domingo, 23 de outubro de 2016

Medo: antigos e novos receios nas ADs


Houve um tempo, em que os temores dos pastores assembleianos eram somente de natureza externa. As lutas eram as perseguições movidas por fanáticos religiosos. A intolerância, as vezes vinha do clero e dos fieis da Igreja Católica, mas os pentecostais também eram censurados e difamados pelos evangélicos de denominações históricas.

Veio posteriormente as lutas internas e o perigo das heresias surgiram. Afinal, nossos pioneiros desejavam à pureza doutrinária. Na história das ADs, um grupo de crentes calvinistas na década de 1930 foram desligados da denominação e fundaram a Igreja de Cristo.

Tempos depois, como a vinda dos missionários norte-americanos, o grande medo foi a criação dos institutos bíblicos. As tais "fábricas de pastores" seria para muitos veteranos obreiros, um grande mal para as ADs. Foi contra a vontade dos caciques assembleianos e correndo o risco de serem expulsos da AD, que o casal Lemos implantou o IBAD em Pindamonhangaba (SP).

A vaidade e o mundanismo também rendeu grandes preocupações e debates. Os líderes, zelosos pelos bons costumes combateram modas, penteados, jóias, broches e enfeites. Outro ponto de polêmicas foi a mídia audiovisual (rádio e televisão). Pastores se orgulhavam em informar nas convenções, que em sua gestão os membros haviam se desfeito do aparelho de TV.

Antigos e novos medos nas ADs

Com o advento das igrejas neopentecostais entre as década de 1970/80, o Mensageiro da Paz dedicou algumas matérias combatendo a teologia da prosperidade, maldição hereditária, G12 entre outras aberrações e modismos teológicos.

A lista poderia ainda contar com as questões políticas. O medo do comunismo e de ter suas portas fechadas, rondou as ADs. Poderia se incluir, o receio de uma velhice no esquecimento, abandono e sem proventos. Quantos pastores passaram (ou passam) por essa situação.

Muitos desse medos já foram superados ou esquecidos. Vez por outra, nas eleições o receio do comunismo é ressuscitado. A importância do ensino teológico é consensual. Quanto aos modismos teológicos, pelo que se percebe, em nome do "progresso" da obra vários deles são adaptados ou aceitos para a alegria de muitos e tristeza de outros.

Mas, contraditoriamente, alguns receios rondam a liderança assembleiana. Hoje, a denominação orgulhosamente exibe pessoas de várias classes sociais em seu meio. E entre esse fieis, há um tipo de ovelha, que ultimamente têm tirado o sono de muitos pastores.

Membros de destacada condição social e profissional, estão provocando reviravoltas em muitas igrejas. Ao questionar a aplicação dos recursos financeiros, os nobres irmãos que, por serem profissionais abalizados e independentes causam receios profundos nas convenções.

Em Santa Catarina, a diretoria de uma AD no sul do estado estava em apuros com uma situação dessas. No litoral algo semelhante ocorreu com alterações no estatuto. No Rio de Janeiro, dentro de uma AD de Madureira, mudanças ocorreram por conta da insatisfação dos membros. Soma-se a isso à força das redes sociais. Algo que era antigamente era segredo, hoje é espalhado ao vento com o surgimento dainternet.

Raimundo Ferreira de Oliveira


Na intimidade familiar e entre os amigos ele era conhecido carinhosamente como "Dico". Nas Assembleias de Deus seu nome e sobrenome era conhecido e reverenciado como grande pregador, ensinador, escritor e líder. 

Raimundo Ferreira de Oliveira, nasceu em José de Freitas, cidade próxima a Teresina (PI) em 1949 e passou à infância no município de Igarapé Grande no Maranhão. Voltou a Teresina na adolescência para estudar e congregou no templo sede da AD junto ao pastor Paulo Belisário de Carvalho.

Inteligente e dinâmico, Oliveira chegou à liderança dos jovens e atuou também na área do louvor. Seu pendor para as letras se revelou cedo, pois nessa época já era conhecido pela excelência dos seus textos. Moço ainda, foi separado para o ministério e enviado a pastorear igrejas no interior do Piauí. Voltou à capital para dirigir a congregação do bairro Buenos Aires por apenas seis meses.

