domingo, 10 de julho de 2016

As obras de Armínio – Todos os volume


A igreja evangélica brasileira em sua grande maioria, se identifica com a visão arminiana, porém, por mais paradoxal que seja, até a presente data, não possuía traduzida para o português toda a extensão do pensamento deste importante teólogo reformado. Isto levava a sui generis situação onde muitos evangélicos brasileiros, inclusive pastores, se reconheçam como arminianos sem, de fato, terem lido uma linha sequer de seus escritos acerca da Predestinação, Providência Divina, o livre-arbítrio, a Graça de Deus, A divindade do filho de Deus e a justificação do homem, entre diversos outros assuntos.
Esta obra vem preencher esta importante lacuna de nossa literatura e, por que não dizer, na teologia da igreja brasileira. Por tudo isso, a CPAD tem a alegria de poder oferecer à igreja brasileira a oportunidade de conhecer e se aprofundar no pensamento contido nas obras de Armínio e assim, descobrir as raízes não apenas de suas crenças soteriológicas, mas também da forma de seu relacionamento com Deus.
Créditos: Rohem


quinta-feira, 7 de julho de 2016

Risto Santala

Risto Santala

Aleksi Risto Santala ( 18 de de Maio de 1929 Helsínquia - de Setembro de 26 de 2012 ) foi um finlandês reitor , Teologia Doutor Honoris Causa e escritor.
Santala estudou teologia na Universidade de Helsínquia , e foi ordenado sacerdote em 1953. Ele trabalhou pela primeira vez nuorisopastorina em Helsínquia e sacerdote do Marinheiro em Haifa , e depois trabalhou como professor e pastor da finlandesa Evangelical Lutheran Mission mantido pelo Hebrew Shalhevetjah -työkeskuksessa e escola em Jerusalém 1957-1968. Santala foi seguido por a Helsínquia Escola Bíblica reitor 1968-1975, fez uma obra escrita em Israel, 1976-1986 e 1988-1992 foi a última Joutjärvi vigário paroquial em Lahti, Finlândia .
Santala já escreveu mais de 20 livros, sendo o mais famoso deles são os papéis do Messias no Antigo e no Novo Testamento à luz da literatura rabínica e o estudo de Paul como pessoa e como um professor que foi publicada em várias línguas. Santala também palestras sobre esses temas nos Estados Unidos e na Suíça. [1] [2]

Obras editar editar o texto wiki ]

