quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Implante de chip na mão é “sensação” na Austrália

A Austrália pode se tornar o primeiro país no mundo a oferecer implantes de microchip em larga escala para sua população. Desde 2010, o governo do país analisa um plano potencial de usar chips RFID para modernizar seu sistema de saúde.
Este ano, a ideia parece ter começando a se popularizar, contudo a motivação não é resultado de uma campanha do governo. Através de propagandas que tentam mostrar como os microchips implantados na pele trazem vantagens, a procura espontânea aumentou.
O NEWS.com.au publicou recentemente um artigo intitulado “Australianos abraçam a tecnologia de microchip para serem super-humanos”.
Segundo o site, um dos mais importantes do país, centenas de australianos estão querendo se beneficiar da oportunidade de abrir portas, ligar luzes e acessar computadores apenas com um aceno de mão.
A “garota propaganda” é Shanti Korporaal, de Sydney, que implantou dois chips diferentes, do tamanho de um grão de arroz, um em cada mão. Em uma delas tem o controle de portas e portões, não precisando mais de chaves e senhas para acessar o computador ou o celular.
Até sua Vespa ela adaptou para funcionar com o programa. Na outra mão, o implante funciona como um cartão de visita, além de se comunicar com o smartphone, permite a geolocalização e armazena dados médicos complexos.
Junto com o marido, ela criou o “Chip My Life”, um serviço de distribuição de implantes que pretende expandir a ideia para todas as regiões da Austrália.
Embora ainda esteja focado no nicho de mercado dos que se interessa por tecnologia de ponta, eles apostam alto. Korporaal espera que dentro de alguns anos seus microchips possam ser configurados para pagar as contas e, quem sabe, acabar com a necessidade de dinheiro e cartões de crédito.
“A ideia de super-humanos apresentada por muitas histórias de ficção já é real”, comemora. Em sua entrevista para o site australiano, Shanti, 27 anos,  afirma que sua família e amigos já estão com inveja de seu novo estilo de vida com microchip.
“Eu tive mais oposição a minhas tatuagens que em relação ao chip. Meus amigos estão com inveja”, garante.

1200 usuários até o momento

O médico Amal Graafstra, que injetou os chips em Shanti Korporaal, garante que já fez o mesmo em cerca de 1.200 australianos. Segundo ele, após anestesia local, a inclusão é feita em dois segundos.
Com preços variando entre US$ 80 a US$ 140, qualquer um pode aderir.
Essas crescentes comunidades de “biohackers”, que acreditam que podem usar tecnologia para melhorar a performance humana, não se limita à Austrália. Recentemente, uma empresa da Suéciaofereceu aos funcionários a opção de trocar seus crachás por chips que abririam portas e marcariam o “ponto”. Mais de 400 aceitaram a proposta.

Governo de Israel investe na busca por manuscritos bíblicos

Israel está dando início a uma expedição de três anos para procurar mais Rolos do Mar Morto e outras antiguidades no deserto da Judeia. Liderada por uma equipe de pesquisa do governo, será o primeiro levantamento arqueológico em larga escala da área desde 1993. A busca se inicia em dezembro.
Os arqueólogos planejam examinar centenas de cavernas no deserto perto do Mar Morto, onde os manuscritos bíblicos mais antigos do mundo foram descobertos. Os custos da iniciativa será cobertos por orçamento do gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que sempre defendeu a ligação das Escrituras com o destino do povo judeu.
A motivação para o esforço do governo é dupla. Primeiramente, contrabandistas de antiguidades encontraram manuscritos na área nos últimos anos. Além disso, a Autoridade Palestina pediu à UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) que negue a propriedade israelense dos Pergaminhos do Mar Morto, afirmando que as cavernas onde foram encontradas estão em território palestino.
Amir Ganor, da Autoridade das Antiguidades de Israel (AAI) lembrou que os manuscritos bíblicos mais antigos do mundo foram descobertos em 1947 nas cavernas de Qumran. Chamados de Pergaminhos ou Manuscritos, eles foram preservados durante milhares de anos devido as condições climáticas únicas do Mar Morto.
qumran
Cavernas de Qumran
Eles são considerados a “joia da coroa” das antiguidades israelitas, mas o governo não sabe ainda se terão problemas por investigar na área da Cisjordânia. Ganor explicou também que durante a expedição os arqueólogos vão tentar encontrar outras antiguidades. “Sabemos que existem mais”, insiste.