Pastor Raimundo Ferreira de Oliveira

Corria o ano de 1979, quando o missionário Bernard Johnson convidou o jovem pastor para trabalhar na recém fundada Escola de Educação Teológica da Assembleia de Deus (EETAD) em Campinas (SP). Trabalhou por muitos anos na instituição, escrevendo livros usados para a formação de obreiros em todo país. Consta, que Oliveira rejeitou em 1980 um convite do pastor Paulo Belisário para voltar à terra natal por conta dos seus compromissos com a EETAD.

Posteriormente, foi para o Rio de Janeiro atuar na CPAD. Na editora exerceu vários cargos, publicou livros de sua autoria e foi comentarista da revistas da escola dominical para jovens e adultos. Destacou-se nacionalmente como eloquente pregador e ensinador da Palavra de Deus.

A década de 1990, parecia promissora para o escritor. Recebeu o convite para dirigir a Assembleia de Deus Betesda em Fortaleza (CE) do pastor Ricardo Gondim. Após dois anos na capital cearense, Raimundo cedeu aos apelos do pastor Belisário e voltou a Teresina para fundar o Instituto Bíblico Pentecostal (IBPT). Tempos depois assumiu a vice-presidência da AD em Teresina. Seria o princípio do fim para o seu ministério.

Em 1993, o veterano líder Paulo Belisário modicou o estatuto da igreja para controlar sua própria sucessão. A mudança estatutária esvaziou o poder da convenção estadual (da qual foi presidente por muitos anos) sobre a principal igreja piauiense.

O escritor Leal Neto, afirma em seu livro sobre a história da AD em Teresina, que "acalorados debates" se deram em torno do tema. Tudo indica, que a manobra regimental trouxe graves desacordos ministeriais e Belisário impôs o nome de Raimundo de Oliveira como seu único sucessor. Assim, no dia 09 de junho de 1995, o respeitado pastor e escritor assumiu como 11º presidente da AD em Teresina.

Porém, seu tempo à frente da igreja seria curto. No início de 1997, as diferenças entre Raimundo e o ministério local se agravaram. Leal Neto registra esse triste momento através de uma metáfora: "nuvens sombrias pairaram e se abateram sobre o horizonte de Teresina". O clima de beligerância reinava na capital.

Segundo o autor de Uma Igreja Edificada: "Não sabemos como, nem de onde elas vieram, mas o que é certo é que elas surgiram e se tornaram cada vez mais espessas". Contudo, é fato que as tais "nuvens sombrias", se formaram antes mesmo do pastor Oliveira tomar posse. É possível, que além dos descontentamentos internos, influências externas ajudaram no aprofundamento da incontornável crise eclesiástica.

Sendo chamada para solucionar os conflitos, a CGADB passou o problema para a União dos Ministros das Assembleias de Deus do Nordeste (UMADENE). Os principais líderes da AD na região se reuniram na capital do Piauí para resolver os impasses. A solução encontrada foi a troca entre os pastores de Teresina e Parnaíba. 

Abatido e derrotado, Raimundo de Oliveira ficou pouco tempo em Parnaíba. Com a saúde abalada pediu licença das atividades pastorais. Dedicou-se à escrita e publicação de obras pela CPAD e pela editora Hosanas. Transferiu-se para São Luís (MA), onde viveu seus últimos anos de vida e ministério. 

Morreu neste domingo dia 09 de outubro de 2016, aos 67 anos de idade. Uma grande perda para as Assembleias de Deus no Brasil. Permanecerá vivo através das suas obras.

Fontes:


ARAÚJO, Isael de. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.


LEAL NETO, Raimundo. Uma Igreja Edificada - História da Assembleia de Deus em Teresina - PI. Teresina: Halley, 2012.

Cristãos de 90 países vão a Jerusalém demonstrar apoio a Israel

Cristãos de 90 países vão a Jerusalém demonstrar apoio a IsraelCristãos de 90 países vão a Jerusalém demonstrar apoio a Israel










