segunda-feira, 10 de agosto de 2020

QUAL ERA A RELAÇÃO DA FAMÍLIA REAL COM A ESCRAVIDÃO?

 Após um ano da abolição, a monarquia caiu no Brasil. Entenda a relação entre os governantes e a escravidão durante os 67 anos de governo

JÂNIO DE OLIVEIRA FREIME PUBLICADO EM 28/05/2019, ÀS 18H00

Família Real no governo Pedro II
Família Real no governo Pedro II - Wikimedia Commons

Uma das principais características da monarquia brasileira, única na América do Sul, foi o mantimento do sistema escravista enquanto a tendência americana e mundial era a emancipação e o apelo à mão-de-obra assalariada.

Entretanto, o governo dos Orléans e Bragança no Brasil penou para articular uma forma de abolição e modernização econômica, estando muito mais acomodado na estrutura escravista que governava.

Ao mesmo tempo, é comum na memória brasileira associar Pedro II e a princesa Isabel a um liberalismo antiescravista, que de repente expõe uma contradição.

Inicialmente, é importante remeter que o governo imperial brasileiro tinha como cabeça principal um membro da Casa de Bragança, dinastia de reis que governavam Portugal desde 1640 e cujo herdeiro se fixou em terras tropicais.

Além disso, ao monarca brasileiro fora prometido um trono vazio desde os 5 anos de idade, quando seu pai deixou o Brasil para governar Portugal. Nesse sentido, Dom Pedro II foi bem instruído a ser um bom articulador político e um entendedor do mundo da política.

Pedro II e Isabel / Crédito: Wikimedia commons

 

A grande marca dos Bragança é a sua assinatura colonial.Governantes da colônia brasileira, desde a independência da Espanha, tinha como tradição o governo de uma sociedade servil marcada pela escravidão.

No século XIX, com o Brasil já independente, criou-se a narrativa (mérito principalmente do historiador Varnhagen) de que a monarquia brasileira tinha a missão espiritual de prosseguir os trabalhos de Portugal de civilização das terras americanas e a criação de um reino católico unificado.

O projeto civilizador brasileiro, extremamente hierarquizado e escravista, somado à formação do Estado-Nação no Brasil centrado numa máscara parlamentarista da monarquia (cuja possibilidade de intervenção do rei e o Poder Moderador impedem a classificação de um verdadeiro parlamentarismo democrático), criou um cenário onde o Brasil é um país liberal governando uma sociedade servil.


Ao mesmo tempo em que em todo o governo imperial, antes de uma pauta humanitária (pois só será assim na segunda metade do século XX), a escravidão era uma pauta de governo estritamente ligada à economia.

A maioria massiva da produção nacional utilizava a mão-de-obra escrava no início do século XIX, ao mesmo tempo em que, durante o Império, foi contrabandeado mais escravos africanos do que durante todo o período colonial acumulado.

E, nesse ponto, o governo de Pedro I se esforçou para manter, em termos constitucionais e institucionais, a escravidão como uma lacuna jurídica. Não há legislação sobre a escravidão, ela só é permitida por ausência de proibição. Parte disso está no constrangimento que seria ter estatutos legais da escravidão em pleno nascimento do capitalismo industrial internacional.

Desembarque de escravos no Brasil: Período Imperial se destaca / Crédito: Reprodução

 

Já com Pedro II, o pragmatismo político orientou a relação do governo com a questão servil. Antes das supostas noções do monarca em relação à humanidade dos escravizados, o monarca sabia que a base de seu poder eram as elites escravistas da monocultura do café, principalmente o eixo do Vale do Paraíba, e os ricos traficantes de escravos do Atlântico.

E como boa parte das transações econômicas no Império envolvia o tráfico, mesmo que ele fosse proibido, o governo colocou em prática uma articulação inteligente: quanto mais alforrias eram concedidas, mais escravos eram adquiridos.

Havia, no século XIX, praticamente uma indústria das alforrias para manter o tráfico em circulação. Enquanto isso, a proibição do tráfico pelos acordos internacionais e as leis de 1831 e 1850 eram burlados pela negligência intencional do Estado.

Um dos principais empecilhos da ordem escravista, além das grandes revoltas no interior do país, era a pressão internacional comandada pela Inglaterra a favor da mudança econômica em direção ao capitalismo assalariado.

Pedro II, em sua articulada diplomacia, propagava a imagem do Brasil como Estado Ocidental liberal enquanto encobria a realidade escravocrata no campo brasileiro. A figura montada de Pedro II como soberano moderno e liberal tinha um importante papel diplomático para um país como o Brasil que funcionava praticamente como um Estado-pirata: contra todas as alianças internacionais, manteve o sustento do tráfico proibido e a entrada de escravos no país.

