segunda-feira, 14 de novembro de 2011

ARREPENDIMENTO , A BASE PARA O CONCERTO

4º Trimestre 2011 - Lição 7 – Arrependimento, a Base para o Concerto

13 de novembro de 2011
Texto Áureo
E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra" (2Cr 7.14). – "Provavelmente este seja o versículo mais conhecido e mais querido de 2Cr. Na narrativa da segunda aparição de Deus a Salomão, em 1Rs 9.1-9, esta promessa não é mencionada. Este versículo, provavelmente mais do que qualquer outro versículo em toda a Escritura, apresenta as condições para que Israel experimentasse as bênçãos de Deus. Ele provavelmente teve um significado especial para os destinatários originais, que realmente provaram a verdade deste princípio comunicado por Deus a Salomão. Uma condição dupla com um resultado tríplice é oferecida ao povo escolhido de Deus (aquele que se chama pelo seu nome). Se o povo se humilhar (arrepender-se do seu pecado). e buscar a sua face em oração, então, diz o Senhor Deus, eu ouvirei... perdoarei... e sararei. Deus executa os seus propósitos divinos em acordo com as orações dos seus filhos (Fp 1.9; Tg 5.16)" [1].
Verdade Prática
Quando o povo de Deus arrepende-se de seus pecados, além de receber o perdão divino, começa a viver uma fase de copiosas bênçãos.
Leitura Bíblica em Classe
Neemias 9.1-3,16,33-36
Objetivos
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- SABER que o arrependimento é a condição para um genuíno mover de Deus;
- CONSCIENTIZAR-SE que Deus se faz presente em todos os momentos; e
- CONFIAR na grandeza da misericórdia divina.
Palavra-chave
ARREPENDIMENTO
Compunção, contrição.
Comentário
(I. Introdução)
O termo ‘ARREPENDIMENTO’, palavra-chave da lição desse domingo, é de origem latina [ar]repoenitere (de poeniteo, -ere, não estar satisfeito com, estar descontente com, ter pesar de), e encerra o sentido de ‘lamentar ou ter pena por alguma coisa feita ou dita ou não feita ou não dita’, ‘mudar de intenção ou de idéia’, e ‘desdizer-se’[2]. No Antigo Testamento, o termo hebraico para arrependimento é noham, usado para indicar tanto o arrependimento humano quanto o arrependimento de Deus (Gn 6.5-7; Êx 32.12; 1Sm 155.10,11,35; 2Sm 24.16; Jr 18.7,8; Jl 2.13; Jn 3.10). Ao lermos o Antigo Testamento encontramos um ciclo contínuo em Israel de ‘pecado, castigo, arrependimento e libertação’. Inicialmente, Israel é chamado para servir ao Senhor. Depois, abandona seus caminhos. Deus, então, abandona-os às pensas de seus inimigos. Eventualmente, Israel clama por socorro. Por fim, o Senhor misericordiosamente vem em socorro e liberta-os. Em momentos críticos de abandono do culto ao Senhor, esse processo necessita de cativeiro (Jz 2.7-18; 3.7-11). Mas isso não é exclusividade da comunidade de Israel, pois se repete no Novo Testamento. Em Apocalipse 2 e 3, encontramos as inferências a esse abandono nas cartas dirigidas às igrejas em Éfeso (2.4-5), em Pérgamo (2.14-16), em Sardes (3.1-3) e em Laodicéia (3.15-19). Em todas as situações, a volta ao estado de comunhão com Deus só é possível mediante o arrependimento. Deus constantemente convida o homem para um relacionamento com ele e acompanha seu crescimento. Os crentes, de todas as épocas, tendem a romper esse compromisso e a substituí-Lo por outros deuses. O ciclo se repete quando Deus usa a disciplina por causa do seu amor. Vem o choro e o clamor por socorro. Deus responde, convocando a arrependerem-se e voltarem-se para Ele ou perecerem. Havendo genuíno arrependimento, há restauração à um correto relacionamento com ele que por fim, resultará em Salvação. Não importa a dimensão - individual ou coletiva - uma condição dupla com um resultado tríplice é oferecida ao crente (aquele que se chama pelo seu nome). Se o povo se humilhar (arrepender-se do seu pecado). e buscar a sua face em oração, então, diz o Senhor Deus, eu ouvirei... perdoarei... e sararei. Deus executa os seus propósitos divinos em acordo com as orações dos seus filhos (Fp 1.9; Tg 5.16). Boa Aula!
(II. Desenvolvimento)
I. OS RESULTADOS DE UM GENUÍNO AVIVAMENTO
1. Arrependimento e confissão de pecados (Ne 9.1). É digno de nota que, não somente o não convertido, mas a igreja necessita se arrepender antes de levar avante o seu trabalho no mundo. O baixo padrão de vida cristã está mantendo muitos crentes no mundo e nos seus pecados. Se o ímpio percebe que o crente não se arrepende, então não se pode esperar que ele se arrependa e se converta de seu pecado. Dwight Lyman Moody afirmou: ‘Eu tenho me arrependido dez mil vezes mais depois que conheci a Cristo, do que em qualquer época anterior, e penso que a maioria dos cristãos precisa se arrepender de alguma coisa[3]. Arrependimento e confissão de pecados não está restrito apenas aos não convertidos, mas como afirma Moody, é tanto para mim mesmo quanto para aquele que nunca conheceu a Cristo como seu Salvador. Nossa pregação e modo de vida deve se pautar por essa verdade. Há cinco coisas que fluem do verdadeiro arrependimento: 1. Convicção; 2. Contrição; 3. Confissão de pecado; 4. Conversão; e 5. Confissão de Cristo diante do mundo.
