quarta-feira, 16 de novembro de 2011

INTERCESSÃO:
 
(ORANDO PELOS OUTROS, COLOCANDO-SE NO LUGAR DE OUTREM, INDO A DEUS A FAVOR DE E RESISTINDO A SATANÁS QUE ESTÁ CONTRA). É UM ENCONTRO COM DEUS E UM CONFRONTO COM SATANÁS.
A intercessão é tão importante que DEUS quando vai fazer algo que influencie o quotidiano humano, ELE primeiro fala aos seus servos na terra para que estes intercedam para que aconteça, caso seja bom, ou intercedam para que não aconteça, caso seja mau. (2 Rs 24.2; Jr 25.4; Jn ) Amós 3.7 = Certamente o Senhor JEOVÁ não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.

Exemplo: Quando DEUS quis destruir Sodoma e Gomorra primeiro falou com Abraão (Gn 18.17), quando DEUS quis destruir o povo hebreu, primeiro falou com Moisés (Ex 32.9,10), Quando quis enviar libertação do cativeiro primeiro falou com Daniel (Dn 9.2), quando quis castigar o povo de Israel primeiro falou com seus profetas (Jr 7.25; 11.7; Jr 25.4; 26.5; 29.19; 35.15; 44.4). Quando quis mandar o salvador, primeiro falou com os profetas (Dt 18.15; At 28.25; Hb 1.1). 
 
Note que ao pensar em destruir Sodoma e Gomorra, DEUS não se lembrou de Ló e sua família, mas de Abraão, porque Abraão era um Intercessor (Gn 19.29). 
 
Quando nosso filho, ou filha, ou mãe, ou pai, ou marido, ou esposa, ou parente, ou amigo, ou conhecido, ou desconhecido, qualquer pessoa estiver em perigo, DEUS recorrerá a nós para orarmos intercedendo, isso se nós estivermos ali na brecha (Ez 22.30), para interceder, ou seja estivermos prontos para orar costumeiramente todos os dias em favor daqueles que precisam de nossas orações.
 
VEJA Lc 13.1-9 = É por isso que às vezes cai um avião, ou outra catástrofe acontece e escapa uma pessoa só, ela tinha um intercessor orando por ela e os outro não.
 
Ez 22.30 E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei.
Is 53:12; Jo 17:9; Rm 8:34 ; Hb 7:25 ; 1 Tm 2:1; 1 Sm 19:4, 25:24; Fm 10; Jó 9:32 -35; Is 62:6, 59:16;
Ez 22:30,31: SE NÃO TIVER INTERCESSOR A IGREJA SOFRE.  
EXEMPLO DE ABRAHÃO: Gn 18:17, 19:29 – DE MOISÉS: Gn 32:10-14; 32:32, 33:18
OBS.: VEJA ESTUDO SOBRE DONS DOM DE LÍNGUAS, QUEM ORA EM LÍNGUAS EDIFICA-SE A SI MESMO E PODE CHEGAR A SER USADO PELO ESPÍRITO SANTO NA ORAÇÃO INTERCESSÓRIA COM GEMIDOS INEXPRIMÍVEIS.  
JESUS É INTERCESSOR COMO HOMEM E COMO DEUS.
DEUS ESTÁ NA TERRA, DENTRO DE NÓS (ESPÍRITO SANTO); 
O HOMEM ESTÁ NO CÉU NUM CORPO DE HOMEM (GLORIFICADO. 
EM JESUS CRISTO, NOSSO INTERCESSOR)
 
 
TEMOS DOIS INTERCESSORES A QUEM BUSCAR:
 
JESUS é nosso intercessor no céu: Rm 8.34
Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.
Hb 2.18 Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.
 
 
O ESPÍRITO SANTO É NOSSO INTERCESSOR NA TERRA: (Rm 8.26,27)
E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos
inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos.

Ev.Luiz Henrique de Almeida Silva 
 
 
Definição de Intercessão:
Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa, como se fora sua própria. É estar entre Deus e os homens, a favor destes, tomando seu lugar e sentindo sua necessidade de tal maneira que luta em oração até a vitória na vida daquele por quem intercede.
Há muitas definições que nós poderíamos dar sobre intercessão. A mais simples está na Bíblia: "Orai uns pelos outros" (Tg. 5:16). Ela está cheia de exemplos: Abraão suplicou por Ló e este foi liberto da destruição de Sodoma e Gomorra; Moisés intercedeu por Israel apóstata e foi ouvido; Samuel orou constantemente pela nação; Daniel orou pela libertação do seu povo do cativeiro; Davi suplicou pelo povo; Cristo rogou por Seus discípulos e fez especial intercessão por Pedro; Paulo é exemplo de constante intercessão. Toda a Igreja é chamada ao fascinante ministério da intercessão.
O intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros. Ele se coloca numa posição de sacerdote, entre Deus e o homem, para pleitear a causa.
Intercessão é dar à luz no reino do espírito às promessas e propósitos de Deus. É uma oração para que a vontade de Deus seja feita na vida de outros; é descobrir o que está no coração de Deus e orar para que isso se manifeste.
Deus levanta hoje um verdadeiro exército de intercessores.  Ele está para trazer à Terra o maior derramamento do Espírito já testemunhado. Para tanto, Seu Espírito traz ao Corpo de Cristo um peso de intercessão, pois a oração intercessória é a ferramenta usada por Ele para manifestar na vida dos homens Seus poderosos feitos.
Interceder é ver a necessidade da intervenção de DEUS nas mais diversas situações. É captar a mente de Cristo, de modo a ver as circunstâncias como Cristo as vê, e unir-se a Ele em súplica para que Deus se mova de tal maneira que sua vontade e propósito Divinos sejam cumpridos nas vidas dos homens e das nações.
 
Etimologia da Palavra
Etimologicamente, podemos considerar a palavra no hebraico, grego e português. É interessante estudarmos o significado das palavras nas línguas originais, porque em assim fazendo temos um entendimento melhor do que elas significam.
Paga (hebraico) - Vem da raiz de uma palavra que significa "colidir pela violência". Paga segundo a Concordância de Strong, quer dizer: "colidir, encontrar, por acidente ou violência, ou (figuradamente) pela importunação. Vir (entre), suplicar, cair (sobre), fazer intercessão, interceder, pleitear, prostrar, encontrar com (juntos), suplicar, orar, alcançar, correr". É esta a palavra usada em Is. 55:12; Jr. 7:16; 27:18; 36:25.
O Léxico Hebraico-Caldeu do Velho Testamento, de H.W.F. Gesenius, ressalta vários significados existentes na raiz da palavra. Destacamos: "Vir sobre ou contra, quer de propósito ou acidentalmente, quer violenta ou levemente; num bom sentido, assaltar alguém com petições, orações; instá-lo; encontrar-se com; alcançar alguém; fazer uma aliança com alguém..."
Interessantes são também as expressões: "colocar-se na brecha", para defender alguém (Ez. 13:5; 22:30; SI. 106:23) e "erguer um muro em torno de alguém" (Ez. 13:6; 22:30).
Ënteuxis (grego) - (substantivo) De acordo com W. E. Vine, em seu Expository Dictionary of the New Testament Words, "primariamente denota encontrar-se com; então, uma conversação; uma petição; é um termo técnico de aproximação de um rei, bem como para a aproximação de Deus em intercessão; é traduzido para oração em 
I Tm. 4:5 e no plural em I Tm. 2:1 (isto é, procurando a presença e ouvindo de Deus a favor de outros).
Entugchano (grego) - (verbo) Segundo W. E. Vine, "primariamente harmonizar-se com, encontrar-se com o fim de conversar; então, fazer petição, especialmente intercessão, pleitear com uma pessoa, tanto a favor quanto contra outros;  
(a) contra: At. 25:24; Rm. 11:2; 
(b) a favor: Rm. 8:27,34; Hb. 7:25.
Huperentugcha no grego) - Interceder a favor de; fazer intercessão por. 
Interceder, segundo o Dicionário de Aurélio, é "pedir, rogar, suplicar (por outrem); intervir (a favor de alguém ou de algo)"
O Dicionário da Bíblia, de Nelson, declara: "O ato de peticionar a Deus ou orar a favor de outra pessoa ou grupo." 
 
A natureza pecaminosa deste mundo separa os seres humanos de Deus. Tem sido necessário, portanto, que pessoas justas vão a Deus buscar reconciliação entre Ele e Sua criação caída."
 