Mineradores escravizados em MG, 1880 / Crédito: IMS

 

O abolicionismo, por outro lado, teve origens no medo que a elite sentia de uma revolta generalizada de negros que trabalhavam no campo, em favor de sua libertação, medidas reparatórias e distribuição de lotes de terra. Ao mesmo tempo em que percebia uma tendência nacional que abandonava o uso de escravos e migravam gradativamente para o trabalho assalariado.

O haitianismo e a possibilidade de estourar uma reforma agrária exigiram mudanças urgentes para manter o poderio econômico das elites cafeicultoras.

Por esse motivo que, a partir da década de 1870, o abolicionismo em diversas formas legais (Lei do Ventre Livre, Sexagenário, Eusébio de Queirós e outras medidas que adiaram a abolição) se tornou uma bandeira essencial dos conservadores do Partido Saquarema, depois apropriada pelo governo, também conservador, na mão da Princesa Isabel, que assinou uma lei de importante cunho econômico pela readaptação do Brasil nos critérios internacionais.

DEPRESSÃO, INSALUBRIDADE E MEDO: 5 FATOS SOBRE OS HORRORES DOS NAVIOS NEGREIROS

 O tráfico de escravizados foi um dos mais atrozes e duradouros movimentos de subjugamento de povos da história da humanidade

ANDRÉ NOGUEIRA PUBLICADO EM 28/06/2020, ÀS 09H00

Gravura de tortura a escravo
Gravura de tortura a escravo - Getty Images

Os navios negreiros eram embarcações que marcaram uma mancha atroz na História da Idade Moderna, causando tortura e  humilhação milhões de pessoas sequestradas de seu continente em nome do lucro pessoal e da construção principalmente de colônias à base do trabalho compulsório. Objeto central da transformação da escravidão numa indústria comandada pela Europa mudou para sempre as relações entre os povos ao redor do mundo.

Conheça alguns fatos assustadores sobre esses barcos daProlegômenos estatísticos

Tráfico Negreiro / Crédito: Getty Images

 

Segundo o The Trans-Atlantic Slave Trade Database, iniciativa de banco de dados catalográfico sobre o tráfico atlântico na modernidade, o Reino Unido,Portugal e Brasil foram agentes centrais no comércio do tráfico negreiro. Ao contrário dos EUA, onde os escravos eram assistidos à reprodução para um fornecimento sustentável de mão de obra, a renovação de populações pelo tráfico no Brasil era central, economicamente.

Os dados, obtidos a partir de anotações de entrada e saída de escravos, indicam que cerca de 20 milhões de explorados foram retirados da África, sendo que 10% morreram nos navios. Dos 90 portos africanos operantes para os luso-brasileiros, 9,2 mil viagens à colônia foram feitas (de 11, totais nos três séculos mais centrais).

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/depressao-insalubridade-e-medo-5-fatos-sobre-os-horrores-dos-navios-negreiros.phtml2. Protegidos por seguradoras

Navio no século 19 / Crédito: Wikimedia Commons

 

A maioria dessas embarcações era protegida por apólices e financiamentos de seguradoras europeias que favoreciam esse negócio arriscado. Tratando-se de uma mercadoria que, na verdade, é uma vida (suscetível à morte) e considerada de grande valor, esses seguros também foram a origem de grandes tragédias.

Isso porque em algumas situações a vigem enfrentou obstáculos dispendiosos. Era mais lucrativo para o traficante, mesmo diante de um item valioso, a morte dos escravos, com o ressarcimento do seguro de vida, do que completar a viagem.

Isso levou muitos capitães a assassinarem escravos em nome do lucro. Um dos casos mais famosos ocorreu em 1781, no navio do capitão britânico Luke Collingwood, que matou um terço da "carga".

3. Operavam ilegalmente com apoio do governo brasileiro

Porões do navio / Crédito: Wikimedia Commons

 

No século 19, as pressões do capitalismo e moralidade protestante levaram a Inglaterra a iniciar uma campanha contra o tráfico negreiro, obrigando a maioria dos países mais fracos a aderirem a essa lógica. O Bill Aberdeen, em 1845, e a Lei Eusébio de Queiroz, em 1850, aboliram oficialmente o tráfico no Brasil, todavia, o comércio continuou ganhando força. 

Os navios brasileiros aportavam clandestinamente no Brasil, sem maiores dificuldades, sendo teoricamente monitorados e "punidos" pela Marinha. A complacência do país para com a atividade internacionalmente ilegal fez com que muitos historiadores considerassem o Império como um Estado-pirata, que colaborava para que os barcos desviassem da fiscalização britânica. Como os navios estadunidenses não permitiam vistorias, vários navios carregavam uma bandeira dos EUA.