2. Sinais do verdadeiro arrependimento. Quando não há convicção de pecados, certamente não houve arrependimento genuíno. A falta de convicção fatalmente levará o crente cedo ou tarde a recair em sua velha vida. Se um crente confessa ser convertido e não reconhece a miséria de seus pecados, não alcançará raízes profundas e não irá muito longe na sua carreira cristã. No primeiro embate com a oposição, certamente regressará ao mundo. Segundo escreve Thomas Watson, ‘o arrependimento é uma graça do Espírito de Deus por meio da qual um pecador é humilhado em seu íntimo e transformado em seu exterior. A fim de proporcionar melhor entendimento, saiba que o arrependimento é um remédio espiritual formado de seis componentes especiais: percepção do pecado; tristeza; confissão; vergonha; ódio e conversão... Se um for deixado fora, o arrependimento perde o seu poder[4] [Nascido em 1620, Thomas Watson estudou em Cambridge (Inglaterra). Em 1646, iniciou um pastorado de dezesseis anos em Londres. Entre suas principais obras, estão o seu famoso Body of Pratical Divinity (Compêndio de Teologia Prática), publicado postumamente em 1692]. Na aula número seis analisamos o capítulo 8 de Neemias, onde o povo reuniu-se para ouvir a Palavra. A conseqüência foi choro pelo pecado (Ne 8.9). A genuína pregação deve produzir esse mesmo efeito em seus ouvintes, crentes ou não; a Palavra deve produzir quebrantamento, arrependimento e choro pelo pecado. Ao se lamentarem, os israelitas não expressaram um mero remorso. Concluímos que ao demonstrarem esta atitude e gestos, houve genuíno e sincero arrependimento, a ponto de humilharem-se diante de Deus cobrindo-se de “pano de saco e traziam terra sobre si” (Jó 2.12; 1 Sm 4.12; Lm 2.10). Na atual dispensação, não precisamos fazr uso de tais gestos, contudo, carecemos a exemplo de Moody, possuirmos sincero e profundo arrependimento.
3. Apartaram-se dos povos idólatras (Ne 9.2a). É interessante notarmos que o genuíno arrependimento exige obediência! O relacionamento com povos estranhos levara Israel à idolatria, contrariando frontalmente a Lei de Deus (Dt 18.9-12). Para um retorno ao Eterno, era necessário a separação de todo aquele que não havia se convertido ao judaísmo. Unir-se aos outros povos era transigir com a fé, era aceitar o sincretismo. Não pode haver comunhão verdadeira fora da verdade. “Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas?” (2Co 6.14; Jo 3.19-21). Por isso, o sacerdote Esdras determinou aos israelitas que despedissem suas mulheres estrangeiras (Ed 10). Houve uma grande separação entre israelitas e estrangeiros. Todos os que estavam entrando em aliança (o acordo mais solene que uma pessoa seria capaz de fazer) tinham que ser puros. Disso aprendemos que não é possível um correto relacionamento com Deus se continuarmos atrelados a certos pecados.
RESPONDA
1. Qual a primeira grande consequência do avivamento?
2. O que os judeus usaram, para demonstrar tristeza?
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Ao viver um autêntico avivamento, o povo de Israel passou a andar segundo a vontade de Deus.
II. A LEI DO SENHOR E REMINESCÊNCIA
1. Valorizando a Lei do Senhor. “E, levantando-se no seu posto, leram no livro da Lei do Senhor, seu Deus, uma quarta parte do dia” (Ne 9.3a). Certamente, nesse seminário, todos alimentaram-se da Lei do Senhor que lhes exposta durante a “quarta parte do dia”. “Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade em casa de Carpo, bem como os livros, especialmente os pergaminhos” (2Tm 4.13). Temos observado que nossos púlpitos andam totalmente desprovidos de conhecimento, considerando as palavras de Paulo acima e o valor que ele dava à leitura, ainda que estivesse próximo da morte, tinha ânsia por estudar! Que exemplo temos para seguir! Nós crentes devemos valorizar a leitura da Palavra, o estudo bíblico, o culto de doutrina, a escola dominical; a nossa fé nos exige isso. Para aqueles judeus, foram exatamente seis horas de ensino da Palavra de Deus e nenhum deles saiu dali, mas todos a ouviram atentamente.
2. A confissão dos pecados. Igual tempo foi dedicado à confissão de pecados: “Na outra quarta parte [do dia], fizeram confissão; e adoraram o Senhor, seu Deus” (Ne 9.3b). Ler e estudar a Palavra de Deus precede a confissão, porque nos mostra onde estamos errando. Foi a leitura da Palavra que gerou contrição, resultando em confissão de pecados. Quem resiste à Palavra de Deus, perde a capacidade de ouvir. Hebreus 5.11 assevera: “Do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação; porquanto vos fizestes negligentes para ouvir. Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento”. O baixo padrão de vida cristã que estamos levando se deve ao fato de que, não estamos ouvindo a Palavra com ouvidos ávidos por descobrir onde estamos errando, ou para nos lembrar-mos de onde caímos, então não se pode esperar que nos arrependamos e confessemos nosso pecado.
3. Relembrando a história do seu povo. Todo o relacionamento de Deus com os descendentes de Abraão é recordado e gira em torno da aliança feita com Abraão (Ne 9.7-9). Esse resumo do passado lembrou ao povo a sua grande herança bem como, as promessas de Deus para com aquele que se mantivesse fiel à aliança. Certamente, rever nosso passado nos ajudará a entender como melhorar nosso comportamento. Certamente, rever nosso passado nos ajudará a entender como melhorar nosso comportamento. Certamente ouviram os levitas repetir o ciclo histórico ciclo contínuo em Israel de ‘pecado, castigo, arrependimento e libertação’, desde Abraão, passando pelo êxodo e a peregrinação no deserto, culminando com a posse da Terra Prometida e todas as bênçãos com que foram abençoados. Por isso, era necessário e urgente o arrependimento nacional ebuscar a sua face em oração’. Deus executa os seus propósitos divinos em acordo com as orações dos seus filhos (Fp 1.9; Tg 5.16).
RESPONDA