Encontro e Confronto
A palavra hebraica, paga, para intercessão, tem dois aspectos: O primeiro é de luta, violência, choque e denota confronto. O outro, de encontro, colocar-se entre, orar, suplicar. Concluímos, pois, que a intercessão tem duas facetas: Uma de confronto com o inimigo e outra de encontro com o Rei.
O homem não tem autoridade para confrontar o seu Criador. Vamos a Deus com uma atitude de quebrantamento e submissão. Contra quem, pois, se colide na intercessão? Contra o que se opõe aos planos de Deus na vida dos filhos dos homens.
No sentido lato da palavra, interceder é enfrentar as forças opostas de Satanás, colidindo contra elas, pela batalha espiritual, e colocar-se diante de Deus, firmado em Suas promessas, a fim de pleitear a causa de outros; é um  encontro com Deus e um confronto com Satanás, a favor dos homens.
 
INTERCESSÃO Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa, como se fora sua própria. É estar entre Deus e os homens, a favor destes, tomando seu lugar e sentindo sua necessidade de tal maneira que luta em oração até a vitória na vida daquele por quem intercede.
Há muitas definições que nós poderíamos dar sobre intercessão. A mais simples está na Bíblia: "Orai uns pelos outros" (tg. 5:16). Ela está cheia de exemplos: Abraão suplicou por Ló e este foi liberto da destruição de Sodoma e Gomorra; Moisés intercedeu por Israel apóstata e foi ouvido; Samuel orou constantemente pela nação; Daniel orou pela libertação do seu povo do cativeiro; Davi suplicou pelo povo; Cristo rogou por Seus discípulos e fez especial intercessão por Pedro; Paulo é exemplo de constante intercessão. Toda a Igreja é chamada ao fascinante ministério da intercessão.

O intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros. Ele se coloca numa posição de sacerdote, entre Deus e o homem, para pleitear a sua causa.
Intercessão é dar à luz no reino do espírito às promessas e propósitos de Deus. É uma oração para que a vontade de Deus seja feita na vida de outros; é descobrir o que está no coração de Deus e orar para que isso se manifeste.
Deus levanta hoje um verdadeiro exército de intercessores. Ele está para trazer à Terra o maior derramamento do Espírito já testemunhado. Para tanto, Seu Espírito traz ao Corpo de Cristo um peso de intercessão, pois a oração intercessória é a ferramenta usada por Ele para manifestar na vida dos homens Seus poderosos feitos.

Interceder é ver a necessidade da intervenção de Deus nas mais diversas situações. É captar a mente de Cristo, de modo a ver as circunstâncias como Cristo as vê, e unir-se a Ele em súplica para que Deus se mova de tal maneira que Sua vontade e propósito Divinos sejam cumpridos nas vidas dos homens e das nações.
Interceder é combater
O primeiro aspecto da intercessão, é de combate. Você vai perguntar: Por que combate na intercessão? Saiba que não é Deus Quem retém as bênçãos do Seu povo. Muita gente pensa que Ele é o nosso problema. Absolutamente não! Ele não é o meu problema, é a fonte da minha benção. O ladrão é quem procura segurar a benção no caminho. Suponhamos que eu tenha dado uma Bíblia para o Antônio e o José a tenha segurado, impedindo que ela chegue ao seu verdadeiro destino.
Onde está a Bíblia? Já a despachei para o Antônio. Se ela ainda não está em suas mãos, onde irá procura-la? Contra quem irá lutar? Contra mim, ou contra quem reteve a Bíblia? É claro que é contra o José.

Deus já despachou do Céu tudo quanto é necessário para uma vida de vitória. Tudo é meu em Cristo Jesus. Ele já pagou o preço para que eu tenha a vitória, paz, saúde, prosperidade. Tudo o que é de Deus é meu. Seus tesouros são meus, em Cristo Jesus. Por que, então, vivo na miséria, preso, derrotado, oprimido, amarrado? Alguém segurou a minha benção no caminho e agora nós vamos brigar. É a vez de voltar-me para o inimigo e declarar: "Se Cristo pagou o preço, seu atrevido, tira a mão de cima, porque eu vou entrar agora na batalha, na autoridade de Cristo Jesus". Este é um aspecto da intercessão, paga, ir contra. Se o inimigo chegar perto, ele vai ver que o justo é ousado como um leão. É a essa atitude que chamamos de combate espiritual e eis aí por que chamamos o intercessor de guerreiro de oração.
O intercessor se coloca face a face com Deus e face a face com Satanás. Quanto mais você intercede, mais verá a cara do inimigo, como é feia. Haverá guerra! Mas glória a Deus, porque quanto mais você combate, mais se transforma em um guerreiro firme, que não tem medo da batalha. Quando vem a guerra, você está de prontidão, arregaça as mangas e vai à luta. Por quê? Porque você já sabe que Satanás está derrotado. Essa é uma luta cuja vitória já foi ganha na cruz do Calvário há dois mil anos atrás; e como Morris Cerullo gosta de dizer, "tudo o que eu tenho que aprender é como vencer um inimigo que já está derrotado." Satanás nenhuma autoridade tem sobre você meu irmão, nenhuma. Só aquela que você lhe der. Mas se você nada lhe der, ele nada terá. Ele não tem armas legítimas para lutar contra você; porém você as tem. Você tem armas poderosas em Deus para enfrenta-lo e vencê-lo. Ele tem uma boca grande, fala muito alto e faz a guerra com um pacote de mentiras, procurando trazê-las aos seus ouvidos, a fim de enfraquecer o seu espírito de combate. Todavia, se você conhece as suas maquinações, e não lhe dá ouvidos, não se rebaixa para ouvi-lo, porque o lugar dele é debaixo dos seus pés, ele será para você um inimigo derrotado.
Não se impressione com o rugir inimigo. Faz muito barulho, ruge como um leão, mas não é um leão. Jesus é quem é o Leão da tribo de Judá, e ele procura imitá-LO, mas só faz barulho, só ruge. É como na história do peregrino: quando ele chega para entrar no castelo, feliz depois de vencidos tantos obstáculos, encontra um leão na porta de entrada. Logo, porém, descobre que este está amarrado, não faz nada, só mete medo, intimida com sua presença e seu rugir. Não tenha medo do falso leão, pois está sob o controle do Altíssimo, em nome de Jesus.

O cristão como intercessor
"Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de, súplicas, orações e intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens" (1 Tm. 2:1).
"...e orai [também] uns pelos outros, para serdes curados e restaurados [a um vigor espiritual de mente e coração]. A fervorosa (sincera, continua) oração do justo torna um tremendo poder disponível (dinâmico em sua operação)" (Tg. 5:16 - Amp).

O intercessor é aquele que se coloca entre Deus e (os homens, a favor destes, para pleitear sua causa, como se fosse própria. É aquele que se coloca entre vivos e mortos para que cesse a praga (Nm, 16:48). É aquele que tem o seu espírito afinado ao Espírito de Deus e consegue captar os pesos do Seu coração e se devota a orar por outros, sob Sua liderança, até que o cetro de Deus se levante, isto é, até que a causa seja ganha.
A intercessão visa alterar circunstâncias contrárias à vontade perfeita de Deus, levando-as a se harmonizarem com a mesma. O crente é o canal de Deus na terra, não só da proclamação da Sua Palavra, da Sua vontade e obra da Redenção, mas também de intercessão. Como isso funciona? Sintetizando o que estamos procurando transmitir, diríamos:

1 - Deus tem um propósito para o homem em Seu coração. Esse propósito tem sido revelado na Bíblia e em Cristo.
2 - Jesus intercede junto ao Pai de acordo com esse propósito. Como representante do homem no Céu, Jesus fala por ele.
3 - O Espírito Santo ouve o que Jesus fala e revela Seus desejos ao espírito do crente. É ali que Ele habita e faz o elo de ligação entre Deus e o cristão. Ele traz o que está no coração de Deus para o coração do crente.
4 - O intercessor fala e ora em linha com a revelação recebida pelo Espírito Santo. Quando ele abre a boca para orar movido pelo Espírito, uma perfeita harmonia se estabelece entre o Céu e a terra.
5 - É desencadeada a manifestação do poder de Deus nas circunstâncias a serem alteradas e que foram objeto de oração, provocando uma mudança.

