segunda-feira, 18 de julho de 2016

FANNY CROSBY: ELA FEZ O QUE PÔDE


      
     Como você se comportaria se ficasse cego com apenas seis semanas de idade por causa de um erro médico? e ainda na infância, perdesse o pai?  Pois bem, alguém que teve este trauma se transformou na maior compositora de hinos sacros da história e a primeira mulher a falar publicamente no senado norte-americano. Seu nome: Frances Jane Crosby, ou apenas Fanny Crosby.
     Nascida em 1820 no Estado de Nova Iorque, Fanny, que foi membro da Igreja Metodista Episcopal, compôs mais de oito mil hinos. Seu talento e íncrivel força espiritual impressionaram o notável evangelista D.L. Moody que pediu para que ela contasse o seu testemunho de fé em uma campanha evangelística. 
    Algumas de suas composições estão entre as mais belas do hinário cristão. Cito alguns trechos de dois deles:

    Hino 15 do Cantor Cristão:
    A Deus demos glória, com grande fervor,
    Seu Filho bendito por nós todos deu
    A graça concede ao mais vil pecador,
    abrindo-lhe a porta de entrada no céus
    Exultai, exultai, vinde todos louvar
    a Jesus, Salvador, a Jesus redentor
    a Deus demos gloria, porquanto do céu,
    Seu filho bendito, por nós todos deu!


    Hino 275 do Cantor Cristão:
    Vivo feliz, pois sou de Jesus
    E já desfruto o gozo da luz
    Sou por Jesus herdeiro de Deus
    Ele me leva prá glória dos céus


       Em 1858, Fanny casou-se com o professor de música e cantor de concerto Alexander Van Alstyne. Nessa época, ela havia deixado o ensino para acompanhá-lo tocando piano e harpa em apresentações públicas. Nesta época, a vida trouxe-lhe "a dor maior": a perda de um filho. A criança, seu único filho, morrera ainda pequena.
    Incansável, Fanny ensinou crianças e ajudou em trabalhos do Exército da Salvação e da Associação Cristã de Moços, além de pregar em diversos púlpitos. Poucos dias antes da sua morte, disse estas palavras: "Creio que a maior bênção que o Criador me proporcionou foi quando permitiu que a minha visão externa fosse fechada. Consagrou-me para a obra para a qual me fez. Nunca conheci o que é enxergar, e por isso não posso compreender a minha perda. Mas tive sonhos maravilhosos. Tenho visto os mais lindos olhos, os mais belos rostos e as paisagens mais singulares. A perda da minha visão não foi perda nenhuma para mim."    
    Fanny morreu em Bridgeport, Estado de Connecticut em 12 de fevereiro de 1915, aos 94 anos. A pedra da sua sepultura é simples, como pedira; tinha simplesmente as palavras: "Aunt Fanny – She Did What She Could" (Tia Fanny - Ela fez o que pôde). Estas palavras um dia foram proferidas por Jesus para uma outra mulher (Mc. 14:8). Não sabemos muito sobre ela. Mas ela fez algo que alegrou ao Senhor, quando quebrou o alabastro e derramou sobre Jesus um perfume que custou um ano de salário, aproximadamente.
    Não sei se Fanny fez o que pôde, mas ela fez muito. Quando estivermos tentados a desculpar nossa inatividade por causa de nossas limitações físicas e emocionais, ou por causa de nossos "grandes" problemas, lembremo-nos dela, a tia Fanny.

Fontes:
Keith. Edmond. D: Hinódia Cristã. Casa Publicadora Batista
Site: Wikipédia
Hinário: Cantor Cristão
Para saber mais: filme "A Deus demos glória".

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