segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Marco Feliciano propõe ensino do criacionismo em escolas

O texto é o mesmo apresentando pelo deputado Artagão Jr. do PMDB no Paraná

O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) apresentou um projeto de lei na Câmara que pede a inclusão do ensino do criacionismo nas escolas públicas e privadas.
O texto foi apresentando na quinta-feira passada, 13 de novembro, tendo como uma das justificativas a afirmação de que as crianças ficam confusas ao aprenderem o evolucionismo nas escolas e o criacionismo nas igrejas.
“Ensinar apenas o evolucionismo nas escolas é ir contra a liberdade de crença de nosso povo, uma vez que a doutrina criacionista é predominante em todo o nosso país”, diz o autor do projeto de lei 8.099/2014.
O texto também diz que o evolucionismo faz com que os estudantes deixem de acreditar na existência de um criador “que está acima das frágeis conjecturas humanas forjadas em tubos de ensaio laboratorial”.
A proposta deixa claro que o objetivo não é tirar o ensino do evolucionismo das escolas, apenas incluir a doutrina criacionista que é adotada pela maioria das religiões que possuem adeptos no Brasil.
O PL 8.099/2014 tem o mesmo conteúdo do PL 594/007 apresentado na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) pelo deputado Artagão Júnior (PMDB) que tem tentado aprovar o texto incluindo o ensino do criacionismo nas escolas.

Ataque a rabinos pode ser estopim de nova guerra em Israel

Homens invadem sinagoga em Jerusalém e matam quatro.
por Jarbas Aragão

Ataque a rabinos pode ser estopim de nova guerra em IsraelAtaque a rabinos pode ser estopim de nova guerra em Israel
A tensão segue crescendo em Jerusalém, especialmente na área perto do Monte do Templo. Recentemente, o rabino Yehuda Glick foi baleado enquanto fazia uma campanha para que os judeus voltassem a orar no local, algo que não é permitido pelos muçulmanos.
A polícia fechou o acesso ao Monte, chamado pelos islâmicos de Esplanada das Mesquitas. O homem que atirou no rabino foi identificado como o palestino Moataz Hejazi, que morreu em confronto com contra policiais israelenses que cercavam sua casa.
No início da manhã de hoje, mais um incidente aumenta o clima de hostilidade.  Quatro rabinos foram mortos e oito judeus ficaram feridos após dois palestinos atacarem uma sinagoga no bairro de Har Nof. Armados com facas, machados e revólveres, invadiram o local onde os judeus estavam orando.
Har Nof é uma comunidade de judeus ortodoxos. Até o momento não foram divulgados detalhes sobre os homens nem sua motivação. Micky Rosenfeld, porta-voz da polícia, explica que o ataque é considerado um “ataque terrorista”. Contou ainda que os responsáveis foram mortos a tiros quando a polícia chegou ao local. Os feridos (seis fiéis e dois policiais) foram conduzidos a hospitais e medicados.
A cobertura pela imprensa tem sido confusa. O site do jornal britânico The Guardian publicou uma reportagem sobre o atentado ignorando que os suspeitos eram palestinos. As primeiras notícias divulgadas pela rede americana CNN davam conta que o ataque ocorrera numa mesquita. A maior parte ignorou o fato de, no momento do ataque, os mortos serem rabinos que estavam realizando o Shaharit, o serviço matinal de orações.
corpo sinagoga israel Ataque a rabinos pode ser estopim de nova guerra em Israel
O gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu prometeu que o país “vai responder com pulso firme ao assassinato brutal de judeus que foram surpreendidos por assassinos condenáveis”.
Responsabilizou ainda o Hamas e a “campanha de incitamento” liderada por Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, que “a comunidade internacional está ignorando de forma irresponsável”.
Segundo agências de notícias, o Hamas e grupo militante palestino Jihad Islâmico elogiaram o ataque. Os palestinos mortos foram identificados como os primos Odai Abed Abu Jamal, 22, e Ghassan Muhammad Abu Jamal, 32. Abu Salah, que se identificou como parente deles explicou que sua motivação foi exatamente “garantir a segurança” da Esplanada das Mesquitas e que era parte da “guerra religiosa” contra os judeus pela posse do Monte do Templo.
Entre os rabinos mortos, um nasceu na Inglaterra e outros três nos Estados Unidos, incluindo o conhecido líder hassídico Moshe Twersky, 59.  Por causa disso, o presidente Obama exigiu que Abbas condenasse os ataques. Contudo, manifestações em Gaza e as entrevistas de líderes do Hamas e da Organização pela Libertação da Palestina indicam o contrário. Todos estão tratando os primos como heróis e mártires da jihad.
A segurança será reforçada e o gabinete político de Israel vai anunciar medidas para restringir o movimento na parte oriental da capital do país. Isso certamente levará a manifestações e ondas de violência da população árabe. O diferencial desta vez é a tentativa de ressaltar a separação entre árabes e judeus.
Os assassinatos ocorrem pouco mais de uma semana após Federica Mogherini, chefe da diplomacia da União Europeia ter visitado Israel e os territórios palestinos.  Ela afirmou veementemente: “Precisamos de um Estado palestino. Este é o objetivo e esta posição é compartilhada por toda a União Europeia”. Alertou ainda que “o mundo não suportará uma nova guerra na região”.
Para os especialistas, os eventos recentes remetem diretamente ao conflito deste ano entre Israel e o Hamas, que terminou em menos de três meses atrás e vitimou 2.230 pessoas, incluindo 541 crianças, 250 mulheres e 95 idosos. Foi o maior número de mortos desde a guerra contra o Líbano em 2006.
Tudo teve início com a morte de 3 seminaristas judeus na Cisjordânia, dia 12 de junho. O Hamas, grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza, assumiu a responsabilidade e quando Israel retaliou, a guerra explodiu. Teme-se que um novo ciclo de violência tenha início ainda este ano. Com informações de Jerusalém Post,New York Times e Jewish News