O Chamado à Intercessão
Todo cristão é chamado a exercer o sacerdócio. Sacerdote é o que se coloca diante de Deus no lugar do homem, levando suas necessidades à presença dAquele que somente pode intervir miraculosamente na vida da raça humana, l Pedro 2:9 declara:

"Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz."
Ocupar a função sacerdotal implica necessariamente em ministrar a Deus a favor dos homens. É verdade que todos têm acesso à Deus, através de Cristo Jesus, porém é também verdade que a Bíblia nos exorta a orar uns pelos outros e fazer súplicas e intercessões por todos os homens. É um imperativo, um chamado, um dever, um privilégio. Por causa de tudo quanto já estudamos, é premente a necessidade de intercessores.
Você poderá dizer: Mas Deus já não proveu Jesus, como nosso intercessor? Isso não basta? Não, isso não basta. A terra é ainda dos filhos dos homens e é nela que as batalhas se travam. Em Cristo temos uma aliança com Deus, mas ainda é através dos homens que tudo se realiza na terra. O que acontece com Cristo, como o Intercessor provido pelo Pai, é que Ele tem autoridade de nos representar diante de Deus e, pelo Seu Espírito, tanto mudou nossa natureza, nos regenerou, elevando-nos à posição de filhos de Deus, como vive em nós. Isso nos garante uma presença sobrenatural para nos guiar num viver de acordo com Seus propósitos. Por causa do Espírito Santo em nós, que nos revela todas as coisas, podemos agora falar e orar em perfeita linha com a vontade do Pai. Mas coloque isso em seu coração: Você e eu somos a boca através da qual o Espírito Santo vai orar na terra o que Jesus ora no Céu. Através de nós, Ele intercederá com "gemidos inexprimíveis."
Convém a esta altura salientar que assim como Satanás só opera na terra, porque encontra o consentimento dos homens, Deus também opera na terra através do mesmo consentimento e instrumentalidade. Temos que abrir a boca aqui e dizer o que Deus diz no Céu, e é quando essa harmonia acontece, que as circunstâncias mudam, vidas são arrancadas do inferno, avivamentos rompem, cadeias são quebradas, Deus é temido, obedecido e glorificado.

A Intercessão é Prioridade
A intercessão deve ser uma das prioridades da vida do cristão. Todo crente é chamado a interceder. Há pessoas que têm um ministério de intercessão, com uma unção especial para tanto, mas cada crente tem uma vocação de Deus para interceder; É um imperativo. Quem não o faz, não exerce seu sacerdócio. Paulo é enfático ao dizer:

"Antes de tudo, pois, morto que se use a prática de súplicas, orações e intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens " (1 Tm. 2:1).
Fazer intercessões e súplicas por todos, deve ser uma prática em nossa vida.
Insistimos no princípio: Deus nada faz na terra, a não ser por meio da intercessão. Amado, nós temos que nos arrepender da nossa falta de intercessão. Cada oração nossa realiza alguma coisa no reino do espírito. Um dia que passamos sem interceder, é um dia em que perdemos a oportunidade de criar alguma coisa no mundo espiritual, com conseqüências no mundo natural, sendo que esta oportunidade não mais voltará.
Muitas crises surgem em nossas vidas por falta de oração. Muitas vezes o Espírito nos traz uma direção, uma luz ou impressão, mas não queremos nos devotar à intercessão e, então, sofremos, desastres acontecem na vida de outros, almas vão para o inferno e angústias que poderiam ter sido evitadas pela oração, dilaceram muitas almas.
Somos chamados a interceder! Não responder a esse chamado do Trono é estar em pecado. O profeta Samuel, diante do pedido do povo para que clamasse a seu favor, para que não morressem por causa dos seus próprios pecados, fez uma tremenda declaração que deveria ser um desafio para nós também:

"E quanto a mim, longe de mim esteja o pecar contra o Senhor, deixando de orar por vós; eu vos ensinarei o caminho bom e direito" (1 Sm. 12:23).
Deus tem um propósito para o homem em Seu coração, e precisa dos Seus filhos para que esse propósito se estabeleça.
E o que é intercessão senão trazer a vontade de Deus à vida dos homem, da Igreja e das nações? Se entendermos isso, não esperaremos sobrar um tempinho para orar, mas faremos da intercessão uma das prioridades em nossa vida.

SÉRIE ESCOLA DE ORAÇÃO
Valnice Milhomens
 
 
 
A INTERCESSÃO

 Dn 9.3 “E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração, e rogos, e jejum, e pano de saco, e cinza.”
Pode-se definir a intercessão como a oração contrita e reverente, com fé e perseverança, mediante a qual o crente suplica a Deus em favor de outra pessoa ou pessoas que extremamente necessitem da intervenção divina. A oração de Daniel no cap. 9 é uma oração intercessória, pois ele ora contritamente em favor da restauração de Jerusalém e de todo o povo de Israel. A Bíblia nos fala da intercessão de Cristo e do Espírito Santo, e de numerosos santos, homens e mulheres do antigo e do novo concerto.

A INTERCESSÃO DE CRISTO E DO ESPÍRITO SANTO. 
1) Jesus, no seu ministério terreno, orava pelos perdidos, os quais Ele viera buscar e salvar (Lc 19.10). Chorou, quebrantado, por causa da indiferença da cidade de Jerusalém (Lc 19.41). Orava pelos seus discípulos, tanto individualmente (ver Lc 22.32) como pelo grupo todo (Jo 17.6-26). Orou até por seus
inimigos, quando pendurado na cruz (Lc 23.34). 
2) Um aspecto permanente do ministério atual de Cristo é o de interceder pelos crentes diante do trono de Deus (Rm 8.34; Hb 7.25; 9.24; ver 7.25 nota); João refere-se a Jesus como “um Advogado para com o Pai” (ver 1Jo 2.1 nota). A intercessão de Cristo é essencial à nossa salvação (cf. Is 53.12). Sem a sua graça, misericórdia e ajuda, que recebemos mediante a sua intercessão, nós nos desviaríamos de Deus e voltaríamos à escravidão do pecado. 
3) O Espírito Santo também está empenhado na intercessão. Paulo declara: “não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26 nota). O Espírito Santo, através do espírito do crente, intercede “segundo Deus” (Rm 8.27). Portanto, Cristo intercede pelo crente, no céu, e o Espírito intercede dentro do crente, na terra.

