltanpour em 1981.

[editar]Revolução Cultural chinesa

Na China, muitos intelectuais foram perseguidos durante a Revolução Cultural chinesa, acusados de traição às raízes étnicas e excessiva ocidentalização degenerada. Foi uma espécie de vingança e revanchismo por parte da massa popular sem muita instrução, que viam nos pensadores uma espécie de parasitas do trabalho braçal alheio, já que associavam o ócio corporal da intelectualidade ao parasitismo das classes dominantes burguesas e semi-feudais que os haviam dominado e explorado.[6]
           

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Cursos online gratuitos com certificado




Cursos online gratuitos com certificado


Olá, 
Você sabia que existem várias instituições que disponibilizam cursos online gratuitos? Não? aqui vai uma lista de sites onde você pode se matricular em cursos virtuais:



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Uma das principais referências em fomento de novos negócios, micro e pequenas empresas e uma das entidades mais sérias do país, o SEBRAE oferece uma série de cursos virtuais para novos empreendedores e a população em geral. Certificados!
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Cursos para formação profissional em diversas áreas. Acesse a área Escola Virtual para ter uma relação de todos os cursos disponíveis.
http://www.ev.org.br/Paginas/Home.aspx


Sest / SenatAlguns cursos gratuitos e outros de valores simbólicos. O Sest/Senat é uma das empresas do chamado “Grupo S”, neste caso para valorizar os trabalhadores do setor de transporte.http://www.sestsenat.org.br/Paginas/Index.aspx
Fundação Getúlio Vargas
Uma das instituições de ensino mais renomadas no país, disponibilizou uma série de cursos online em diversas áreas. Ao término do curso, após um teste, você tem a oportunidade de imprimir um certificado de participação.
http://www5.fgv.br/fgvonline/cursosgratuitos.aspx

terça-feira, 30 de abril de 2013

Curso Básico em Teologia grátis


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Objetivo: Disponibilizar os conhecimentos Teológicos de forma teórica, analítica e prática, visando capacitar pessoas para atuarem de forma produtiva e eficiente nas áreas eclesiástica e ministerial.
Atuação: No final do Curso de Teologia Grátis da Faculdade Teologica, o aluno estará apto para progredir para o Curso Médio de Teologia, e com preparação para atuar nas seguintes áreas:
Missões: Implantação de  igrejas nas zonas urbanas e rurais, que ainda não sejam  alcançadas pelo evangelho.
Evangelismo: Levar a mensagem de  fé, esperança e salvação das escrituras ao próximo, por meio da prédica da palavra de Deus, e outros mecanismos do mundo hodierno.
Duração: No Curso de teologia gratis o aluno estuda no seu ritmo e no momento em que lhe for mais apropriado, de acordo com sua velocidade de aprendizagem e de  sua dedicação, compromisso e empenho pessoal. Devido à flexibilidade do tempo, normalmente nossos discentes concluem nossos cursos em média de  02 (dois) meses.
Modalidade do Curso de Teologia Grátis: Os Cursos de Teologia da faculdade teológica por serem Cursos Livres no Sistema EaD” em nível de graduação, não sujeitos a fiscalização ou credenciamento pelo MEC. Assim, pessoas com atuação nas mais diversas áreas optam por um curso aberto, não só pela facilidade de cursá-lo, enquanto prosseguem em sua atividade profissional ou estudantil, mas também porque, em geral, os Cursos de Teologia tendem a ser mais focados na aplicabilidade prática dos conceitos, melhorando assim sua atuação.
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Como fazer o curso? 
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Desculpe, mas, não enviaremos por email se solicitado por qualquer motivo ou causa, para uma outra impressão online faça a prova novamente...

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Matérias, prova e diploma estão disponíveis online.

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O materiais didático esta disponivel no site da FATEFAMA.
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Envio Sedex: R$ 150,00.
DIPLOMA


HISTÓRICO

segunda-feira, 29 de abril de 2013

ICP – Curso de Teologia gratuito na internet





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Estudioso diz que Igreja Universal presta um “desserviço à fé cristã”


Estudioso diz que Igreja Universal presta um “desserviço à fé cristã”