Uma semana após a decisão da UNESCO de negar “qualquer ligação” dos judeus com o monte do Templo, milhares de cristãos, vindos de mais de 90 nações, chegaram a Jerusalém para celebrar o Sucot, também conhecido como Festa dos Tabernáculos. Para muitos essa era uma resposta “profética” de que apesar das decisões dos seus governos, eles continuariam ao lado do povo judeu.
A Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém realizou a 37ª anual Festa dos Tabernáculos para Cristãos, que inclui conferências e cultos de adoração. Segundo eles, a reunião é um claro cumprimento da profecia descrita em Zacarias 14:16.
As comemorações duraram uma semana – 16 a 21 de outubro – e foram marcadas pela manifestação de total apoio dos cristãos a Israel.
Segundo a tradição judaica, o Sucot tem um significado para todas as nações do mundo. Nos tempos bíblicos, 70 touros eram trazidos para serem sacrificados no Templo. O número representava o que seria o mundo conhecido na época: 70 nações.
A celebrações desse ano contou com dezenas de parlamentares cristãos pró-Israel e funcionários do governo de mais de vinte países. A Embaixada Cristã afirmou que 2016 teve um número recorde de peregrinos vindos da China e de países de língua espanhola, confirmando a tendência dos últimos anos do aumento de fluxo da América Latina e da Ásia.
O tema esse ano foi “Todas as famílias”, referindo-se à família espiritual que identifica sua linhagem até o patriarca Abraão, chamado de “pai de nações”. O número estimado de participantes passou de cinco mil.
A primeira noite do evento foi um grande culto em En Gedi, uma fonte natural nas margens do Mar Morto. Com música e dança, milhares de peregrinos cristãos demonstraram seu amor e apoio à Terra Santa. No dia seguinte, ocorreu uma grande reunião de oração no Jardim do Túmulo, identificado pela maioria dos estudiosos como o local do sepultamento e da ressurreição de Jesus.
A ICEJ foi em 1980, quando as últimas embaixadas oficiais abandonaram Jerusalém, mudando-se para Tel Aviv. Ela é considerada a maior organização cristã pró-Israel do mundo, com filiais estabelecidas em mais de 85 nações, incluindo o Brasil. Com informações Breaking Israel News

Pastores brasileiros fazem protesto em Israel contra voto do Brasil na Unesco


Líderes foram para frente da Embaixada do Brasil em Tel Aviv

Na quinta-feira (20/10), vários pastores evangélicos, acompanhado de um grupo de turistas vindos do Brasil fizeram uma manifestação em frente à Embaixada do Brasil no país, em Tel Aviv.
Era um protesto contra o voto do Brasil na Agência da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) que negava qualquer ligação dos judeus com o Monte do Templo. O documento declara que o local, juntamente com o Muro das Lamentações, são sagrados unicamente para os muçulmanos.
O resultado final gerou revolta em organizações judaicas e cristãs no mundo todo. Por causa disso, os pastores evangélicos que foram a Israel para a festa judaica de Sucot [Tabernáculos] decidiram vocalizar sua insatisfação diante da embaixada.
Eles carregavam faixas e cartazes tento em português quanto em inglês. Um dos cartazes questionava se o que a Unesco fez não seria um ‘recall’ da Bíblia. Afinal, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento há várias referências ao Templo. O Islamismo só veio a surgir no oitavo século.
Um dos líderes dessa manifestação era o apóstolo Philomeno Romero, do Ministério O Brasil é de Jesus, que reúne igrejas em vários estados brasileiros. Ele explica que logo ao chegarem a Israel este ano foram informados da mudança de posição do Itamaraty. “Estamos indignados com essa decisão que representa uma afronta ao povo cristão do Brasil e exigimos que o Brasil mude seu voto”, afirmou à agência de notícias Tazpit.
Pastores em frente a embaixada brasileira em Tel Aviv.
Pastores em frente a embaixada brasileira em Tel Aviv.

Brasil: dois votos contra, um a favor

Uma divulgação equivocada de que o Brasil teria votado em desfavor de Israel e depois mudado de posição foi causada pelo compartilhamento nas redes sociais de notícias da decisão de julho como se ela tivesse sido tomada em outubro.
Em Jerusalém, durante a festas dos Tabernáculos, reporta o Breaking Israel News, o apóstolo René Terra Nova afirmou publicamente diante de líderes cristãos de vários países que o governo brasileiro mudara de posição.
A confusão se deu por que ocorreram três votações sobre o assunto este ano. Em abril, ainda no governo Dilma, a posição do Brasil foi a mesma que caracterizou todo o governo petista: contrária a Israel e ao lado dos muçulmanos.
Três meses depois, no governo interino de Michel Temer, houve uma mudança de postura.  A nota oficial, disponível no site do Itamaraty, afirmava na época: “O fato de que a decisão não faça referência expressa aos vínculos históricos do povo judeu com Jerusalém, particularmente o Muro Ocidental, santuário mais sagrado do judaísmo, é um erro, que torna o texto parcial e desequilibrado”.
Contudo, em outubro, já oficialmente como o novo governo do país, representante permanente do país junto à Unesco, Eliana Zugaib, votou em desfavor de Israel, alterando a disposição demonstrada pelo Itamaraty em junho.
Na “justificativa” do voto, um tanto confusa, afirma: “O Brasil votou a favor da decisão, mas deixou registrado que a mesma não atendia a todas as suas preocupações… A delegação do Brasil votou a favor da decisão sobre a Palestina ocupada, porque o texto, embora inadequado, representa um avanço em relação àquele aprovado no 199º Conselho Executivo da UNESCO”.
A resolução do 200º Conselho Executivo, ratificada pela assembleia geral da UNESCO, 5 dias depois, teve 24 votos a favor, entre eles o do Brasil. Apenas o México mudou o status do voto entre uma reunião e outra, optando pela abstenção como decisão final. Após a decisão, Israel rompeu formalmente com a UNESCO.