A INTERCESSÃO DO CRENTE. A Bíblia refere-se constantemente às orações intercessórias do crente e registra numerosos exemplos de orações notáveis e poderosas. 
1) No AT, os líderes do povo de Deus, tais como os reis (1Cr 21.17; 2Cr 6.14-42), profetas (1Rs 18.41-45; Dn 9) e sacerdotes (Ed 9.5-15; Jl 1.13; 2.17,18), deviam ser exemplos na oração intercessória em prol da
nação. Exemplos marcantes de intercessão no AT, são as orações de Abraão em favor de Ismael (Gn 17.18) e de Sodoma e Gomorra (Gn 18.23-32), as orações de Davi em favor de seus filhos (2Sm 12.16; 1Cr 29.19), e as de Jó em favor de seus filhos (Jó 1.5). Na vida de Moisés, temos o exemplo supremo no
AT, quanto ao poder da oração intercessória. Em várias ocasiões ele orou intensamente para Deus alterar a sua vontade, mesmo depois de o Senhor declarar-lhe aquilo que Ele já resolvera executar. Por exemplo, quando os israelitas se rebelaram e se recusaram a entrar em Canaã, Deus falou a Moisés que iria destruí-los e fazer de Moisés uma nação maior (Nm 14.1-12). Moisés, então, levou o assunto ao Senhor em oração e implorou em favor dos israelitas (Nm 14.13-19); no fim da sua oração, Deus lhe disse: “Conforme à tua palavra, lhe perdoei” (Nm 14.20; ver também Êx 32.11-14; Nm 11.2; 12.13; 21.7; 27.5; ver o estudo A ORAÇÃO EFICAZ). Outros poderosos intercessores do AT são Elias (1Rs 18.21-26; Tg 5.16-18), Daniel (9.2-23) e Neemias (Ne 1.3-11). 
2) O NT apresenta mais exemplos, ainda, de orações intercessórias. Os evangelhos registram como os pais e outras pessoas intercediam com Jesus em favor dos seus entes queridos. Os pais rogavam a Jesus para que curasse seus filhos doentes (Mc 5.22-43; Jo 4.47-53); um grupo de mães pediu que Jesus abençoasse seus filhos (Mc 10.13). Certo homem de posição implorou, pedindo a cura de seu servo (Mt 8.6-13), e a mãe de Tiago e João intercedeu diante de Jesus em favor deles (Mt 20.20,21). 
3) A igreja do NT intercedia constantemente pelos fiéis. Por exemplo, a igreja de Jerusalém reuniu-se a fim de orar pela libertação de Pedro da prisão (At 12.5, 12). A igreja de Antioquia orou pelo êxito do ministério de Barnabé e de Paulo (At 13.3). Tiago ordena expressamente que os presbíteros da igreja
orem pelos enfermos (Tg 5.14) e que todos os cristãos orem “uns pelos outros” (Tg 5.16; cf. Hb 13.18,19). Paulo vai mais além, e pede que se faça oração em favor de todos (1Tm 2.1-3). 
4) O apóstolo Paulo, quanto à intercessão, merece menção especial. Em muitas das suas epístolas, discorre a respeito das suas próprias orações em favor de várias igrejas e indivíduos (e.g., Rm 1.9,10; 2Co 13.7; Fp 1.4-11; Cl 1.3,9-12; 1Ts 1.2,3; 2Ts 1.11,12; 2Tm 1.3; Fm .4-6). Vez por outra fala das suas orações intercessórias (e.g., Ef 1.16-18; 3.14-19; 1Ts 3.11-13). Ao mesmo tempo, também pede as orações das igrejas por ele, pois sabe que somente através dessas orações é que o seu ministério terá plena eficácia (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18-20; Fp 1.19; Cl 4.3,4; 1Ts 5.25; 2Ts 3.1,2). 
PROPÓSITOS DA ORAÇÃO INTERCESSÓRIA. Nas numerosas orações intercessórias da Bíblia, os santos de Deus intercediam para que Deus sustasse o seu juízo (Gn 18.23-32; Nm 14.13-19; Jl 2.17), que restaurasse o seu povo (Ne 1; Dn 9), que livrasse as pessoas do perigo (At 12.5,12; Rm 15.31), e que abençoasse o seu povo (Nm 6.24-26; 1Rs 18.41-45; Sl 122.6-8). Os intercessores também oravam
para que o poder do Espírito Santo viesse sobre os crentes (At 8.15-17; Ef 3.14-17), para que alguém fosse curado (1Rs 17.20-23; At 28.8; Tg 5.14-16), pelo perdão dos pecados (Ed 9.5-15; Dn 9; At 7.60), para Deus dar capacidade às pessoas investidas de autoridade para governarem bem (1Cr 29.19;
1Tm 1.1,2), pelo crescimento na vida cristã (Fp 1.9-11; Cl 1.10,11), por pastores para que sejam capazes (2Tm 1.3-7), pela obra missionária (Mt 9.38; Ef 6.19,20), pela salvação do próximo (Rm 10.1) e para que os povos louvem a Deus (Sl 67.3-5). Qualquer coisa que a Bíblia revele como a perfeita vontade de Deus para o seu povo pode ser um motivo apropriado para a oração intercessória.
 
