quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Hungria é primeiro país a ajudar oficialmente os cristãos perseguidos

O governo da Hungria anunciou a criação de um departamento para ajudar os cristãos perseguidos. Com um orçamento inicial de € 3 milhões [cerca de R$11 milhões], o objetivo é auxiliar pessoas que precisam lidar, sobretudo, com violência e opressão dos radicais islâmicos.
Em agosto, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, reuniu-se com o Papa Francisco e diferentes patriarcas do Oriente Médio. Acredita-se que isso tenha sido um fator decisivo para que a atual administração criasse essa subsecretaria dentro do Ministério dos Recursos Humanos. Ele será dirigido por Tamás Török, que até recentemente era vice-embaixador da Hungria na Itália.
“A Hungria há anos trabalha silenciosamente nas zonas de perigo do Oriente Médio… Esta é a continuação de uma política que está em vigor há muito tempo”, disse Eduard von Habsburg, embaixador da Hungria junto à Santa Sé. Ele acrescenta que tanto o premiê Viktor Orbán quanto o ministro de Recursos Humanos, Zoltán Balog são “pessoas de fé”. Sabidamente, ambos pertencem a igrejas evangélicas reformadas.
Habsburg acrescentou que o compromisso da atual administração de fornecer ajuda para os cristãos perseguidos foi reforçada após contatos com líderes influentes da igreja na Europa, como o cardeal Christoph Schönborn, da Áustria e outros patriarcas do Oriente Médio.
Conforme vem sendo amplamente noticiado, as minorias cristãs, especialmente na Síria e no Iraque, estão encolhendo drasticamente por serem os alvos preferenciais do Estado Islâmico.
Por exemplo, eram mais de 1 milhão de cristãos no Iraque antes do início da guerra em 2003. Hoje, acredita-se que não cheguem a 400.000. Como não há estatísticas oficiais, pode ser um número bem menor que esse. Com informações de Christian Daily

Pastor paquistanês refugiado no Brasil conta sua história

Pastor paquistanês refugiado no Brasil conta sua história


A lei de blasfêmia no Paquistão faz a minoria cristã se tornar ainda mais refém da maioria muçulmana. Foi isso que aconteceu com um pastor paquistanês que buscou refúgio no Brasil.
Masih vivia em uma cidade no Estado de Punjab, no sudeste do Paquistão, sendo pastor de uma igreja presbiteriana com aproximadamente 3 mil membros.
Mas certa vez ele foi procurado por um muçulmano que tentou convertê-lo por três vezes. Pela negativa, ele acusou o pastor de ofensa e entrou na justiça querendo receber US$ 70 mil (cerca de R$ 220 mil).

Foram quatro anos de processo até que o juiz conseguiu baixar o valor da multa para um preço que Masih pudesse pagar.
Mas o caso não parou aí. “O meu acusador chamou um bando de fanáticos que me atacaram na minha casa. Me bateram na frente dos meus filhos e da minha esposa. Quando cansaram, disseram que iriam me acusar de blasfêmia”.
A acusação de blasfêmia pode levar uma pessoa à morte, principalmente em Punjab, estado onde a lei é mais severa e a maior prova é o que fazem com Asia Bibi que desde 2010 enfrenta o medo de ser executada a qualquer momento.
O pastor S. Masih, 41 anos, precisou deixar seu país e veio sozinho para o Brasil deixando lá sua esposa e seus filhos.
“Não escolhi o Brasil. Eu não conhecia nada daqui. Tinha pedido visto para a Tailândia, porque era mais perto e mais fácil, mas minha avó morreu na época e o visto venceu. Mas eu precisava sair”, disse ele em entrevista à BBC Brasil que fala português.
Ele chegou ao nosso país em 2013 e foi acolhido pela igreja presbiteriana e hoje atua como pastor na igreja do bairro da Penha, na zona leste de São Paulo.
“Ele teve uma boa aceitação na igreja. Quando escutam a história dele, as pessoas o acolhem bem. Masih acaba conscientizando os fiéis sobre o que acontece com os cristãos em outros lugares do mundo”, disse o Amaury Costa de Oliveira, que há cinco anos acompanha as igrejas perseguidas na Ásia e Oriente Médio e que se interessou pela história de Masih.
Mas agora o pastor tenta juntar dinheiro para visistar sua família no Paquistão e trazer sua esposa e filhos para o Brasil. Ele também precisa ver sua mãe que está doente, seu pai morreu ano passado e a distância deixou o pastor abalado.
“O dia que ele faleceu me machucou muito. Você deixa seu pai, ele te dá um abraço e um beijo de despedida, com a promessa de um reencontro em breve. Mas ele não estará mais lá. A perseguição destrói tudo dentro de você.”
Através da ONG Preparando o Caminho o pastor Amaury está buscando arrecadar o dinheiro para que o pastor possa voltar ao seu país e trazer sua família.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Estado teológico x Estado científico

Hoje, no ambiente universitário, vigora insaciável repulsa ao pensamento judaico-cristão, apontado como estrutura retrógrada que freia o progressismo.