Escravos cantam louvores após serem “comprados” por ministério

Famílias cristãs faziam trabalhos forçados em olarias de muçulmanos no Paquistão

Cinquenta cristãos paquistaneses, incluindo crianças, foram escravizados por muçulmanos e obrigados a trabalhar em uma olaria. Segundo a Missão Rescue Christians [Resgate os Cristãos], eles sofriam diversos tipos de tortura psicológica e abuso físico, incluindo o estupro.
Apesar da flagrante violação dos direitos humanos, as autoridades do Paquistão nada fazem para impedir a prática, relativamente comum no país.
Na ação divulgada pela Rescue Christians, mais conhecida pelas iniciais RC, as vítimas estavam nas mãos de homens com ligações no governo, por isso demorou mais de um ano entre a denúncia e a sua libertação. O resgate finalmente foi executado na semana passada. Os missionários optaram por pagar o preço exigido pelos muçulmanos para que os cristãos fossem soltos.
Nos casos apresentados no vídeo abaixo, o preço final foi U$ 150 por pessoa (cerca de R$ 480), sendo que cada um recebeu US$ 30 para poder comprar alimentos até recomeçarem suas vidas.
O vídeo divulgado pela RC mostra os testemunhos de nove famílias inteiras, que foram tiradas do local em segurança e levaram seus pouco pertences em um caminhão. Durante a viagem, emocionados, eles começaram a cantar uma versão musicada do Salmo 24 (na língua Punjabi), cujo refrão diz: “Quem é o Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso”.
A Rescue Christians se dedica especificamente a “comprar” de volta cidadãos que acabaram se tornando escravos por vários motivos, geralmente para pagar dívidas. Nas olarias, atividade comum para cidadãos de baixa renda, os cristãos passavam o dia todo moldando tijolos de barro ou alimentando os fornos onde as peças eram queimadas.
Eles não recebiam pagamento pelo serviço, apenas casa e comida e eram impedidos de sair. Como não sabiam o valor que deveriam receber pelo serviço, tornava-se impossível calcular quando a dívida estava paga e por isso permaneciam por um período indeterminado.
Em muitos casos, mesmo alegando que já haviam trabalhado o suficiente para quitar os débitos, não podiam ir embora por que o local é vigiado por guardas armados. Com informações Shoebat
Assista:

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Muçulmana morre e é ressuscitada por Jesus dois dias depois

Uma mulher que passou dois dias em um necrotério, surpreendeu médicos e funcionários do hospital quando ressuscitou. Sabina, estava visitando seu filho na Rússia, quando ficou gravemente doente.
A família a internou, mas ela ficou em coma por dois dias antes de ter sua morte confirmada pelos médicos. Seguindo o procedimento, foi levada para o necrotério em anexo, onde seu corpo ficou junto com outros cadáveres durante mais dois dias.
Segundo Sabina, ela podia se ver no fundo de um poço, sem forças para escalar de volta até a borda. Foi então que ela notou uma árvore cujo galho maior cresceu até chegar onde ela estava. De repente, o galho da árvore se transformou em uma mão. Ela ouviu a voz de Jesus dizendo: “Se você agarrar minha mão, vou devolver a sua vida”.
Quando ela estendeu sua mão e tocou em Jesus, acordou no necrotério. Seu corpo estava totalmente coberto por um lençol branco. Ela ouvia as vozes das pessoas ao seu redor. Decidiu então se sentar, mas os funcionários do hospital saíram correndo para fora do local.
Mais tarde, quando voltaram, viram que ela continuava sentada. A mulher pediu que eles não se preocupassem, pois ela estava viva. Ninguém conseguia explicar o que aconteceu com ela, mas deram-lhe comida, água e roupas. Levaram-na para visitar seu filho em outro hospital.
Sabina voltou para casa, em um país na Ásia Central, surpreendendo toda a sua família. No primeiro domingo após sua volta, ela foi ao culto em uma igreja evangélica pentecostal e entregou sua vida a Cristo.
A maioria das pessoas em sua cidade era islâmica. Num primeiro momento sua família ficou perplexa com sua decisão de se tornar cristã. Contudo, ao ouvir seu testemunho, todos os seus filhos, sua mãe e uma sobrinha também entregaram as vidas a Cristo, deixando o islamismo. Alguns deles hoje são missionários em tempo integral.