Fonte = BEP - CPAD - EM CD  E SITE : WWW.APAZDOSENHOR.COM.BR/PROF.HENRIQUE

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

ARREPENDIMENTO , A BASE PARA O CONCERTO

4º Trimestre 2011 - Lição 7 – Arrependimento, a Base para o Concerto

13 de novembro de 2011
Texto Áureo
E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra" (2Cr 7.14). – "Provavelmente este seja o versículo mais conhecido e mais querido de 2Cr. Na narrativa da segunda aparição de Deus a Salomão, em 1Rs 9.1-9, esta promessa não é mencionada. Este versículo, provavelmente mais do que qualquer outro versículo em toda a Escritura, apresenta as condições para que Israel experimentasse as bênçãos de Deus. Ele provavelmente teve um significado especial para os destinatários originais, que realmente provaram a verdade deste princípio comunicado por Deus a Salomão. Uma condição dupla com um resultado tríplice é oferecida ao povo escolhido de Deus (aquele que se chama pelo seu nome). Se o povo se humilhar (arrepender-se do seu pecado). e buscar a sua face em oração, então, diz o Senhor Deus, eu ouvirei... perdoarei... e sararei. Deus executa os seus propósitos divinos em acordo com as orações dos seus filhos (Fp 1.9; Tg 5.16)" [1].
Verdade Prática
Quando o povo de Deus arrepende-se de seus pecados, além de receber o perdão divino, começa a viver uma fase de copiosas bênçãos.
Leitura Bíblica em Classe
Neemias 9.1-3,16,33-36
Objetivos
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- SABER que o arrependimento é a condição para um genuíno mover de Deus;
- CONSCIENTIZAR-SE que Deus se faz presente em todos os momentos; e
- CONFIAR na grandeza da misericórdia divina.
Palavra-chave
ARREPENDIMENTO
Compunção, contrição.
Comentário
(I. Introdução)
O termo ‘ARREPENDIMENTO’, palavra-chave da lição desse domingo, é de origem latina [ar]repoenitere (de poeniteo, -ere, não estar satisfeito com, estar descontente com, ter pesar de), e encerra o sentido de ‘lamentar ou ter pena por alguma coisa feita ou dita ou não feita ou não dita’, ‘mudar de intenção ou de idéia’, e ‘desdizer-se’[2]. No Antigo Testamento, o termo hebraico para arrependimento é noham, usado para indicar tanto o arrependimento humano quanto o arrependimento de Deus (Gn 6.5-7; Êx 32.12; 1Sm 155.10,11,35; 2Sm 24.16; Jr 18.7,8; Jl 2.13; Jn 3.10). Ao lermos o Antigo Testamento encontramos um ciclo contínuo em Israel de ‘pecado, castigo, arrependimento e libertação’. Inicialmente, Israel é chamado para servir ao Senhor. Depois, abandona seus caminhos. Deus, então, abandona-os às pensas de seus inimigos. Eventualmente, Israel clama por socorro. Por fim, o Senhor misericordiosamente vem em socorro e liberta-os. Em momentos críticos de abandono do culto ao Senhor, esse processo necessita de cativeiro (Jz 2.7-18; 3.7-11). Mas isso não é exclusividade da comunidade de Israel, pois se repete no Novo Testamento. Em Apocalipse 2 e 3, encontramos as inferências a esse abandono nas cartas dirigidas às igrejas em Éfeso (2.4-5), em Pérgamo (2.14-16), em Sardes (3.1-3) e em Laodicéia (3.15-19). Em todas as situações, a volta ao estado de comunhão com Deus só é possível mediante o arrependimento. Deus constantemente convida o homem para um relacionamento com ele e acompanha seu crescimento. Os crentes, de todas as épocas, tendem a romper esse compromisso e a substituí-Lo por outros deuses. O ciclo se repete quando Deus usa a disciplina por causa do seu amor. Vem o choro e o clamor por socorro. Deus responde, convocando a arrependerem-se e voltarem-se para Ele ou perecerem. Havendo genuíno arrependimento, há restauração à um correto relacionamento com ele que por fim, resultará em Salvação. Não importa a dimensão - individual ou coletiva - uma condição dupla com um resultado tríplice é oferecida ao crente (aquele que se chama pelo seu nome). Se o povo se humilhar (arrepender-se do seu pecado). e buscar a sua face em oração, então, diz o Senhor Deus, eu ouvirei... perdoarei... e sararei. Deus executa os seus propósitos divinos em acordo com as orações dos seus filhos (Fp 1.9; Tg 5.16). Boa Aula!
(II. Desenvolvimento)
I. OS RESULTADOS DE UM GENUÍNO AVIVAMENTO
1. Arrependimento e confissão de pecados (Ne 9.1). É digno de nota que, não somente o não convertido, mas a igreja necessita se arrepender antes de levar avante o seu trabalho no mundo. O baixo padrão de vida cristã está mantendo muitos crentes no mundo e nos seus pecados. Se o ímpio percebe que o crente não se arrepende, então não se pode esperar que ele se arrependa e se converta de seu pecado. Dwight Lyman Moody afirmou: ‘Eu tenho me arrependido dez mil vezes mais depois que conheci a Cristo, do que em qualquer época anterior, e penso que a maioria dos cristãos precisa se arrepender de alguma coisa[3]. Arrependimento e confissão de pecados não está restrito apenas aos não convertidos, mas como afirma Moody, é tanto para mim mesmo quanto para aquele que nunca conheceu a Cristo como seu Salvador. Nossa pregação e modo de vida deve se pautar por essa verdade. Há cinco coisas que fluem do verdadeiro arrependimento: 1. Convicção; 2. Contrição; 3. Confissão de pecado; 4. Conversão; e 5. Confissão de Cristo diante do mundo.
2. Sinais do verdadeiro arrependimento. Quando não há convicção de pecados, certamente não houve arrependimento genuíno. A falta de convicção fatalmente levará o crente cedo ou tarde a recair em sua velha vida. Se um crente confessa ser convertido e não reconhece a miséria de seus pecados, não alcançará raízes profundas e não irá muito longe na sua carreira cristã. No primeiro embate com a oposição, certamente regressará ao mundo. Segundo escreve Thomas Watson, ‘o arrependimento é uma graça do Espírito de Deus por meio da qual um pecador é humilhado em seu íntimo e transformado em seu exterior. A fim de proporcionar melhor entendimento, saiba que o arrependimento é um remédio espiritual formado de seis componentes especiais: percepção do pecado; tristeza; confissão; vergonha; ódio e conversão... Se um for deixado fora, o arrependimento perde o seu poder[4] [Nascido em 1620, Thomas Watson estudou em Cambridge (Inglaterra). Em 1646, iniciou um pastorado de dezesseis anos em Londres. Entre suas principais obras, estão o seu famoso Body of Pratical Divinity (Compêndio de Teologia Prática), publicado postumamente em 1692]. Na aula número seis analisamos o capítulo 8 de Neemias, onde o povo reuniu-se para ouvir a Palavra. A conseqüência foi choro pelo pecado (Ne 8.9). A genuína pregação deve produzir esse mesmo efeito em seus ouvintes, crentes ou não; a Palavra deve produzir quebrantamento, arrependimento e choro pelo pecado. Ao se lamentarem, os israelitas não expressaram um mero remorso. Concluímos que ao demonstrarem esta atitude e gestos, houve genuíno e sincero arrependimento, a ponto de humilharem-se diante de Deus cobrindo-se de “pano de saco e traziam terra sobre si” (Jó 2.12; 1 Sm 4.12; Lm 2.10). Na atual dispensação, não precisamos fazr uso de tais gestos, contudo, carecemos a exemplo de Moody, possuirmos sincero e profundo arrependimento.
3. Apartaram-se dos povos idólatras (Ne 9.2a). É interessante notarmos que o genuíno arrependimento exige obediência! O relacionamento com povos estranhos levara Israel à idolatria, contrariando frontalmente a Lei de Deus (Dt 18.9-12). Para um retorno ao Eterno, era necessário a separação de todo aquele que não havia se convertido ao judaísmo. Unir-se aos outros povos era transigir com a fé, era aceitar o sincretismo. Não pode haver comunhão verdadeira fora da verdade. “Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas?” (2Co 6.14; Jo 3.19-21). Por isso, o sacerdote Esdras determinou aos israelitas que despedissem suas mulheres estrangeiras (Ed 10). Houve uma grande separação entre israelitas e estrangeiros. Todos os que estavam entrando em aliança (o acordo mais solene que uma pessoa seria capaz de fazer) tinham que ser puros. Disso aprendemos que não é possível um correto relacionamento com Deus se continuarmos atrelados a certos pecados.
RESPONDA
1. Qual a primeira grande consequência do avivamento?
2. O que os judeus usaram, para demonstrar tristeza?
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Ao viver um autêntico avivamento, o povo de Israel passou a andar segundo a vontade de Deus.
II. A LEI DO SENHOR E REMINESCÊNCIA
1. Valorizando a Lei do Senhor. “E, levantando-se no seu posto, leram no livro da Lei do Senhor, seu Deus, uma quarta parte do dia” (Ne 9.3a). Certamente, nesse seminário, todos alimentaram-se da Lei do Senhor que lhes exposta durante a “quarta parte do dia”. “Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade em casa de Carpo, bem como os livros, especialmente os pergaminhos” (2Tm 4.13). Temos observado que nossos púlpitos andam totalmente desprovidos de conhecimento, considerando as palavras de Paulo acima e o valor que ele dava à leitura, ainda que estivesse próximo da morte, tinha ânsia por estudar! Que exemplo temos para seguir! Nós crentes devemos valorizar a leitura da Palavra, o estudo bíblico, o culto de doutrina, a escola dominical; a nossa fé nos exige isso. Para aqueles judeus, foram exatamente seis horas de ensino da Palavra de Deus e nenhum deles saiu dali, mas todos a ouviram atentamente.
2. A confissão dos pecados. Igual tempo foi dedicado à confissão de pecados: “Na outra quarta parte [do dia], fizeram confissão; e adoraram o Senhor, seu Deus” (Ne 9.3b). Ler e estudar a Palavra de Deus precede a confissão, porque nos mostra onde estamos errando. Foi a leitura da Palavra que gerou contrição, resultando em confissão de pecados. Quem resiste à Palavra de Deus, perde a capacidade de ouvir. Hebreus 5.11 assevera: “Do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação; porquanto vos fizestes negligentes para ouvir. Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento”. O baixo padrão de vida cristã que estamos levando se deve ao fato de que, não estamos ouvindo a Palavra com ouvidos ávidos por descobrir onde estamos errando, ou para nos lembrar-mos de onde caímos, então não se pode esperar que nos arrependamos e confessemos nosso pecado.
3. Relembrando a história do seu povo. Todo o relacionamento de Deus com os descendentes de Abraão é recordado e gira em torno da aliança feita com Abraão (Ne 9.7-9). Esse resumo do passado lembrou ao povo a sua grande herança bem como, as promessas de Deus para com aquele que se mantivesse fiel à aliança. Certamente, rever nosso passado nos ajudará a entender como melhorar nosso comportamento. Certamente, rever nosso passado nos ajudará a entender como melhorar nosso comportamento. Certamente ouviram os levitas repetir o ciclo histórico ciclo contínuo em Israel de ‘pecado, castigo, arrependimento e libertação’, desde Abraão, passando pelo êxodo e a peregrinação no deserto, culminando com a posse da Terra Prometida e todas as bênçãos com que foram abençoados. Por isso, era necessário e urgente o arrependimento nacional ebuscar a sua face em oração’. Deus executa os seus propósitos divinos em acordo com as orações dos seus filhos (Fp 1.9; Tg 5.16).
RESPONDA
3. O que a leitura da Palavra gerou para o povo de Israel?
4. Que fizeram os judeus após o arrependimento de pecados?
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A lei de Deus foi lida e explicada ao povo que confessou seus pecados e relembrou a história da nação.
III. A GRANDE MISERICÓRDIA DE DEUS
1. "Deus clemente e misericordioso" (Ne 9.31). Apesar dos muitos pecados cometidos pelos judeus, Deus sempre deixou um remanescente para que assim pudesse preservar a nação de Israel, olhando para o cumprimento final das eternas alianças firmadas com Abraão, Isaque e Jacó. Deus é descrito aqui como ‘O Clemente e Misericordioso’ (Lm 3.22). O termo ‘misericórdia’ (heb hesed), corresponde à compaixão (Sl 103.4), verdade e fidelidade (Êx 34.6) e bondade (Sl 23.6). Mesmo que Israel estivesse submisso ao pecado, a hesed de Deus permanecia: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade” (Lm 3.22,23).
2. A súplica de Israel. Já arrependidos de seus pecados e prestes a firmar o concerto com o Senhor, os judeus, sob a liderança de Neemias, suplicaram pela misericórdia divina (Ne 9.32). O primeiro resultado mencionado a respeito da leitura da Lei é que ela causou muita tristeza, pois tomaram consciência de que a Lei de Deus havia sido infringida. ‘Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da Lei’ (Ne 8.9). Mas essa tristeza não durou muito tempo: ‘Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados’ (Mt 5.4). Uma comunidade sem alegria é uma comunidade derrotada. Uma das principais razões da ausência de alegria é a presença do pecado; David, depois de pecar, orou ao Senhor: - “Lava-me completamente do meu pecado... Purifica-me com hissopo... Esconde a Tua face do meu pecado... Cria em mim um coração reto e puro...Torna a dar-me a alegria da Tua salvação”. Há uma necessidade urgente de reavivamento em nossos meio; o genuíno avivamento ocorre quando a Palavra de Deus é estudada e compreendida pelos seus servos. “Não se pode esperar nenhum movimento significativo em direção a Deus enquanto as coisas permanecerem como estão” [5].
3. Um firme concerto. E, com tudo isso, fizemos um firme concerto e o escrevemos; e selaram-no os nossos príncipes, os nossos levitas e os nossos sacerdotes” (Ne 9.38). O povo se arrepende e entra em aliança com Deus. São destacados os aspectos da vida do povo que precisam de mudanças. Aqui aparece a questão dos casamentos mistos, a guarda do sábado, ofertas, dízimos e o cuidado apropriado do templo. Inicialmente, 21 sacerdotes, 17 levitas e 44 líderes do povo, juntamente com Neemias e Zedequias (provavelmente um assistente de Neemias), uniram-se para, voluntariamente, fazer um voto de reconsagração, no qual se comprometem a andar na lei de Deus[6]. Temos que, hoje corremos um imenso risco de incorrer em heresias, estamos ameaçados por ensinos heréticos copilados de pseudo-pregadores, tele-evangelistas, conferencistas, e a conseqüência disso é uma mornidão espiritual, frieza e morbidez na obra do Senhor. Precisamos fazer um firme concerto com Deus e pedir que Ele, o dono da obra, levante homens corajosos que não negociem a pureza do Evangelho, destacando e cobrando dos crentes aqueles aspectos da vida que precisam de mudanças: o jugo desigual, o compromisso com a fé, ofertas, dízimos [...] Não podemos ficar indiferentes! Humilhemo-nos, confessemos nossos pecados e clamemos pelo favor divino (Dn 9.9). Somente assim, o Senhor nos mandará um poderoso e genuíno avivamento.
RESPONDA
5. O que acontece quando o povo se arrepende e se compromete definitivamente com o Senhor?
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Israel suplicou ao Senhor que o perdoasse e firmou um concerto com Ele.
(III. Conclusão)
Não podemos ter um genuíno avivamento sem passar especificamente por estes dois importantes aspectos da vida cristã: ‘santidade’ e ‘arrependimento’. Fala-se muito em um período profético e que virá um avivamento sobre a Igreja de Cristo neste tempo do fim, que levará os crentes a um profundo quebrantamento na presença de Deus, mas na verdade, o que temos observado é um grande e triste desvio da verdadeira comunhão com Deus. Queira Deus que, como Habacuque orou “Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, Ó Senhor , a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2), possamos nós também clamar por um poderoso derramar do Espírito Santo sobre a Igreja, e que os resultados desse avivamento possam ser claramente observados em vidas santas, transformadas e dedicadas ao serviço do Reino de Deus.
"Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Francisco A Barbosa, auxilioaomestre@bol.com.br
Quer saber mais? Visite este link e ouça uma mensagem com o Rev Hernandes Dias Lopes: 'Remorso ou Arrependimento'
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. A primeira grande consequência foi o arrependimento e confissão de pecados;
2. Para demonstrar tristeza os judeus vestiram-se de pano de saco e traziam terra sobre suas cabeças;
3. A leitura da Palavra gerou um profundo arrependimento, o povo apartou-se dos costumes pagãos e passou a andar segundo a vontade de Deus;
4. Após o arrependimento dos pecados os judeus passaram a recordar os fatos que marcaram a história da nação;
5. Quando o povo se arrepende e se compromete com o Senhor Ele restaura-lhes a sorte.
Notas Bibliográficas
TEXTOS UTILIZADOS:
-.
Lições Bíblicas 4 Trimestre de 2011, Jovens e Adultos, Neemias - Integridade e coragem em tempos de crise. Comentário: Elinaldo Renovato; CPAD. p. 49 a 55;