4. Vida miserável

Modelo em maquete de um exemplar / Crédito: Wikimedia Commons

 

Os navios negreiros tinham três patamares nos porções, com cerca de meio a um metro de altura, onde a maioria dos escravos era aprisionada (apenas as crianças podiam circular nos convés). Eles eram presos pelos pés ao lado de mais de 500 pessoas. Quando poderiam ir ao lado de fora para realizar exercícios e tomar sol, eles eram obrigados a dançar e cantar para a diversão da tripulação, dando origem a uma cena de melancolia e dor disfarçada.

A depressão (conhecida como banzo) e a raiva predominavam entre os subjugados. Isso fez com que muitos escravizados organizassem revoltas e motins contra o capitão, tentando tomar o navio. A mais famosa delas ocorreu no navio anglófilo Amistad, em 1839, mas existem inúmeros casos. Em alguns deles, quando derrotados, ordenava-se a execução de todos, cujos corpos eram lançados no mar.

5. Ultima sobrevivente

Matilda / Crédito: Divulgação

 

Em 2020, foi identificada pela historiadora Hannah Durkin, da Universidade de Newcastle aquela que é considerada a última sobrevivente do tráfico negreiro conhecida, pelo menos nos EUA, trata-se da beninense Matilda McCrear. Sequestrada aos dois anos de idade e levada ao Alabama no navio Clotilda em 1860, ela viveu até os anos 1940.

Trabalhando ainda criança numa fazenda até a abolição de fato no país, em 1865, ela continuou na zona rural boa parte da vida. Descrevendo a experiência nos navios e na lástima escravista para os netos, ela influenciou os descendentes a lutarem por respeito, sendo que eles integraram as linhas de frente dos Movimentos pelos Direitos Civis.

A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO QUE DENUNCIOU A CRUELDADE DA ESCRAVIDÃO NOS EUA

 Em 1863, uma imagem das costas chicoteadas de Peter rodou o mundo e foi um importante mártir para a causa abolicionista

O escravo Peter mostrando as cicatrizes em suas costas

O ator Will Smith será o responsável por interpretar um escravo que ficou conhecido por fugir e posar para uma foto que escancararia a brutalidade dos escravistas brancos, o tornando um importante mártir para a causa abolicionista pelo mundo.  

De acordo com o portal Deadline, um dos mais importantes do ramo do entretenimento, o longa será dirigido por Antoine Fuqua (“Dia de Treinamento” e “O Protetor”) e chamará “Emancipation”. Apesar do contexto histórico, o projeto é descrito como um “thriller de ação” que irá narrar a fuga de Peter de seus captores. 

A imagem que retrata as cicatrizes nas costas de Peter, resultado de um chicoteamento que quase o matou, foi publicada originalmente, em 1863, no jornal The Independent, mas logo a “Scourged Back”, como ficou conhecida, rodou o globo e gerou uma série de reflexões que são debatidas até hoje.

A história por trás da ficção

Quando chegou ao acampamento da União em Baton Rouge, em março de 1863, Peter já estava no inferno. Cães de caça o perseguiram. Ele fora procurado por quilômetros, andara descalço por riachos e através dos campos. Mas havia sobrevivido. Quando chegou aos soldados, as roupas de Peter estavam esfarrapadas e ensopadas de lama e suor.

Entretanto, isso não havia sido nada se comparado ao que já havia passado. Durante a escravização de Peter, na plantação de John e Bridget Lyons, na Louisiana, ele suportou não apenas a indignidade da escravidão, mas uma sessão de chicoteamento que quase lhe tirou a vida.Mas quando se juntou ao Exército da União, após a sua fuga, Peter expôs suas cicatrizes ao mundo e todos puderam ouvir sua voz, que havia sido silenciada há anos. Os vergões sobressaltavam suas nádegas e se estendiam até a altura dos ombros.

As marcas estreitas cruzavam todo seu dorso. Uma dolorosa lembrança da crueldade que sofrera. Uma prova brutal da escravidão. Para os brancos, aquele retrato era chocante, porém, para os negros, a imagem era parte de um cotidiano, mas que foi crucial para alimentar a chama da abolição durante a Guerra Civil.


Uma fotografia das costas de Peter se tornou uma das imagens da escravidão mais difundidas em sua época, estimulando a opinião pública e servindo como uma acusação sem palavras da instituição da escravidão.

As costas desfiguradas do escravo ajudaram a dar vida às apostas da Guerra Civil, contradizendo a insistência dos sulistas de que a posse de escravos era uma questão de sobrevivência econômica, não racismo. E mostrou o quão importante a mídia de massa foi durante a guerra que quase destruiu os Estados Unidos.