3. O que a leitura da Palavra gerou para o povo de Israel?
4. Que fizeram os judeus após o arrependimento de pecados?
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A lei de Deus foi lida e explicada ao povo que confessou seus pecados e relembrou a história da nação.
III. A GRANDE MISERICÓRDIA DE DEUS
1. "Deus clemente e misericordioso" (Ne 9.31). Apesar dos muitos pecados cometidos pelos judeus, Deus sempre deixou um remanescente para que assim pudesse preservar a nação de Israel, olhando para o cumprimento final das eternas alianças firmadas com Abraão, Isaque e Jacó. Deus é descrito aqui como ‘O Clemente e Misericordioso’ (Lm 3.22). O termo ‘misericórdia’ (heb hesed), corresponde à compaixão (Sl 103.4), verdade e fidelidade (Êx 34.6) e bondade (Sl 23.6). Mesmo que Israel estivesse submisso ao pecado, a hesed de Deus permanecia: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade” (Lm 3.22,23).
2. A súplica de Israel. Já arrependidos de seus pecados e prestes a firmar o concerto com o Senhor, os judeus, sob a liderança de Neemias, suplicaram pela misericórdia divina (Ne 9.32). O primeiro resultado mencionado a respeito da leitura da Lei é que ela causou muita tristeza, pois tomaram consciência de que a Lei de Deus havia sido infringida. ‘Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da Lei’ (Ne 8.9). Mas essa tristeza não durou muito tempo: ‘Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados’ (Mt 5.4). Uma comunidade sem alegria é uma comunidade derrotada. Uma das principais razões da ausência de alegria é a presença do pecado; David, depois de pecar, orou ao Senhor: - “Lava-me completamente do meu pecado... Purifica-me com hissopo... Esconde a Tua face do meu pecado... Cria em mim um coração reto e puro...Torna a dar-me a alegria da Tua salvação”. Há uma necessidade urgente de reavivamento em nossos meio; o genuíno avivamento ocorre quando a Palavra de Deus é estudada e compreendida pelos seus servos. “Não se pode esperar nenhum movimento significativo em direção a Deus enquanto as coisas permanecerem como estão” [5].
3. Um firme concerto. E, com tudo isso, fizemos um firme concerto e o escrevemos; e selaram-no os nossos príncipes, os nossos levitas e os nossos sacerdotes” (Ne 9.38). O povo se arrepende e entra em aliança com Deus. São destacados os aspectos da vida do povo que precisam de mudanças. Aqui aparece a questão dos casamentos mistos, a guarda do sábado, ofertas, dízimos e o cuidado apropriado do templo. Inicialmente, 21 sacerdotes, 17 levitas e 44 líderes do povo, juntamente com Neemias e Zedequias (provavelmente um assistente de Neemias), uniram-se para, voluntariamente, fazer um voto de reconsagração, no qual se comprometem a andar na lei de Deus[6]. Temos que, hoje corremos um imenso risco de incorrer em heresias, estamos ameaçados por ensinos heréticos copilados de pseudo-pregadores, tele-evangelistas, conferencistas, e a conseqüência disso é uma mornidão espiritual, frieza e morbidez na obra do Senhor. Precisamos fazer um firme concerto com Deus e pedir que Ele, o dono da obra, levante homens corajosos que não negociem a pureza do Evangelho, destacando e cobrando dos crentes aqueles aspectos da vida que precisam de mudanças: o jugo desigual, o compromisso com a fé, ofertas, dízimos [...] Não podemos ficar indiferentes! Humilhemo-nos, confessemos nossos pecados e clamemos pelo favor divino (Dn 9.9). Somente assim, o Senhor nos mandará um poderoso e genuíno avivamento.
RESPONDA
5. O que acontece quando o povo se arrepende e se compromete definitivamente com o Senhor?
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Israel suplicou ao Senhor que o perdoasse e firmou um concerto com Ele.
(III. Conclusão)
Não podemos ter um genuíno avivamento sem passar especificamente por estes dois importantes aspectos da vida cristã: ‘santidade’ e ‘arrependimento’. Fala-se muito em um período profético e que virá um avivamento sobre a Igreja de Cristo neste tempo do fim, que levará os crentes a um profundo quebrantamento na presença de Deus, mas na verdade, o que temos observado é um grande e triste desvio da verdadeira comunhão com Deus. Queira Deus que, como Habacuque orou “Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, Ó Senhor , a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2), possamos nós também clamar por um poderoso derramar do Espírito Santo sobre a Igreja, e que os resultados desse avivamento possam ser claramente observados em vidas santas, transformadas e dedicadas ao serviço do Reino de Deus.
"Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Francisco A Barbosa, auxilioaomestre@bol.com.br
Quer saber mais? Visite este link e ouça uma mensagem com o Rev Hernandes Dias Lopes: 'Remorso ou Arrependimento'
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. A primeira grande consequência foi o arrependimento e confissão de pecados;
2. Para demonstrar tristeza os judeus vestiram-se de pano de saco e traziam terra sobre suas cabeças;
3. A leitura da Palavra gerou um profundo arrependimento, o povo apartou-se dos costumes pagãos e passou a andar segundo a vontade de Deus;
4. Após o arrependimento dos pecados os judeus passaram a recordar os fatos que marcaram a história da nação;
5. Quando o povo se arrepende e se compromete com o Senhor Ele restaura-lhes a sorte.
Notas Bibliográficas
TEXTOS UTILIZADOS:
-.
Lições Bíblicas 4 Trimestre de 2011, Jovens e Adultos, Neemias - Integridade e coragem em tempos de crise. Comentário: Elinaldo Renovato; CPAD. p. 49 a 55;

