Guardas-civis aplicaram “política higienista' da Prefeitura
s medidas determinadas pelo prefeito de São Paulo, Fernando Hadadd (PT) tem causado revolta na população de rua da maior cidade do Brasil. Ele se defende dizendo que não há “proibição expressa de recolher” pertences pessoais das pessoas sem teto, mas confirma ter dado a orientação de “não deixar favelizar praças públicas”.
Após cinco mortes suspeitas de moradores de rua por causa do frio na última semana, voluntários que trabalham com as pessoas que vivem nas ruas denunciaram que a GCM (Guarda Civil Metropolitana) está retirando cobertores, colchões e até pedaços de papelão que eles utilizam para se proteger do frio.
A decisão de implantar uma política “higienista” são denunciadas pela Pastoral do Povo de Rua de São Paulo. Os funcionários da prefeitura realizam operações de zeladoria, conhecidas popularmente como “rapa”.
Eles chegam e recolhem tudo que encontram, jogando posteriormente no lixo. Isso revolta as pessoas que já tem muito pouco para chamar de seu, pois as expõe ainda mais ao frio recorde que a cidade está experimentando.
Para o padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua, isso é revoltante. “Eles têm retirado cobertores, colchões e o resto que essa população tem para se proteger do frio. O argumento que eles dão é que estão fazendo ‘limpeza pública’”, critica.
Parte dessas mantas foi doada pela igreja. A Arquidiocese de São Paulo cobra providências urgentes. Em nota, expressou “profunda tristeza e preocupação pelos quatro moradores de rua que morreram nas noites da semana em que a cidade Paulo enfrentou uma forte onda de frio”. Afirmou ainda que “o ‘problema dos pobres’ desafia toda a cidade de São Paulo a se mostrar acolhedora e sensível diante das necessidades do próximo”.
Além disso, o Convento São Francisco, no cento da capital, comunicou que está abrindo suas portas à noite para receber moradores de rua durante o inverno. Com a possibilidade do frio incomum que atingiu a cidade faça mais vítimas durante a madrugada, eles acomodaram mais de 60 camas com cobertores.
O convento vai oferecer uma refeição quente, banho e corte de cabelo para os que desejarem. Pelo Facebook, está fazendo uma campanha para arrecadação de alimentos, produtos de higiene pessoal e roupas que serão doados aos sem teto. Com informações Diário de SP e Razões para acreditar
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