Textos Bíblicos mais antigos conhecidos

Guardados pelo essênios, grupo judaico que despreza os valores da vida mundana e se dedica à caridade, os pergaminhos registram amplos trechos do Antigo Testamento, bem como textos apócrifos e registros de suas práticas, crenças e hábitos.
Esse grupo de judeus, cuja origem data de dois séculos antes de Cristo, desapareceu no ano 70 d.C., quando o general romano Tito liderou o massacre de Jerusalém.
Antes de serem aniquilados, os essênios teriam dado um passo importante para a preservação da história ao esconderem em potes espalhados por 11 cavernas na região de Qumran, junto ao Mar Morto, no deserto da Judeia.
Encontrados entre os anos de 1947 e 1956, os 972 pergaminhos conhecidos como Manuscritos do Mar Morto já estão, em grande parte disponíveis na internet.

Com informações de Daily Mail e CBN

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Papiro do século 7 a. C. dava poderes a serva do Rei de Judá

26/10/2016 - 17:00


Papiro do século 7 a. C. dava poderes a serva do Rei de Judá




Achado arqueológico mostra primeira menção a Jerusalém fora da BíbliaPapiro mostra primeira menção a Jerusalém fora da Bíblia






Enquanto a UNECO emite uma resolução onde tenta negar a ligação histórica dos judeus com Jerusalém, arqueólogos trazem a público um fragmento de um papiro antigo que seria a mais antiga referência a Jerusalém em hebreu fora da Bíblia. Rapidamente o governo israelense chamou atenção para mais essa “prova” da ligação entre os hebreus e a cidade milenar.
Medindo 11 por 2,5 centímetros, o fragmento mostrado hoje (26) pela Autoridade de Antiguidades de Israel (AAI) data do século 7 a.C. Durante a coletiva de imprensa realizada em Jerusalém, foi revelado sua inscrição em hebraico: מא]מת. המלך. מנערתה. נבלים. יין. ירשלמה, [Da criada do rei, de Na’arat, jarros de vinho, para Jerusalém].
São apenas duas linhas de escrita, mas o texto faz parte de um documento que comprovava o pagamento de impostos ou uma transferência de bens para armazéns de Jerusalém. O motivo para a comemoração do achado arqueológico é por se tratar da “fonte extra bíblica mais antiga a mencionar Jerusalém em escrita hebraica”, afirma a AAI.
De acordo com o Christian Today, o documento foi recuperado na Caverna dos Crânios, no deserto da Judeia, onde certamente foi deixado (ou perdido) por ladrões de antiguidades. A descoberta é fruto de uma operação complexa realizada pela Unidade de Prevenção ao Roubo de Antiguidades.
Chama atenção o fato de mostrar uma mulher em posição de liderança, no caso a criada do rei de Judá. O dr Eitan Klein, representante da Unidade, explica: “O documento apresenta uma evidência extremamente rara da existência de uma administração organizada no Reino da Judeia. Ela confirma a centralidade de Jerusalém como capital econômica do reino na segunda metade do século 7 a.C. De acordo com a Bíblia, reinava desde Jerusalém nesta época os reis Manasses, Amon ou Josias. Contudo, não é possível saber com certeza qual desses entregou o papiro juntamente com o carregamento de vinho”.
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Com a ajuda de voluntários durante o ano passado, a Autoridade de Antiguidades de Israel realiza uma escavação arqueológica em busca de artefatos antigos.

Guerra de versões

Para o governo de Israel, o papiro é uma refutação clara ao argumento da UNESCO, que muitos israelenses consideram provocativa e hostil. Os países membros de governo muçulmano e seus apoiadores com frequência criticam o Estado judeu, passando resoluções que podem ser consideradas antissemíticas.
A ministra da Cultura de Israel, Miri Regev, fez comentários durante o anúncio da Autoridade de Antiguidades sobre o achado mostrado ao mundo hoje. “A descoberta desse papiro, no qual o nome de nossa capital Jerusalém está escrito, é mais um indício tangível de que Jerusalém foi e continuará sendo a eterna capital do povo judeu”, asseverou.
Já Ofir Gendelman, o porta-voz do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, usou o Twitter para provocar: “Ei Unesco, um papiro antigo da época do Primeiro Templo, 2.700 anos atrás, foi encontrado. Ele apresenta a mais antiga menção que se conhece de Jerusalém em hebraico”, escreveu.
Saeb Erekat, secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), rebateu, acusando Israel de fazer uma campanha contínua de “reivindicações arqueológicas e de distorção dos fatos” que teriam como alvo fortalecer sua pretensão ao controle da cidade.
Desde a fundação do Israel moderno, Jerusalém inteira é considerada sua capital, contudo isso não é reconhecido internacionalmente. A Autoridade Palestina quer Jerusalém Oriental como sua capital, após a formação de um Estado independente, composto por territórios da Cisjordânia além da Faixa de Gaza