  • A pequena embarcação na Terra Santa . Finlandês Evangelical Lutheran Mission, Helsinki 1960
  • Nathan Kyyhkyspoika . Finlandês Evangelical Lutheran Mission, Helsinki 1961, 4ª edição de 2006
  • Mas quem dizeis que eu sou . Fundação Sociedade Bíblica do Povo, Helsinki 1964
  • Contra o Reino dos Céus atacados . Fundação Sociedade Bíblica do Povo, Helsinki 1965 Reinicie o nome de facilidade. Kirkkolaivamme aterramento: "ipcha mistabra" .Imagem e palavra, Helsínquia 2003
  • Argila para um recipiente  ; estoque Maija Karma . Finlandês Evangelical Lutheran Mission, Helsinki 1967
  • Cristo no Antigo Testamento à luz da literatura rabínica . Fundação Sociedade Bíblica do Povo, Helsinki 1971 Restart. E ext. Departamento de raízes do Cristianismo I: Antigo Testamento Messias previsto à luz da literatura judaica . Bíblia e serviço Evangelho, Kukkila 1985
  • Com a desintegração da Bíblia? . EMPRESA Fundação Sociedade Bíblica série 4. Popular, Helsínquia 1972
  • Isaías 53: sofrer a palavra do povo sofredor de Cristo . Karas-Sana, Helsínquia 1974
  • Cristo, no Novo Testamento, e à luz do seu próprio tempo . Karas-Sana, Helsínquia 1975 Restart. E ext. Departamento de raízes do Cristianismo II: O Novo Testamento à luz messias da literatura judaica esperando . Bíblia e serviço Evangelho, Kukkila 1985
  • Presentes de nível de graça . Karas-Sana, Helsínquia 1977 3. uud. Edition 2005
  • O roteiro . Karas-Sana, Helsínquia 1978
  • O reino de Deus é  ; desenhos Maija Karma. Finlandês Evangelical Lutheran Mission, Helsinki 1983
  • luta Bíblia . custo Bible College finlandês, Kauniainen 1984
  • O Apóstolo Paulo como pessoa e como um professor à luz das fontes judaicas . A mensagem básica Kauniainen 1994
  • Minha herança vida . Finlandês Evangelical Lutheran Mission, Helsinki 1997
  • Pedaços abençoando . A mensagem básica Kauniainen 1997
  • Beijo através de um véu: New ecumenismo Kirkkoraamattumme e da Bíblia ponto de vista pedagógico . Imagem e palavra, Helsínquia 1998
  • Espero contar com: carta 1. de Pedro, uma mensagem encorajadora para o homem moderno . A mensagem básica Kauniainen 1998
  • A refeição do Messias: Comunhão mensagem espiritual e raízes históricas . Imagem e palavra, Helsínquia de 1999
  • Paperback Pastoral: O que é que o povo da Bíblia aprender angústias . Imagem e palavra, Helsínquia 2003
  • As raízes da oração: a oração do Senhor, a oração - uma grande oportunidade para a sua vida . Imagem e palavra, Helsínquia 2004
  • Elihu - libertado escravo . Imagem e palavra, Helsínquia 2006
  • Um pequeno livro do Fundo amor . . Imagem e palavra, Helsínquia 2007 [3]

Fontes editar editar o texto wiki ]

Ligações externas 

http://www.ristosantala.com/rsla/Spanish.html
http://www.ristosantala.com/rsla/messiah.html

terça-feira, 5 de julho de 2016

Marco Feliciano debate com Felipe Neto e ouve pedido de desculpas

Youtuber questionou preceitos bíblicos e constitucionais em nome do politicamente correto