Pastor David Bledsoe critica IURD, IMPD, Igreja da Graça e o movimento neopentecostal como um todo
O pastor batista David Allen Bledsoe, 44, nasceu no EUA mas vive no Brasil desde 1998. Possui um doutorado em Teologia, além de formação em Administração e Engenharia. Ele fez uma extensa pesquisa sobre a Igreja Universal do Reino de Deus. Passou três anos lendo sobre o assunto, frequentando cultos da IURD, entrevistando fiéis e líderes. Seu material foi publicado no livro Movimento neopentecostal brasileiro: um estudo de caso, da Editora Hagnos.
Segundo o autor, o trabalho pretende colaborar com a Igreja brasileira: “Há poucos estudos que analisam os ensinos e abordagens neopentecostais com parâmetros evangélicos, sob uma perspectiva missiológica. Eu queria verificar se igrejas como a Universal impulsionam ou prejudicam a evangelização do povo brasileiro e de outras nações para onde suas igrejas enviam missionários”.
Morando atualmente em Belo Horizonte (MG) com a mulher e os dois filhos, Bledsoe deu uma entrevista à revista CRISTIANISMO HOJE, onde fez declarações contundentes.
“Escolhi a Igreja Universal como foco porque ela é a manifestação neopentecostal mais reconhecida no país. Além disso, comecei a me preocupar mais com os membros das igrejas neopentecostais em relação ao seu entendimento da salvação. Percebi um problema grave através de conversas com eles – encontrei muitas pessoas sinceras e fervorosas, mas com dificuldades em articular uma razão para sua salvação que se baseasse na fé evangélica”, explica o pesquisador.
Para ele, as denominações neopentecostais como a Igreja Universal causam sérios danos à evangelização no Brasil. Ele aponta alguns motivos para isso: “primeiro lugar, porque projetam uma caricatura de Cristianismo diante da sociedade. Segundo, porque essas organizações religiosas são muito antropocêntricas e pouco centradas em Cristo – ao contrário, há uma forte ênfase no diabo, no poder maligno”.
Como o pesquisador acredita que “é raro ouvir um adepto desse movimento que faça menção ao nome de Jesus para a base de sua salvação”, sua conclusão é que a Igreja Universal não é uma denominação evangélica. Principalmente por que “propaga uma mensagem distorcida do Evangelho, prendendo seus adeptos em uma cosmovisão religiosa popular, em vez de libertá-los dessa artimanha diabólica. Ela também emprega rituais religiosos narcisistas e animistas. Outra característica que a desqualifica como evangélica é que não promove laços fraternais esperados para uma igreja baseada no Novo Testamento”.
O pastor batista assevera que a IURD tem uma postura característica das seitas, “agindo com aversão e superioridade para com os outros grupos. Isso, sem falar na exploração de seus fiéis, tratando dízimos e ofertas como um ato quase sacramental”.
Sendo assim, as denominações neopentecostais de mesmo perfil, como a Igreja da Graça e a Igreja Mundial do Poder de Deus seriam, para ele, “grupos religiosos populares que saíram do pentecostalismo brasileiro, mas que não tiveram continuidade em áreas fundamentais para serem incluídos no campo evangélico”.
Mas reconhece que a igreja liderada pelo bispo Edir Macedo “cresce no meio de múltiplos escândalos… mesmo diante de seu declínio revelado no último Censo…  A Universal é associada, na mente do brasileiro, à Rede Record, a catedrais bonitas em regiões nobres de grandes cidades e a uma voz de peso em várias camadas da política nacional”.
Em relação ao futuro, Bledsoe acredita que essas igrejas continuarão existindo por um motivo simples: “Sempre teremos pessoas com problemas físicos, econômicos, conjugais e outras crises para superar. Além disso, o brasileiro é naturalmente místico, o que supera a visão racional das coisas. As pessoas encontram ali um serviço especializado, baseado em lemas como “pare de sofrer” ou “aqui o milagre acontece”.
O estudioso norte-americano defende que falta às igrejas evangélicas uma identidade doutrinária que possa deixar claro sua diferença das neopentecostais como a IURD, IMPD, Graça e outras. Por isso as igrejas que possuem preocupação com a necessidade de se estudar a Bíblia e estabelecer doutrina claras, acabam se perdendo em meio ao crescente número de prédios que ostentam placas dizendo ser uma igreja evangélica.
“A igreja é um grupo, mas nem todos os grupos são igrejas”, resume.

Lei do Pai-Nosso e da calcinha estão entre propostas de bancadas evangélicas



Lei do Pai-Nosso e da calcinha estão entre propostas de bancadas evangélicas

Força política dos evangélicos tende a crescer, avaliam especialistas
por Jarbas Aragão

