Cinco militares morreram no incêndio
em Santa Maria, diz FAB
Força Aérea divulgou nota neste domingo (27) informando sobre as mortes.
Brigadeiro fez balanço da atuação da Aeronáutica no socorro às vítimas.
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O comando da Aeronáutica, em Brasília, informou na noite deste domingo (27) que cinco militares da Força Aérea morreram no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria (RS). A tragédia culminou com a morte de ao menos 233 pessoas e deixou outras 106 feridas.
Localizada a cerca de 300 quilômetros dePorto Alegre, Santa Maria é sede de uma base da FAB. Na instalação militar, inaugurada em 1971, operam quatro esquadrões da Aeronáutica.
Segundo comunicado assinado pelo brigadeiro-do-ar Marcelo Kanitz Damasceno, seis militares lotados na base aérea de Santa Maria se encontravam na boate no momento do incêndio. Apenas um deles sobreviveu, destaca o oficial da FAB.
"Lamentavelmente, seis militares do efetivo da Base Aérea de Santa Maria (BASM) foram vitimados no incêndio. Destes, cinco faleceram", disse o brigadeiro na nota.
A nota oficial também faz um balanço dos esforços da Força Aérea para auxiliar o socorro das vítimas. De acordo com o texto, aeronaves da FAB transportaram uma equipe médica multidisciplinar do Hospital de Força Aérea do Galeão, localizado no Rio de Janeiro, para o interior gaúcho.
O grupo era composto, diz a nota, por cirurgião plástico especializado em queimados, cirurgião geral, médico intensivista, equipe de enfermeiros especializados em tratamento de queimados e material de suprimento médico e cirúrgico para atendimento de situações de incêndio.
Por determinação da presidente Dilma Rousseff, a FAB também disponibilizou aeronaves de todos os portes para auxiliar no transporte das vítimas e de equipamentos médicos para instituições de saúde. Entre os aviões usados na operação estavam aeronaves de grande porte (C-130 Hércules), médio porte (C-105 Amazonas e C-97 Brasília), pequeno porte (C-95 Bandeirante e C-98 Caravan) e cinco helicópteros H-60 Black Hawk.
Ainda de acordo com o comunicado, aviões C-99 EMBRAER 145, com tripulação e equipes médicas, estão de prontidão para colaborar no translado das pessoas que se encontravam na boate.
Luto oficial
A presidente Dilma Rousseff decretou neste domingo luto oficial de três dias devido às 233 mortes ocorridas no incêndio na boate de Santa Maria, informou a assessoria de imprensa da Presidência da República.
A edição desta segunda-feira (28) do "Diário Oficial da União" deverá trazer a publicação do decreto. Durante o período de luto, a bandeira nacional deve ser hasteada em meio mastro em todas as repartições públicas, estabelecimentos de ensino e sindicatos.
O decreto presidencial nº 70.274, de 1972, que regula as normas do cerimonial público, prevê que, no caso de falecimento de autoridades civis ou militares, o governo pode decretar luto de, no máximo, três dias.
Dilma retornou ao Brasil às pressas neste domingo para comandar, in loco, as ações do governo federal no incêndio de Santa Mariax. A chefe de estado brasileira participava desde sábado (26), na capital do Chile, de um encontro de cúpula de países latino-americanos e europeus.
Por volta das 14h, Dilma compareceu ao Hospital de Caridade de Santa Mariax, onde visitou feridos do incêndio na boate Kiss. Após passar pelo hospital, a comitiva presidencial se dirigiu ao ginásio do Centro Desportivo Municipal, onde está ocorrendo o reconhecimento dos corpos das vítimas da tragédia.
Dilma conversou com alguns familiares que aguardam para fazer o reconhecimento dos corpos, mas, muito emocionada, logo deixou o local sem falar com a imprensa.
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