No mês passado, Felipe Neto usou o Twitter para atacar o deputado federal Marco Feliciano (PSC/SP). Ao comentar sobre o atentado em Orlando, que matou 50 pessoas em uma boate gay, chamou o pastor de “lixo humano”, responsabilizando-o por propagar o ódio aos gays. A resposta do parlamentar foi chama-lo para um debate ao vivo.
O vídeo desse encontro foi ao ar nesta terça (5) e a versão editada tem 45 minutos, fugindo da tradição do material de curta duração que tornou Felipe um dos youtubers mais populares do país. A expectativa do encontro é que haveria troca de ofensas, algo que o jovem tem costume de fazer. Contudo, ele surpreendentemente pediu desculpas a Feliciano, reconhecendo que não pode confundir uma pessoa com as ideias que ela defende.
Articulado, Neto insistiu que não era “porta-voz” da comunidade LGBT, mas usou de vários argumentos conhecidos do movimento para defender o casamento gay. Por sua vez, Marco precisou usar tanto da Bíblia quanto da Constituição para justificar seu posicionamento tanto como deputado quanto como pastor.
Mostrando não entender exatamente como funcionam os três poderes, o youtuber insistia que os deputados “falharam”, e por isso o STF estaria certo em ter rompido com o preceito constitucional e passado, na prática, a legislar sobre o assunto. Mesmo usando as leis atuais para embasar seus argumentos, Feliciano foi acusado de “misturar as coisas” e usar sua fé como “escudo”.
Ele explicou que seus posicionamentos como deputado não são baseados em opiniões, mas na legislação vigente. Deixou claro ainda que representa os evangélicos, a maior parte de seu eleitorado. “Eu falo por esse povo”, resumiu.
Felipe, contudo, tentou ensinar teologia ao pastor, fazendo uma dicotomia entre os ensinamentos de Jesus e de Paulo sobre a questão da homossexualidade. Alegou ainda que existe falta de consenso entre os evangélicos sobre o assunto, citando a existência de igrejas “inclusivas”. Curiosamente, tentou classificar alguns ensinamentos da Bíblia como “desaproveitáveis” para os dias de hoje.
O posicionamento do deputado cristão foi alertar para o perigo da jurisprudência aberta pelo Supremo Tribunal Federal ao autorizar que pessoas do mesmo sexo possam realizar união instável. Deixando claro que, pessoalmente, não se opõe à união estável, mas sim ao reconhecimento civil dela. Lembrou ainda que, em outros países, os movimentos LGBT querem forçar as igrejas a realizar cerimonias de casamento gay, algo inaceitável para ele.
A maior parte do vídeo mostra Felipe Neto e Marco Feliciano debatendo sobre pontos de vista religiosos sobre os gays. Em determinado momento, o pastor fez uma declaração controversa, dizendo que quem usa Levítico para pregar contra o casamento gay “é ignorante”. Mencionou ainda conhecer vários homossexuais e que a maioria optou por isso após terem sido abusados ou passado por sérios problemas na vida.
“A homossexualidade é ensinada. Ensine a criança o caminho que se deve andar, que ela vai andar por ele”, resumiu. O parlamentar voltou a repetir que não é homofóbico, lembrando que não mata e nem ofende pessoas LGBT.
Na parte final da conversa, o tema foi a acusação de Felipe Neto que “a igreja virou negócio” e por isso deveria pagar impostos, algo que é anticonstitucional. Citando a experiência no bairro carioca onde nasceu e cresceu, o youtuber tentou colocar todos os pastores na vala comum de “aproveitadores da fé alheia”.
O deputado lembrou a ele que essa não é a regra e que as igrejas são responsáveis por uma série de programas de cunho social. Além disso, essa intervenção do Estado nas instituições religiosas como “auditorias” fere o princípio do Estado laico.
Felipe Neto encerrou a entrevista, dizendo: “foi esclarecedor, foi interessante, supreendente em alguns pontos”. Diferentemente de Gregório Duvivier, que se negou a debater quando foi convidado por Feliciano durante o programa Pânico.
Assista:

China quer confiscar dízimos e ofertas


  • Autoridades chinesas continuam a pressão sobre as igrejas cristãs, sobretudo nas províncias onde o cristianismo é mais forte. Após ordenar a retirada das cruzes de cima dos templos, prender pastores e membros, torturá-los e até matar alguns, o governo agora está exigindo que todas as doações entregues na igreja – como dízimo ou oferta – sejam confiscadas.
Um novo conjunto de leis foi implantado, que inclui a necessidade de os pastores pedirem permissão do governo se quiserem comprar equipamentos ou mobília para os locais de culto, que ultrapassem o valor equivalente a mil reais.
É um endurecimento do processo que se iniciou no ano passado, quando o governo impôs regras mais rigorosas em relação a construção ou reforma de igrejas, aliado a uma censura prévia de sermões, gestão padronizada e outras práticas que tentaram criar um cristianismo submisso ao Partido Comunista.
Segundo a missão China Aid, desde meados do ano passado, o governo está monitorando de perto as atividades dos cristãos. Foram criados escritórios para os funcionários do governo dentro de algumas igrejas. Em determinadas províncias, a exigência é que a bandeira oficial da China seja colocada no topo dos prédios e nos púlpitos, no lugar onde tradicionalmente ficam as cruzes.