Estado teológico x Estado científico

Estado teológico x Estado científico


O positivismo, filosofia desenvolvida pelo francês Auguste Comte, que teve importância inequívoca na história brasileira (o lema de nossa bandeira – Ordem e Progresso – deriva de sua influência), buscava transportar o método científico para o estudo das ciências sociais.
Influenciado por Henri de Saint Simon, pai do socialismo utópico, Auguste Comte projetou transformar o estudo da sociedade numa espécie de supraciência, que transcendesse e ultrapassasse todas as outras.
Comte acreditava que a sociedade humana podia ser estudada sob o prisma dos três seguintes estados:
– Estado teológico
– Estado metafísico
– Estado científico
A meta a ser ambicionada era atingir o último estado, o científico, em que a sociedade teria superado toda a conjuntura não racional, focada e pautada numa ótica em que a ciência e o racionalismo contemplassem todas as áreas da existência.
Para Comte, até a Revolução Francesa, a humanidade viveu no estado teológico, em que a vontade de(os) Deus(es) pairava acima de todas as coisas.
O status seguinte, o estado metafísico, foi atingido após a Revolução, onde começou o processo transitório para o estado elevado. Nesta fase, as ideias seculares e iluministas suplantaram o trevoso estado anterior, mas ainda, sem atingir o estofo completo para a chegada do estado em que todas as regras fossem ditadas e determinadas pela ciência.
Tal estado seria conquistado a partir da intensificação do racionalismo, com a ruptura com os elementos que remetiam ao estado anterior.
Após a morte de Auguste Comte, a sociologia, ciência tanto ambicionada por ele, recebeu doses cavalares de marxismo e migrou para o caminho visto hoje em todos os ramos das ciências sociais.
A repulsa ao cristianismo foi elevada à enésima potência, fazendo com que os primeiros rudimentos sociológicos do positivismo parecessem carinhos diante do que a esquerda acadêmica tentaria fazer com o cristianismo.
Hoje, no ambiente universitário, vigora insaciável repulsa ao pensamento judaico-cristão, apontado como estrutura retrógrada que freia o progressismo.
O que nos permite constatar, que, mesmo sem saber, Comte lhes deu a senha, ao descrever os três estados.
O cristianismo, a despeito de seus detratores, permanece, entretanto, a secularização da sociedade ocidental, overdosada de doutrinação politicamente correta – e sempre à esquerda – nos permite a clara percepção de que, mesmo as nações com maior volume percentual de cristãos, estão mais próximas do estado racional-científico de Comte do que de um estado teológico, em que Deus, sua lei e preceitos, vigoram como prioritários.
Nações que ostentam mais de metade de sua população como cristã, são, na verdade, ao menos no século atual, cheias de cristãos meramente nominais, sem qualquer comprometimento com a sã doutrina.
Preferem o evolucionismo à verdade bíblica, a concessão a toda sorte de pecados à firmeza bíblica.
Cada cristão pode optar por presidir sua vida por uma das premissas opostas propostas por Comte. Você pode, a despeito das ações ateístas de um mundo secularizado, fazer de si mesmo um refúgio de estado teológico, ou preferir dar ares materialistas à sabedoria que homem algum atingirá.
Escolher o Estado teológico não é renegar os benefícios advindos do desenvolvimento científico, que beneficiam e facilitam nossa vida, nem advogar pela incultura. É apenas optar em viver cada dia de sua vida, colocando a Palavra de Deus como Norte que supera qualquer doutrina humana.
E não esqueça que a morada preparada aos salvos, é um estado em que Deus reina permanentemente.
Auguste Comte o chamaria de estado teológico…

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Nova lei autoriza construção e restauração de igrejas no Egito

