Pais de alunos do colégio federal Pedro II, no Rio de Janeiro, farão neste sábado (1º) uma manifestação contra a decisão da reitoria que acaba com a distinção de uniformes entre alunas e alunos.
Para Luciana Duarte, 36 anos, mãe de um aluno de 14 anos e integrante do movimento Mães pela Escola Sem Partido, o problema não é a saia, mas sim a ideologia de gênero pregada com essa decisão.
“O problema não é a saia. É a ideologia de gênero que está sendo enfiada goela abaixo dos alunos e dos país sem que tenha havido discussão sobre isso”, disse ela ao jornal O Estado de São Paulo.
Os pais dos alunos se comunicam através de um aplicativo de celular e criticam a postura da escola que tende para o lado dos movimentos sociais que defendem o feminismo e o movimento LGBT.
Aline Freitas, 41 anos, mãe de um aluno de 8, pretende tirar o filho da escola por conta dos debates promovidos que não são condizentes com a idade da criança.
“Para mim está sendo um pesadelo. Meu filho participou de um debate sobre o machismo e sobre estupro, quando houve aquele caso do estupro coletivo. Uma criança de 8 anos não é machista. Não quero que fiquem inserindo essas coisas na cabeça dele”, disse ela.
A mesma mãe também critica a adoção do nome social por alunos transexuais sem a autorização dos pais. “É uma afronta um adolescente poder mudar o nome na secretaria. É tirar a autoridade do pai e da mãe”, disse ela.
Colégio diz que a medida tem como objetivo a inclusão
O chefe de Supervisão e Orientação Pedagógica do colégio, Carlos Alexandre Duarte, defende o posicionamento da reitoria dizendo que a instituição não está negando a diferença entre homens e mulheres.
“O fim da distinção de gênero na especificação do uniforme não significa que o colégio esteja incentivando estudantes do sexo masculino a virem de saia”, afirma.
De acordo com Duarte, a decisão “é fruto de uma discussão ampla que ocorreu na comunidade escolar ao longo de mais de dois anos e que teve a participação dos estudantes”.
E se refere a um “saiato” promovido por alguns alunos em defesa a um menino que foi impedido de entrar na escola por vestir uma saia em 2014.
“O Pedro II não está negando as diferenças entre homens e mulheres. Na verdade, a medida visa à inclusão de uma parcela de nossos estudantes que são transgêneros”.
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