Aumento exponencial da perseguição

A perseguição contra os cristãos na China ficou sete vezes maior na última década. De acordo com o último relatório da missão China Aid, desde 2008 a estimativa é que continue a crescer.
Com a ascensão do presidente, Xi Jinping, o discurso oficial da China é que a “gestão da religião é, em essência, a gestão das massas”. Atualmente, o país está entre os que mais perseguem os cristãos no mundo, segundo a missão Portas Abertas.
Somente no ano passado na província de Zheijang, mais de 20 igrejas foram demolidas, 1.300 cruzes removidas, mais de 500 cristãos levados pela polícia, pelo menos 130 cristãos sendo agredidos pelas autoridades e 60 cristãos estão presos, sendo pelo menos 28 pastores. A maioria não é acusada de nenhum crime, a não ser o de defender a fé cristã.
Apesar de tudo isso, cristianismo continua crescendo em solo chinês. Oficialmente, existem hoje cerca de 100 milhões de cristãos no país mais populoso do mundo. Estudiosos acreditam que o número pode ser 3 vezes maior. Ao mesmo tempo, os membros do Partido Comunista Chinês totalizam 86,7 milhões, sendo que a maioria é comunista só de nome.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

#OuvindoNaLognPlay Web Rádio Davar via @lognplay

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Tradutores da Bíblia: William Cameron Townsend (1896-1982)


Cameron Townsend, "tio Cam" para seus amigos, nasceu na Califónia em um período economicamente difícil. Sua família era presbiteriana e em seu segundo ano de estudos na Universidade ouviu uma palestra dada pelo famoso missionário John R. Mott. No ano seguinte, envolveu-se com a Casa Bíblica de Los Ángeles como colportor para distribuir a Bíblia na América Latina.
Na Guatemala, em 1917, Cameron Townsend terá um encontro que mudará para sempre sua vida. Andando por uma área pertencente aos cakchiquels, ofereceu aos mesmos uma Bíblia em castelhano. O índio lhe fez a seguinte pergunta: "Se teu Deus é tão inteligente, por que ele não fala minha língua?". Esta pergunta fez com que Cameron dedicasse os seguintes treze anos de sua vida aos índios cakchiquels.

No entanto, a dificuldade da língua cakchiquel era enorme: o sistema verbal era muito complexo e parecia uma tarefa impossível de levar a cabo. Porém, aqui surgiu o conselho de um arqueólogo, que lhe disse que deixasse de pensar em padrões latinos para o idioma cakchiquel e buscasse o método lógico intrínseco a esse idioma. Este conselho deu certo e, em 1929, Cameron concluiu a tradução do Novo Testamento em cakchiquel.
A missão com a qual estava associado não dava importância à tradução da Bíblia. Para eles, Cameron devia evangelizar e edificar aos crentes. Porém, a esta altura, ele já estava decidido a consagrar sua vida à tarefa de traduzir a Bíblia para as línguas não- alcançadas. Foi assim que, em 1934, ele e L. L. Legters fundaram o Acampamento Wycliffe que seria o começo da maior organização missionária protestante e independente do mundo, Wycliffe Bible Translators, e de sua filial Summer Institute of Linguistics (SIL).
Com o tempo fez amizade com o Presidente do México, Lázaro Cárdenas, que estava entusiasmado com a tarefa que os tradutores estavam fazendo. Cárdenas solicitou a Cameron que enviasse mais linguistas para dotarem os muitos idiomas indígenas existentes no México de uma forma escrita. Abriu-se uma porta aberta que eles tinham que aproveitar. Depois disso, Cameron passou 17 anos no Peru e logo mudou-se para a Colômbia para seguir no trabalho de tradução.
Sua filosofia pode ser resumida nesta frase:

"O melhor missionário é a Bíblia na língua materna.
Nunca necessita de férias
e  nunca será considerada um estrangeiro".


Trecho da Bíblia em Cakchiquel 
 

Tradutores da Bíblia: William Carey (1761-1834)