A construção e restauração de igrejas cristãs passou a ser autorizada no Egito nesta quarta-feira (30) após o parlamento do país aprovar uma nova lei.
Foram semanas de negociações com representantes de diversas igrejas e do governo que divergiram em vários pontos do projeto.
O texto aprovado “confirma e organiza o direito dos cidadãos cristãos egípcios a construir e restaurar as igrejas para garantir sua liberdade de celebrar todos os ritos religiosos”.
A informação foi passada através do comitê conjunto de assuntos constitucionais e legislativos, citado pela agência de notícias oficial “Mena”.
Além da construção e reformas, as igrejas estão autorizadas a possuírem cruzes no alto do edifício, assunto esse que gerou muita controvérsia. Em um país de maioria islâmica, muitos deputados discordaram que as cruzes irão distinguir os templos cristãos dos demais.
Mas mesmo com pontos positivos, a nova lei não agradou a todos. Em entrevista à agência EFE, o responsável do programa de Liberdade de Religião e Crença da ONG Iniciativa Egípcia pelos Direitos Pessoais, Ishaq Ibrahim, pontuou que mesmo com a lei as forças de segurança poderão proibir a construção de templos cristãos.
Isso porque, de acordo com o texto da lei, o governador será o responsável por permitir a construção das igrejas em sua província pensando em “preservar a segurança”, ou seja, ele terá todo o controle do assunto.
Para Ibrahim, esse ponto torna a lei sectária, pois “construir uma igreja deveria ser tão normal como construir uma mesquita”.
Os cristãos representam 12% da população no Egito, os cristãos coptas contam com cerca de 5.000 igrejas, mesmo assim faltam igrejas em muitos lugares tornando a construção de novos templos algo necessário no país.

domingo, 4 de setembro de 2016

Irã anuncia chegada iminente do “messias islâmico” e da 3ª Guerra Mundial

O governo iraniano vê a atual instabilidade no Oriente Médio como um sinal de que a vinda do Mahdi – ou messias islâmico – é iminente. Uma de suas principais características é unir os povos e trazer a paz, algo que os cristãos geralmente atribuem ao anticristo. Mas antes ele destruirá todos os inimigos de Alá.
Desde 2012 Teerã vem produzindo material de cunho político-religioso para lembrar a população das profecias sobre o final dos tempos.
Nas últimas semanas, foi divulgado uma espécie de ‘comercial’ sobre a preparação do Irã para a terceira guerra mundial. Para um expectador ocidental, poderia parecer um trailer ruim de algum filme de super-herói muçulmano, mas reflete convicções religiosas antigas dos sunitas.
Um homem de aparência normal assume a liderança de uma espécie de exército popular, mas eles não precisam de armas. Com um poder “sobrenatural” ele derrota os inimigos do Islã, representados pela bandeira norte-americana que queima no final do vídeo.
Não importa se contra o exército de “soldados da fé” é usado o que existe de mais poderoso em armamento militar, incluindo helicópteros, caças e porta-aviões.  Sua voz de comando é suficiente.
Para quem conhece os sunas e hadiths, tradição islâmica seguida pela maioria dos muçulmanos, sabe que existem várias ‘profecias’ sobre um grande líder que se levantará nos últimos dias.
Ele terá grande poder e reinará por sete anos, quando instituirá o Islamismo como única religião mundial. Curiosamente, a tradição afirma que ele terá ao seu lado Jesus, que servirá como um promotor, que condenará judeus e cristãos por não terem entendido seus ensinamentos e rejeitado o Islã. Juntos, eles lutarão e vencerão a última guerra, que seria para o Ocidente a terceira guerra mundial.

Expectativa crescente

Mais de dois terços do um bilhão de muçulmanos que vivem no planeta esperam que o Mahdi venha logo, indica a nova pesquisa Pew Research.
No Oriente Médio, Norte da África, Sul da Ásia e Sudeste da Ásia “metade ou mais muçulmanos acreditam que vão viver para ver a vinda do Mahdi”. Esta expectativa é mais difundida no Afeganistão (83 %), Iraque (72 %), Tunísia (67 %), Turquia (68%) e Malásia (62 %).
O general Mohammad Ali Jafari, comandante da Guarda Revolucionária Islâmica, afirma que o Irã jápreparou cerca de 200.000 homens em todo o Oriente Médio que estariam prontos para a chegada do Mahdi.
Para os muçulmanos, esse homem será um grande líder que dará “início a justiça antes do Dia do Juízo”.
Em entrevista ao jornal Turkish Daily Sabah, da Turquia, Jafari explica que a recente onda de violência e o que ocorre atualmente na região, incluindo a ascensão do Estado Islâmico e outros grupos extremistas, são sinais que a chegada do messias muçulmano é iminente.
“Os eventos que ocorreram nos últimos anos estão preparando o terreno para o surgimento de Imã Mahdi. Segundo o Middle East Monitor, esse “exército” reúne jovens na Síria, Iraque, Afeganistão, Paquistão e Iêmen.
Na tradição islâmica, há uma “profecia” de Maomé, feita no século sétimo sobre isso. Mas ela recebe diferentes interpretações. Os muçulmanos xiitas defendem que o mahdi se levantará após um período de violência generalizada e instabilidade.