CITAÇÕES:
[1]. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001. Nota textual de 2Cr 7.14, p. 448;
[2]. http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=arrependimento;
[3]. http://www.monergismo.com/textos/arrependimento/moody_arrependimento.htm;
[4].
http://www.editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=247;
[5]. (PACKER J. I.Neemias — Paixão Pela Fidelidade. Sabedoria extraída do livro de Neemias. 1.ed., RJ: CPAD, 2010, pp.166-67).
[6]. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001. Nota textual de Ne 9.38-10.39, p. 495;
OBRAS CONSULTADAS:
-.
Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001. Nota textual de Neemias 4.14, p. 489;-. MERRIL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento. O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 7. ed., RJ: CPAD, 2008;
-. ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1. ed., RJ: CPAD, 2009.
-. PACKER, J. I. Neemias — Paixão pela fidelidade. Sabedoria extraída do livro de Neemias. 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
-. RENOVATO, E. O livro de Neemias. 1.ed., RJ: CPAD, 2011.
Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

BENÇAO DA HUMILDADE

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Quem se considera muito importante como candidato a obreiro no Reino de Deus, facilmente pode ser degradado ao patamar de um jumento

A revista alemã "Focus" publicou uma reportagem sobre o tema "Eu, eu, eu". Ela tratava do culto ao eu – que aumenta cada vez mais em meio à nossa população – no qual cada um se considera cada vez mais importante. Cresce a sociedade que quer levar vantagem em tudo, que não recua diante de nenhum meio para alcançar seus objetivos. É indiferente se outros têm de sofrer com isso – o que importa é que se consiga o primeiro lugar. Um dos lemas em curso entre a juventude é: "Eu sou mais eu".
Também esta é mais uma prova de que a Palavra de Deus é confiável, pois ela diz o seguinte acerca dos "últimos dias": "E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos" (Mt 24.12). Quem não cuida e não vigia, torna-se cada vez mais egoísta e nem o nota, mesmo sendo cristão. O egocentrismo, o culto ao eu se infiltra onde a Palavra de Deus é deixada de lado – e com isso é deixado de lado o relacionamento íntimo com Jesus Cristo. David H. Stern traduz essa passagem muito acertadamente da seguinte maneira: "O amor de muitas pessoas esfriará porque a Torá se afasta cada vez mais delas" (Novo Testamento judaico). Não se convive mais com a Sagrada Escritura. Mas é só através do contato com a Palavra de Deus, através do amor do Espírito Santo e da comunhão com Jesus Cristo que adquirimos a capacidade de sermos humildes.
Satanás abandonou a Palavra de Deus por seu orgulho sem limites – e caiu. Igualmente cristãos que não mais são dirigidos pela Palavra de Deus e pelo Seu Espírito Santo se tornam vítimas do orgulho. Tornam-se ambiciosos e se acham cada vez mais importantes – e a causa de Jesus é empurrada para segundo plano.

No Evangelho de Lucas um acontecimento nos mostra como o orgulho se manifesta e quais as suas conseqüências: "Reparando como os convidados escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhe uma parábola: Quando por alguém fores convidado para um casamento, não procures o primeiro lugar; para não suceder que, havendo um convidado mais digno do que tu, vindo aquele que te convidou e também a ele, e te diga: Dá o lugar a este. Então irás, envergonhado, ocupar o último lugar. Pelo contrário, quando fores convidado, vai tomar o último lugar; para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, senta-te mais para cima. Ser-te-á isto uma honra diante de todos os mais convivas. Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado" (Lc 14.7-11).
O Senhor nota quando somos orgulhosos
"Reparando como os convidados escolhiam os primeiros lugares..." O orgulho é uma coisa que nós, como filhos de Deus, não gostamos de expor publicamente, pois sabemos que é constrangedor quando é notado.