PRIMEIROS ANOS
William Carey nasceu em 17 de agosto de 1761, em Paulerspury, na província de Northampton, Inglaterra.
Ainda que sua infância tenha ocorrido em um ambiente rural que não refletia as grandes coisas que Deus realizaria através de sua vida. Carey tinha uma insaciável sede de conhecimentos e uma indomável perseverança para alcançar seus objetivos. Qualquer livro que caía em suas mãos era devorado e assimilado. Ele chegou ao ponto de familiarizar-se na adolescência com o latim e, enquanto trabalhava como sapateiro, aprendeu grego.
De fato, sua oficina de sapateiro foi também o local onde Deus o moldava para o trabalho preparado para ele. Ali adquiriu um profundo conhecimento de Bíblia e também de geografia universal e de religiões comparadas. Tudo o que seria de grande utilidade nos anos vindouros.
 CONVERSÃO
Um dos companheiros de oficina na sapataria era William Ward, pertencente a um dos grupos dissidentes da Igreja Anglicana. As discussões entre os dois jovens eram prolongadas, defendendo cada um seu ponto de vista. Entretanto, Carey percebeu que a fé de seu amigo era muito mais arraigada que a sua e, atendendo a um convite para assistir a uma de suas reuniões, entrou em contato com a igreja a que seu amigo pertencia. Ali, ocorreu sua conversão que modificaria toda a sua vida.
O fato de estas igrejas dissidentes serem simpatizantes da revolução americana foi outro fator para que Carey se identificasse com tais igrejas, pois possuía a mesma ideia. A conservadora Igreja Anglicana se opunha por princípio a qualquer modificação no "status" das colônias na Nova Inglaterra.
 CRESCIMENTO
Depois de sua conversão conheceu a dois destacados batistas, John Ryland e Andrew Fuller, sendo batizado pelo primeiro e tornando-se membro de uma Igreja Batista. Em pouco tempo, devido a seu crescimento e dons, Carey passou a ser solicitado como pregador por distintos grupos pequenos. Por isso, foi convidado a tornar-se pastor da igreja de Moulton.
 INFLUÊNCIAS NOTÁVEIS
Em 1781, casou-se com Doroteia Placket com a qual teve uma numerosa família. Nesse tempo, Carey já conhecia latim, grego, hebraico, italiano, alemão e francês. Porém, a paixão de Carey eram as missões. Vários fatores influenciaram sua vocação:
·    O avivamento que estava sacudindo a Inglaterra por meio do ministério de John Wesley preparava o terreno para o movimento missionário;
·    Um tio de Carey era marinheiro e com uma grande gama de experiências em outros países, que lhes despertou o interesse pelas viagens e para conhecer outras culturas;
·    Foram parar em suas mãos os diários de John Eliot e David Brainerd (ambos missionários entre os índios);
·    Outro livro que influenciou decisivamente a Carey foi: "As viagens do capitão Cook", no qual o descobridor inglês narra suas aventuras pelas ilhas do Pacífico.
Todos estes fatores representaram um papel importante no futuro missionário, porém, em especial, a Bíblia deixava claro a responsabilidade dos cristãos em levar as boas novas aos que ainda não havia escutado.
 ESPERE GRANDES COISAS DE DEUS,
FAÇA GRANDES COISAS PARA ELE
No dia 30 de maio de 1792, diante de uma convenção de pastores batistas, pregou seu famoso sermão baseado em Isaías 54:2,3: “Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas. Porque transbordarás...”.
A proposição deste sermão era: “espere grandes coisas de Deus, faça grandes coisas para ele”. Apesar das indiferenças de alguns dos presentes, John Ryland entre outros, o impacto do sermão foi tal, que ali começou o que mais tarde foi chamado de Era das Missões Modernas. No dia 13 de junho de 1793, Carey partia para a Índia.
 PAGANISMO NA ÍNDIA
A extensão do cristianismo na Índia estava reduzida praticamente aos europeus que ali viviam por interesses comerciais. A pobreza, ignorância e superstição eram muito difundidas. O sistema de castas tinha raízes imemoriais. Exemplos de tais costumes pagãos eram: arremessar crianças no rio Ganges, como oferenda ao rio sagrado e ou viúvas na fogueira onde o marido recém-falecido estava sendo incinerado.
PRIMEIROS ANOS COMO MISSIONÁRIO
Por seis anos, Carey esteve trabalhando em uma plantação de índigo[1] ao norte de Calcutá. Ali aprendeu bengali e traduziu o Novo Testamento para essa língua. Além disso, preparou uma gramática e um dicionário da mesma.  A facilidade para os idiomas que possuía, chegou a ser uma abençoada forma de realizar sua tarefa. 
Todavia, ao mesmo tempo em provações vinham sobre sua família: seu filho de cinco anos morreu em consequência de febres contínuas, enquanto sua esposa não se adaptava às dificuldades no novo país.
 O TRIO DE SERAMPORE
Em 1800, Carey mudou-se para Serampore onde permaneceria por trinta e nove anos. Ali, uniu-se a outros dois missionários que estariam com ele até o final de sua vida. Essa parceria ficaria conhecida como "O Trio de Serampore". Um deles era William Ward, especialista em imprensa, e o outro Joshua Marshman, especialista en linguística. Sem dúvida, este trio missionário foi uma das mais sólidas e frutíferas equipes missionárias.
 TRADUZINDO A BÍBLIA
A estas alturas, Carey já dominava o bengali, o sânscrito e outros idiomas da região e entre suas prioridades estratégicas estava a tradução da Bíblia para a língua materna daqueles povos. Em trinta anos, a Bíblia foi traduzida para seis línguas, sendo Carey o responsável pela tradução para o bengali, sânscrito e marathi.
Além disso, o Novo Testamento foi traduzido para vinte e três línguas e porções escolhidas das Escrituras para outras línguas. Sem dúvida, o trabalho da tradução da Bíblia foi fundamental na obra de Carey na Índia.