Assista um estudo de John McArthur sobre o tema:

Após ler João 3:16, muçulmano se converte e recebe visita de anjo

Anil Gomes (nome mudado por razões de segurança) vive em Bangladesh, onde menos de 0,5% da população é cristã. Nasceu em uma família muçulmana, como a maioria da população do país asiático. Levando em conta o aumento da perseguição religiosa, ele resolveu divulgar seu testemunho pessoal para encorajar os outros cristãos.
Formado em História no seu país, em 1994 foi viver na Arábia Saudita, onde fazia estudos avançados sobre o Islã. Na capital Riad, ele teve um encontro que mudou sua vida. Ele foi a um lugar onde eram realizadas as execuções públicas. Um desconhecido se aproximou dele e lhe entregou um folheto em árabe.
Era uma mensagem simples, que destacava a conhecida passagem do Evangelho de João (3:16): “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
O texto o impressionou profundamente. “Eu nunca tinha visto nada parecido em qualquer livro islâmico”, lembra. “Naquele momento, eu fiquei intrigado. Descobri que a passagem era parte de um livro sagrado chamado Injeel Sharif [Novo Testamento], escrito muito antes do Alcorão”.
Alguns dias depois, conta, “era cerca de três horas da manhã quando vi um homem vestido de branco entrar no meu quarto. Ele veio até mim dizendo: Tome o caminho da Najat (Redenção) e receba Isa (Jesus)”. Em seguida, o homem, que ele crer ser um anjo, desapareceu. “Eu fiquei tremendo de medo”, ressalta.
Anil sabia que não poderia compartilhar o que aconteceu com ele com ninguém, pois teria sérias consequências. Enquanto se preparando para os exames de doutorado, teve a oportunidade de visitar 16 países muçulmanos em uma viagem de estudos. Quando estava no Iraque viu uma igreja. “Eu procurei o pastor e falei com ele. Ele me batizou dia 15 de maio de 1994.”
Após completar seus estudos, voltou para Bangladesh, onde começou a trabalhar como professor de literatura árabe em uma universidade islâmica. Porém, seu comportamento levantou suspeitas entre seus colegas. “Eu não lia o Alcorão, então eles começaram a suspeitar de mim. Um dia, alguém me viu lendo a Bíblia em árabe, porque eu estava comparando o texto com a versão em bengali [sua língua nativa].”
Seus colegas o denunciaram para o vice-reitor que lhe perguntou se ele havia se convertido ao cristianismo. Anil respondeu com a máxima sinceridade: “Sim, eu sou um seguidor de Jesus.” Ouviu então que um kaffir [descrente] não poderia ensinar em universidades islâmicas. Ele foi demitido.
A história se espalhou e poucos dias depois, Anil foi sequestrado por membros de um grupo islâmico radical. “Eles queriam me matar. Cortaram as veias nas pernas, me bateram em vários lugares, na frente da minha família. Ainda tenho as cicatrizes dos golpes.”
Ele conta que desmaiou por causa da perda de sangue. Acordou quatro dias depois, no Hospital Universitário da capital Daca. Foi levado para lá por um tio. Ficou 3 meses e 21 dias internado. Quando voltou para casa, foi espancado novamente por muçulmanos da mesquita local. Sua família não aceitava sua decisão de abandonar o Islã. Ele foi deserdado. Já não conseguia ser aceito pela comunidade local e perdia o emprego toda vez que descobriam que ele era cristão.
Mesmo com muito estudo, ele tem passado dificuldades financeiras e não consegue emprego. Casado e com um filho, conta que seu sustento vem das palestras que dá em igrejas, mas este trabalho não é em tempo integral.
A recente onda de assassinatos de não-muçulmanos em Bangladesh, em especial de outros convertidos ao cristianismo o faz temer pelo futuro. “Estou muito preocupado com o que acontece com meu país”, afirmou. Ele pede oração pelos cristãos do país, mas diz que, apesar das dificuldades, nunca abrirá mão de sua fé. Com informações de Asia News