segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Veja depoimentos de sobreviventes de incêndio em boate no RS





Veja depoimentos de sobreviventes de 



incêndio em boate no RS


Fogo começou por volta de 2h30 de domingo (27) e matou mais de 200.
Boate recebia festa de estudantes da Universidade Federal de Santa Maria.

Do G1, em São Paulo
Efeitos pirotécnicos, faíscas, fumaça, corre-corre, desespero e centenas de feridos e mortos espalhados. Esses são os relatos de testemunhas que sobreviveram à tragédia na boate Kiss, em Santa Maria (RS), que deixou mais de 200 mortos e pelo menos 131 feridos. Segundo informações preliminares, o fogo teria começado por volta das 2h30, depois que o vocalista da banda que se apresentava ter feito uma espécie de show pirotécnico, usando sinalizador. As faíscas teriam atingido a espuma do isolamento acústico no teto da boate e iniciado o fogo, que se espalhou em poucos minutos. O incêndio provocou pânico entre os presentes, e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência.

Músicos dão relato
"A gente saiu mal, no meio da fumaça, tive dor no peito. Fiquei aguardando para podermos nos achar, para ver quem tinha saído. Fomos nos encontrando aos poucos e ficamos na expectativa de achar o Danilo, mas ele não apareceu."
(Eliel de Lima, de 31 anos, baterista da banda Gurizada Fandangueira, que tocava na boate Kiss na hora do incêndio. O sanfoneiro Danilo Jaques, o mais jovem do grupo, morreu).
Banda Gurizada Fandangueira, que tocava na hora do incêndio em Santa Maria, teve um integrante entre os mortos: o sanfoneiro Danilo Jaques, que aparece acima de camisa azul e blazer preto (Foto: Arquivo pessoal)
"Conseguimos sair logo no início pela porta que tinha um metro e meio de largura. Só conseguíamos enxergar 5 centímetros à frente por causa da fumaça preta."
(Valderson Wottrich, líder da banda Pimenta e seus Comparsas, que tocava na boate Kiss antes do incêndio, disse que dois dos quatro membros do grupo ainda estão desaparecidos).

Gente só de calcinha e cueca
“Eu liguei para os bombeiros, algumas pessoas tentaram voltar para pegar mais gente lá dentro, mas tinha fumaça e não dava para enxergar mais ninguém, era uma cortina de fumaça. A gente puxava as pessoas pelo cabelo, pela roupa, muita gente saía só de calcinha e cueca, muitas sem camiseta, talvez para se proteger da fumaça, e os bombeiros chegaram rápido e começaram a organizar e usar a mangueira”.
(Murilo de Toledo Tiecher, de 26 anos, estudante de medicina e um dos primeiros a sair da boate, quando o incêndio começou. Ele conta que, inicialmente, seguranças tentaram impedir a saída dos clientes, mas logo perceberam a fumaça e liberaram a saída. Tiecher diz também que a saída foi dificultada por uma grade colocada perto da porta para organizar a fila de entrada).
Salva pela área VI
“Vi umas faíscas, mas achei que eram apenas os foguinhos da luva [do integrante da babda]. Vi uma gritaria, achei que fosse alguma briga. Foi quando gritaram ‘fogo’, vi as pessoas correndo, vi a fumaça, e saí correndo.”
(Fernanda Freire Gomes Bona, de 23 anos, fot

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