 A JORNADA DIÁRIA DE UM TRADUTOR
       De uma de suas cartas, podemos fazer uma ideia de como era um dia qualquer em seu trabalho de tradução:
Levantei-me esta manhã às quinze para as seis, li um capítulo na Bíblia hebraica, e passei o tempo em oração particular a Deus até as sete. Logo, dirigi o culto familiar com os criados em bengali.
Enquanto preparavam o chá, li um pouco em persa com um manshi e, antes de almoçar, fiz o mesmo, mas em hindustani. Quando acabei de almoçar, fui trabalhar com um pandit na tradução do texto de Ramayana em sânscrito. Às dez horas, fui ao Colégio onde estive até as duas.
Voltei para casa, examinei uma prova da tradução de Jeremias para o bengali, o que fiz até a hora de comer. Depois de comer, traduzi para o sânscrito, com a ajuda do pandit principal do Colégio, a maior parte do capítulo oito do evangelho de Mateus.
Depois das seis, sentei-me um pandit telingi para aprender este idioma. Às sete, comecei a reunir uns poucos pensamentos na forma de um sermão e preguei  até as sete e meia. Havia cerca de quarenta pessoas presentes. Depois do sermão, sentei- me e traduzi o capítulo onze de Ezequiel para o bengali até quase às onze da noite.
 A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA MATERNA
Um dado significante que nos mostra o tamanho de sua sensibilidade quanto a esse assunto é: Quando foi nomeado professor de idiomas no Colégio Fort William em Calcutá, onde se formariam os principais futuros dirigentes da Índia, Carey percebeu de que as classes superiores estavam acostumadas ao sânscrito e tinham o bengali como língua vulgar, associada às castas mais baixas da nação. Por isso, traduziu seus materiais de ensino do inglês para o sânscrito, consciente da necessidade de alcançar às pessoas no idioma de seu coração.
Com a idade de setenta e três anos, Carey deixava a Índia e esta vida. Com referência a primeira, ele havia dito: "Nunca tive a ideia de regressar a Inglaterra... meu coração se casou com a Índia".


Acesso em 17 de fevereiro de 2012, às 18:40 horas
Traduzido por Marcos Paulo da Silva Soares
Usado com permissão.


[1] Indigofera suffruticosa é uma espécie vegetal da família Fabaceae, também conhecida como anileira ou pelo seu antigo nome Indigofera anil. É usada como matéria para obter o anil (N. do Trad.).