  • Lei do Pai-Nosso e da calcinha estão entre propostas de bancadas evangélicasLei do Pai-Nosso e da calcinha estão entre propostas evangélicas
    Toda a atenção dada ao pastor Marco Feliciano desde que ele assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, atraiu os “holofotes” da mídia para outros representantes das chamadas “bancadas evangélicas” pelo país.
    A revista Carta Capital dedicou sua matéria de capa ao assunto, classificado como “fenômeno” e “processo silencioso”, ressaltando que existem “frentes parlamentares evangélicas” (FPEs) atuantes em 15 estados brasileiros, sendo que a maioria criada desde 2012. Elas reúnem mais de cem deputados estaduais evangélicos e possivelmente “10 mil vereadores evangélicos”, garante pastor Wilton Acosta, presidente do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (Fenasp). As diferentes associações estaduais e municipais seguem os moldes da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso, que atualmente conta com 70 Deputados Federais e 3 Senadores.
    Acosta tem uma agenda clara: “O objetivo é verticalizar a pauta parlamentar nacional, aprovando leis em todas as assembleias e câmaras. Todas”. Seu desejo é instalar um braço da Associação de Parlamentares Evangélicos do Brasil (Apeb) em cada cidade do Brasil. “Já temos 15 coordenações estaduais. Logo serão 28. Cada coordenador tem a missão de instalar uma unidade em toda cidade de seu estado. Hoje, quando detectamos um projeto contra nossos valores, contatamos o parlamentar para agir. Mas leva tempo. No futuro será automático”, justifica.
    Em 30 de novembro de 20012, Dia do Evangélico, 700 líderes de 20 estados, planejaram em Brasília em uma reunião que contou com parlamentares e representantes da Apeb e do Fenasp, além de vários pastores influentes. Foi proposta uma “agenda estratégica nacional”, que serve como base para guiar as ações de políticos evangélicos do país.
    As propostas são conhecidas: impedir os avanços nos códigos Penal e Civil, envolvendo aborto, posse de maconha, criminalização da homofobia e casamento gay. Mas a batalha não será mais travada apenas na capital. Criada em 2011, a Frente Parlamentar Evangélica da Assembleia de São Paulo, reúne 15 dos 94 deputados paulistas. O deputado Carlos Cezar (PSC) explicou: “Não somos bobos. Sabemos que são temas de competência do Congresso, mas o que falamos aqui repercute em Brasília. Afinal, os deputados federais e senadores se elegem com apoio de deputados estaduais e vereadores. A base tem direito de cobrar uma postura firme deles no Parlamento.”
    O vereador Herculano Borges (PSC), primeiro-secretário da Apeb, explica que o mesmo será feito nas frentes municipais. “A ideia é subsidiar os vereadores com fundamentos legais, para que ajam de forma local… pois… Quando barramos as propostas deles [movimentos gays e feministas] no Congresso, eles tentam implantá-las nas cidades e estados. Aí criam jurisprudência. Não vamos permitir isso”, esclarece.
    Entre as diferentes leis que os políticos ligados a igrejas estão algumas menos conhecidas. Proibir que haja bares a menos de 300 metros de igrejas é a proposta do vereador Benedito Oleriano (PMN de Sorocaba/SP). A justificativa é que os fiéis precisavam “de paz para orar”. Os evangélicos de Maringá, Paraná, conseguiram, através de um projeto de lei, transferir a data da Marcha para Jesus para coincidir com a Parada Gay.
    Muitas leis no restante do país são de cunho moral, que defendem a nação, a família e a vida.  Carlos Apolinário (DEM-SP) propôs a criação “Dia do Orgulho Hétero” e um “banheiro gay” em espaços públicos.  .
    Obviamente, esse tipo de proposta desagrada feministas, ativistas LGBT e adeptos de religiões de matrizes africanas, que dizem serem prejudicados com esse avanço dos evangélicos sobre o poder público. Uma das mais insatisfeitas é Kauara Rodrigues, assessora parlamentar do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA), uma ONG que monitora os projetos envolvendo aos direitos das mulheres no Congresso Nacional. Segundo ela, das 33 propostas em tramitação hoje, 30 atrapalhariam sua luta.  ”O avanço dos evangélicos tornou a luta muito mais desfavorável”, reclama.
    A tendência é que a influência de religiosos na política continue crescendo “Mas 60% das cidades têm ao menos um vereador ligado à nossa igreja”, comemora o pastor Lélis Washington Marinhos, presidente do conselho político da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. Ari Pedro Oro, professor de antropologia da religião da UFRGS e escritor, diz claramente:  ”Não dá para subestimar o voto evangélico nem a organização política das igrejas… Não por acaso, parlamentares temem irritar esses grupos e provocar um boicote ou reação desse poderio midiático [programas religiosos na rádio e na TV]… Daí você entender por que RR Soares e José Wellington têm sempre os tapetes vermelhos dos executivos de estados e municípios e mesmo do Planalto. Isso cristalizou a legitimação do ativismo político religioso no Brasil.”
    Veja algumas das outras leis propostas pelos evangélicos:
    religiao esdruxula
    Com informações de Carta Capital