Testemunho abre portas

Aisha, uma das filhas de Sabina, casou com um ocidental chamado Jamal. Ambos trabalham atualmente no Oriente Médio como missionários entre os muçulmanos em campos de refugiados sírios.
Jamal explica que o testemunho de sua sogra sendo ressuscitada por Jesus abriu muitas portas para eles falarem do evangelho. “Eu compartilhei a história da minha sogra e, por causa disso, foi mais fácil meus alunos ouvirem a mensagem. Dois dias depois, já estava reunindo cerca de 30 muçulmanos”, enfatizou.
O milagre que Deus fez na vida de Sabina continua abrindo portas para o evangelho até hoje. Com informações de Gospel Herald

domingo, 9 de outubro de 2016

Novos estudos mostram como a Bíblia foi preservada pela tradição oral

Um novo estudo sobre a memória dos povos demostra que as pessoas podem reter e recitar grandes quantidades de informação. Isso pode dar credibilidade científica à transmissão de histórias bíblicas por tradição oral.
Por causa da dependência de tecnologia, pode ser difícil para as pessoas hoje em dia lembrar de coisas simples como número de celular ou datas de aniversários. Mas a maneira como os povos antigos guardavam e passavam adiante a informação ainda é um mistério. Segundo a tradição, pessoas que não sabiam escrever eram capazes de lembrar histórias longas, além de canções e poemas que possuíam milhares de versos.
Os estudiosos sempre tentaram comprovar como isso acontecia.  A doutora Lynne Kelly estudou as técnicas da memória dos povos aborígines, que memorizam grandes quantidades de informação sobre plantas e zoologia.
O esforço dela é para entender como isso acontece. Ela lançou o livro The Memory Code [O Código da Memória], onde demonstra como os anciãos aborígenes conseguiam lembrar de tanta informação. De acordo com Kelly, eles tinham um conhecimento “codificado”, em forma de música, dança e história.
Além disso, usavam um processo que associava fatos com um lugar específico, conhecido por historiadores e neurobiólogos como o “método de loci” (ou método de lugar). A primeira referência a esta prática mnemônica está nos escritos do orador romano Cícero, que o atribuiu ao poeta Simônides de Ceos.
Este método de associação de uma determinada informação com a imagem mental de um local também é discutido em detalhe por Aristóteles. Recebeu destaque nos escritos do orador romano Quintiliano, pois permitiu que oradores antigos e políticos dessem longas palestras sem anotações.
Foi adaptado por monges e teólogos cristãos e permaneceu popular até o século XVII, quando os sistemas mnemônicos fonéticos se popularizaram.

Memória coletiva

Para os cristãos faz diferença entender como funcionava a percepção de que os povos antigos tinham excelente memória. Se não foi assim, como podemos ter certeza de que as Escrituras preservam com precisão os acontecimentos ocorridos séculos antes? Além disso, os evangelhos só foram escritos décadas após a morte de Jesus.
Diferentes estudiosos têm se voltado para o estudo da memória e da teoria da memória social, em particular para explicar a relação entre o que realmente aconteceu e os eventos registrados no Novo Testamento.
Por exemplo, o biblista Richard Bauckham, autor do livro “Jesus and the Eyewitnesses” [Jesus e as Testemunhas], analisa minuciosamente como as memórias de testemunhas oculares da vida de Jesus impactaram a tradição subsequente.
Os professores Chris Keith e Anthony Le Donne, especialistas em teoria da memória social e estudo do Novo Testamento defendem que mesmo que as pessoas tivessem excelentes memórias no mundo antigo, essas memórias poderiam ter sido “filtradas” pelas gerações subsequentes.
Em seu livro Jesus against the Scribal Elite [Jesus contra a elite dos escribas] Keith monstra que no primeiro século cristãos tinham relatos diferentes sobre como Jesus era. Contudo, nem mesmo memória individual pôde se impor sobre a memória coletiva. Com informações de The Daily Beast