A vida de Peter

Não se sabe muito sobre Peter além do testemunho que ele deu aos médicos legistas no campo, mas a imagem das costas e as cicatrizes com queloides que sofreu com a agressão dizia muito sobre quem o escravizou.

Ele disse aos examinadores que havia deixado a plantação há dez dias e que o homem que o açoitava era o supervisor da plantação, Artayou Carrier. Depois das chicotadas, foi informado de que havia ficado "meio louco" e que havia ameaçado a esposa. Enquanto estava deitado na cama se recuperando, o proprietário da plantação demitiu o superintendente. Mas Peter já havia decidido fugir.

Na noite em que escapou, Peter e três outras pessoas escravizadas escaparam na plenitude da escuridão, mas um de seus companheiros foi assassinado por caçadores de escravos que vieram em busca das propriedades de Lyons.

Somente após dias de perseguição chegaram ao acampamento da União, chorando de alegria quando foram recebidos por homens negros de uniforme. Eles imediatamente se alistaram. Os soldados brancos que inspecionaram Peter ficaram horrorizados com seus ferimentos.

Mas, embora a experiência de Peter tenha sido compartilhada por milhares de pessoas escravizadas, era estranha a muitos nortistas que nunca haviam testemunhado com seus próprios olhos a brutalidade contra seus semelhantes. Poucos haviam visto a evidência da opressão dos escravos.

McPherson e Oliver, dois fotógrafos itinerantes que estavam no acampamento, fotografaram as costas de Peter. O retrato logo se espalhou por todo o país. A imagem era uma refutação poderosa à mentira de que pessoas escravizadas eram tratadas com humanidade, um refrão comum daqueles que não pensavam que a prática deveria ser abolida.

Não está claro o que Peter fez durante o resto da guerra, ou como era sua vida após o fim do conflito. Porém, a única certeza que ficou é que, embora a escravidão tivesse sido abolida, ele — e os outros que haviam sido subjugados, espancados e humilhados durante centenas de anos de escravidão nas Américas — carregariam pelo resto de suas vidas as cicatrizes da escravidão.


OS HORRORES DA DEPREDAÇÃO HUMANA: COMO ERA O INTERIOR DE UM NAVIO NEGREIRO?

 Em um dos capítulos mais tristes da humanidade, negros sequestrados eram alvo de horrores

Pintura registra o interior de um navio negreiro

Os navios negreiros levaram mais de 11 milhões de africanos para as Américas. Em caravelas ou barcos a vapor, europeus, americanos e até mesmo outros africanos atravessavam o oceano Atlântico com trabalhadores escravos, geralmente homens de 8 a 25 anos.

No final do sistema de tráfico, a partir de 1850, o critério era bem menos rigoroso: eram levadas mulheres grávidas, bebês e pessoas de idade. Não existiam barcos feitos só para isso, então mais de 60 modelos diferentes foram adaptados. Mas, nos últimos anos, com muitos países proibindo esse comércio, os barcos ficaram menores e mais rápidos.

Quando a viagem demorava mais que o planejado e os mantimentos começavam a rarear, a tripulação jogava ao mar os que julgava ter menos potencial: doentes e crianças. Milho, feijão, arroz eram preparados em imensos tachos no deque superior, e planejados para economizar o máximo possível.Às vezes não havia o suficiente, e se passavam dias entre as refeições. Por outro lado, os escravos também frequentemente faziam greve de fome, e eram então chicoteados e forçados a comer.

Com sorte, baldes faziam as vezes de privada – e ficavam lá por um bom tempo, pelo horror que os marinheiros tinham ao deque dos cativos. O mesmo acontecia com os mortos, que podiam passar dias, num calor de mais de 40 graus, até serem removidos.

A maioria dos que não conseguiam terminar a viagem – até 25% em alguns casos – perecia por disenteria ou outras doenças.Navios negreiros eram menores que cargueiros comerciais comuns. Isso servia para que pudessem adentrar os rios africanos, atrás do “produto”. Após a proibição britânica, alguns deles também passaram a atuar como piratas, quando a patrulha ou outras adversidades não permitiam-lhes cumprir a missão original.

Exíguas. Um homem adulto era algemado num espaço de no máximo 1,80 metro de comprimento, 40 centímetros de largura e 1 metro até o teto. Isso com sorte: alguns navios tinham tão pouco espaço que não permitiam virar de lado, quanto menos sentar.

As mulheres tinham mais espaço e às vezes viajavam no deque superior, mas lá elas corriam o risco de ser atacadas pelos marinheiros. Eles eram trocados por produtos sem muito valor na Europa, como armas, aguardente, muito apreciados pelos chefes das tribos. E rendiam muito: um escravo era vendido, em média, por 40 mil reais, em valores atuais.

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