Os evangélicos em geral não ensinam nas igrejas sobre o Big Bang, a teoria da evolução e a responsabilidade humana pelo aquecimento global. Uma nova pesquisa realizada pela Associated Press descobriu que a opção religiosa – especialmente para os cristãos evangélicos – foi um dos indicadores mais nítidos de como isso afeta a crença sobre questões consideradas fundamentais para a ciência.
O estudo apresentou uma série de declarações que vários cientista premiados dizem que são fatos. No entanto, o embate entre questões de ciência e fé mostra que a fé ainda prevalece em muitos casos.
* 51% dos entrevistados (incluindo 77 % que afirmam ser evangélicos) têm pouca ou nenhuma confiança de que “o universo começou 13,8 bilhões anos atrás com o Big Bang.”
* 42% do total (76% dos evangélicos) duvida que “a vida na Terra, incluindo os seres humanos, passou por uma evolução através de um processo de seleção natural.”
* 37% do total (58% dos evangélicos) duvida que a temperatura da Terra está subindo “principalmente por causa de ações humanas como emissão de gases e do efeito estufa”
* 36% do total (56% dos evangélicos) duvida que “a Terra tem 4,5 bilhões de anos”.
Por outro lado, 54% das pessoas (87 % dos evangélicos) afirmam ter certeza de que o “universo é tão complexo… deve haver um ser supremo guiando a sua criação”.
O levantamento, realizado no mês de março, tem uma margem de erro de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa, realizada nos EUA, constatou que diversos argumentos considerados fatos científicos são influenciados quando existe outra orientação religiosa sobre o assunto. Por exemplo, um número ínfimo (4%) questionou a tese de que fumar causa câncer.
Cerca de 15% têm dúvidas sobre a segurança e a eficácia de vacinas infantis. Apenas 6% questionam que a doença mental é uma questão médica que afeta o cérebro. Outros 8% são céticos sobre termos um código genético que determina nossas características físicas.
Segundo a rede ABC, alguns dos maiores cientistas do mundo, incluindo vários ganhadores do Prêmio Nobel, se mostraram contrariados com os resultados do estudo.
O ganhador do Nobel de Medicina de 2013, Randy Schekman, da Universidade da Califórnia, afirmou “a ciência é amplamente ignorada em nossa sociedade. E essas atitudes são reforçadas quando alguns de nossos líderes são abertamente antagônicos aos fatos estabelecidos”.
Por sua vez, o professor de bioquímica Robert Lefkowitz, da Universidade de Duke, vencedor do Prêmio Nobel em 2012 foi enfático: “Quando você coloca fatos contra a fé, os fatos não conseguem nem argumentar”.
Maioria não acredita na teoria do Big Bang nem na evolução
Com informações Huffington Post
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