Isso é o início de uma perseguição religiosa, diz Marco Feliciano
por Leiliane Roberta Lopes
Em entrevista ao canal da CPAD News, o deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC-SP) comentou sobre as perseguições que tem sofrido e anunciou que tudo isto é apenas o início de uma perseguição religiosa.
O parlamentar que assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias sob diversos protestos também comentou sobre a moção de apoio assinada pelos pastores da igreja Assembleia de Deus que estavam reunidos em Brasília para participar da 41ª AGO.
Feliciano diz que ficou surpreso com a moção de apoio aprovada por todos os pastores presentes. Ele lembrou que uma publicação havia divulgado que a AD não estava de acordo com sua postura e que não o apoiaria. “Essa moção me deixou emocionado, porque hoje eu acordei com uma notícia de que a minha igreja teria dado as costas pra mim”.
Depois de saber que seu ministério está de acordo com sua permanência na CDHM, Feliciano diz que está mais fortalecido. “Tudo o que estão fazendo comigo é o início de uma perseguição religiosa”, disse.
Como deputado, ele diz que nesses mais de dois anos de mandato sempre lutou em favor da família tradicional o que tem gerado ódio naqueles que são contra a esses princípios.
Feliciano citou também que está sendo processado por homofobia, um crime que não existe no código penal brasileiro. “O que o Brasil todo está vendo acontecer comigo é aprovação impositiva do PL 122″.
“O artigo 5º da Constituição Federal me guarda e me protege. Eu tenho direito de expressão, liberdade de expressão e liberdade de consciência”.
Assista:
Toda a controvérsia envolvendo a eleição e a permanência do deputado Pastor Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias tem ajudado o PSC, seu partido, a continuar nas manchetes da mídia.
Esse efeito positivo, na análise do partido deverá transformar Feliciano em um “campeão de votos”, com cerca de um milhão de eleitores optando por ele na próxima eleição, ajudando a eleger outros candidatos do partido em São Paulo.
Como no momento o PSC está na base governista, mesmo não tendo cargos, parece inevitável o rompimento com a presidente Dilma Rousseff. Afinal, tanto o deputado como o partido acreditam que o Planalto interferiu diretamente para tentar retirar a indicação de Feliciano para a presidência da CDHM.
O PSC já divulgou que as ministras Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, e Ideli Salvatti, da Secretária de Relações Institucionais, telefonaram para André Moura (SE), líder do PSC na Câmara, e para a deputada Antônia Lúcia (AC), vice de Feliciano na comissão, pedindo a troca. “Com isso, Dilma nos disse que não quer o PSC em 2014”, assevera Everaldo Pereira. Oficialmente, o governo nega a interferência.
Com essa ruptura cada vez mais próxima e o apoio de membros da Bancada Evangélica, que se sente fortalecida no episódio, o “efeito Feliciano” serviria como combustível para o lançamento do pastor Everaldo Pereira (PSC-SP) a presidente ano que vem.
Pereira é o principal apoiador de Feliciano. Outro aliado do Pastor Marco Feliciano é o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), amigo íntimo do pastor Everaldo. Cunha e Everaldo dividiram um apartamento funcional em Brasília e ambos têm ligação com a Rádio Melodia FM, de programação gospel voltada ao público evangélico.
Eleito com 212 mil votos, Feliciano pode ser responsabilizado pela verdadeira corrida por filiações e uma disputa pelas vagas de candidato a deputado federal pelo PSC para o próximo pleito. O presidente do diretório de São Paulo, Gilberto Nascimento, faz um contraponto interessante, afirmando que após tudo o que ocorreu, “o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) também deverá ter muito mais votos”.
Ironicamente, revela Nascimento, o nome de Feliciano foi sugerido pelo deputado Jean Wyllys, ativista da causa gay e possivelmente o maior adversário do pastor na Câmara. “Assim que a presidência da comissão ficou definida para o PSC, deputados foram ao plenário falar sobre o risco de Feliciano assumir a comissão. Entre eles, o Jean Wyllys, o Chico Alencar, o Ivan Valente. O Jean Wyllys foi o primeiro a falar no nome do Feliciano. O partido ainda nem tinha pensado nisso”, lembra. Com informações IG.
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