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Estudo encontra primeira prova científica de que existe vida após a morte

Após serem considerados clinicamente mortos, a atividade cerebral de pacientes continuou por até três minutos
Cientistas da Universidade de Southampton, na Inglaterra, encontraram evidências de que a consciência pode continuar por pelo menos alguns minutos após a morte clínica, algo que até recentemente era considerado impossível.
Considerado o maior estudo médico sobre experiências de quase morte e experiências fora do corpo, a pesquisa demorou quatro anos. Foram analisados casos de 2.060 pessoas, que sofreram paradas cardíacas em 15 hospitais nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Áustria.
A comprovação de alguma consciência, depois que o cérebro se desligar completamente foi possível em cerca de 40% dos pacientes. Após serem considerados clinicamente mortos, a atividade cerebral continuou por até três minutos após o coração parar completamente. Esse sempre foi um assunto polêmico e até recentemente tratado com ceticismo generalizado.
Dentre os 330 que sobreviveram, 140 deram entrevistas e 55 deles (39%) contaram ter alguma percepção ou lembrança do tempo em que estiveram “mortos”. Apenas dois possuem lembranças precisas sobre essa experiência de quase morte.
Alguns pacientes lembram ter visto uma luz brilhante ou uma espécie de sol brilhando. Embora muitos não lembrem de detalhes específicos, alguns temas surgiram. Um em cada cinco disse ter sentido uma sensação incomum de tranquilidade, enquanto um terço disse que o tempo tinha abrandado ou acelerado.
Outros relatam sentimentos de medo, afogamento ou de serem arrastado por correntezas. Cerca de 13% disseram sentir-se separados de seus corpos e um número similar afirmou que ter os sentidos aguçados. Por sua vez, 8% afirmam ter sentido algum tipo de presença mística ou voz identificável, e outros 3% viram “espíritos”.
O caso mais intrigante é de um homem de 57 anos, que afirma ter deixado seu corpo totalmente e assistido sua reanimação do canto da sala. Ele relata em detalhes as ações da equipe de enfermagem e descreveu o som das máquinas.
“Sabemos que o cérebro não pode funcionar quando o coração para de bater”, disse o Dr. Sam Parnia, pesquisador que liderou o estudo. “Mas neste caso, a percepção consciente parece ter continuado por até três minutos após o coração não mais bater. Normalmente, o cérebro desliga entre 20 e 30 segundos após o coração parar”.
“O homem descreveu tudo o que aconteceu na sala, mas importante, ele ouviu dois bips de uma máquina que faz um barulho em três intervalos de um minuto. Assim, podemos medir quanto tempo a experiência durou”, relata Parnia.
Até agora não havia evidência científica, embora estima-se que milhões de pessoas tiveram experiências claras de consciência diante da morte, mas nunca haviam sido comprovadas por cientistas. Agora isso mudou.
O doutor David Wilde, psicólogo e pesquisador da Universidade Nottingham Trent, atualmente está compilando dados sobre as experiências fora do corpo, procurando descobrir um padrão que ligue cada episódio.
Ele espera que sua pesquisa incentive novos estudos sobre o tema. Suas conclusões foram publicadas na revista científica Resuscitation.  Com informações Telegraph