CITAÇÕES:
[1]. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001. Nota textual de 2Cr 7.14, p. 448;
[2]. http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=arrependimento;
[3]. http://www.monergismo.com/textos/arrependimento/moody_arrependimento.htm;
[4].
http://www.editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=247;
[5]. (PACKER J. I.Neemias — Paixão Pela Fidelidade. Sabedoria extraída do livro de Neemias. 1.ed., RJ: CPAD, 2010, pp.166-67).
[6]. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001. Nota textual de Ne 9.38-10.39, p. 495;
OBRAS CONSULTADAS:
-.
Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001. Nota textual de Neemias 4.14, p. 489;-. MERRIL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento. O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 7. ed., RJ: CPAD, 2008;
-. ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1. ed., RJ: CPAD, 2009.
-. PACKER, J. I. Neemias — Paixão pela fidelidade. Sabedoria extraída do livro de Neemias. 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
-. RENOVATO, E. O livro de Neemias. 1.ed., RJ: CPAD, 2011.
Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

BENÇAO DA HUMILDADE

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Quem se considera muito importante como candidato a obreiro no Reino de Deus, facilmente pode ser degradado ao patamar de um jumento

A revista alemã "Focus" publicou uma reportagem sobre o tema "Eu, eu, eu". Ela tratava do culto ao eu – que aumenta cada vez mais em meio à nossa população – no qual cada um se considera cada vez mais importante. Cresce a sociedade que quer levar vantagem em tudo, que não recua diante de nenhum meio para alcançar seus objetivos. É indiferente se outros têm de sofrer com isso – o que importa é que se consiga o primeiro lugar. Um dos lemas em curso entre a juventude é: "Eu sou mais eu".
Também esta é mais uma prova de que a Palavra de Deus é confiável, pois ela diz o seguinte acerca dos "últimos dias": "E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos" (Mt 24.12). Quem não cuida e não vigia, torna-se cada vez mais egoísta e nem o nota, mesmo sendo cristão. O egocentrismo, o culto ao eu se infiltra onde a Palavra de Deus é deixada de lado – e com isso é deixado de lado o relacionamento íntimo com Jesus Cristo. David H. Stern traduz essa passagem muito acertadamente da seguinte maneira: "O amor de muitas pessoas esfriará porque a Torá se afasta cada vez mais delas" (Novo Testamento judaico). Não se convive mais com a Sagrada Escritura. Mas é só através do contato com a Palavra de Deus, através do amor do Espírito Santo e da comunhão com Jesus Cristo que adquirimos a capacidade de sermos humildes.
Satanás abandonou a Palavra de Deus por seu orgulho sem limites – e caiu. Igualmente cristãos que não mais são dirigidos pela Palavra de Deus e pelo Seu Espírito Santo se tornam vítimas do orgulho. Tornam-se ambiciosos e se acham cada vez mais importantes – e a causa de Jesus é empurrada para segundo plano.

No Evangelho de Lucas um acontecimento nos mostra como o orgulho se manifesta e quais as suas conseqüências: "Reparando como os convidados escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhe uma parábola: Quando por alguém fores convidado para um casamento, não procures o primeiro lugar; para não suceder que, havendo um convidado mais digno do que tu, vindo aquele que te convidou e também a ele, e te diga: Dá o lugar a este. Então irás, envergonhado, ocupar o último lugar. Pelo contrário, quando fores convidado, vai tomar o último lugar; para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, senta-te mais para cima. Ser-te-á isto uma honra diante de todos os mais convivas. Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado" (Lc 14.7-11).
O Senhor nota quando somos orgulhosos
"Reparando como os convidados escolhiam os primeiros lugares..." O orgulho é uma coisa que nós, como filhos de Deus, não gostamos de expor publicamente, pois sabemos que é constrangedor quando é notado.