domingo, 23 de outubro de 2016

Medo: antigos e novos receios nas ADs


Houve um tempo, em que os temores dos pastores assembleianos eram somente de natureza externa. As lutas eram as perseguições movidas por fanáticos religiosos. A intolerância, as vezes vinha do clero e dos fieis da Igreja Católica, mas os pentecostais também eram censurados e difamados pelos evangélicos de denominações históricas.

Veio posteriormente as lutas internas e o perigo das heresias surgiram. Afinal, nossos pioneiros desejavam à pureza doutrinária. Na história das ADs, um grupo de crentes calvinistas na década de 1930 foram desligados da denominação e fundaram a Igreja de Cristo.

Tempos depois, como a vinda dos missionários norte-americanos, o grande medo foi a criação dos institutos bíblicos. As tais "fábricas de pastores" seria para muitos veteranos obreiros, um grande mal para as ADs. Foi contra a vontade dos caciques assembleianos e correndo o risco de serem expulsos da AD, que o casal Lemos implantou o IBAD em Pindamonhangaba (SP).

A vaidade e o mundanismo também rendeu grandes preocupações e debates. Os líderes, zelosos pelos bons costumes combateram modas, penteados, jóias, broches e enfeites. Outro ponto de polêmicas foi a mídia audiovisual (rádio e televisão). Pastores se orgulhavam em informar nas convenções, que em sua gestão os membros haviam se desfeito do aparelho de TV.

Antigos e novos medos nas ADs

Com o advento das igrejas neopentecostais entre as década de 1970/80, o Mensageiro da Paz dedicou algumas matérias combatendo a teologia da prosperidade, maldição hereditária, G12 entre outras aberrações e modismos teológicos.

A lista poderia ainda contar com as questões políticas. O medo do comunismo e de ter suas portas fechadas, rondou as ADs. Poderia se incluir, o receio de uma velhice no esquecimento, abandono e sem proventos. Quantos pastores passaram (ou passam) por essa situação.

Muitos desse medos já foram superados ou esquecidos. Vez por outra, nas eleições o receio do comunismo é ressuscitado. A importância do ensino teológico é consensual. Quanto aos modismos teológicos, pelo que se percebe, em nome do "progresso" da obra vários deles são adaptados ou aceitos para a alegria de muitos e tristeza de outros.

Mas, contraditoriamente, alguns receios rondam a liderança assembleiana. Hoje, a denominação orgulhosamente exibe pessoas de várias classes sociais em seu meio. E entre esse fieis, há um tipo de ovelha, que ultimamente têm tirado o sono de muitos pastores.

Membros de destacada condição social e profissional, estão provocando reviravoltas em muitas igrejas. Ao questionar a aplicação dos recursos financeiros, os nobres irmãos que, por serem profissionais abalizados e independentes causam receios profundos nas convenções.

Em Santa Catarina, a diretoria de uma AD no sul do estado estava em apuros com uma situação dessas. No litoral algo semelhante ocorreu com alterações no estatuto. No Rio de Janeiro, dentro de uma AD de Madureira, mudanças ocorreram por conta da insatisfação dos membros. Soma-se a isso à força das redes sociais. Algo que era antigamente era segredo, hoje é espalhado ao vento com o surgimento dainternet.

Raimundo Ferreira de Oliveira


Na intimidade familiar e entre os amigos ele era conhecido carinhosamente como "Dico". Nas Assembleias de Deus seu nome e sobrenome era conhecido e reverenciado como grande pregador, ensinador, escritor e líder. 