O orgulho começa no coração. O orgulho é algo sorrateiro, que entra devagarinho em nosso coração, mudando nossa motivação e mudando a base de nosso querer e de nosso agir. Em geral não usamos de violência para chegar mais à frente. Tudo começa muito sutilmente, nos insinuamos com cuidado. Fazemos um jogo duplo com outros, colocando o olho nos melhores lugares.
O Senhor olha diretamente para dentro do coração e fala: "A soberba do teu coração te enganou..." (Ob 1.3).
Não creio que as pessoas da nossa história foram derrubando cadeiras e mesas para chegarem à frente e alcançarem os melhores lugares. Provavelmente eles foram cuidadosos e educados, mas agiram com um alvo em vista, que era o de ocupar o lugar de honra. Mas o Senhor o notou! Pensemos nisso: o primeiro que descobre orgulho em nossa vida é o Senhor – e Sua reação não se fará esperar. Ele olha diretamente para dentro do coração e fala: "A soberba do teu coração te enganou..." (Ob 1.3).
Orgulho não é coisa pequena
Poderia-se dizer que o que aconteceu aqui é uma bagatela da qual nem vale a pena falar. Tentar conseguir o melhor lugar em uma mesa não é muito bonito, mas também não é tão trágico assim; certamente existe orgulho pior. Mas o fato de Jesus ter notado o acontecido e de ter comentado a respeito mostra claramente como o orgulho é terrível aos olhos de Deus. Por quê?
1- Porque o orgulho procede de um cristianismo sem cruz
Em Filipenses 2.5-8 encontramos um padrão para nossa mentalidade e para nossas intenções: "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz." Sua humilhação consistiu em não exigir o que era direito Seu. Ao invés de insistir em Sua semelhança com Deus, Ele humilhou-se a Si mesmo. Ele, diante de cuja palavra o Universo se abala; Ele, que é adorado e exaltado por todos os anjos criados; Ele, que não é criatura mas o próprio Criador – Ele se humilhou, sim, "tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz." Essa mentalidade que Jesus Cristo possuía é esperada de nós também. E quem não tem essa mentalidade não vive com a cruz e com o Crucificado, mas é contrário à cruz de Cristo. Uma pessoa assim, no fundo, é inimiga da cruz de Cristo por continuar sendo orgulhosa.
2- Porque o orgulho tem sua origem nas mais terríveis profundezas, ou seja, no próprio diabo
Satanás queria ser como Deus: "...subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo".
Nele nasceu o orgulho: "Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades no Norte" (Is 14.13). Satanás queria ser como Deus: "...subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo" (v. 14). Por isso o orgulho é tão terrível diante dos olhos de Deus e é condenado por Deus desde sua menor raiz.
3- Porque o orgulho provém da falta de temor de Deus
Em Provérbios 8.13 está escrito: "O temor do Senhor consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho, e a boca perversa, eu os aborreço." O resultado da falta de temor de Deus sempre é o desprezo do nosso próximo, com uma valorização acentuada de si mesmo. Assim, os fariseus e escribas daquela época escolheram para si os melhores lugares à mesa. Onde os outros iriam sentar era indiferente para eles.
Hoje igualmente a falta de temor de Deus cresce ao ponto de chegar a um ódio pelos outros. Pessoas orgulhosas têm dificuldades em se relacionar com os outros e estão sempre prontas para brigar. Pois o orgulhoso tenta alcançar seus próprios alvos mesmo às custas da união. Por isso somos exortados tão seriamente: "Nada façais por partidarismo, ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo" (Fp 2.3).
4- Porque o orgulho sempre traz consigo a queda
Provérbios 16.18 diz: "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda." A Bíblia Viva diz: "A desgraça está um passo depois do orgulho; logo depois da vaidade vem a queda." Isso combina exatamente com o que o Senhor Jesus diz em Lucas 14.8-9: "Quando por alguém fores convidado para um casamento, não procures o primeiro lugar; para não suceder que, havendo um convidado mais digno do que tu, vindo aquele que te convidou e também a ele, te diga: Dá o lugar a este. Então irás, envergonhado, ocupar o último lugar." Na prática, o orgulho não nos leva a sermos mais reconhecidos e importantes no Reino de Deus, mas acontece exatamente o contrário: quando somos orgulhosos, somos cada vez menos importantes para o Reino de Deus, até ao ponto de sermos totalmente desqualificados.
Quem se considera muito importante como candidato a obreiro no Reino de Deus, facilmente pode ser degradado ao patamar de um jumento, o que pode ser ilustrado com muito acerto com o seguinte episódio: certa vez um seminarista, muito convencido e cheio de si, falou a um servo de Deus: "Deus precisa de mim. Quero servi-lO." O servo de Deus respondeu: "Jesus só falou uma vez que precisava de alguém – e esse alguém era um jumento" (comp. Mc 11.3).
Quem se considera muito importante como candidato a obreiro no Reino de Deus, facilmente pode ser degradado ao patamar de um jumento.
Muitas vezes o orgulho não produz uma ampliação nos horizontes, uma expansão no ministério para o Senhor, como os orgulhosos muitas vezes pensam e querem, mas exatamente o contrário: eles se tornam imprestáveis para o serviço cristão e se tornam pequenos no Reino de Deus. A Bíblia diz em 2 Coríntios 10.18: "Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, e, sim, aquele a quem o Senhor louva."
Por Jesus ter se humilhado tanto na cruz, "...Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome" (Fp 2.9). E exatamente este mesmo princípio Jesus reafirmou em Lucas 14.11: "Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado."
5- Porque a humilhação vem, muitas vezes, por meio de outras pessoas
É disso que o Senhor fala em Lucas 14.8b-9: "...para não suceder que, havendo um convidado mais digno do que tu, vindo aquele que te convidou e também a ele, te diga: Dá o lugar a este. Então irás, envergonhado, ocupar o último lugar." Mesmo que o orgulho esteja relativamente escondido e se manifeste em segredo, um dia ele aparece e a humilhação se torna do conhecimento de todos. Meio que sorrateiramente, sem chamar muita atenção, alguns convidados se assentaram nos melhores lugares. Mas quando o anfitrião mandou que eles tomassem os lugares inferiores, todos ficaram sabendo.

É curioso observar que as pessoas orgulhosas são, muitas vezes, humilhadas exatamente por aquelas pessoas que elas queriam adular e agradar. No reino de Assuero, por exemplo, um certo Hamã gozava de todos os privilégios possíveis concedidos pelo rei (Et 3.1). Mas tão logo, através de Ester, sua esposa judia, Assuero ficou sabendo dos planos e das intenções orgulhosas de Hamã (ele queria enforcar o judeu Mardoqueu, por não o bajular, e queria mandar matar todos os judeus em um dia pré-determinado), iniciou-se a queda de Hamã de uma maneira que ninguém conseguiria deter: Hamã acabou enforcado juntamente com seus filhos (Et 7.10; 9.25).