O orgulho começa no coração. O orgulho é algo sorrateiro, que entra devagarinho em nosso coração, mudando nossa motivação e mudando a base de nosso querer e de nosso agir. Em geral não usamos de violência para chegar mais à frente. Tudo começa muito sutilmente, nos insinuamos com cuidado. Fazemos um jogo duplo com outros, colocando o olho nos melhores lugares.
O Senhor olha diretamente para dentro do coração e fala: "A soberba do teu coração te enganou..." (Ob 1.3).
Não creio que as pessoas da nossa história foram derrubando cadeiras e mesas para chegarem à frente e alcançarem os melhores lugares. Provavelmente eles foram cuidadosos e educados, mas agiram com um alvo em vista, que era o de ocupar o lugar de honra. Mas o Senhor o notou! Pensemos nisso: o primeiro que descobre orgulho em nossa vida é o Senhor – e Sua reação não se fará esperar. Ele olha diretamente para dentro do coração e fala: "A soberba do teu coração te enganou..." (Ob 1.3).
Orgulho não é coisa pequena
Poderia-se dizer que o que aconteceu aqui é uma bagatela da qual nem vale a pena falar. Tentar conseguir o melhor lugar em uma mesa não é muito bonito, mas também não é tão trágico assim; certamente existe orgulho pior. Mas o fato de Jesus ter notado o acontecido e de ter comentado a respeito mostra claramente como o orgulho é terrível aos olhos de Deus. Por quê?
1- Porque o orgulho procede de um cristianismo sem cruz
Em Filipenses 2.5-8 encontramos um padrão para nossa mentalidade e para nossas intenções: "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz." Sua humilhação consistiu em não exigir o que era direito Seu. Ao invés de insistir em Sua semelhança com Deus, Ele humilhou-se a Si mesmo. Ele, diante de cuja palavra o Universo se abala; Ele, que é adorado e exaltado por todos os anjos criados; Ele, que não é criatura mas o próprio Criador – Ele se humilhou, sim, "tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz." Essa mentalidade que Jesus Cristo possuía é esperada de nós também. E quem não tem essa mentalidade não vive com a cruz e com o Crucificado, mas é contrário à cruz de Cristo. Uma pessoa assim, no fundo, é inimiga da cruz de Cristo por continuar sendo orgulhosa.
2- Porque o orgulho tem sua origem nas mais terríveis profundezas, ou seja, no próprio diabo
Satanás queria ser como Deus: "...subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo".
Nele nasceu o orgulho: "Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades no Norte" (Is 14.13). Satanás queria ser como Deus: "...subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo" (v. 14). Por isso o orgulho é tão terrível diante dos olhos de Deus e é condenado por Deus desde sua menor raiz.
3- Porque o orgulho provém da falta de temor de Deus
Em Provérbios 8.13 está escrito: "O temor do Senhor consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho, e a boca perversa, eu os aborreço." O resultado da falta de temor de Deus sempre é o desprezo do nosso próximo, com uma valorização acentuada de si mesmo. Assim, os fariseus e escribas daquela época escolheram para si os melhores lugares à mesa. Onde os outros iriam sentar era indiferente para eles.
Hoje igualmente a falta de temor de Deus cresce ao ponto de chegar a um ódio pelos outros. Pessoas orgulhosas têm dificuldades em se relacionar com os outros e estão sempre prontas para brigar. Pois o orgulhoso tenta alcançar seus próprios alvos mesmo às custas da união. Por isso somos exortados tão seriamente: "Nada façais por partidarismo, ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo" (Fp 2.3).
4- Porque o orgulho sempre traz consigo a queda
Provérbios 16.18 diz: "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda." A Bíblia Viva diz: "A desgraça está um passo depois do orgulho; logo depois da vaidade vem a queda." Isso combina exatamente com o que o Senhor Jesus diz em Lucas 14.8-9: "Quando por alguém fores convidado para um casamento, não procures o primeiro lugar; para não suceder que, havendo um convidado mais digno do que tu, vindo aquele que te convidou e também a ele, te diga: Dá o lugar a este. Então irás, envergonhado, ocupar o último lugar." Na prática, o orgulho não nos leva a sermos mais reconhecidos e importantes no Reino de Deus, mas acontece exatamente o contrário: quando somos orgulhosos, somos cada vez menos importantes para o Reino de Deus, até ao ponto de sermos totalmente desqualificados.
Quem se considera muito importante como candidato a obreiro no Reino de Deus, facilmente pode ser degradado ao patamar de um jumento, o que pode ser ilustrado com muito acerto com o seguinte episódio: certa vez um seminarista, muito convencido e cheio de si, falou a um servo de Deus: "Deus precisa de mim. Quero servi-lO." O servo de Deus respondeu: "Jesus só falou uma vez que precisava de alguém – e esse alguém era um jumento" (comp. Mc 11.3).
Quem se considera muito importante como candidato a obreiro no Reino de Deus, facilmente pode ser degradado ao patamar de um jumento.
Muitas vezes o orgulho não produz uma ampliação nos horizontes, uma expansão no ministério para o Senhor, como os orgulhosos muitas vezes pensam e querem, mas exatamente o contrário: eles se tornam imprestáveis para o serviço cristão e se tornam pequenos no Reino de Deus. A Bíblia diz em 2 Coríntios 10.18: "Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, e, sim, aquele a quem o Senhor louva."
Por Jesus ter se humilhado tanto na cruz, "...Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome" (Fp 2.9). E exatamente este mesmo princípio Jesus reafirmou em Lucas 14.11: "Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado."
5- Porque a humilhação vem, muitas vezes, por meio de outras pessoas
É disso que o Senhor fala em Lucas 14.8b-9: "...para não suceder que, havendo um convidado mais digno do que tu, vindo aquele que te convidou e também a ele, te diga: Dá o lugar a este. Então irás, envergonhado, ocupar o último lugar." Mesmo que o orgulho esteja relativamente escondido e se manifeste em segredo, um dia ele aparece e a humilhação se torna do conhecimento de todos. Meio que sorrateiramente, sem chamar muita atenção, alguns convidados se assentaram nos melhores lugares. Mas quando o anfitrião mandou que eles tomassem os lugares inferiores, todos ficaram sabendo.

É curioso observar que as pessoas orgulhosas são, muitas vezes, humilhadas exatamente por aquelas pessoas que elas queriam adular e agradar. No reino de Assuero, por exemplo, um certo Hamã gozava de todos os privilégios possíveis concedidos pelo rei (Et 3.1). Mas tão logo, através de Ester, sua esposa judia, Assuero ficou sabendo dos planos e das intenções orgulhosas de Hamã (ele queria enforcar o judeu Mardoqueu, por não o bajular, e queria mandar matar todos os judeus em um dia pré-determinado), iniciou-se a queda de Hamã de uma maneira que ninguém conseguiria deter: Hamã acabou enforcado juntamente com seus filhos (Et 7.10; 9.25).

6- Porque o orgulho produz insegurança

Muitas vezes as pessoas que têm uma tendência ao orgulho se mostram muito seguras de si, mas, na verdade, elas são movidas por uma estranha insegurança. Elas não estão firmes, não sabem qual o melhor caminho para si e não são confiáveis nas coisas espirituais. E isso acontece porque elas estão em um falso caminho, e porque no fundo de seu coração sabem que podem cair de onde se encontram: "Pois todo o que se exalta será humilhado..."
7- Porque só as pessoas humildes são íntimas do Senhor

Lucas 14.10 diz: "Pelo contrário, quando fores convidado, vai tomar o último lugar; para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, senta-te mais para cima. Ser-te-á isto uma honra diante de todos os mais convivas." No início dizíamos que os orgulhosos levam uma vida que passa longe da cruz de Cristo, até contrária ao Senhor, e que os humildes, ao contrário, têm uma vida com Cristo em seu centro; essas pessoas vivem da Sua Palavra e têm a mentalidade do Senhor. Por isso, na parábola que estamos tratando, só o convidado humilde é chamado de "amigo": "Amigo, senta-te mais para cima." O Senhor não disse: "Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando"(Jo 15.14)?!

Só os humildes têm suas fronteiras ampliadas, só os humildes são exaltados. Por quê? Porque eles têm a mesma mentalidade que o seu Mestre. Ele disse: "Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado" (Lc 14.11).

O caminho para a verdadeira humildade

Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei.
Só através de muita oração, e não através do simples pedido: "Senhor, humilha-me!" é que chegamos à humildade; somente através de uma decisão consciente de nossa vontade, que se transforma em ação, é que chegamos à humildade verdadeira. Jesus Cristo humilhou-se a si mesmo, pois a Bíblia diz: "...a si mesmo se humilhou" (Fl 2.8). Ele disse: "...agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei" (Sl 40.8).

Na nossa parábola, o Senhor mostra como se pratica a humildade:

– "...não procures o primeiro lugar..." (Lc 14.8);

– "...vai tomar o último lugar..." (v. 10);

– "... o que se humilha..." (v. 11).