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Pastores aprenderão sobre ciência nos seminários

Iniciativa nos EUA ofereceu um milhão e meio de dólares para 10 seminários cristãos

Pastores aprenderão sobre ciência nos semináriosPastores aprenderão sobre ciência nos seminários
A nova geração de líderes cristãos será capaz de oferecer respostas mais complexas quando falarem sobre assuntos científicos. Uma nova iniciativa nos EUA ofereceu um milhão e meio de dólares para 10 seminários cristãos com o intuito de que além de teologia os futuros pastores aprendam sobre ciências.
Os seminários selecionados representam uma ampla diversidade denominacional, demográfica e geográfica, incluindo desde os mais tradicionais até pentecostais. São eles:
School of Divinity – Regent University (Virginia Beach, VA)
Escola de Divindade, da Howard University, (Washington, DC)
Andover Newton Theological School (Newton, Mass.)
Universidade Católica da América (Washington, DC)
Columbia Theological Seminary (Decatur, Ga.)
Seminário Concórdia (St. Louis)
Seminário Teológico Luterano em Gettysburg (Pensilvânia)
Escola Jesuíta de Teologia na Universidade de Santa Clara (Berkeley, Califórnia.)
Seminário Bíblico Multnomah (Portland, Oregon).
Escola de Divindade da Wake Forest University (Winston-Salem, Carolina do Norte)

O dinheiro foi levantado pela Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), com financiamento da Fundação John Templeton. Cada instituição terá “Ciências” como parte de seu currículo por pelo menos um semestre. Segundo a AAAS, o programa Ciência nos Seminários irá impactar a vida dos seminaristas e dos membros de suas futuras igrejas.
O projeto-piloto baseia-se no fato de que “muitas pessoas pedem para orientação seus líderes religiosos sobre questões relacionadas com a ciência e tecnologia, embora nem sempre os membros do clero recebam formação na área cientifica”, explica Jennifer Wiseman, diretora do comitê de Diálogo de Ciência, Ética e Religião da AAAS.
Uma pesquisa conjunta realizada pela AAAS 2013 e sociólogos da Universidade Rice descobriram que alguns cristãos (especialmente os evangélicos) são mais propensos que o público em geral a consultar um líder religioso quando têm alguma dúvida sobre a ciência. “O projeto Ciência dos Seminários visa dotar os líderes religiosos com uma base científica sólida para abordar questões da congregação”, disse Wiseman.
O levantamento da AAAS também sugeriu potencial conflito entre religião e ciência. Vinte e dois por cento dos cientistas (e 20% do público em geral) dizem que as pessoas religiosas são hostis à ciência. Por outro lado, 22% da população em geral pensa que os cientistas são hostis à religião. Enquanto 52% dizem acreditar que a ciência e a religião estão em conflito.
Ciência nos Seminários pretende ainda organizar conferências para seminários católicos romanos. O material também ficará disponível online no ScienceforSeminaries.org.
Com informações de Christian Today eHuffington Post