6- Porque o orgulho produz insegurança

Muitas vezes as pessoas que têm uma tendência ao orgulho se mostram muito seguras de si, mas, na verdade, elas são movidas por uma estranha insegurança. Elas não estão firmes, não sabem qual o melhor caminho para si e não são confiáveis nas coisas espirituais. E isso acontece porque elas estão em um falso caminho, e porque no fundo de seu coração sabem que podem cair de onde se encontram: "Pois todo o que se exalta será humilhado..."
7- Porque só as pessoas humildes são íntimas do Senhor

Lucas 14.10 diz: "Pelo contrário, quando fores convidado, vai tomar o último lugar; para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, senta-te mais para cima. Ser-te-á isto uma honra diante de todos os mais convivas." No início dizíamos que os orgulhosos levam uma vida que passa longe da cruz de Cristo, até contrária ao Senhor, e que os humildes, ao contrário, têm uma vida com Cristo em seu centro; essas pessoas vivem da Sua Palavra e têm a mentalidade do Senhor. Por isso, na parábola que estamos tratando, só o convidado humilde é chamado de "amigo": "Amigo, senta-te mais para cima." O Senhor não disse: "Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando"(Jo 15.14)?!

Só os humildes têm suas fronteiras ampliadas, só os humildes são exaltados. Por quê? Porque eles têm a mesma mentalidade que o seu Mestre. Ele disse: "Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado" (Lc 14.11).

O caminho para a verdadeira humildade

Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei.
Só através de muita oração, e não através do simples pedido: "Senhor, humilha-me!" é que chegamos à humildade; somente através de uma decisão consciente de nossa vontade, que se transforma em ação, é que chegamos à humildade verdadeira. Jesus Cristo humilhou-se a si mesmo, pois a Bíblia diz: "...a si mesmo se humilhou" (Fl 2.8). Ele disse: "...agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei" (Sl 40.8).

Na nossa parábola, o Senhor mostra como se pratica a humildade:

– "...não procures o primeiro lugar..." (Lc 14.8);

– "...vai tomar o último lugar..." (v. 10);

– "... o que se humilha..." (v. 11).

É imprescindível assumir uma atitude como João Batista teve, quando disse, olhando para Jesus: "Convém que ele cresça e que eu diminua" (Jo 3.30). É por isso que João Batista era tão grande aos olhos de Deus. O Senhor testemunhou acerca dele: "Entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João" (Lc 7.28). Por isso é tão necessário eleger diariamente o caminho da humildade e ficar nele: "Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte" (1 Pe 5.6). Amém. (Norbert Lieth

terça-feira, 11 de outubro de 2011

FILOSOFIA DE HEGEL e a realidade nas igrejas é similar


    Hegel é sem dúvida um dos maiores filósofos do século XIX. Dessa forma, parece-me relevante estudar sobre sua vida e obra. É legítimo dizer que, em alguns momentos pode-se pensar na relevância de tal estudo, visto que, num ambiente acadêmico teológico temos certa resistência, e diria até de preconceito quanto ao estudo de filósofos que marcaram a história com seus pensamentos.
O conceito de irrelevância acerca deste estudo começa a mudar quando entendemos sua linha de pensamento, e vemos que muitos cristãos, ou até igrejas têm assumido esta filosofia, mesmo que inconscientemente ou por ignorância. Sendo assim, creio que cada cristão é uma cabeça pensante que pode se informar daquilo que está acontecendo em sua realidade eclesiástica, podendo fazer uma crítica embasada no conhecimento histórico de tendências filosóficas.
Nossa responsabilidade como cristãos é de, a partir do momento que somos resgatados pelo nosso único e suficiente Salvador Jesus Cristo, devemos ser bons críticos e pensadores da sociedade, pois como diz o título de  uma obra literária: “Crer é também pensar”.