É imprescindível assumir uma atitude como João Batista teve, quando disse, olhando para Jesus: "Convém que ele cresça e que eu diminua" (Jo 3.30). É por isso que João Batista era tão grande aos olhos de Deus. O Senhor testemunhou acerca dele: "Entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João" (Lc 7.28). Por isso é tão necessário eleger diariamente o caminho da humildade e ficar nele: "Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte" (1 Pe 5.6). Amém. (Norbert Lieth

terça-feira, 11 de outubro de 2011

FILOSOFIA DE HEGEL e a realidade nas igrejas é similar


    Hegel é sem dúvida um dos maiores filósofos do século XIX. Dessa forma, parece-me relevante estudar sobre sua vida e obra. É legítimo dizer que, em alguns momentos pode-se pensar na relevância de tal estudo, visto que, num ambiente acadêmico teológico temos certa resistência, e diria até de preconceito quanto ao estudo de filósofos que marcaram a história com seus pensamentos.
O conceito de irrelevância acerca deste estudo começa a mudar quando entendemos sua linha de pensamento, e vemos que muitos cristãos, ou até igrejas têm assumido esta filosofia, mesmo que inconscientemente ou por ignorância. Sendo assim, creio que cada cristão é uma cabeça pensante que pode se informar daquilo que está acontecendo em sua realidade eclesiástica, podendo fazer uma crítica embasada no conhecimento histórico de tendências filosóficas.
Nossa responsabilidade como cristãos é de, a partir do momento que somos resgatados pelo nosso único e suficiente Salvador Jesus Cristo, devemos ser bons críticos e pensadores da sociedade, pois como diz o título de  uma obra literária: “Crer é também pensar”.

Georg Wilhelm Hegel (1770-1831), nasceu em Stuttgart. Estudou teologia e filosofia. Em 1793 conseguiu a laurea acadêmica em teologia. Em 1801 foi nomeado professor da Universidade de Iena, onde primeiramente foi amigo e mais tarde adversário de Schelling.  Lecionou também nas Universidades de Heidelberg e Berlim, nesta última ficou até falecer. Na Universidade de Berlim adquiriu grande renome e exerceu grande influência.
As principais obras de Hegel são: a Fenomenologia do Espírito; a Lógica; a Enciclopédia das Ciências Filosóficas; a Filosofia do Direito. Hegel é definido por alguns escritores como “...um gênio poderoso; sua cultura foi vastíssima, bem como sua capacidade sistemática, tanto assim que se pode considerar o Aristóteles e o Tomás de Aquino do pensamento contemporâneo.[1]
Assim como vêm os elogios, as críticas vêm com igual naturalidade. Diz-se que Hegel “... frequentemente deforma os fatos para enquadrá-los no seu esquema lógico do seu sistema racionalista-dialético, bem como altera este por interêsses práticos e políticos.[2]
Sua obra pode ser considerada fortemente sistemática, procurando dar conta dos múltiplos aspectos do saber humano em busca da verdade e em direção ao absoluto, o que constitui em última análise sua finalidade. Hegel morreu em 14 de novembro de 1831 de cólera. Pode ser considerado o filósofo alemão de maior influência no século XIX.
Hegel já de início coloca-se contra a tradição racionalista, principalmente Kant, pois considera a filosofia deste muito formalista e tinha uma ênfase muito grande no ideal científico de desenvolvimento. MARCONDES comenta que Hegel “Ao mesmo tempo rejeita a alternativa dos românticos, que considera irracionalista devido à sua inspiração na intuição e nos sentimentos[3]”.
Como já falamos no início, Hegel procura formular um sistema rigorosamente científico que aproveite todos os dados inegavelmente adquiridos pelas ciências, organizando-os de modo a tirar deles a história universal do Espirito Absoluto. Em sua obra “Fenomenologia do Espírito”, Hegel se propõe a examinar  as várias manifestações do espírito e como elas vieram se realizando no curso da história da humanidade.
O princípio de identidade do ideal e do real afirma que tudo o que é racional é real e tudo o que é real é racional. Pode-se incluir as leis da mente e da lógica como leis da realidade, pois lógica e metafísica são a mesma coisa.
O princípio da contradição diz que na realidade não existe nada que seja idêntico a si mesmo, mas que tudo está sujeito à dialética da afirmação e da negação.
O princípio ontológico, que é o princípio absoluto. Nele se realiza perfeitamente o princípio ideal e o princípio da contradição. O absoluto é a “universalidade concreta, a qual compreende todos os modos e aspectos nos quais ele é e se torna objeto de si; em virtude do princípio de contradição, a realidade do absoluto consiste em um contínuo devir. O seu ser é o seu devir.”[4]
O princípio da mediação é aquele que afirma que o absoluto não se manifesta imediatamente, mas mediatamente. Conforme Hegel afirma, ele não se apresenta imediatamente, completamente, mas só através de realizações parciais ou progressivas.
O princípio da relação afirma que, se uma coisa não pode ser idêntica a si mesma mas é simultaneamente o seu oposto, existe uma relação entre os dois momentos, positivo e negativo.
O princípio do historicismo afirma que toda realidade se resolve na história, dessa forma, não existe realidade fora ou acima da história. Sendo assim, a história e o absoluto são a mesma coisa. A história é do absoluto que se manifesta a si mesmo.
O único método adequado para o estudo de uma realidade em perpétuo devir é o método da lógica especulativa ou dialética. Os diálogos de Platão constituem o exemplo e a prova da validade desse método: um personagem afirma uma teoria, o outro nega e assim se desenvolve a doutrina a respeito da qual os interlocutores terminam concordando. Em outras palavras, existe uma tese, uma antítese das quais se chega a uma síntese.
O absoluto se desenvolve antes de tudo numa tríade dialética fundamental: a idéia em si, a idéia fora de si e a idéia em si e para si. No interior de cada momento dessa tríade, se desenvolve uma nova tríade (tese, antítese e síntese) e em cada elemento dessa segunda tríade surge uma nova tríade e assim sucessivamente até o infinito, pois a realidade está sujeita ao princípio de contradição.
O pensamento de Hegel enfatiza o conhecimento da ciência e o espírito absoluto. Seu sistema pareceu ser bem montado, entretanto, com algumas contradições. Torna-se inviável entender o método, pois ele mesmo afirma que para casa tese, surge uma antítese, chegando a uma síntese depois de alguma discussão, e isso acontecendo infinitamente. Dentro desse método vemos se o método hegeliano passa por este processo, logo ele já se tornou ultrapassado.
Creio que estamos vivendo numa sociedade que tem muito do método hegeliano, já que este sempre está chegando a uma síntese distinta, é possível dizer que não há absolutos. Este tipo de atitude podemos notar na sociedade brasileira, onde o mais importante é  que o indivíduo seja feliz, e que como as pessoas dizem: “É importante chegarmos, a um equilíbrio, onde a situação seja favorável para ambas as partes”.
Infelizmente, a realidade nas igrejas é similar. Estamos ainda alguns degraus acima dos padrões mundanos, mas ao que parece, estamos seguindo a passos largos para sermos “conformados” com o mundo. E isso vem acontecendo com o argumento de que devemos aceitar alguma situação pecaminosa por amor, deixar de pregar alguns temas para não confrontar irmãos, etc. Assim, a Palavra é pregada, mas não toda ela. Dessa forma, chegamos a uma síntese que agrada o líder e os membros do corpo. Visivelmente somos a tese, o mundo a antítese, só que por muitas vezes o povo de Deus quer uma síntese. Não nos conformemos com isso (Rm 12.2; 2Co 6.14-18).
MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein, 2ª ed. Riode Janeiro: JZE Editora, 2000.
MONDIN, Batista. Curso de Filosofia: os filósofos do Ocidente. São Paulo: Paulus, 1983.
PADOVANI, Umberto; CASTAGNOLA, Luis. História da Filosofia. São Paulo: Melhoramentos, 1994.



[1] PADOVANI, Umberto; CASTAGNOLA, Luis. História da Filosofia. São Paulo: Melhoramentos, 1994. p. 387.
[2] Ibid.  p. 387.
[3] MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein, 2ª ed. Rio de Janeiro: JZE Editora, 2000, p. 123.
[4] MONDIN, Batista. Curso de Filosofia: os filósofos do Ocidente. São Paulo: Paulus, 1983, p 38.