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Descoberta arqueológica reforça relato bíblico sobre Templo de Salomão

Depósito de ossos de animais foi encontrado em Jerusalém 
Descoberta arqueológica reforça relato bíblico sobre Templo de SalomãoDescoberta reforça relato bíblico sobre Templo de Salomão
Há séculos que os judeus tentam provar a existência do Templo de Salomão em Jerusalém. Para os cientistas, não há provas fora dos relatos do Antigo Testamento. Para os muçulmanos, que hoje controlam o local onde antes ficava o Templo, isso comprova que é apenas um “mito” judeu.
De fato, não existem provas arqueológicas suficientes para comprovar a existência de um rei chamado Salomão. Contudo, a revista científica Journal of Archaeological Science pode ajudar a mudar isso.
Alguns anos atrás, arqueólogos desenterraram um enorme aterro, nos arredores da antiga cidade murada de Jerusalém. Os processos de datação comprovam que são do início do reinado de Herodes, em 37 a.C., e da Grande Revolta, no ano 66.
Embora a maioria dos antigos depósitos de lixo da cidade tenham ossos de animais, foram encontrados nesta uma quantidade extraordinariamente grande para uma sociedade agrícola, disse um dos responsáveis pelo achado, Gideon Hartman, da Universidade de Connecticut.
“A carne não era consumida diariamente. Era algo obviamente guardado para eventos especiais”, disse Hartman ao site LiveScience. Além disso, a maioria dos animais eram jovens, sugerindo que foram criados para serem sacrificados.
A equipe de Hartman investigou cerca de 160 ossos de ovinos e caprinos encontrados no local com outras amostras de ossos da lixeira da cidade. Através de uma análise dos isótopos de nitrogênio e carbono no material, é possível comprovar que vieram de diferentes locais, pois tinham alimentações distintas.
O estudo descobriu que muitos desses animais vieram de regiões desérticas a centenas de quilômetros de Jerusalém, como Arábia e Transjordânia.  Tal informação é condizente com os relatos bíblicos das festas judaicas que ocorriam no Templo e atraíam judeus de todas as partes do Oriente Médio.
Essa descoberta reforça a noção de que Jerusalém era um centro de peregrinação constante.   “Durante a época do segundo templo existiam grandes quantidades de judeus ricos que viviam longe da terra de Israel”, disse Hartman. Essas pessoas sentiam-se obrigadas pela religião a sacrificar animais, algo que só poderia ser feito em Jerusalém.
Há diversos registros históricos mostrando que Jerusalém era uma metrópole, mas que carecia de recursos econômicos naturais.  Segundo o Talmude, antigo texto religioso judaico, o coração econômico da cidade era o Templo Sagrado, onde os animais eram sacrificados a Deus.
Multidões vinham para as festas na capital do reino. Algumas passagens do texto falam sobre sacerdotes andando em um “rio de sangue” desses animais, que ia até os joelhos. Existe relatos de 1,2 milhão de animais sendo abatidos em um único dia. O antigo historiador judeu Flávio Josefo também descreve uma enorme operação de abate. Ainda assim, os historiadores sempre questionaram se essas descrições eram reais ou apenas hipérboles religiosas.
Nos últimos anos, uma série de achados arqueológicos tem confirmado muitos dos relatos bíblicos.
Em abril, uma das pesquisas arqueológicas mais importantes de Israel revelou as ruínas da chamada “Cidade da Primavera”. O local, famoso quando Davi e seu filho Salomão eram reis de Israel, foi construída para salvar e proteger a água da cidade dos inimigos que tentavam dominá-la.
Agora, a descoberta desses ossos de animais é mais uma que fortalece entre os judeus a ideia de reconstrução do templo de Salomão, um antigo sonho dos ortodoxos. Ela é fortalecida toda vez que se mostra que os relatos bíblicos sobre ele são verdadeiros.