Georg Wilhelm Hegel (1770-1831), nasceu em Stuttgart. Estudou teologia e filosofia. Em 1793 conseguiu a laurea acadêmica em teologia. Em 1801 foi nomeado professor da Universidade de Iena, onde primeiramente foi amigo e mais tarde adversário de Schelling.  Lecionou também nas Universidades de Heidelberg e Berlim, nesta última ficou até falecer. Na Universidade de Berlim adquiriu grande renome e exerceu grande influência.
As principais obras de Hegel são: a Fenomenologia do Espírito; a Lógica; a Enciclopédia das Ciências Filosóficas; a Filosofia do Direito. Hegel é definido por alguns escritores como “...um gênio poderoso; sua cultura foi vastíssima, bem como sua capacidade sistemática, tanto assim que se pode considerar o Aristóteles e o Tomás de Aquino do pensamento contemporâneo.[1]
Assim como vêm os elogios, as críticas vêm com igual naturalidade. Diz-se que Hegel “... frequentemente deforma os fatos para enquadrá-los no seu esquema lógico do seu sistema racionalista-dialético, bem como altera este por interêsses práticos e políticos.[2]
Sua obra pode ser considerada fortemente sistemática, procurando dar conta dos múltiplos aspectos do saber humano em busca da verdade e em direção ao absoluto, o que constitui em última análise sua finalidade. Hegel morreu em 14 de novembro de 1831 de cólera. Pode ser considerado o filósofo alemão de maior influência no século XIX.
Hegel já de início coloca-se contra a tradição racionalista, principalmente Kant, pois considera a filosofia deste muito formalista e tinha uma ênfase muito grande no ideal científico de desenvolvimento. MARCONDES comenta que Hegel “Ao mesmo tempo rejeita a alternativa dos românticos, que considera irracionalista devido à sua inspiração na intuição e nos sentimentos[3]”.
Como já falamos no início, Hegel procura formular um sistema rigorosamente científico que aproveite todos os dados inegavelmente adquiridos pelas ciências, organizando-os de modo a tirar deles a história universal do Espirito Absoluto. Em sua obra “Fenomenologia do Espírito”, Hegel se propõe a examinar  as várias manifestações do espírito e como elas vieram se realizando no curso da história da humanidade.
O princípio de identidade do ideal e do real afirma que tudo o que é racional é real e tudo o que é real é racional. Pode-se incluir as leis da mente e da lógica como leis da realidade, pois lógica e metafísica são a mesma coisa.
O princípio da contradição diz que na realidade não existe nada que seja idêntico a si mesmo, mas que tudo está sujeito à dialética da afirmação e da negação.
O princípio ontológico, que é o princípio absoluto. Nele se realiza perfeitamente o princípio ideal e o princípio da contradição. O absoluto é a “universalidade concreta, a qual compreende todos os modos e aspectos nos quais ele é e se torna objeto de si; em virtude do princípio de contradição, a realidade do absoluto consiste em um contínuo devir. O seu ser é o seu devir.”[4]
O princípio da mediação é aquele que afirma que o absoluto não se manifesta imediatamente, mas mediatamente. Conforme Hegel afirma, ele não se apresenta imediatamente, completamente, mas só através de realizações parciais ou progressivas.
O princípio da relação afirma que, se uma coisa não pode ser idêntica a si mesma mas é simultaneamente o seu oposto, existe uma relação entre os dois momentos, positivo e negativo.
O princípio do historicismo afirma que toda realidade se resolve na história, dessa forma, não existe realidade fora ou acima da história. Sendo assim, a história e o absoluto são a mesma coisa. A história é do absoluto que se manifesta a si mesmo.
O único método adequado para o estudo de uma realidade em perpétuo devir é o método da lógica especulativa ou dialética. Os diálogos de Platão constituem o exemplo e a prova da validade desse método: um personagem afirma uma teoria, o outro nega e assim se desenvolve a doutrina a respeito da qual os interlocutores terminam concordando. Em outras palavras, existe uma tese, uma antítese das quais se chega a uma síntese.
O absoluto se desenvolve antes de tudo numa tríade dialética fundamental: a idéia em si, a idéia fora de si e a idéia em si e para si. No interior de cada momento dessa tríade, se desenvolve uma nova tríade (tese, antítese e síntese) e em cada elemento dessa segunda tríade surge uma nova tríade e assim sucessivamente até o infinito, pois a realidade está sujeita ao princípio de contradição.
O pensamento de Hegel enfatiza o conhecimento da ciência e o espírito absoluto. Seu sistema pareceu ser bem montado, entretanto, com algumas contradições. Torna-se inviável entender o método, pois ele mesmo afirma que para casa tese, surge uma antítese, chegando a uma síntese depois de alguma discussão, e isso acontecendo infinitamente. Dentro desse método vemos se o método hegeliano passa por este processo, logo ele já se tornou ultrapassado.
Creio que estamos vivendo numa sociedade que tem muito do método hegeliano, já que este sempre está chegando a uma síntese distinta, é possível dizer que não há absolutos. Este tipo de atitude podemos notar na sociedade brasileira, onde o mais importante é  que o indivíduo seja feliz, e que como as pessoas dizem: “É importante chegarmos, a um equilíbrio, onde a situação seja favorável para ambas as partes”.
Infelizmente, a realidade nas igrejas é similar. Estamos ainda alguns degraus acima dos padrões mundanos, mas ao que parece, estamos seguindo a passos largos para sermos “conformados” com o mundo. E isso vem acontecendo com o argumento de que devemos aceitar alguma situação pecaminosa por amor, deixar de pregar alguns temas para não confrontar irmãos, etc. Assim, a Palavra é pregada, mas não toda ela. Dessa forma, chegamos a uma síntese que agrada o líder e os membros do corpo. Visivelmente somos a tese, o mundo a antítese, só que por muitas vezes o povo de Deus quer uma síntese. Não nos conformemos com isso (Rm 12.2; 2Co 6.14-18).
MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein, 2ª ed. Riode Janeiro: JZE Editora, 2000.
MONDIN, Batista. Curso de Filosofia: os filósofos do Ocidente. São Paulo: Paulus, 1983.
PADOVANI, Umberto; CASTAGNOLA, Luis. História da Filosofia. São Paulo: Melhoramentos, 1994.



[1] PADOVANI, Umberto; CASTAGNOLA, Luis. História da Filosofia. São Paulo: Melhoramentos, 1994. p. 387.
[2] Ibid.  p. 387.
[3] MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein, 2ª ed. Rio de Janeiro: JZE Editora, 2000, p. 123.
[4] MONDIN, Batista. Curso de Filosofia: os filósofos do Ocidente. São Paulo: Paulus, 1983, p 38.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

IGREJA BOLA DE NEVE : NOVO POINT DAS CELEBRIDADES







Por Wallace Carvalho

RIO DE JANEIRO - O que Monique Evans, Guilherme Berenguer, Danielle Winits e Fernanda Vasconcellos têm em comum? Eles frequentam a Bola de Neve. O novo point das celebridades não é um restaurante no Leblon, nem uma praia carioca, nem uma boate badalada de São Paulo. Famosos dos mais variados escalões frequentam, na verdade, os cultos de uma igreja, chamada Bola de Neve.

Foi em um desses encontros que os boatos do namoro entre Dani Winits e Jonatas Faro ganharam força. Os atores foram vistos saindo juntos de um dos cultos, quando ela ainda estava casado com Cássio Reis. Porém, muito antes de a atriz global conhecer mais a fundo o bonitão de "Hairspray", a igreja já apresentava nomes famosos, como Monique Evans.