Raimundo Ferreira de Oliveira, nasceu em José de Freitas, cidade próxima a Teresina (PI) em 1949 e passou à infância no município de Igarapé Grande no Maranhão. Voltou a Teresina na adolescência para estudar e congregou no templo sede da AD junto ao pastor Paulo Belisário de Carvalho.

Inteligente e dinâmico, Oliveira chegou à liderança dos jovens e atuou também na área do louvor. Seu pendor para as letras se revelou cedo, pois nessa época já era conhecido pela excelência dos seus textos. Moço ainda, foi separado para o ministério e enviado a pastorear igrejas no interior do Piauí. Voltou à capital para dirigir a congregação do bairro Buenos Aires por apenas seis meses.

Pastor Raimundo Ferreira de Oliveira

Corria o ano de 1979, quando o missionário Bernard Johnson convidou o jovem pastor para trabalhar na recém fundada Escola de Educação Teológica da Assembleia de Deus (EETAD) em Campinas (SP). Trabalhou por muitos anos na instituição, escrevendo livros usados para a formação de obreiros em todo país. Consta, que Oliveira rejeitou em 1980 um convite do pastor Paulo Belisário para voltar à terra natal por conta dos seus compromissos com a EETAD.

Posteriormente, foi para o Rio de Janeiro atuar na CPAD. Na editora exerceu vários cargos, publicou livros de sua autoria e foi comentarista da revistas da escola dominical para jovens e adultos. Destacou-se nacionalmente como eloquente pregador e ensinador da Palavra de Deus.

A década de 1990, parecia promissora para o escritor. Recebeu o convite para dirigir a Assembleia de Deus Betesda em Fortaleza (CE) do pastor Ricardo Gondim. Após dois anos na capital cearense, Raimundo cedeu aos apelos do pastor Belisário e voltou a Teresina para fundar o Instituto Bíblico Pentecostal (IBPT). Tempos depois assumiu a vice-presidência da AD em Teresina. Seria o princípio do fim para o seu ministério.

Em 1993, o veterano líder Paulo Belisário modicou o estatuto da igreja para controlar sua própria sucessão. A mudança estatutária esvaziou o poder da convenção estadual (da qual foi presidente por muitos anos) sobre a principal igreja piauiense.

O escritor Leal Neto, afirma em seu livro sobre a história da AD em Teresina, que "acalorados debates" se deram em torno do tema. Tudo indica, que a manobra regimental trouxe graves desacordos ministeriais e Belisário impôs o nome de Raimundo de Oliveira como seu único sucessor. Assim, no dia 09 de junho de 1995, o respeitado pastor e escritor assumiu como 11º presidente da AD em Teresina.

Porém, seu tempo à frente da igreja seria curto. No início de 1997, as diferenças entre Raimundo e o ministério local se agravaram. Leal Neto registra esse triste momento através de uma metáfora: "nuvens sombrias pairaram e se abateram sobre o horizonte de Teresina". O clima de beligerância reinava na capital.

Segundo o autor de Uma Igreja Edificada: "Não sabemos como, nem de onde elas vieram, mas o que é certo é que elas surgiram e se tornaram cada vez mais espessas". Contudo, é fato que as tais "nuvens sombrias", se formaram antes mesmo do pastor Oliveira tomar posse. É possível, que além dos descontentamentos internos, influências externas ajudaram no aprofundamento da incontornável crise eclesiástica.

Sendo chamada para solucionar os conflitos, a CGADB passou o problema para a União dos Ministros das Assembleias de Deus do Nordeste (UMADENE). Os principais líderes da AD na região se reuniram na capital do Piauí para resolver os impasses. A solução encontrada foi a troca entre os pastores de Teresina e Parnaíba. 

Abatido e derrotado, Raimundo de Oliveira ficou pouco tempo em Parnaíba. Com a saúde abalada pediu licença das atividades pastorais. Dedicou-se à escrita e publicação de obras pela CPAD e pela editora Hosanas. Transferiu-se para São Luís (MA), onde viveu seus últimos anos de vida e ministério. 

Morreu neste domingo dia 09 de outubro de 2016, aos 67 anos de idade. Uma grande perda para as Assembleias de Deus no Brasil. Permanecerá vivo através das suas obras.

Fontes:


ARAÚJO, Isael de. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.


LEAL NETO, Raimundo. Uma Igreja Edificada - História da Assembleia de Deus em Teresina - PI. Teresina: Halley, 2012.