Convertida há quase 10 anos, Monique foi parar na igreja por acaso. "Eu já era convertida. Frequentava outra igreja no Rio de Janeiro, mas passava a semana em São Paulo gravando programa. Com o tempo, passei a sentir a necessidade de ir à Igreja durante a semana também", contou ao Famosidades.

A repórter da Rede TV! descobriu o endereço da Bola de Neve após ganhar um flyer na rua. "Indo para casa, uma pessoa me deu um papel falando sobre a igreja, com o endereço. Aí eu fui", lembrou. Monique diz que adorou o lugar de cara. "Me senti tão bem. Mas faz tanto tempo isso, gente. A sede da igreja ainda era em uma garagem na Lapa [São Paulo], olha quanto tempo tem?", declarou.
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Atualmente, a Bola de Neve tem sedes em 15 estados brasileiros. Seu templo no Rio de Janeiro é o mais badalado. Ele fica na praia do Pepê, na Barra da Tijuca, freqüentado por famosos como Fernanda Vasconcellos, Guilherme Berenguer, Rodolfo Abrantes - ex-Raimundos -, Roberta Foster, Gisele Policarpo, entre outros.

Mas muita gente chegou à igreja após uma vida, digamos, bem longe de preceitos religiosos como outras subcelebridades como a ex-atriz pornô Regininha Poltergaist, a ex-policial e capa da "Playboy" Mariana Costa, a ex-"Malhação" Luciana Bessa, Georgiana Guinle - filha do playboy Jorginho Guinle - e Giselle Policarpo, atriz da Record.

O Famosidades assistiu a um culto dominical, que são realizados às quartas-feiras, aos sábados e domingos. Tudo na igreja é diferente, a começar pelo nome. No altar, um púlpito em forma de prancha; a Bíblia tem uma capa como fotos de diferentes modalidades esportivas e uma pregação que ora parece um show, ora parece um debate. Na platéia, dezenas de jovens sarados, tatuados, bonitos e o mais incrível: concentrados nas palavras dos pastores.

A igreja tem planos ousados com relação a produções culturais, audiovisuais e musicais. A Bola de Neve é dona de um selo musical - o Bola Music, que tem seu casting, por exemplo, o cantor Rodolfo Abrantes, ex-Raimundos. A pastora Priscila revela que, além da peça de teatro, está entre seus projetos futuros, o lançamento de um programa esportivo e escrever uma novela. Se todos esses planos derem certo, está por vir uma verdadeira avalanche.
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Para Monique Evans, esse é o segredo do sucesso da igreja com o público jovem. "O que tem levado a galera para lá é a forma como a palavra é passada. Existe um diálogo. As músicas são alegres, o culto é uma delícia", explicou. Mas é bom ressaltar que a igreja não é tão liberal como parece. "As pessoas acham que lá nós somos liberais, mas é justamente ao contrário. Somos tão caretas", contou Monique, ressaltando que quem é da igreja segue os princípios da Bíblia, como por exemplo, sexo só depois do casamento.

O ator Guilherme Berenguer concorda. Ele afirma que foi o discurso direto que o levou a freqüentar a Bola de Neve. "Foi uma questão de identificação. Eles têm uma forma livre de passar a palavra que eu acho muito bacana.", afirmou Berenguer, evangélico desde criança.

A pastora Priscila Mastrorosa - que foi usuária de maconha na adolescência - tem uma teoria: "Aqui não discriminamos ninguém, talvez isso tenha atraído essas mulheres para a igreja Bola de Neve", contou.

Monique Evans acredita que o boca-a-boca é que tem levado as pessoas para lá. "Quando eu me converti, eu passei a trabalhar a cabeça da Nara [Marinara Costa - de quem Monique é amiga há muitos anos]. Ela andava em um período ruim, mostrei a igreja pra ela. Ela gostou e deve ter levado alguém, que levou outro alguém. O lugar é muito legal as pessoas se identificam", declarou.

A teoria da loira é confirmada pela atriz Roberta Foster. "Quem me levou para a igreja foi a minha amiga Marinara. Eu senti uma coisa tão boa que decidi me converter", disse ela, que ficou conhecida no papel de Eva, no humorístico "Zorra Total".
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Roberta é uma das integrantes do programa "Boladas" produzido pela Bola de Neve. Ao lado da Regininha Poltergaist, Mariana Costa, Luciana Bessa, Georgiana Guinle e Giselle Policarpo, elas partilham opiniões sobre temas como drogas e sexo sob uma ótica cristã. "Já gravamos três pilotos", contou Roberta. Ela foi convidada pela pastora Priscila para participar do evento. "A gente discute assuntos variados pertinentes ao meio cristão e ainda temos a possibilidade de mostrar que ser evangélico não é usar aquelas roupas enormes, coque", explicou.

Roberta, que posou nua para a "Playboy", não aceita mais fazer trabalhos que exponha seu corpo. "Recebi alguns convites, mas não aceitei. Meu foco é outro", contou. Ela decidiu deixar o "Zorra Total" no auge da personagem. "Fui muito corajosa. Eu saí do 'Zorra' sem promessa de nada na Globo. Eu estava em uma posição confortável", afirmou. Roberta voltou ao vídeo um ano depois em uma participação na novela "Cama de Gato", como uma presidiária.

Em breve, a atriz voltará a interpretar Eva. Só que desta vez no teatro. "Existe essa possibilidade. Mas será a personagem bíblica.", revelou. O projeto, também desenvolvido pela pastora Priscila, será uma comédia. "Não posso falar mais que isso por enquanto".

Fonte: MSN Entretenimento [Famosidades, atualizado: 18/06/10, 15:23]
http://entretenimento.br.msn.com/famosos/noticias-artigo.aspx?cp-documentid=24625095&page=0